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CORRERIA. JAC ALUGA PRÉDIO PARA PRODUZIR T5

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Para recuperar o tempo perdido entre a saída do sócio chinês, e para contornar o encolhimento de vendas no mercado, Sérgio Habib, o representante nacional da JAC, atalhou o processo: postergou projeto de construir fábrica em Camaçari, BA e, para fazer a implantação industrial da marca, alugou galpão ocioso no mesmo município.

Quer iniciar a montagem dos T5 (foto acima), SAV com câmbio CVT, ao final deste ano, construindo pré-série, apresentando-o no Salão do Automóvel — outubro —, e fazendo estoque para iniciar vendas em 2017. Próximo ano projeta montar 20 mil unidades. Plano anterior, na dissolvida sociedade com o fabricante chinês, previa alcançar 100 mil T5.

Processo inicial é montagem simplória, subindustrialização, baixíssimo índice de nacionalização, incentivada pela regulamentação governamental Inovar-Auto.

Razão simples para a corrida pelo início da contida montagem de produtos com rótulo nacional é situação do mercado para a marca, hoje limitado às 4.800 unidades/ano, volume isento do pagamento extra de 30 pontos adicionais ao IPI.  Os veículos montados localmente estarão fora da cota, terão menor preço, ampliarão volume de vendas, permitindo expansão da rede de revendedores, contraída a 30 lojas, menos da metade da anteriormente existente.

 

Brasil tem representante na FIA

Poderosa FIA, Federação Internacional do Automóvel, não se envolve apenas com corridas, tendo amplo espectro de ação. É, por exemplo, uma das mantenedoras da Euro e Latin NCAP, institutos de pesquisa em segurança veicular, incluindo os crash tests, parâmetro e cobrador da indústria automobilística. Outro campo, os assuntos de veículos antigos, para o qual tem conselho com 28 membros escolhidos mundialmente.

Brasil volta a ter assento nesta câmara com a nomeação de Mariozinho – Mário Raul Armando Leão, 82, usineiro, colecionador alagoano, de grande vivência com marcas de estirpe, e reconhecido como o maior conhecedor brasileiro das carrocerias especiais, característica do período anterior à II Guerra Mundial.

Curiosidade no pedaço, notícia seria desconhecida no meio antigomobilístico brasileiro, onde não foi festejada, e passaria desapercebida não fosse a história ter sido levantada pelo jornalista Fábio Amorim, da Gazeta de Alagoas. Novo membro é homem educado, gosto refinado entre Rolls-Royce e Bentley, e é discreto, sem louvações à vaidade.

Foto Legenda 02 coluna 1116- Mario Leão  CORRERIA. JAC ALUGA PRÉDIO PARA PRODUZIR T5 Foto Legenda 02 coluna 1116 Mario Le  o

Mariozinho, antigomobilista brasileiro na FIA

 

RODA-A-RODA

Atraso – Novo atraso na produção dos Alfa Romeo Giulia, entretanto com definição do início de recebimento de pedidos nos revendedores europeus: 14 de abril. Sergio Marchionne, chefe da marca, disse no Salão de Genebra, demora foi para ter o produto perfeito.

Desafio – Conversa charmosa, levantou bandeira de referência: “só começaremos com a mesma qualidade dos alemães— sem isto o esforço não terá valido a pena “.

Versões – Confirmou também, versões Quadrifoglio, com motor V6, dois turbocompressores, circa 500 cv, e quatro cilindros 2,0 a gasolina, turbo, e 2,2 diesel para a Europa.

Preço – Versão de topo será oferecida a 79 mil euros — uns R$ 335 mil — lá. Preços e produto miram BMW series M3, Mercedes AMG e Audi S. Nos EUA, mercado fundamental e desafiante para onde volta após 20 anos, mais barato, US$ 70 mil — uns R$ 295 mil. Na categoria é o de melhor dotação tecnológica.

Foto Legenda 03 coluna 1116- Alfa  CORRERIA. JAC ALUGA PRÉDIO PARA PRODUZIR T5 Foto Legenda 03 coluna 1116 Alfa

Alfa Giulia, vendas abril

Mais – Em seguida ao Giulia, sobre a mesma plataforma, a Giorgio, base do Maserati Levante, SUV da marca do tridente, Alfa terá veículo equivalente, o Stelvio. Apresentação no Salão de Los Angeles, novembro, vendas 2017.

Dano – Audi lançou contabilmente as perdas com os problemas dos motores diesel de emissões acima do limite, e recall dos airbags Takata: lucro operacional caiu 6,1%, a 4.84 B euros, e margem de lucro desceu de 9,6 a 8,3%.

Também – VW adiou entrevista coletiva de imprensa para apresentação do balanço anual, mas embora sem números, sua auditoria tem convicção: serão insuficientes os 6,7B de euros destacados para resolver o problema.

Novo ciclo – Enquanto a Google corre a contratar engenheiros e especialistas em automóveis para entrar no mercado dos carros autônomos, o ágil chefe da FCA, ítalo-canadense Sergio Marchionne se declarou fã da Apple, e dispôs as empresas para fornecer-lhe a parte automobilística.

Pick-Up – Ausência no portfólio, oportunidade mercadológica, capacidade industrial, pressão de consumidores levou a FCA a desenvolver o picape Wrangler, feito sobre o Jeep homônimo, com nova edição para 2017. Fórmula simples, reedição de produto surgido ao início dos anos ’50. No Brasil chamou-se Picape Jeep e, depois. F 75.

Base – Novo Wrangler terá grande percentual de peças em alumínio para reduzir peso. FCA seguiu trilha aberta pelo Ford F-150, picape mais vendido do mundo, com enorme adição de alumínio. Atendendo a protestos locais, será feito na velha fábrica Jeep, em Toledo, Ohio. 2018.

Disputa – VW é a marca mais vendida no mercado argentino, GM a segunda. Esta, para tomar vendas à líder, baixou preços em até 40 mil pesos – uns R$ 10 mil. Resposta foi no dia seguinte.

Corte – VW anunciou cortar, durante março, 32 mil pesos — + R$ 8 mil, uns 14 % — no Gol versão Trend, lá custando R$ 50 mil. É o modelo ora antigo no mercado brasileiro, mas estoque físico e em deslocamento para a Argentina.

Futuro – Mauricio Macri, presidente da Argentina, inaugurou ampliações na Toyota, aumentando capacidade de produção em quase 50% — de 92 a 140 mil unidades ano. Investimentos de US$ 800M, 1.000 empregos diretos e indiretos.

Mais – Toyota passa a produzir na Argentina o eixo traseiro dos picapes e SW4, atingindo 60% no índice de nacionalização.

Regra – Festa hígida, simples, sem as bandas de música tocando para partidos e sindicatos, como ocorria dos governos Kirchner.

Confirmado – Nissan em providências para ter pronta sua estrela maior como patrocinadora dos Jogos Universitários Rio 2016. É o pequeno crossover Kicks, de protótipo exibido nos Salões do Automóvel de São Paulo 2014 e Buenos Aires 2015. Grande esperança para alavancar vendas da marca.

Automóvel – Após lançar o crossover  ASX, Mitsubishi apresenta a versão S. O misto entre SAV e automóvel aponta nesta direção, mais carro de passeio, distante de veículo para arrostar dificuldades.

Diferenças – Teto pintado em cinza Londrino — utilizado nos Troller —, faróis com máscara negra, rodas leves em aro 18”, assinatura luminosa sobre o para-choque dianteiro, bancos frontais aquecidos, revestimento em couro mais tecido. Chaves na mão, quase R$ 121 mil. Só 200 unidades.

Extreme – Após criar versão Extreme para linha de picapes Strada, Fiat estendeu-a a irmãos de linha: Weekend, Idea e Adventure. Rótulo é aplicado por conta de central de multimídia, com tela 15 cm, câmera de ré, e outras facilidades de som e conectividade, controles no volante. Preços da Série Especial Adventure Extreme: Weekend Adventure R$ 70.180; Idea R$ 70.380; Doblò R$ 84.370.

Chery – Luiz Curi, vice presidente da Chery, informou à Coluna ter postergado o início da produção do novo QQ, segundo produto da empresa instalada em Jacareí, SP. Será em abril, perdendo o mês de março. Atraso é consequente à greve havida na empresa por demissão realizada por fornecedor terceirizado.

Final – Será produto final, apto à venda pela rede de distribuição. Pré-série já construída, métodos e máquinas ajustados, tudo pronto para iniciar fabricação. Chery faz o Celer e queda do mercado contraiu seu projeto a 10% da capacidade industrial.

Fato – Histórias das fábricas chinesas de automóveis no Brasil — Chery e JAC — lembram aquele brinquedo dos antigos parques de diversão, o trem fantasma: cada curva um susto.

Alívio – Bem-sucedida iniciativa envolvendo governo federal, Anfavea — associação dos fabricantes de veículos —, e 10 de seus associados, pode resultar vendas de 145 mil automóveis, 65 mil caminhões e 17 mil ônibus ao Irã.

Quanto – Número de caminhões significa 6 meses da produção projetada para este ano. Quanto a ônibus, segmento com as maiores perdas, volume pretendido supera a projeção anual para o segmento.

Vem aí – Carros autônomos, os capazes de ser controlados por aparatos eletrônicos, em condução externa, parece história de distante factibilidade. Notícias há: testes; interesse das gigantes Apple e Google entrarem no setor; pequenos acidentes.

Bola – Não serão veículos convencionais, devem traçar caminho próprio a partir dos conceitos e formas hoje existentes. Novidade atestatória pela Goodyear mostra isto: desenvolveu para eles um pneu esférico, o Eagle 360.

Muda – Não rodará, mas elevará o automóvel do solo por campo magnético. De todas as dúvidas, algumas parecem dirimidas: o conforto de deslocamento e a manobrabilidade, sem atrito com o solo, girando em todas as direções.

Foto Legenda 04 coluna 1116 Eagle 360  CORRERIA. JAC ALUGA PRÉDIO PARA PRODUZIR T5 Foto Legenda 04 coluna 1116 Eagle 360 1 1

Eagle 360, pneu para carro autônomo; tudo muda

Ciclo – Décadas após instalar-se no país, VW volta aos procedimentos de origem: orienta fabricantes de autopeças. No caso, noções operacionais, de gerenciamento, processos éticos, ecologia, sustentabilidade e sua maneira empresarial de funcionar.

Fora – Não são fornecedores da fabricante, mas subfornecedores e vendedores ao mercado de reposição. Entende, iniciativa fortalecerá parque industrial. Chega a ser curioso: em época de crise, prejuízos, contração de despesas, aposta no futuro. Aparentemente VW tem programa de longo prazo.

Conquista – Mercedes-Benz fez venda referencial para a transportadora Girteka Logistics, da Lituânia: 1.000 unidades do caminhão Actros, mais completo e caro da marca. Junto, os serviços FleetBoard, controlador de eficiência operacional de caminhão e operador.

Acesso – Retração nas vendas provoca crescimento pela opção consórcio como forma de poupança. O do Magazine Luiza cresceu 41% nos dois últimos anos.

Proteção – Ferrari apresentou em Barcelona, Espanha, protótipo do Halo, arco de proteção ao piloto em acidentes. Kimi Räikkönen, da marca, disse não haver sensível diferença na condução do carro, exceto a mancha negra acima do olhar.

Já vi – O Halo parece inspirado na construção/escultura da Praça da Apoteose, no Sambódromo carioca, criações do arquiteto Oscar Niemeyer.

Foto Legenda 05 coluna 1116 - Halo  CORRERIA. JAC ALUGA PRÉDIO PARA PRODUZIR T5 Foto Legenda 05 coluna 1116 Halo

Halo

Corridas – Pirelli fornecerá pneus aos caminhões da Fórmula Truck em 2016. Estreará os novos radiais FR-01 na medida 295/80R22,5 próxima semana na abertura da temporada, em Santa Cruz do Sul, RS.

Aniversário – BMW comemorou 100 anos dia 7 de março. Destes, 50 sob comando da família Quandt, responsável pelo grande processo de expansão. Hoje marca produz motos BMW e automóveis Mini e Rolls-Royce. Tem recente fábrica no Brasil. Curiosamente não comemorou ou divulgou volume de produção total.

Gente José Luiz Gandini, presidente da Kia, deve ser eleito presidente da Abeifa, associação reunindo importadores e fabricantes de veículos. OOOO Chapa única, Vice, Luis Resende, presidente da Volvo Cars. OOOO Joseph Massaro, 46, promoção. OOOO Novo chefe financeiro da Dana, gigante de autopeças. OOOO Era vice-presidente e Controlador Geral. OOOO Carlos Dourado, administrador, bacharel em direito, MBA em Marketing, novo diretor de vendas da Dana Brasil. OOOO Larga experiência no setor incluindo passagens pelo exterior. OOOO Chase Morsey, 96, estatístico, passou. OOOO Era o último dos Whiz Kids, grupo de elite levado à Ford quando Henry II assumiu. OOOO Considerado o salvador do motor V-8, soube dos planos da companhia em retirá-lo de produção para a modelia 1952, fez cálculos, projeções, e provou a viabilidade de mantê-lo. OOOO Estava certo. OOOO Ganhou relevo, posições, e chefiou um departamento de espionagem industrial. OOOO

RN

rnasser@autoentusiastas.com.br

A coluna “De carro por aí” é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.


E O ESPÍRITO SANTO JÁ FABRICA VEÍCULOS. AMÉM

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Deus escreve certo pelas linhas tortas, pregam textos católicos, neles constando a figura do Espírito Santo, a terceira pessoa da Santíssima Trindade. Homenageado por pequeno estado espremido entre Bahia, Minas e Rio de Janeiro, muito se esforçou no último quarto de século para entrar na seleta relação de estados puxadores de atividade metal mecânica. Oferecia facilidades de logística, a boa estrutura portuária, o projeto de incentivos Fundap, para reter ou trazer para o Estado as variadas marcas de veículos por ele importadas. Tentou atrair muitas operações, ouviu muitas promessas, incluindo a russa Lada na virada do século e, mais recentemente, navegou ante acenos de representantes da Fabral, para montar coreanos SsangYang e chineses Chana e Haima em Linhares; da nacional CN Auto prometendo produzir chineses Haifei na mesma cidade; e mais recentemente Zotye em Colatina. Festivas e vãs alegorias.

Mantendo a fé, seguindo os parâmetros do catolicismo, reconhecendo haver  hora de plantar e hora para colher, a longa, tentada, esperada vontade de viabilizar-se como fabricante de veículos tomou forma física. Nada de produtos estrangeiros, nada de automóveis, mas pequena e pioneira marca nacional de caminhões leves, a gaúcha Agrale. Neste mês a empresa, já operando no município de São Mateus com montagem de chassis para pequenos ônibus da marca Volare, e para os W109, ônibus urbano, ampliou operações iniciando fazer caminhões modelos A10000 e A8700 (foto de abertura), para vendas às regiões Sudeste e Nordeste. “Habemus indústria automobilística, dizem os capixabas.

A definição pela operação espiritossantense, segundo Hugo Zattera, executivo-chefe da Agrale, está na redução dos custos de frete. Anteriormente tal operação se resumia a Caxias do Sul, RS, no extremo do país. A nova localização permitirá ganhos operacionais, de custos, de logística. Sul e Centro-Oeste são atendidos pela produção na matriz gaúcha.

Produto novo, lançado em novembro de 2015, foca nas necessidades atuais e tendências futuras do mercado e segmento. Sempre caracterizados pelas cabines em compósito de fibra de vidro, os novos Agrale empregam-nas em chapa de aço estampada.

 

A Amélia americana

No imaginário da cultura popular brasileira, a menção Amélia significará a mulher sem a menor vaidade, a mulher de verdade, cantada no samba de Mário Lago. Porém no universo antigomobilista, tal menção — ou como dita Amília — indica o Amelia Island Concours d’Élegance realizada nas dependências do faustoso Ritz-Carlton Hotel e entre os buracos 10 e 18 do Golf Club, nordeste da Flórida, quase Georgia. É tido como o mais equilibrado dentre os grandes eventos da especialidade sediados nos EUA, mediando a cultivada falsa finura californiana, e acima dos eventos descompromissados, como os de Hershey e Carlisle. Meio termo agradável, elegante, sem se perder na exigência de uso de blazer e gravata masculina e produções femininas. Moças bonitas haviam. Além das participantes e acompanhantes, time de modelos bem produzidas, voluntárias para enfeitar o evento, de faturamento em parte destinado à filantropia. Em descontração e presença supera o sempre considerado topo desta ascensão, o concurso de Pebble Beach, na Califórnia. Neste ano reuniu 315 veículos, dobro dos admitidos na festa da praia de cascalho.

É miscela de conceitos. Mão firme de Bill Warner, o organizador, para criar temas e convencer proprietários de marcas a expor. Preciosista, nesta 21a edição quis superar o recorde de presenças dos raros esportivos espanhóis Pegaso antes assinalado na parisiense Rétromobile, com 13 unidades. Amelia enfileirou 14, incluindo o Best of Show, politicamente controvertido La Dominicana. Carroceria especial, teto arrematado por plástico, mais conhecido como La Cúpula por conta do tal pedúnculo. Quando encomendado pelo então ditador dominicano Rafael Trujillo para competir na Carrera Panamericana, custou US$ 29 mil, o equivalente a uns 12 Cadillacs, então referencia de preço + conforto. Para arrematar o preciosismo, convidou ao júri o jornalista espanhol Mario Laguna, residente em Luxemburgo, maior especialista na marca.

Foto Legenda 02 Coluna 1216 - La Cupola  E O ESPÍRITO SANTO JÁ FABRICA VEÍCULOS. AMÉM Foto Legenda 02 Coluna 1216 La Cupola

La Dominicana, ou La Cúpula

Outra referência em estilo foi o Fiat 8V — otto vu, como diz-se na Itália —, primeiro da marca a portar suspensão independente nas quatro rodas e motor criativo: V-8, 2 litros, comando central, válvulas no cabeçote, fazia 127 cv a 6.500 rpm. Superava os 200 km/h. Poucos sobreviveram. Ganhou como Best of The Show – Sport.

1953 Fiat 8V Supersonic  E O ESPÍRITO SANTO JÁ FABRICA VEÍCULOS. AMÉM Foto Legenda 03 Coluna 1216 Fiat 8V 1

Fiat 8V carroceria Ghia (foto sportscardigest.com)

Warner deu ênfase a produtos importantes como Cord, Auburn e Duesenberg, além de miríade de esportivos, chamando atenção da dezena de brasileiros presentes, como Sunbeam Tiger — misto do esportivo inglês com motor V-8 Ford aplicado pelo lendário Carroll Shelby, e Cunningham, estadunidense. Primeiros desconhecidos no Brasil. Do último, meia dúzia de três ou quatro. Ferraris, muitos, mas apenas um GTO, mito maior. Mas recreation — carroceria sobre outro rolling chassis —, e Porsches, Maseratis, Alfas e BMWs em quantidade industrial. Dessa, raro esportivo, o 700, com motor de motocicleta. Pacote paralelo, carros de corrida, liderados pelos conduzidos pelo homenageado Hans-Joachim Stuck, piloto de várias categorias, vencedor de Le Mans. Amelia a cada ano reverencia um vencedor das corridas. Coração apertava quando os carros de corrida andavam em baixa velocidade ou manobravam tentando conciliar os motores com marcha irregular, câmbio longo e baixa velocidade. O cheiro de embreagem queimada perpassava as aléias de Palmettos, palmácea local. De cheiros, o da gasolina forte com mínimo de álcool evocava lembranças de tempos mais felizes no convívio com o bicho automóvel.

O evento, democrático, não se cinge apenas aos convidados, absorvendo veículos de colecionadores na Flórida e da Geórgia. Visitantes estrangeiros, muitos. E se enfeita perifericamente, como com a exposição dos troféus das grandes categorias de automobilismo — alguns com 1,80m de altura — e tomaram o hall do Ritz. Na parte hotel, lojas de artigos do evento, automobilia, gravuras, literatura, miniaturas, roupas, e um corredor para lançamentos de livros. Ponto elevado, exposição de veículos novos de estirpe e test drives em Jaguar, Porsche, Mercedes, BMW, Infinity. Ford GT e McLaren presentes — imóveis. Alfa, com 4C para test drive, e estático o ainda não lançado Giulia. Estande humilhou. Havia um 8C — oito cilindros e compressor, década de ’30, e Giulia Pininfarina aplicada às corridas nos anos ‘60.

Foto Legenda 04 coluna 1216 - Raro Cunningham - era sucata em 2003  E O ESPÍRITO SANTO JÁ FABRICA VEÍCULOS. AMÉM Foto Legenda 04 coluna 1216 Raro Cunningham era sucata em 2003

Cunningham – era sucata em 2003!

Brasileiros presentes, poucos e do ramo, colecionadores de Brasília e Belo Horizonte, migrando de Pebble Beach para Amelia. E Mariozinho Leão, alagoano, membro brasileiro do conselho de clássicos da Federação Internacional do Automóvel. Foram beneficiados pelo sol forte, adiando a chuva, desabada após o evento. A todos avultava a qualidade das restaurações, o preparo e recuperação das carrocerias, alinhamento das partes, pinturas excepcionais, detalhes cuidados no interior, painel, cromagem e compartimento do motor.

Festa grande e, como PB, o maior evento da cidade. A prefeitura local informou incremento de US$ 15M em circulação de moeda no comércio. A organização destina parte do faturamento a hospital especializado em câncer, e toda a estrutura de pessoal é constituída por voluntários.

Amília é um termo genérico. Não se resume à exposição no gramado, mas a série de eventos, como leilões de casas importantes disseminados em outros espaços, e leiloeiros com circuitos menores no território dos EUA, como o Motostalgia. Dentre eles há nítida separação de classes de veículos, qualidade na restauração — e preços. Num, importante, o Gooding, comediante Jerry Seinfeld vendeu 16 unidades de sua coleção de Porsches. Pico de valor, spyder 550 Wendler a US$ 5.335.000, e dentre eles o pouco conhecido 597 Jagdwagen, jipe para concurso vencido pela Auto Union com o Munga, no Brasil produzido pela Vemag como Candango. Alcançou US$ 330 mil — já é um alento aos donos de Candango …

Foto Legenda 05 coluna 1216 - jipe Porsche  E O ESPÍRITO SANTO JÁ FABRICA VEÍCULOS. AMÉM Foto Legenda 05 coluna 1216 jipe Porsche

Porsche 597, jipe

Outro, da RM, exibiu preciosidades como Alfa GTA — um GTV com partes em liga leve e com o grupo motopropulsor, liderado pelo motor 4-cilindros e 8-velas, rebaixado e recuado — as então existentes no Brasil foram exportadas por brasileiros que se acham muito sabidos — uns lesa-pátria.

Enfim, turístico, didático, cultural, divertido. Gosta de antigos? Participa de clube? És dirigente? Vá a Amelia aprender para evoluir nosso antigomobilismo. É a melhor relação custo x tempo x benefício.

 

RODA-A-RODA

 

Menor – Porsche reduziu o motor de seu SUV Macan para baixar preços. Nova versão de entrada terá 2,0 litros, 16V, injeção direta, turbo, 252 cv e 370 Nm — uns 37 m·kgf de torque —, válvulas com aberturas variáveis, o VarioCam Plus.

Familiar – É motor básico Volkswagen, com temperos próprios de cada marca, equipando VW Tiguan, Audi Q3, e agora Porsche Macan. Câmbio robotizado PDK 7 marchas. Não passa vergonha: vai de 0 a 100 km/h em 7,2 s. Vendas no Salão do Automóvel, outubro. Preços incalculáveis neste país atolado, política econômica e criminalmente, mas na Europa significa 10% a menos ante antiga versão inicial com 340 cv.

macan1 red  E O ESPÍRITO SANTO JÁ FABRICA VEÍCULOS. AMÉM macan1 red

Porsche Macan, motor menor

Complicação – Problema das emissões dos motores diesel VW acima do parâmetro legal; providências internas e externas tomadas pela empresa para resolver; aparência de ter o caminho da resolução, minguaram semana passada.

– O chefe da operação do órgão de meio ambiente da Califórnia, o estado mais jogo-duro na matéria, declarou achar difícil a VW dar solução eficiente e em prazo legal, as 82 mil unidades fora do padrão, ali circulando.

Mais – A VW não perdoou a erupção do assunto depois de tantos gastos para resolver, e demitiu o presidente da operação EUA — é o terceiro a perder o posto. Em sua gestão, centrada em fazer lobby em várias instâncias do governo, propôs pagar bônus de compensação aos compradores dos VW/Porsche/Audi diesel, e sua saída provocou protestos da associação de revendedores.

Outro – Audi iniciou produzir o SUV Q3 no Brasil. Pequenos passos de nacionalização, incluindo nova linha exclusiva para o modelo, dentro da fábrica da VW em São José dos Pinhais, PR. Motor 1,4, injeção direta, turbo, flex, fazendo 150 cv. Audi mais vendido em 2015.

Especial – Nas festividades para marcar seu patrocínio aos Jogos Olímpicos Rio 2016, Nissan faz milhar da versão March Rio 2016. Motor 1600, aplicações externas, plaqueta numerada, cuidados em infodiversão, a R$ 54 mil.

Solução – Atrasada no projeto para montar caminhões e vans chineses localmente, Foton Aumark do Brasil tomou R$ 65M emprestados ao BNDES, e foi ao óbvio: comprará tais serviços à gaúcha Agrale, em Caxias do Sul, RS. É do ramo e aplicará expertise e espaço antes destinados à feitura dos caminhões International, recém e novamente escafedida do país.

Paralelo – Projeto Foton em Guaíba, RS, continua hoje apenas terraplanado e cercado. A partir de junho Agrale montará caminhões para 3,5 e 10 t. Em comunicado à imprensa, a Foton omitiu o nome do parceiro. Curioso. No Brasil a Agrale tem imagem e credibilidade, ante a desconhecida chinesa chegante.

Negócio – MWM de motores diesel fechou acordo comercial com a Doosan coreana: fornecerá unidades de 4,8 litros para equipar geradores. Coisa boa, 2.500 anuais em contrato inicial de 5 anos.

Ampliação – Ante a obviedade que o passar do tempo reduz a presença de clientes nas revendas dos fabricantes, Mitsubishi criou o sítio Reparador Mit (www.reparadormit.com.br) para oficinas independentes.

Dá acesso à literatura técnica e catálogos de peças originais, melhorando o padrão de manutenção e reduzindo índice de erros nos produtos.

Caminho – Volkswagen propõe casamento de longo prazo aos clientes com Plano da VW Financial Services: entrada entre 30 a 50% do valor, prestações menores 25% relativamente a financiamentos comuns e, ao final de 35 meses, cliente dá-lo de entrada no valor de 30% de outro Volkswagen igual, 0-km. Vale para Gol, Voyage e Saveiro. Mais? (http://www.volkswagensemprenovo.com.br).

Velocidade – Outra edição do Velocult, evento histórico-cultural pilotado pelo artista Paulo Soláriz:Interlagos, a faculdade do automobilismo, aberto ao público desde 13 de março a 02 de abril, em seu tradicional porto, o Espaço Cultural do Conjunto Nacional — av Paulista, 2073, São Paulo, SP.

Atualidade – FCA deu destino à mítica fábrica de Arese, perto de Milão, de onde saíram gerações de Alfa Romeo: será o Arese Shopping Center, com 200 lojas e 25 restaurantes. O agora pequeno Museu Alfa Romeo estará no local.

Araxá – Mais famoso e elegante dos encontros de automóveis antigos no país, o Brazil Classic Show, XXII edição em maio, 25 a 29, não terá patrocínio da Fiat, tradicional apoiadora. Cortes nos gastos institucionais. A mineradora CBMN continua. Inscrições abertas em www.brazilclassics.com.br

RN

rnasser@autoentusiastas.com.br
A coluna  “De carro por aí” é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.

MERCEDES INAUGURA FÁBRICA DE AUTOMÓVEIS

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Mercedes iniciou comemorar 60 anos de atividade industrial no Brasil inaugurando sua quarta fábrica. Em São Paulo, como o são a pioneira em São Bernardo do Campo, para caminhões, Campinas. Em Juiz de Fora, MG, a unidade dedicada a automóveis teve mudada sua vocação para produzir caminhões.

Desta vez, Iracemápolis, 65 km de Campinas, 22.000 habitantes e atividade basicamente agrícola. Lá Mercedes comprou pedaço de canavial com 2,5M m² — 100 alqueires paulistas, 50 goianos —, e igualou recorde da Toyota na fábrica em Indaiatuba, 13 meses para mudar produto local, de cana a automóveis.

R$ 500 milhões investidos, 90.000 m² de área construída, capacidade de produção em 20.000 unidades anuais, gerando 600 empregos diretos. Indaguei a Marcus Schäfer, diretor mundial, situando, a meu ver, relação elevada entre o quantum de mão de obra e a produção, sinalizando pouca automatização. O executivo alemão confirmou a baixa produtividade, informando fazer parte do projeto, pois a baixa automatização permite rápida mudança na estrutura industrial para substituir ou incluir um novo produto. Tal postura permite montar veículos com estrutura inteiramente diferenciada, como o Classe C, com tração traseira, e o GLA, dianteira. Mercedes inicia com Classe C e, segundo semestre, GLA. Possibilidade de incluir outro produto demandará pouco tempo.

Festa bonita, bem montada, boa notícia, exceção nestes tempos. Evento positivo, criador de empregos diretos e indiretos, entretanto não contou com a presença da Presidente Dilma. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mandou gravação. O do Trabalho, pasta colecionando os piores índices de performance, foi. Miguel Rosseto chegou atrasado uma hora, mantendo o governador paulista Geraldo Alckmin e a diretoria da Mercedes à espera. Em meio ao calorento canavial, festa sem gravata, foi com uma ofuscantemente vermelha, acentuando ser ministro do PT e não do Estado brasileiro. Entrou mudo, saiu calado. A Mercedes teve a delicadeza aos presentes de não lhe dar a palavra. Prefeito de Iracemápolis, ausente da relação dos discursantes, foi objetivo: passou a mão no microfone e registrou.

Quanto a preços não haverá redução. O Classe C, de produção iniciada e vendas em abril, manterá o preço das unidades remanescentes — a partir de R$ 144 mil. A instalação dessas fábricas de nova geração e seus produtos tem sistemática de muitos itens importados, alguma mão de obra e poucas peças nacionais, seguindo a regra do programa Inovar-Auto. Peças importadas são pagas em moedas caras.

Inicia importando quase todo o carro, com agregação de componentes nacionais — como ocorreu ao início da indústria automobilística brasileira. Modernidade está no contrato com a ZF/TRW, importando partes e montando eixos traseiros e dianteiros, fornecendo diretamente na linha de montagem na sequência de produção. Montará em Sorocaba e construirá 2.000 m² na área fabril. Fábrica é autossuficiente em energia, com cogeração — uso de gás natural para produzir energia elétrica e térmica — e dois motogeradores GE para 2,7 mW.

Melhor frase, do contido governador paulista: se há paraíso, lá se anda de Mercedes.

 

VW Saveiro. Dividir para aumentar

Mercado em queda, processo de re organização interna, a Volkswagen tomou coragem, mexeu na linha e na lógica da linha Saveiro, separando visualmente as versões. As de trabalho, agora ditas Robust, cabine simples, aparência e interior antigos. Superiores Trendline e Highline, com trato estético, opções de cabine estendida ou dupla. Acima, Cross, cabine estendida ou dupla, e caracterização de carro valente. Três categorias, quatro versões, dois motores.

Mudanças

Versão de base, Robust é para uso intensivo, sem exigência de aparência ou confortos maiores. Nas superiores, a atualização estética dos novos Gol e Voyage, capô mais alto, em novo desenho, e grade frontal com dois frisos longitudinais. De acordo com a versão, cromados unindo faróis. Aumentou a tomada de ar frontal.

Atrás, lanternas maiores, tridimensionais, e tampa da caçamba com linhas mais retas. Dentro, novo painel e volante multifuncional, como nos novos Gol e Voyage. Opcionalmente, o sistema App-Connect permitindo demanda da moda, o espelhamento do telefone celular com a tela de 15 cm.

Mecanicamente o caminho ecológico da redução de consumo, via alongamento das relações da transmissão, e investimento para dar aparência de solidez com pneus ecológicos, medidas 205/60R15, e maior área de contato no solo. Mais 34 mm em altura, para-choques redesenhado, gerando melhor ângulo de ataque e trato em funções ásperas e estradas sem asfalto.

Versões inferiores, Robust, Trendline e Highline com o antigo motor com 1,6 litro e 8 válvulas, 101 e 104 cv a gasálcool e álcool, acelerando em média, de 0 a 100 km/h em torno de 11s, e velocidade final acima de 170 km/h. Cross, superior, tem o novo motor 1,6 e 16 válvulas, 110 e 120 cv, números melhores, e controle de tração, bloqueio de diferencial, e opção de pneus de uso misto.

VW quer reduzir a distância de vendas a separar o Saveiro do líder Strada Fiat.

 

Quanto custa

 

Saveiro 2017 R$
Robust 43.530
Trendline Cabine simples 47.970
Trendline Cabine estendida 52.730
Trendline Cabine dupla 56.270
Highline Cabine dupla 63.070
Cross Cabine estendida 66.110
Cross Cabine dupla 69.250

 

Foto Legenda 02 Coluna 1316 - SAVEIROS  MERCEDES INAUGURA FÁBRICA DE AUTOMÓVEIS Foto Legenda 02 Coluna 1316 SAVEIROS

Saveiros

 

Fim de semana, o Pé na Tábua

É a mais divertida corrida de automóveis e motos antigas realizada no Brasil. Dá-se em Franca, SP, e reúne veículos produzidos até 1937 em provas de velocidade no pequeno circuito Speed Park, e atração como a anticorrida Prova da Marcha Lenta. Vence o mais demorado a percorrer 400 m, andando em primeira velocidade, marcha lenta, piloto caminhando ao lado do automóvel, controlando os bigodes do acelerador e do ponto de ignição.

É evento familiar, nacional, atraindo concorrentes de Brasília, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Belo Horizonte, Campinas e sensível delegação do Clube do Fordinho, com sede na capital paulista e associados por todo o país.

Mais conhecido participante é Nélson Piquet, tricampeão mundial de Fórmula 1. Leva velho carro de corridas Lincoln, de 1927, com equipamentos recentes, desenvolvidos para melhorar seu rendimento. Junto, o caçula Pedro, abrindo caminho na temporada europeia. Presença provoca competidores, preparando e desenvolvendo seus carros na esperança de superá-lo.

Dias 25 a 27. Mais, www.penatabua.com, acompanhamento pela fanpage www.facebook.com/corridapenatabua

Foto Legenda 03 Coluna 1316 - PIQUET  MERCEDES INAUGURA FÁBRICA DE AUTOMÓVEIS Foto Legenda 03 Coluna 1316 PIQUET

Piquet, Pé na Tábua. Pleonasmo

 

RODA-A-RODA

Alfa – Após a apresentação do Alfa Romeo Giulia, sedã com grande dotação tecnológica a partir de seu motor V-6, 3,0, biturbo, 505 cv, à venda em abril, apreciadores, possíveis clientes e interessados, sondam a potência da versão 2,0, a de maiores vendas na nova família.

E? – Motor L-4, 2 litros, desenvolvido sobre o 1750 aplicado ao 4C. Potência não divulgada é objeto de especulação e projeções, sem informação oficial.

Agora – Porém no Amelia Island Concours d’Élegance, semana passada, Flórida, EUA, recepcionista no estande da marca, entregou a medida: 275 cv.

Mobi – Próximo Fiat, o Mobi, menor em volume e preço, já emplacado para treinamento de revendedores. Motor 1,0, L-4, revisado. Após, um 3-cilindros.

Foto Legenda 04 Coluna 1316 - MOBI  MERCEDES INAUGURA FÁBRICA DE AUTOMÓVEIS Foto Legenda 04 Coluna 1316 MOBI

Mobi, novo Fiat, chega em abril

 

208 – Silenciosa, sem chamar atenções, Peugeot preparou novidade maior na 2a série do seu 208, motor de 3 cilindros, 12 válvulas. Moda mundial. Não é 1-litro, como os demais, porém 1,2.

Fora – Foge do saco de gatos intensa briga de motores 1,0 e clientes de menor renda. Mantém postura de fabricante de veículos com charme. Festa por Ana Tereza Borsari, primeira mulher a conduzir fabricante no Brasil.

Resultado – Com 90 cv busca compatibilizar preço, performance e consumo. Motor importado em partes e montado no Brasil. Depois, produção. A seguir, versão turbo, com 110 ou 120 cv. E caixa  automática 6 velocidades.

Sim – Nissan confirmou terá pronto o subSAV Kicks nos Jogos Olímpicos, agosto. Patrocinadora do evento, pretende incluí-lo em toda a programação, e conseguir o maior retorno possível em divulgação.

Ainda não – Frustrou-se quem esperava o próximo Nissan nacional oferecendo câmbio automático — um sistema CVT, como a empresa adota. Automóvel chegou — é a edição especial Rio 2016, em 1.000 unidades. Câmbio, não.

Também – Sem patrocínio aos Jogos, Kia também quer aproveitar o evento. Nele lançará o Rio, hatch pequeno, 1,6, flex, produzido no México. Esperança para decolar negócios e salvar empregos na contraída rede de revendedores.

Saída – Hyundai por sua fábrica em Piracicaba, SP, iniciou exportar modelo HB20. Inicialmente ao Paraguai, onde a marca é a segunda mais vendida: 600 unidades do modelo tipificado como aventureiro.

Conjuntura – Aficionados dos grupos Alfa Romeo deixaram de ir às reuniões com camisa vermelha, cor da marca. Trabalham, tem renda, pagam impostos, não querem ser confundidos com petistas, petelhos, petralhas, et caterva.

Surpresa – Brasileiros chegando em Orlando, EUA, inquiridos pela autoridade sobre propósito da viagem, informam: exposição de antigos em Amelia Island. E ouvem, surpresos: conhecem o sr. Pôzôlli, colecionador em San Paulo?

Mito – Og Pozzoli, 85, industrial, último remanescente da trinca implantadora do antigomobilismo no Brasil, detentor de larga coleção. Curiosidade, EUA e Orlando não integram seus roteiros de viagem. A fama o precede. Grande Og.

Retífica RNColuna passada, sobre instalação da primeira indústria automobilística no estado do Espírito Santo, leitor WSR lembra a produção do Tribus pela então líder e poderosa Viação Itapemirim. Tem razão.

Verdade – Lançado em 1982, foi projeto com maior dose de regionalidade, desenvolvimento próprio, como a inversão dos eixos traseiros — o de tração à frente do destinado a apoio, para impedir oscilação; ótimo isolamento termoacústico; maior capacidade cúbica para bagagem; rodar confortável; possibilidade de receber motores variados — Mercedes, Scania, Fiat, Cummins.

Origem – Era construído pela Revisa, empresa do grupo, e se encerrou ante exame de custos. Destinava-se a repor frota interna; sem vendas a terceiros, chegando ao ponto de a produção ser pequena, custosa relativamente à estrutura para produzi-lo. Ao seu tempo foi o melhor ônibus rodoviário do país.

Foto Legenda 05 Coluna 1316 - ITAPEMIRIM2  MERCEDES INAUGURA FÁBRICA DE AUTOMÓVEIS Foto Legenda 05 Coluna 1316 ITAPEMIRIM2 1

Foco – Volvo lançou ônibus para fretamento e viagens de média distância. Motor diesel L-6, 10.000 cm³, 310 cv e 153 m·kgf de torque, chassis mais leve, carrocerias com até 14 m de comprimento. Transmissão automatizada.

Tudo – Toda a frota de transporte urbano em Anápolis, Go, é de ônibus Volkswagen. Grupo São José detém a operação e adquiriu mais 103 unidades superando duas centenas de ônibus para servir aos 320 mil habitantes.

GenteGuido Lombardi, jornalista, ex Nissan Argentina, novo endereço. OOOO Operação argentina da Volkswagen. OOOO Coordenará toda a comunicação – público interno, externo, imprensa, governo. OOOO VW dele espera localizar e remover os pregos na cadeira. OOOO Posição é de elevada rotatividade. OOOO Guilherme Junqueira Franco, do ramo, mudança. OOOO Saiu da Goodyear para expandir italiana Corghi no país. OOOO Faz equipamentos de precisão para montagem, balanceamento e alinhamento de pneus. OOOO Homologada por fabricantes de pneus e de automóveis, como a Ferrari. OOOO Anand Mahindra, presidente do conglomerado indiano com seu nome, reconhecido. OOOO Foi para a lista da prestigiosa revista Barron’s, como um dos 30 melhores CEOs do mundo. OOOO Dentre suas empresas, produz ônibus, caminhões, tratores, motos. OOOO

RN

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A coluna “De carro por aí” é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.

FÊNIX FERRARI

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Na gradação da atividade de preservar veículos antigos, árduo trabalho de particulares para resgatar — às vezes exumar — referências para gerações posteriores, há degrau superior: o resgate à originalidade de exemplares ao nível de pré-sucateamento. Está ligado ao perverso ciclo capitalista, iniciado com período áureo de Cinderela, quando novo, brilhante, de proprietários abonados, indo ao ocaso plúmbeo, dias de gata borralheira, de carro surrado, não elegível para corridas, de proprietários sem orçamento e/ou glamour.

A valorização mundial dos automóveis antigos, o decolar de valores, o superior marketing da marca, o despertar do mercado com investimentos para salvar unidades antes desprezadas, fez a Ferrari entrar na janela de negócios e criar área específica, o Ferrari Classiche, para restaurar carros da marca. Tem referências, desenhos, artífices, expertise de época, capacidade de recuperar ou fazer peças, encomendar acessórios. Enfim, por soma nunca divulgada, pois quem tem meios para tal não comenta montante, revive sucatas, realiza sonhos.

Vizinho

É o caso do Ferrari 225E, unidade 0178, de 1952, então comprada diretamente na fábrica pelo argentino Conde Antonio Sterzi. Gentleman driver Sterzi fez o esperado a comprador de Ferrari nesta época. Era carro de corridas, e a aplicação foi esta. Com o italiano Nino Rovelli estreou-o na Mille Miglia. Em seguida, motor amaciando, com Bruno Sterzi ganhou a Coppa Della Toscana, e correu a Subida de Montanha Bolzano-Mendola; a Coppa Intereuropa de Monza.

Sterzi o vendeu e o 225E/0178 passou por incontáveis proprietários, desgastes, perdas e, caminho sem glória, chegou próximo ao vale da morte: ter-se incendiado indo à destruição quase completa.

Fênix

Mitológica ave grega define o processo. Base e motor se salvaram, mas aos critérios das décadas anteriores, era apenas um carro velho, diferente, de uso quase impossível em rua — e incendiado. Nos anos 80 alguém cometeu uma reforma. A argentinos, serviço media boca. A italianos mezza bocca… Na prática, inutilizável.

Destino adiado, e o passar do tempo deu-lhe direção ascendente, valorizando, evoluindo de sucata a investimento para resgate. Tais restos automobilísticos foram adquiridos por Daniel Sielecki, abonado colecionador argentino — único sul-americano já premiado no festejado Pebble Beach Concours d’Élegance. Comprou, fechou a gaveta das emoções, abriu a de providências executivas, mandou-o ao Ferrari Classiche.

Disse o Riparto Classiche — como dito com intimidade na empresa mãe —, a maior dificuldade não estava em restaurar a carroceria, pois para isto o triângulo Maranello- Turim-Milão inclui incontáveis artesãos capazes de moldar portas, capôs, para-lamas, e muitos etc com tasso e calço em chapas de alumínio. Nem sequer a parte mecânica, com itens residuais concedendo ser copiados.  Problema estava no interior, instrumentação, painel, e detalhes do revestimento. A empresa fabricava carros de corrida, e componentes de acabamento e decoração, fornecidos por terceiros, escapavam ao interesse maior, incluindo projetos, desenhos e arquivo.

Sem referência, a Ferrari fez pesquisa mundial em coleções e museus para apurar a maior constância de tais itens entre os carros sobreviventes, e escolher, à base do maior percentual, a ser reproduzido. Teve sorte na missão: há três anos restaurara exemplar de 225S, do mesmo ano, para colecionador brasileiro, sucesso no Encontro de Araxá, pico da elegância antigomobilista tupiniquim.

Restante foi fácil, encomendando e fazendo itens de composição, painel, instrumentos, bancos, etc, desviando-se do vermelho, óbvio no imaginário mundial, caindo na realidade do azul escuro na parte inferior e branco sujo no teto, o saia-e-blusa praticado à época. Daí finalizou com estofamento em couro.

A ser lembrado na história de tal resgate, em 1952 a Ferrari tinha apenas seis anos de operação, era quase uma garagem velha, dedicada à tosca construção de carros de corrida — monopostos e bipostos conversíveis, os Barchetta, e os de teto rígido, os Berlinetta, como no caso. Eram carros para competição, duros, desconfortáveis, carrocerias moldadas artesanalmente por fornecedores externos, acabamento sem preciosismo, concedendo, ás vezes, andar na rua. O 225 foi feito apenas no ano de 1952, e em quantidade reduzida. Seu número indica, era o 178o produto desde o início da empresa.

Não se sabe o custo da operação fênix, entretanto como referência, meses atrás, um 225S Barchetta, atingiu em leilão nunca imaginados 6M de euros.

A foto de abertura mostra um feliz Daniel Sielecki deixando  a Ferrari com seu 225E revivido

DeLorean, a volta

Um automóvel cuja história daria movimentado romance. Bem se adapta ao DeLorean, projeto e entusiasmo do engenheiro John Zachary DeLorean, ex enfant gatée da GM, criador do Pontiac GTO, festejado Muscle Car. Saiu da corporação para ter marca e carro próprio carro na Irlanda, em incentivado processo.

O automóvel era, por si só, atrativo pela carroceria em aço inox, portas abrindo para cima, como asas de gaivota, e motor V-6, 130 cv, de custos divididos entre Peugeot, Renault e Volvo, de performance aquém do pretendido.

Apesar da maciça divulgação pelos filmes De Volta Para o Futuro, complicações, como uma nublada armação para prendê-lo por tráfico de entorpecentes, foi mais um componente na história e acelerou o fim da aventura.

Mas há novidades. Rex Parker, californiano de mãe e passaporte brasileiros, residente em Huntington Beach, próxima a Los Angeles, Califórnia, maior concentração de veículos por qualquer medida, surpreendeu-se com chegada da DeLorean à sua vizinhança. E mandou este texto para a Coluna:

POR MAIS INCRÍVEL QUE SEJA, TUDO AQUI PARA O SEU DELOREAN!

Difícil imaginar, mas aqui mesmo em Huntington Beach há uma revendedora DeLorean.  Isso com o último carro tendo sido produzido em 1982!

Disponíveis são carros completos e operações de serviço para quem já é dono de alguma unidade.  E, claro, os “Flux Capacitor” para quem não tem carro.  Acessório importante, não é?

E para quem quer um 0-km, no ano que vem eles vão começar produzir carros novos.  Não com o velho motor V-6 PRV, mas com novo, atualizado.  Ainda em plástico (compósito de fibra de carbono) e chapas de aço inox.  Do estoque remanescente quando a fábrica fechou na Irlanda, sobraram peças para fazer mais uns 3.000 carros (a produção entre 1981-1982 foi de uns 9 mil DeLorean).

Quantos dos originais sobrevivem? Uns 6.500-7.000 no mundo inteiro. Depois do passar do tempo e ganhar ares de celebridade, há dezenas de recentes Barn Finds todo ano. (Rex Parker, de Huntington Beach, Califórnia).

 

Nota do Editor: No Brasil há três unidades. Flux Capacitor era engenhoca mostrada nos filmes, capaz de fazer o automóvel mover-se no tempo……

Foto Legenda 02 Coluna 1416 - DeLorean  FÊNIX FERRARI Foto Legenda 02 Coluna 1416 DeLorean

Depósito, revendedor e futura fábrica dos renascidos DeLorean (Foto de Rex Parker)

 

RODA-A-RODA

Xing ling – Próximos carros pequenos GM em países emergentes terão base chinesa, produto da aliança com a SAIC, marca de lá.

Substituto – É Projeto GEM — Global Emerging Markets —-, plataforma de baixo custo, substituindo Sonic, Aveo, Classic/Sail, Onix/Prisma, única para América Latina, África, Ásia e Oriente Médio. Foca economia de escala.

Papel – Para 2018, projeta, apenas no Brasil, fazer 510 mil unidades.

Questão – Processo não está claro e liso. Precisa de resposta do governo federal. Presidente da GM pediu à Presidente Dilma estabilidade política e econômica para manter investimentos e a produção no Brasil. Pelo momento atual talvez tenha que mudar para a Argentina ou aguardar cenário clarear.

Global – Subaru exibiu primeiros dados de sua nova plataforma global. Manterá motor de cilindros horizontais contrapostos, tração All-Wheel Drive, e tecnologia Eye Sight identificadora da proximidade de obstáculos e pedestres.

Foto Legenda 03 Coluna 1416 - Subaru  FÊNIX FERRARI Foto Legenda 03 Coluna 1416 Subaru

Nova plataforma global Subaru (Divulgação Subaru)

Resultados – Quer dobrar a rigidez torcional, conseguir melhor dirigibilidade, segurança, baixar o centro de gravidade reduzindo a distância do solo e aumentar a estabilidade. Servirá a todos os produtos.

Mobi – Mais novidades sobre o Mobi, menor e mais barato dos Fiat, com apresentação em abril: tampa traseira em vidro; intocado motor Fire, 4 cilindros, 1,0. Sonhado motor de 3 cilindros e 12 válvulas não ficou pronto.

Vai bem – Mobi pesa entre 80 e 100 kg menos relativamente ao Uno, e por isto tem resultado dinâmico, emissões e consumo bem ajustados, dispensando intervenções. Três cilindros no Salão do Automóvel, outubro.

Aliás – Fabricantes e importadores preocupados com o Salão do Automóvel. Promete-se mudar de lugar na edição deste ano, deixando o mal instalado Anhembi, indo à São Paulo Trade, área do antigo Espaço Imigrantes.

Questão – Problema é não tê-lo pronto, com reforma dos 40.000 m² de área expositiva; construção de 50.000; ar-condicionado geral; centro de convenções com um ha; e estacionamento coberindo 4,5 mil vagas. Falta muito.

Elétrico – Correios testarão, por três meses, furgão elétrico chinês BYD. Capacidade para 800 kg, tocado por baterias de lítio-fosfato de ferro, autonomia de 200 km, superior à média das entregas postais.

Meta – Aferirá resultados de custos no transporte de cartas e encomendas, e na difícil meta de reduzir, até 2020, de 20% nas emissões poluentes.

Cliente – Maior comprador de veículos à indústria automobilística, 15% do volume, setor de locação de veículos crê, para ele, números serão menos ruins ante os da economia e do setor. Compras caíram 18,4% e o mercado, 24,2%.

Quem – Fiat mantém liderança vendendo 16,5%. Renault, antes terceira, cresceu de 7,9 para 12%; VW caiu a terceira, de 16% a 10,5%. Ford saltou, de merréticos 3,2% a 7,9%, e GM desceu à 5ª. posição, de 8,3% a 7%.

Qualidade – FPT Industrial, fabricante dos motores diesel utilizados por Fiat e Iveco padronizou em sua área técnica, em Sete Lagoas, 70 km ao norte de Belo Horizonte, MG, todas as metodologias de análise e sinergia com o mercado.

Na prática – Diz, reduziu o índice de falhas e, no campo pesquisa entre clientes demonstrou os motores F1C Dual Stage de 170 cv, NEF 6, de 280 cv, e Cursor 10, com 420 cv, como os melhores do mercado em suas categorias.

Jogo duro – Shell aumentou a família Rimula de óleos lubrificantes para motores diesel para serviço pesado. É o R3 Multi SAE 15W40. Pela multiviscosidade promete reduzir consumo de lubrificante em até 30%. Será?

Ação Proteste, Associação de Consumidores, e Consumers International, reunindo consumidores de 140 países, levaram jornalistas ao Autódromo de Interlagos para demonstrar e eficiência do controle eletrônico de estabilidade.

Pressão – Querem apoio institucional para pressionar o Conselho Nacional de Trânsito e, antecipar ao segundo semestre de 2017 a obrigatoriedade de os veículos nacionais portarem tal equipamento. Pelo Contran obrigação é 2022.

Hermanos – 10 de abril, nova edição da Expo Auto Argentino, a veículos argentinos, no Clube de Campo La Tradición, em Moreno, beiradas de Buenos Aires. Esperados mais de 200 veículos, clubes, associações.

Tema – Festeja 50º aniversário do ícone argentino, o IKA Torino. Ocasião para compra de peças e automobilia. Organização pelos editores dos sítios Autohistoria e Coche Argentino, com apoio do Rotary Club de Francisco Alvarez.

GenteLaurent Barria, francês, diretor de marketing da Citroën e DS no Brasil, promoção.OOOO Diretor de marketing na matriz francesa. OOOO Em seu lugar, Nuno Coutinho, 40, administrador, português. OOOO Planejava produtos e preços para a América Latina. OOOO De uns anos para cá descobriram talentos lusos. OOOO O líder da PSA, holding de PSA para o Mercosul, Carlos Gomes, é de lá. OOOO Em âmbito maior, Carlos Tavares, presidente da PSA mundial, patrão geral, também. OOOO Mário Guerreiro, vice-presidente de comunicações da VW of America, no centro do furacão da crise com motores diesel, idem. OOOO Outro Mário, Rodrigues, engenheiro, 51, também português, chefe de produção na fábrica VW de São Bernardo do Campo, SP. OOOO
Rodrigo Leite e Marcelo Ghigonetto, jornalistas especializados, mudança. OOOO  Foram para o time Honda de relacionamento com a imprensa. OOOO Honda dispensou agência SP2Publicom para concentrar esforços sob o mesmo teto. Flávio Padovan, recentemente nomeado vice-presidente de Vendas e Marketing para todas as marcas da CAOA — Hyundai, Ford e Subaru — e na empresa desde junho de 2014, decidiu deixá-la. OOOO

 

60 anos entre o sonho e a realidade

190  FÊNIX FERRARI 190

Mercedes começaria no Brasil com o 190…

Mercedes-Benz inaugurou fábrica moderna em Iracemápolis, SP, Capacidade de 20 mil unidades/turno/ano, produção inicial dos sedãs Classe C, motor 1,6, turbo, injeção direta, 186 cv.

É uma espécie de cumprimento de desejo após seis décadas. Em novembro de 1956, pela Resolução 9, o GEIA, grupo encarregado de implantar a indústria automobilística no Brasil, aprovou o projeto da alemã Mercedes-Benz de produção de caminhões e automóveis, o 190 sedã. Motor 1,9, cerca de 85 cv de potência. Era o modelo W121. Nunca o fez. À época era mais importante revolucionar o mercado de ônibus, inovando com o monobloco, com suspensão dianteira por molas helicoidais, alterando o projeto constando da Resolução 9, de novembro de 1956.

Posteriormente a Mercedes criou fábrica em Juiz de Fora, MG, para fazer o Classe A. Automóvel futurista, o melhor tecnologicamente dotado no Brasil do fim do século passado, não se viabilizou por questões de nacionalização de componentes. Após encerrar-se, a Mercedes, para adequar-se aos incentivos da operação, montou unidades da Série C em versão cupê, mas durou apenas o período incentivado, transformando a fábrica para produzir partes de caminhões.

Voltou agora, fábrica específica e, como produto, o mais vendido da marca.

Foto Legenda 05 Coluna 1416 - Classe C  FÊNIX FERRARI Foto Legenda 05 Coluna 1416 Classe C

…questões paralelas atrasaram 60 anos, mas agora faz o Classe C

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FÊNIX INGLÊS, O JAGUAR XKSS RESSURGE DAS CINZAS

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Imagine uma operação apta a ser chamada Resgate Histórico. É o projeto da Jaguar Land Rover para refazer limitadas nove unidades do Jaguar D-Type em sua versão travestida para uso quase civil e denominada XKSS. Duas primeiras letras indicam evolução sobre o XK 150 — no modelo inicial o numeral 120 indicava-o como o primeiro automóvel de série a cravar 120 milhas por hora — uns 193 km/h verdadeiros. Por que nove ?  Foi o volume de unidades pronto, apto a entrega e destruídos no amplo e geral incêndio na fábrica de Browns Lane, no interior inglês, onde era montado mesclando operações industriais e trabalho artesanal.

Em gradação histórica, o XK 120 evoluiu para o C-Type, e dele a Jaguar resolveu fazer projeto específico para carro de corrida, chamando o designer Malcolm Sayer para, sobre o conceito visual criado pelo fundador e alma mater da Jaguar, o depois Sir William Lyons, evoluir a novo produto com DNA de estilo Jaguar. Do lápis de Sayer nasceu o D-Type, uma evolução em tudo, não apenas em preparação, mas também em projeto tratado como um verdadeiro carro de corrida — um bom carro de corrida, e não limitado a carro de série aperfeiçoado.

Lyons entendeu estar de bom tamanho e autorizou a produção de série inicial de 300 unidades, num processo industrial diferente da linha onde fazia os sedãs MK VII e o XK 140. Pelo fato de utilizar muitas operações manuais, a atividade construtiva foi transferida para a fábrica de Browns Lane, isolada, forma de separar, sem permitir interface entre processos produtivos tão diferentes.

Bom produto, venceu a demolidora 24 Heures Du Mans de 1955, 1956 e 1957. Em 1956 bateu recorde: seis carros conquistaram os seis primeiros lugares — marca nunca superada — e em sete anos venceu a famosa prova de resistência cinco vezes. Le Mans sempre se constituiu em argumento de vendas para compradores na Europa e do mercado maior, os EUA.

Usava fórmula de hábil aplicação pelos ingleses, a relação peso-potência. Aproveitando tecnologia aeronáutica mesclaram soluções, num misto de monobloco em alumínio, subchassi e treliça em tubos de aço, em junções por parafusos, vestindo-o com carroceria em alumínio moldada à mão. Na prática numérica o motor convencional Jaguar, evolução do surgido pós-guerra no XK 120, um seis-cilindros em linha, bloco de ferro, cabeçote em alumínio abrigando dois comandos de válvulas, 12 válvulas, quase 3,5 litros de cilindrada, alimentação por três carburadores Weber 45, duplos, horizontais, fazia potência variando entre 250 e 262 cv. Mecânica incluía câmbio com 4 marchas à frente, embreagem multidisco, e inovadores freios a disco Dunlop. Pesava, ao final, em torno de 900 kg. Pouco peso, muitos cavalos, deram resultados dinâmicos em bom status mesmo comparados com números atuais: 0 a 100 km em torno de 7 s; velocidade máxima em torno de 250 km/h — alguns diziam, cravara 260 quilômetros horários.

Ingleses eram, então, bons de construção em carros de corrida, porém fracos em lobbying, não tinham acompanhamento nem voz ativa na feitura dos regulamentos. Enquanto bebiam cerveja quente na Velha Ilha — dizem, por conta da dúbia qualidade das geladeiras Lucas… — o regulamento das corridas foi mudado, e o D-Type barrado no baile. Da série projetada para 300 unidades, haviam vendido 68, tinham carros em sequência de produção, e 25 unidades prontas para ser vendidas a pilotos. Tornaram-se invendáveis com a mudança das regras esportivas.

Sayer e os artífices foram chamados para transformá-los em veículos quase usáveis em rua, o passo inicial para os hoje tão comuns superesportivos.

Mudaram a parte traseira, eliminando a asa aerodinâmica nascendo após o arco de proteção para a cabeça do piloto, amenizaram a elevação dos para-lamas, criaram um para-brisa, acharam meios para receber para-choques e novas luzes posteriores. No lado esquerdo do habitáculo, retiraram a cobertura aerodinâmica — o tonneau cover — e no espaço criaram o banco para acompanhante e uma porta para acesso, aplicaram diáfanos para-choques. Curiosidades, todos tinham volante ao lado direito, aí incluídas as unidades exportadas a países com circulação pela direita; dispensavam uso do marcador de combustível, como os carros de corrida, com o reabastecimento comandado pelos boxes; e mantiveram as pioneiras — e caras — rodas em liga leve injetada, substituindo as clássicas raiadas Dayton e cubos Withworth.

fenix2  FÊNIX INGLÊS, O JAGUAR XKSS RESSURGE DAS CINZAS fenix2

O D-Type 33 foi lanternado e se transformou no XKSS, à frente

fenix3  FÊNIX INGLÊS, O JAGUAR XKSS RESSURGE DAS CINZAS fenix3

Novo perfil incluindo a porta, para-brisa, vidro lateral

Transformaram 25 unidades do D-Type e as denominaram com óbvio nome comercial do mito XK e o SS traduziria Super Sport. Levaram uma unidade para o Salão de Nova York de 1957 e lá venderam todos os 25. Imediatamente entregaram 16, e um incêndio destruiu a fábrica, consumindo as restantes nove unidades prontas, todo o ferramental industrial e manual, estoque, flambou, queimou, torrou, incluindo carros em processo de construção. Encerrou o projeto.

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A fábrica de Browns Lane após o incêndio

Os 16 entregues se transformaram em lenda e foram para os EUA — e de lá, duas para Cuba.

Carro era rápido, andou matando proprietários – como em Cuba, numa corrida reunindo as duas unidades, entre Havana e Playa Vera, um se acidentou, o proprietário morreu, e a sucata foi preservada por anos, até que o inglês Colin Crab, especialista em comprar carros importantes em mercados desimportantes, conseguiu adquiri-los e tirá-los da ilha – já havia feito ações semelhantes no Brasil, Argentina e Uruguai.

Uma das unidades, tratada como ícone, pertenceu ao ator Steve McQueen, sempre identificado com automóveis e motos esportivas. Comprou usada a de número de série 713, restaurou completamente pintando-a em BRG, o Bristish Racing Green, a cor oficial da Inglaterra nas corridas, vendeu em 1967 à William Harrah’s Automobile Collection, em Reno. Em 1978 recomprou, mantendo-o até falecer em 1984. Após, sua unidade foi para o festejado Petersen Automotive Museum, em Los Angeles.

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McQueen e o XKSS…

fenix6  FÊNIX INGLÊS, O JAGUAR XKSS RESSURGE DAS CINZAS fenix6

…e ao volante – seu desenho puro inspirou o do sucessor E-Type

Performance e exclusividade fazem história. Das 16 unidades enviadas para os EUA remanescem 14. Destas 12 foram em prestigioso encontro, o Pebble Beach Concours d’Élegance, na junção de Carmel-Monterey, Califórnia, edição 2010.

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Doze XKSS em Pebble Beach

Fênix, a propósito

Você sabe, todas as histórias envolvendo automóveis antigos tendem a ter a base real desprezada e redirecionada para o romântico caminho a transformá-las em histórias sobre etéreos fundamentos. Usualmente se abandonam as razões fáticas, econômicas, jurídicas, trocando-as por soluções e decisões apenas emocionais. Todo carro antigo tem uma história única, particular, exclusiva. Quando em grupo, então, a coisa desanda e o volume a propele transformar-se em lenda.

É o caso deste resgate iniciado pela Jaguar Land Rover, união das marcas inglesas ora comandadas pelo capital indiano da abonada família Tata. Quando adquiriram a Jaguar e a Land Rover, unindo-as, mantiveram o Jaguar Heritage, espécie de centro de memória da marca, minimuseu com aconselhamentos, venda de livros, miniaturas, camisetas, coisas do gênero. Operação trêfega, distante de marca com tal portfólio de imagem e corridas.

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Projeto de meia dúzia dos E-Type Lightweight deu treino e $$s

Um projeto de marketing, para valorizar a história e a marca fomentou atividades no Heritage, logo anunciando iniciativa: reunir especialistas aposentados, estoques originais — as famosas NOS, New Old Stock — , os artífices em manutenção da mecânica, e os lanterneiros altamente especializados em moldar chapas, e propuseram reedição de seis unidades do E-Type Lightweight, versão do famoso XKE com carroceria em alumínio. Logo as fizeram, vendendo a surpreendentes US$ 1,5M cada. A iniciativa cumpriu o objetivo, dar caminho à junção de equipamentos e talentos, aqueceu motores, afinou a equipe, fez lucro e mostrou, o caminho de cultivar a história é atividade rentável em pecúnia e ganhos institucionais. Com bons resultados o Heritage evoluiu para departamento com mais fôlego, o Jaguar Classic, ampliou espectro operacional, vendendo peças, aconselhamento e aceitando carros para restauração, reforma, reerguimento.

Curiosamente, com todo o apelo de fazê-los chocar nas cinzas de Browns Lane, não chamou a iniciativa de Phoenix, como a mitológica ave grega. Operação economicamente encadeada, construir as nove unidades do XKSS está longe de ser rompante emocional, romântico passeio pelo resgate da história, mas atividade econômica rentável, com resultado paralelo em estruturar-se para auxiliar aos preservadores da marca.

Classificação

Será classificado como Réplica?

Questão a ser debatida, mas o bom senso diz serão carros originais, pois refeitos sobre os desenhos, com metodologia original, pela mesma marca, 59 anos após ter-se encerrado, sob teto e com nota fiscal do mesmo fabricante.

Se motores evoluíram internamente, manterão o mesmo layout externo dos seis cilindros em linha, com a tampa de válvulas em alumínio polido, os carburadores novos – ainda fabricados pela italiana Weber e pelos chineses copiadores. Visualmente única diferença gritante será o pequeno marcador de combustível, não existente no painel de instrumentos fornecido pela Smiths ao XKSS original, terá que ser alojado em algum lugar à vista do condutor.

O projeto do XKSS se enquadra neste gabarito de lucro com história. Em vez dos seis Lightweight, serão nove unidades, como anunciado no Salão de Nova York na semana passada. E, susto, mesmo com o preço fixado em um milhão de libras esterlinas, US$ 1,4M, cinco unidades foram vendidas no ato: duas para clientes dos EUA; dois para gentleman drivers ingleses; outro para a Nova Zelândia. Restam quatro. Afim? Avie-se. Como disse alguém, ora olvidado, aparentemente inspirado neste desagradável pedaço de realidade que nos foi imposto: a vida é curta e incerta – coma logo a sobremesa.

O XKSS

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XKSS 2016 – espera-se, compradores desistam do bagageiro

Bom produto, selecionador de usuários. É quase esperto como um esportivo atual, tem linhas de mito, o meio ambiente transmite as sensações de parte móvel da história, e comportamento dinâmico como um carro dos anos 1960: suspensão dura, direção sem nenhuma assistência, freios ainda bons apesar de nenhum ajutório como ABS.

Espera-se, no refazimento, permitam desenvolver adequações ao uso de ruas e estradas. O carro original, um automóvel para corrida em época preeletrônica para injeção de combustível e  ignição, sem comandos variáveis para as válvulas, tinha marcha-lenta tropicante, falha, irregular a 2.500 rpm por conta da angulação dos ressaltos dos comandos de válvulas. A combinação com relações de câmbio extralongas, para corridas, e a primeira marcha sem sincronização, coisa desconhecida por motoristas com menos de 50 anos, torna a condução operação dedicada. Arrancar com um automóvel destes exige acelerar muito, impondo desgaste maior, fritando a embreagem. Em tais termos, subida de garagem, nem pensar.

A Jaguar não mais produz os motores com seis cilindros em linha, nem o câmbio manual com 4 marchas à frente. Para refazer o XKSS em originalidade aparente, sem empregar os atuais motores L-4 e V-6 turbo, possivelmente se valerá de peças novas ainda remanescentes em revendedores da marca para manutenção da frota usada.

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Motor do XKSS, layout clássico, hoje não mais fabricado

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NOVOS PEUGEOT 208. OPORTUNIDADE E CORAGEM

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Festa e conteúdo para recomeçar. Peugeot resolveu encarar imprevista queda de vendas — 50% maior à perda do mercado —, revendo leque de produtos.

Em todos aplicou atualizações estéticas europeias; a nova filosofia de ser os melhor equipados do segmento; e, na faixa superior, criou duas versões. Uma, Sport, distinta por decoração, com mecânica conhecida, motor 1,6, 16V e 122 cv. Outra, GT, superior, motor THP 1,6 turbo e 173 cv com álcool.

Direção oposta, primeiro degrau de vendas, centrou esforços trocando motor 4-cilindros, 1,4 por um novo, o Puretech, 1,2, com 3 e iniciais 90 cv — na Europa seu turbo faz iniciais 120 cv.

Diz, será o motor mais econômico do país, afirmação a ser aferida ante o up! TSI e o novo Hyundai 1,0 turbo a ser lançado próxima semana.

Coisa fácil

Como produto, é fácil puxar o 208 a melhores vendas. Basta fazer o interessado dirigi-lo. O automóvel, apesar de alguns juízos desconsideráveis, tem o melhor comportamento de direção, suspensão e freios, e é o mais agradável de condução de sua categoria. Quem gosta de dirigir, nele se encontra. O GT promete exponenciar isto, com ótima relação entre a potência gerada pelo motor e o peso do carro a deslocar, em comportamento remunerador aos sentidos, acelerar de 0 aos 100 km/h em apenas 7,6 s, com velocidade final de 220 km/h reais — a álcool.

Complementa com detalhes visuais, mudança do desenho da tomada de ar frontal, o espaço da antiga grade, e para-choques, rodas de 17” em alumínio polido, assinatura óptica por luzes diurnas em LED, e novas e curiosas lanternas tripartidas traseiras. Dentro, inescapável couro negro com pesponto vermelho. Central multimídia, com tela de 17,5 cm.

Para entregar melhor rendimento com o motor turbo, novos ajustes de suspensão, pneus Michelin 205/45R17, com baixo atrito ao rolamento — não é boa altura para convívio com os mal-educados e antitecnológicos buracos nacionais. E sistema ESP de controle de estabilidade, antibloqueio, assistência a frenagens de emergência, função antiderrapante.

No outro extremo, versão de entrada aplica o novo motor tricilíndrico, 1,2, 90 cv, com modernidades como abertura variável de válvulas, pistões leves resfriados por jato de óleo. Usa câmbio manual de 5 marchas.

Intermediária, o conhecido motor 1,6, 122 cv (com álcool) permite uso de caixa automática com 4 marchas — coisa antiga.

Na prática, três opções de motores, três de câmbio, seis de decoração.

 

Quanto custa

1,2 Active R$ 48.190
1,2 Active Pack R$ 51.690
1,2 Allure R$ 54.990
1,6 Alure Auto R$ 59.990
1,6 Sport R$ 60.990
1,6 Griffe automático R$ 64.590
1,6 THP GT R$ 78.990

 

Ford melhora Ranger mirando em Toyota Hilux

Semana passada, quem viu TV em Buenos Aires, Argentina, terá assistido anúncio simpático, provocativo. Da Ford, com o novo picape Ranger 2017. Dizia, em resgate histórico, Quando não havia picapes, nós as inventamos. E ao final encerrava: Tudo se pode superar.Aos ligados no mercado, verdadeira declaração. Anúncios bons são como música do Dorival Caymmi, texto do Rubem Braga, filme do John Ford: sem palavras vãs. E, aos interessados, explicação era resposta aos anúncios dos picapes Toyota, também recém-lançados e superando em venda Fords na Argentina e no Brasil. Dizem eles, Só uma Hilux pode superar outra Hilux.FocoAqui campanha de anúncios pagos não começou, e para a imprensa, mídia sem custo, Ford dividiu o lançamento. Alguns jornalistas uma semana antes, os restantes, nesta. Linha 2117 marca-se por seguir a Toyota: pequenas alterações estéticas, e maior incremento em conteúdo da versão de topo, mais próximo do automóvel, mais distante do veículo de carga.Alteração — leia atualização —, assistência hidráulica para direção trocada por elétrica — não furta disposição do motor, nem cobra por isto. Itens de automóvel na superior versão Limited — alarme de mudança de faixa e correção automática, controle automático de velocidade, alerta de perigo de colisão, sete almofadas de ar, incluindo — para os joelhos do motorista. Engates Isofix para banco de crianças, apoios de cabeça e cintos com ancoragem de três pontos aos cinco ocupantes. E interior com novo painel com similaridade ao sedã Fusion quanto aos instrumentos e tela com 20 cm, no sistema Sync MyFordTouch. No caminho toyotista, rodas aro 18”em liga leve, pneus ditos como ecológicos de menor consumo, e garantia de 5 anos.Pelos equipamentos eletrônicos, aparentemente a versão de topo não se destina a uso em estrada de terra, costelas-de-vaca, buracos, desníveis, imprevistos atemorizadores das frágeis ligações dos itens eletrônicos.Abertura de leque a outros clientes, por maior rendimento ao motor diesel de entrada, 2,2 turbo, evoluindo de 150 cv e 38,2 m·kgf de torque, a 160 cv e 39,3 m·kgf. Muitas opções: tração 4×2 ou 4×4 com redução, caixa manual ou automática com seis marchas. Cabine apenas dupla. Versão superior, motor maior, intocado, 3,2 turbodiesel, 200 cv e 50 m·kgf.Não há mais versões com motor Otto, gasálcool ou flex.
Quanto custaAmpla gradação de preços. Abre na versão mais simples, 2,2 tração traseira, câmbio manual, R$ 129.900. Versão de topo, mais R$ 50 mil, motor 3,2, tração nas 4 rodas e reduzida, caixa automática 6M.

Foto Legenda 02 coluna 1516 - Ranger 2017  NOVOS PEUGEOT 208. OPORTUNIDADE E CORAGEM Foto Legenda 02 coluna 1516 Ranger 2017

Novidade maior do Ranger 2017 é versão 2,2 mais palatável (Divulgação)

J2,o primeiro JAC da América Latina. No Paraguai

Iniciativa do grupo Reimpex, instalações em Luque, lindeira a Assunção, onde monta motos e caminhões, desde início de abril abriga montagem dos pequenos automóveis J2 da chinesa JAC Motors.‘E o ex-quase, aqui indicado pela representação local da JAC como sendo o futuro produto de fábrica não erigida na Bahia, motor frontal, transversal, porém com três cilindros, 1,0 litro, 67 cv, e caixa de câmbio manual com 5 marchas. Direção assistida, ar-condicionado, duas almofadas de ar, vidros elétricos, fecham a aura chinesa de carros bem equipados — e baratos.Responsável pela operação, titular do grupo, Jorge Samaniego, disse ao lançamento cumprir compromisso assumido com Horácio Cartes, presidente da República, de ter fábrica de automóveis equipados e acessíveis ao público. Paraguai, país de economia plana e previsível, em três anos atraiu sensível quantidade de fábricas de autopeças para lá produzir e exportar ao Brasil, gerando 6.000 empregos. Instalações elétricas dos Volkswagen, por exemplo, são paraguaias.Ter fábrica de automóveis, mesmo com primária montagem de partes importadas, é fator de prestígio político às autoridades e indicador econômico. Mercado local é pequeno, e os J2 inicialmente não serão exportados aos colegas de Mercosul, pois não atinge o percentual de regionalização.Mercado pequeno, importa em média 4.000 carros 0-km/mês, e volume maior de carros usados, descartados japoneses, europeus e americanos, mandados ao Chile via Zona Franca de Iquique, e de lá migrando ao Paraguai. Nos carros orientais magarefes mecânicos operam, mudando para a esquerda os comandos originalmente à direita. Governo quer apagar a exceção, fomentando compra de carro novo, gerando emprego e impostos, em lugar dos estrangeiros barrados na inspeção veicular e mandados a países pobres.Estatal Banco Nacional de Fomento abriu crédito a compradores, financiando preço final de 47.000.000 guaranis — uns R$ 31.000 —, em 48 vezes de aproximados R$ 850, por automóvel licenciado, segurado, e primeira prestação em maio.Entusiasmado Samaniego disse, JAC atesta sua empresa como a melhor extra-China, e repetiu, como os cartazes, ser o J2 el primer auto paraguayo. (leia mais)

Foto Legenda 03 coluna 1516 - JAC J2  NOVOS PEUGEOT 208. OPORTUNIDADE E CORAGEM Foto Legenda 03 coluna 1516 JAC J2

JAC J2, o primeiro paraguaio? Não

Memória. Quem diria, primeiro carro paraguaio era Alfa Romeo

Foi em 1967, governo do Marechal Alfredo Stroessner (1954-1989), a instalação da primeira montagem de automóveis no Paraguai. Na mesma Luque, o piloto-industrial ítalo-argentino Giuseppe Vianini, importador de Moto Guzzi para a Argentina, implantou instalações para montar automóveis Alfa Romeo por sua IAPSA – Industrias Automotoras de Paraguay SA.Processo próximo ao praticado quase cinco décadas após pela Reimpex nos JAC: recebia carroceria em partes, alinhava, gabaritava, soldava, pintava e agregava mecânica, elétrica e decoração — desta, revestimento e bancos locais. Boa gama — superior à do Brasil, de monoproduto superado, o FNM 2000, o JK, licença Alfa Romeo, antigo Berlina 2.000 do fim dos anos 50 —, fazia berlinas Giulia 1300; 1600; e os então novos 1750 e 2000. GTVs e conversíveis.Durou tempo indeterminado, entre dois e cinco anos e, por razões nunca tornadas públicas — nem no livro de seu filho Andrea sobre sua carreira de piloto —, a operação Alfa deu lugar a uma Renault, montando-se R4.

Foto Legenda 04 coluna 1516 - IAPSA 2.000  NOVOS PEUGEOT 208. OPORTUNIDADE E CORAGEM Foto Legenda 04 coluna 1516 IAPSA 2

IAPSA 2000, licença Alfa Romeo. Agora carro de coleção

 

RODA-A-RODA

Surpresa – Tesla Motors, fabricante de carros elétricos nos EUA exibiu modelo 3. Menor ante o luxuoso S, autonomia de 500 km, e a partir de US$ 35 mil. Surpreendentes 115 mil pedidos sinalizados com US$ 1 mil no primeiro dia, para entrega em 2017. Carro rápido: 0 a 96,5 km/h em 6 s.

RazõesPor que vendem tanto?  São bonitos, performáticos e com grande autonomia. Concorrentes não juntam as três características.

Mudança – Empresas Peugeot, Citroën e DS sob a marca PSA, novas razão social e logo. Integra início do segundo ciclo da gestão de Carlos Tavares. Primeiro, esforço de salvação, o Back in the Race. Agora, respirando, o tema é Push to Pass. Desnecessário dizer, corrida de automóveis é o esporte do chefe.

Planos – Quer ser vista globalmente por eficiência na produção de veículos e fiel fornecedor de serviços de mobilidade. Novo nome é PSA Groupe. No logo feito em casa, fundo azul profundo simboliza sobriedade.

Foto Legenda 05 coluna 1516 - Logo PSA  NOVOS PEUGEOT 208. OPORTUNIDADE E CORAGEM Foto Legenda 05 coluna 1516 Logo PSA

Novo logo PSA

Acelerador – Com pressa, Tavares surpreendeu acionistas: anunciou planos de retorno aos EUA após 25 anos de saída traumática. Nada de abrir distribuidora, mas devagar, com veículos para uso compartilhado. Segunda etapa, com seus próprios produtos elétricos, como a linha DS.

Nada – Imprensa veiculou ações da Fiat para produzir jipinho — termo larga e erroneamente empregado para descrever SUV, SAV, crossover, versões aventureiras. Verbete generoso e ocioso — a todos acolhe e a nenhum serve.Perguntada, FCA negou. Diz, não terá concorrente ao primo Jeep Renegade.

– Anunciou investir US$ 500M atualizando mundialmente processo industrial da fábrica argentina em Ferreyra. Fará o Projeto X6S, em alterada plataforma do Palio. Substituto de Grand Siena e Linea e, em versão hatch, do Punto.

Mais – Motorização 4 cilindros: 1,8 E.torQ, 16 válvulas, 128 cv — menos ante versões hoje utilizadas no Brasil —, e 1,3 GSE, 105 cv. Neste, caixa manual 5M. No 1,8 automática com meia dúzia.

NovoGSE será primeiro desdobramento da família a iniciar-se com o três-cilindros 1,0. Diz-se, família GSE se curva às duas válvulas por cilindro. 2017.

Dúvida – Jaguar Land Rover na reta final para inaugurar fábrica em Itatiaia, RJ. Projeto de baixa nacionalização, enquadrado no regime oficial Inovar-Auto. Enfrenta situação política, retrato do momento.

E? Quem convidar à inauguração, logo após o julgamento do impeachment da Presidente pela Câmara dos Deputados?  Se aprovado, ela se afasta e quem assumirá? O vice Temer? Eduardo Cunha, presidente da Câmara? Renan Calheiros, do Senado, todos às voltas com questionamentos judiciais?

E.2?Espera clarear? Convida apenas o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio? Inicia a produção e faz festa posterior, com cenário menos turvo?Mico é explicar aos controladores indianos e à gerência inglesa.

Flex – Mercedes marca produção nacional com motor flex no modelo C 180. Tecnologia da marca, não alterou sistemas, nem ganhos em torque e potência relativamente ao uso do gasálcool. C 180 vende 43% na classe. Versões 200 e 250 mantém-se não flex.

Mercado – Mitsubishi ASX Oudoor em nova versão: 4×2 para reduzir preço e ampliar clientes. Bem dotado de equipamentos, entre-eixos grande, pneus mistos. Iniciais R$ 108 mil — iniciais, pois hoje toda compra permite conversas.

Posição – Fechado primeiro mês cheio de vendas, picape Toro é terceiro mais vendido, seguindo Strada e Toyota Hilux. 3.080 unidades. Quer 4.000/mês.

Mercado – Citroën cerca clientes com argumento importante: serviço bom e barato.  Recém-lançado Novo Aircross tem plano de manutenção à base de R$ 1 ao dia. As revisões, com intervalo de 10.000 km, custam R$ 365,00 em 4x. Não é promoção, diz Dercyde Gomes, novo diretor de pós-venda.

Oscar – Fiat Toro ganhou o Red Dot Design Award, o Oscar do design. Equipe liderada pelo abrasileirado Peter Fassbender criou produto adequado ao mercado e demandas dos consumidores. Design da FCA Brasil saiu da engenharia e se reporta a Stefan Ketter, no. 1 continental e ao chiefdesigner Ralph Gilles.

Registro – Keko Acessórios, do interior do Rio Grande do Sul, festeja 30 anos de fundação. Case de sucesso, é líder em personalização automobilística, fornece a nove fabricantes, exporta a 40 países.

Elétrico – Correios testarão, por três meses, furgão elétrico chinês BYD. Capaz a 800 kg, tocado por baterias de lítio-fosfato de ferro, autonomia de 200 km, superior à média das entregas postais.

Meta – Aferirá resultados de custos no transporte de cartas e encomendas, e na difícil meta de reduzir, até 2020, de 20% nas emissões poluentes.

Ação – Proteste, Associação de Consumidores, e Consumers International, reunindo consumidores de 140 países, levaram jornalistas ao Autódromo de Interlagos para demonstrar eficiência do controle eletrônico de estabilidade.

Pressão – Querem apoio institucional para pressionar o Conselho Nacional de Trânsito a antecipar ao segundo semestre de 2017 a obrigatoriedade de veículos nacionais portarem tal equipamento. Pelo Contran obrigação é 2022.

Passado – Scorro, uma das pioneiras na produção de rodas em liga leve, fará série especial do modelo Cruz de Malta, utilizada nos GM Opala dos anos ’70. Apenas 250 unidades. Sem outras informações. Scorro não respondeu.

Cultura – Da Editora Alaúde novo título histórico automobilístico: Austin-Healey, esportivo criado pelo engenheiro-piloto Donald Healey e viabilizado industrialmente pela também inglesa Austin. Autoria de Bill Piggott, advogado de texto fluido, 160 páginas, muitas informações. Revisão técnica do editor-chefe do AE, Bob Sharp. R$ 82.

Foto Legenda 06 coluna 1516 - Capa Livro  NOVOS PEUGEOT 208. OPORTUNIDADE E CORAGEM Foto Legenda 06 coluna 1516 Capa Livro

Livro sobre o mítico Austin-Healey. Pela Alaúde

Clássicos – Projeto em curso com fazer, quase à mão, nove unidades do Jaguar XKSS vendidas a US$ 1,5M cada, e do acionista maior, indiano Ratan Tata colecionar provectos Rolls-Royces, Jaguar Land Rover mudou nome do Heritage. Agora é Jaguar Land Rover Classic.

Negócio – Ampliou espectro: além de peças e conselhos, restauração. Segue caminho aberto pela Mercedes, trilhado pela Ferrari. Texto sobre operação XKSS, no AUTOentusiastas, pode ser lido aqui.

GentePaulo Cézar da Silva Nunes, administrador, ascensão. OOOO Membro, agora preside Conselho de Administração da Marcopolo. OOOO Mauro Bellini, ex, mantém-se na companhia, na holding Davos e presidirá o Conselho de Administração do Banco Moneo. OOOO Criação de Nissans na Argentina e Chile mudou estrutura da marca. OOOO José Roman é novo VP da N-Latam; Pós-Venda com Daniel Pelayo; José Vendramini incorpora Qualidade ao Consumidor e Expansão da rede; Hitoshi Mano, VP de manufatura Brasil, diretor de Monozukuri — como chama o fazer carros. OOOO

RN

rnasser@autoentusiastas.com.br
A coluna “De carro por aí é de total responsabilidade de seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.

MOBI, O FIAT URBANO

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Primeiro produto criado pós-fusão entre as marcas tuteladas por Fiat e Chrysler, o Mobi se auto define como carro urbano e funcional. Descrição correta. Menor dentre os Fiat e atualmente o mais leve entre os nacionais com 907 kg, novo produto utiliza plataforma mista, entre Novo Uno e Palio, e suspensão traseira do Uno. Mecânica conhecida das ásperas condições nacionais, câmbio de cinco marchas, retocado motor Fire 1.0, 75 cv, com pistões menor abrasão, e novas galerias de óleo para consumo menor e durabilidade maior.

Segundo a parte Fiat da FCA o automóvel responde às demandas apuradas em pesquisa – mobilidade urbana; mecânica resistente; barata para manter; baixo custo de manutenção. Enquadra-se na Faixa A de consumo —  de menor gasto.

É menor mas não é pobre em construção. Easy, versão de entrada, não tem aparência de carro pelado, apresentando-se com para-choques pintados na cor do carro e o charme da tampa traseira em vidro temperado. Exibe democratização da tecnologia, com uso do ESS, piscador de luzes de freio quando pressionado severamente, sinalizando a emergência a motoristas a segui-lo. Idem, mecanismo provocador de cinco piscadas com simples toque na alavanca.

É urbano pelas reduzidas dimensões, facilidade de manobra, pelas portas traseiras com ângulo de abertura superior aos outros nacionais, banco posterior bipartido e dobrável, expondo a preocupação para acesso de crianças, uso de cadeirinhas etc. Interior cuidado, rádio Delphi e, a partir da versão Like On, possibilidade de espelhar o celular ou tê-lo conectado para usá-lo como tela. Amplas possibilidades, sendo a mais interessante o registro, pelo celular, de seu último uso, permitindo indicar o local de estacionamento do Mobi.

Foco

Não é para cinco passageiros – exceto a usuários descompromissados na vertical ou em circunferência. Também não é um estradeiro, por seu porta malas contido. Dependendo da versão pode-se dispor de Cargo Box, caixa com alça ajustada ao pequeno espaço de bagagem, apta a ser retirada e transportada com compras.

Externamente é bem conformado, com frente lembrando o picape Fiat Toro, grandes superfícies de faróis e luzes traseiras, com o talhe identificador do design Fiat.

Então ?

Marca o vê como carro urbano, interfaceando com o Novo Uno, maior. Sua presença no mercado acaba com a versão básica deste e destina o Palio básico às frotas. Intenta vender 60 mil unidades até o final do ano, média de 7.500/mês.

A meu ver o automóvel surge a partir da versão Easy On, portando ar-condicionado e direção hidráulica. A inicial não tem estes equipamentos básicos.

Garantia de três anos com seguro para extensão de 12 ou 24 meses, e a possibilidade de prévio pagamento financiado das revisões.

 

  Quanto custa

Fiat Mobi R$
Easy 31.900
Easy On 35.800
Like 37.900
Like On 42.300
Way 39.300
Way On 43.800

 

Um sopro no coreano

Hyundai aplicou turbo ao motor tricilíndrico 1,0, elevando potência a 105 cv e torque a 15 kgf·m a 1.550 rpm, sensível ganho de 47% sobre o motor 1,0 aspirado. Em performance na carroceria hatch, mais vendida, significa acelerar de 0 aos 100 km/h em 11,2 s e fazer velocidade final de 182 km/h. O turbo é estendido à versão sedã, de comportamento assemelhado. Peça tem pequeno diâmetro, 34 mm, e sopra cautelosos 0,9 da pressão atmosférica. Em tais motores temperatura e lubrificação são críticos, turbo é lubrificado por via exclusiva, e o óleo lubrificante do motor agora é ACEA A5 apto a suportar temperaturas maiores; bomba de óleo tem dois estágios; pistões recebem jato refrescante inferior de óleo.

Para melhor aproveitamento, caixa de marchas passa a ter seis velocidades, com diferencial alongado permitindo cruzar com rotações menores, contendo o consumo. As três primeiras marchas são desmultiplicadas, e as demais, multiplicadas, abaixo de 1:1. A 100 km/h, 6a. marcha, motor gira a 2.650 rpm.

 

Quanto

Hyundai HB 20 turbo

Hatch Comfort Plus R$ 47.445
Hatch Comfort Style R$ 51.595
Sedan Comfort Plus R$ 51.475
Sedan Comfort Style R$ 55.225

 

E o outro?

Comparativo entre Hyundai HB20 e o outro usuário de motor 1,0 turbo, o VW upTSI, indica curiosidades: cilindrada e potência idênticas, mas em torque o up! é 16,8 kgf·m, contra 15 kgf·m do Hyundai. Em preço,  diferencial entre aspirado e turbo na VW é de R$ 4 mil. No Hyundai, R$ 3.700.

Foto Legenda 02 coluna 1616-Hyundai 1.0 turbo  MOBI, O FIAT URBANO Foto Legenda 02 coluna 1616 Hyundai 1

Emblema define o Hyundai 1,0 Turbo (foto Divulgação Hyundai)

 

Três dias de festa para GM lançar Cruze

Data importante o lançamento Cruze, o Projeto Phoenix, sinal de maioridade da GM Argentina. Investimento de US$ 750M para fazer carros e motores foi para a Argentina após série de desgastes com sindicatos brasileiros, e transforma-a em fornecedora para a GM daqui. Grande passo para os argentinos, grande perda de empregos e impostos para o Brasil.

Cruze, inicialmente projeto coreano, foi indicado pela GM para ser seu produto de maiores vendas mundiais, transformando a GM Argentina na grande difusora do automóvel na América do Sul.

É família de carrocerias, iniciando com sedã 4 portas. Hatch ao Salão do Automóvel, novembro. Motores, família básica, no conceito Downsizing – redução de tamanho. Bloco em alumínio, 1,4 litro, 16 válvulas, injeção direta, turbo. Câmbios de 6 marchas, manual e automático. Concorrerá com os por nós chamados médios – Citroën C4 Lounge, Peugeot 408, Ford Focus, VW Jetta. Honda Civic e Toyota Corolla, acima. Grande festa durará três dias – 3 a 5 de maio.

Foto Legenda 03 coluna 1616- Cruze  MOBI, O FIAT URBANO Foto Legenda 03 coluna 1616 Cruze

Primeira imagem distribuída pela GM

 

RODA A RODA

Muda – Audi iniciará vender em maio, na Europa, segundo ciclo de vida da carreira do A 3. Valem para Sedan, Sportback e conversível. Grande mudança frontal, com o grupo óptico redesenhado, faróis Xenon Plus ou LED. Grade aumentou. Atrás, mudança nas lanternas e um novo extrator de ar.

Mais – Dentro, Virtual Cockpit, tela com navegador GPS, telefone, conexão por internet, e a mágica de usar, ou não, e em diâmetros diferentes, instrumentos virtuais. Motores 1,0 e 115 cv; 1,4 e 150 cv; 2,0 e 190 cv, 32,6 kgf·m de torque.

Foto Legenda 04 coluna 1616- Audi  MOBI, O FIAT URBANO Foto Legenda 04 coluna 1616 Audi

Novo Audi A3 europeu; aqui, só em 2017 (foto Audi)

Regra – O direito não socorre aos que dormem. Regra jurídica é lembrada pela notícia de Land Rover Classic ter comprado mundo afora unidades de seu pioneiro produto, o jipe Serie I, de 1948, para refazer 25 LR Defender novos, por mão de obra especializada e peças de fornecedores ou estoques de revendedores. De US$ 85 mil a 113 mil.

Foto Legenda 05 coluna 1616- LR Defender Serie 1  MOBI, O FIAT URBANO Foto Legenda 05 coluna 1616 LR Defender Serie 1

Série 1: 25 unidades reconstruídas

Lembrança – Está no fato da produção, ano passado dos últimos 1.080 Defender, a custo normal. Na prática, regra jurídica e mercado andam juntos: bobeou, dançou. Não comprou a preço de tabela, paga o de antigo.

Fica – Eduardo de Souza Ramos, presidente do Conselho da HPE, fabricante de Mitsubishis e Suzukis em Catalão, Go, esclarece à Coluna lá manter a operação industrial, apesar da difícil logística de operar a 800 km do litoral, e em estado de baixa renda.

Paraguai – Boato na praça dizia de possível mudança ao Paraguai. Sócio no Mercosul tem atrativos importantes e atraído autopartistas para lá.

Uruguai – Kia sofreou a produção do caminhãozinho Bongo no Uruguai por 6 meses. Queda das vendas no Brasil formou estoque. Prazo é para limpar pátio.

Mercado – Neste ano de tropelias governamentais marcando a história do país, alterações no mercado de automóveis vistas no primeiro trimestre exibem situações de surpresa.

Veja aí – GM virou líder de vendas, com Fiat em 2a. VW mantém 3o. Quarta posição não é tradicionalmente da Ford, mas da Hyundai! Renault caiu de 5a para 7a ,  Toyota deu dois pulos e é 5a . Ford 6a. Após, Honda, Nissan e Jeep.

Varejo – Você imagina fabricantes e importadores ter estoque de 0-Km vencido em anos? Pois acontece por razões várias, incluindo prosaico descontrole físico, o de onde estão estacionados e esquecidos tais veículos.

Queima – Ocorre com a Chery Brasil. Quer limpar o pátio de importados e nacionais com anos 2014 e 2015. Em campanha Completo de Fábrica: QQ 1,0 R$ 28.790; versão ACT R$ 31.990; Novo Celer FL 1,5 Flex, hatch R$ 34.990. Por R$ 1 mil mais, Sedan. Tiggo a promocionais R$ 53.990.

Foco – Mirando mercado corporativo, Audi Financeira criou proposta para vender novo A4 a executivos contando com rendimentos de aplicações, bônus de performance, participação de lucros. 50% como entrada e outros 12 meses após. Juros atrativos e a capacidade de transferir o financiamento para outro Audi um ano mais novo.

Dúvida – Será que dá para comprar o primeiro, e trocar de carro todo ano, sempre adiando pagar a metade final?

Ação – Neste país onde a cada dia se descobrem setores inoperantes, grassa o medo da pandemia H1N1, em especial por falta de vacinas. Agulhas Negras, revendedor BMW em S. Paulo, investiu em 1.500 doses e convidou clientes para tomá-las. Tipo marketing de simpatia.

Objetivo – Ideia era fazer manifestação de agrado explícito e trazer clientes ao showroom, ver novidades, e possíveis negócios de compra, troca, aquisição de mercadorias, etccc e tal.

Mudou – Entretanto, quando o poderoso jornal Folha de S. Paulo deu primeira página à campanha, abriu o foco, e fez distribuição social das vacinas a não donos e donos de BMW. Sequer vendeu um automóvel, mas conseguiu enorme mídia de simpatia.

6V – Jornalista Marlos Vidal publicou, Coluna confirmou e seguiu há duas semanas: novo motor tricilíndrico 1,0 Fiat, ao contrário dos concorrentes VW, Hyundai, Ford, Peugeot não terá 4 válvulas por cilindro, mas somente duas.

Razões – Digamos solução econômico-prazerosa. Menor custo de produção e manutenção; menos atrito no trem de válvulas, reduzindo consumo; torque aparecendo em faixa inferior, melhorando a dirigibilidade.

Furo – Coluna antecipou na edição passada o primeiro desdobramento desta geração chamada 1,3 HSE: 1,3 litro, quatro cilindros. 2017.

Abertura – Brasil apoia as ações desenvolvidas pelo Uruguai, presidindo o Mercosul, e União Europeia para acordo comercialTerceira tentativa, óbice maior é questão agrícola, e dificuldade negocial é o fato de para o isolado Mercosul ser necessidade, e para a UE, não.

Aditivo – Promax, licenciada para os produtos Bardhal lança condicionador de metais, aditivo para ser vertido no cárter do motor, barreira contra desgaste. 200 ml tratam de 5 litros de lubrificante a cada troca. Médios R$ 65.

Sinergia – BCA Brasil, leiloeira de grandes frotas fez parceria com o Banco Santander para refinanciar veículos tomados por falta de pagamento e leiloados. Também vende veículos os de mesmas ações pelos bancos Itaú e Pan, frotas usadas de Hyundai, Pão de Açúcar, Walmart.

Sob medida – Volvo Corretora de Seguros com seguro para ônibus, cobertura sob medida para diferentes operações de transporte rodoviário de passageiros.

Retífica RN – Coluna passada informou não haver versões com motor Otto, flex na nova linha Ranger 2017. Estava mal informada pela fonte oficial. Há, utiliza motor de quatro cilindros, Duratec 2,5 produzindo até 173 cv de potência a álcool. Suprimiu o tanquinho de gasolina, degradador da engenharia nacional.

 RN

A coluna “De carro por aí” é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas. Foto Legenda 01 coluna 1616 - Fiat Mobi  MOBI, O FIAT URBANO Foto Legenda 01 coluna 1616 Fiat Mobi 1 1

ETIOS 2017 E SEU PACOTE QUASE ADEQUADO

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Toyota deu um bom trato no Etios, produto de entrada no mercado. Ultrapassou mudanças cosméticas e maquiagem para assinalar novo modelia ou criar ocasião para divulgar o produto. Fez ação muito maior, a de elevar o Etios para ampliar a fatia de clientes — e conquistar os em descenso pela situação econômica. A estes migrantes, o atrativo de encontrar produto com bom recheio. Quer vender mais ampliando a faixa de compradores. Tropeços com a série atual do Etios fez a matriz perceber dificuldades na filial brasileira, desde definição do produto até o relacionamento com a imprensa. Isto gerou silenciosa revolução, esvaziando poderes de executivos, dispensa de outros, mudanças na diretoria. Cúpula da empresa entende ter chegado ao piso ideal. Ainda faltam mudanças.

No produto, intervenções amplas. Motores 1,3 e 1,5 litro agora nacionais, dispensam o tanquinho de gasolina para partida, e construídos em nova usina, em Porto Feliz, SP, centro oeste do estado, a 120 km de São Paulo e a 40 km de Sorocaba, onde está a fábrica do Etios.

Bloco e cabeçote em alumínio, duplo comando,16 válvulas e sistema de tempos de abertura e fechamento de acordo com a demanda, o VVT-i, quatro cilindros, dianteiros, transversais, revisados para a geração Brasil. Ganharam mais potência e torque. Parece, a Toyota absorveu tecnologia para obter melhores resultados com o uso de álcool. Com ele, o pequeno engenho 1,3, produz 98 cv e 12,8 m·kgf de torque; 1,5 litro, 107 cv e 14,4 m·kgf. Com gasálcool tais medidas são 88 e 12,3, ganho de 9%. No motor 1,5, 102 e 14 m·kgf de torque, 11% a mais. Na primeira experiência neste setor com o Corolla, dados eram iguais nos dois combustíveis.

Câmbio manual evoluiu. Agora são seis marchas, utilizando sexta marcha bem longa. Na prática consegue-se mais rendimento, reduz consumo, torna-o mais agradável ao uso em estradas. Para atender demanda e instigar novos compradores chegando a esta faixa, aplicou-se antiga caixa automática de 4 marchas a ambos os motores. É o único senão das intervenções, câmbio é antigo, pobre, sem recursos. Mecânica revista e atualizada, com assistência elétrica para direção recalibrada, reacerto geral em suspensão através de novas molas e amortecedores para melhorar a rolagem.

Mais

Implementou o conteúdo, tornando-se o mais equipado na categoria. Nestes dias, quando o mercado dá mais importância aos periféricos de conectividade que ao automóvel em si, tornou o Etios o mais equipado da classe. Isto explica painel de instrumentos digital, tela de quase 10 cm; sistema de áudio reproduzindo arquivos MP3, Bluetooth, entrada USB, outras facilidades, além de função no computador de bordo capaz de, alimentado com o preço do combustível, oferecer valor final gasto.

Em conforto, melhorou o isolamento termo acústico para melhor isolar cabine e meio ambiente.

Referência importante, contém cinto de segurança com 3 pontos e apoio para cabeça a todos os passageiros, e fixadores Isofix  e superiores para cadeiras infantis. O Etios foi o primeiro compacto do país a obter quatro estrelas de proteção aos passageiros frontais nos testes da Latin NCAP.

Garantia de 3 anos e custo de revisões no período de R$ 2.400,00.

Vendas a partir de 28 de abril. Se buscas bom negócio, barganhe para comprar versão ora substituída, ainda encontrável nos revendedores. Dependendo da diferença de preço valerá a pena.

 

Quanto custa

Toyota Etios

 

Modelo Versão R$
Hatch X 1.3L 16V manual R$ 43.990,00
X 1.3L 16V automático R$ 47.490,00
XS 1.5L 16V manual R$ 48.995,00
XS 1.5L 16V automático R$ 52.495,00
XLS 1.5L 16V manual R$ 53.895,00
XLS 1.5L 16V automático R$ 57.395,00
Cross 1.5L 16V manual R$ 57.395,00
Cross 1.5L 16V automático R$ 60.895,00
Sedã

 

 

X 1.5L 16V manual R$ 48.495,00
X 1.5L 16V automático R$ 51.995,00
XS 1.5L 16V manual R$ 51.695,00
XS 1.5L 16V automático R$ 55.195,00
XLS 1.5L 16V manual R$ 56.795,00
XLS 1.5L 16V automático R$ 60.295,00

 

RODA-A-RODA

 

Mais SUV – Segmento sem crise e expansão mundial, motivou os fabricantes de supercarros a participar dele. Maserati apresentou à imprensa seu modelo Levante. Vendas em maio, após gestação de 13 anos! Antes chamava-se Kubang.

P’ra valer – Maserati quer fazer do Levante seu modelo mais vendido, equivalendo à metade da produção. P’ra barato não serve, surgindo a US$ 72 mil em versão com 350 cv; 430 cv, US$ 83 mil. Apesar da presença de SUVs de marcas famosas como Bentley, foco do Levante é o Porsche Cayenne.

Começou – Sempre adiado, dia 19, segunda feira, saiu da fábrica de Cassino, Itália, o primeiro Alfa Romeo Giulia, versão de topo da linha, ferramenta para a marca voltar ao mercado. Preço mundial, sedã esportivo com motor V-6 de base Ferrari, US$ 70 mil. Sem perspectivas de chegar ao Brasil.

Foto Legenda 02 coluna 1716 - Alfa Romeo  ETIOS 2017 E SEU PACOTE QUASE ADEQUADO Foto Legenda 02 coluna 1716 Alfa Romeo

Alfa Giulia, começou (foto divulgação Alfa Romeo)

Freio – Terremoto na cidade de Kumamoto, Japão, atingiu 6,4 a 7,3 graus na escala Richter, responsável por morte de 42 pessoas, destruição de edifícios, estradas, pontes, infraestrutura urbana. Ante danos Toyota, Honda e Nissan detiveram produzir automóveis. Prazo curto, uma semana.

Padrão – Jaguar Land Rover apoia iniciativa dos países da União Europeia pela padronização da tecnologia empregada aos carros autônomos. Facilitará interconectividade entre marcas, produtos e controle oficiais, reduzirá possibilidades de erros — e acidentes.

Compass – Leitor da Coluna viu aqui, em antecipação mundial, o nome do terceiro produto da fábrica da FCA em Pernambuco. Substituirá dupla Patriot e Compass, e deste ficará com o nome. É utilitário esportivo de tamanho superior ao Renegade, e tamanho assemelhado ao do Hyundai ix35.

Novembro – Seria mostrado no Salão de Nova York, mas leve despriorizada no projeto postergou apresentação. Agora no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, novembro. Estrutura mecânica igual à de Renegade e Toro, tipo motor Otto, flex 1,8 e diesel 2,0, caixas automáticas.

Jeep – Linha Jeep é a de maior demanda e lucratividade sob o guarda-chuva da FCA. Acaba de inaugurar fabrica na China, com o Renegade, e Compass deve seguir o mesmo caminho, feito na Itália, Índia e China. Utiliza o atualizadíssimo processo de World Class Manufacturing, no qual o presidente da FCA no Brasil, Stefen Ketter, é doutor. Também fará picape Jeep, em criação.

Sinal – Ford abriu lista de pré-venda para seu novo esportivo Ford GT e em uma semana obteve mais de 8 mil inscrições, aceitas até 12 de maio pelo sítio www.fordGT.com. Empresa esperava vender 7.000, a capacidade de produção anual de sua fábrica, mas demanda superou em muito a expectativa.

Partes – É a bandeira de tecnologia da marca, motor da série EcoBoost, tecnologias de última geração. Preço em US$ 400 mil. Não será importado pela operação local. Quem quiser, contrate-a com importador privado.

Atraso – Planos da Kia para iniciar importar do México seu modelo Rio lançando-o às vésperas dos Jogos Olímpicos, em agosto, Rio de Janeiro, sofrem adaptação. Trará unidades da Coreia para aproveitar a data. Mas importação sem pagar impostos, apenas a partir de outubro.

Rio – Nissan fará apresentação estática do Kicks, SAV, sobre a plataforma do March, dia 2. Quer tê-lo como carro oficial dos Jogos Olímpicos, obtendo enorme divulgação.

P’ra fora – BMW anunciou exportar 10 mil unidades do novo modelo X1, feito em Araquari, SC, ao mercado americano. Boa declaração de qualidade, boa solução para incrementar vendas. Contratará 300 pessoas para a operação.

P’ra baixo – Depois do HR-V, segundo mais vendido na misturada em seu segmento, Honda prepara o WR-V. Será menor — mesmo usando a plataforma de HR-V, Fit e City — com motor 1,5. No Salão do Automóvel, outubro.

Mais – No mesmo Salão, concorrente de mesmo porte pela Renault.

Negócio – Para aumentar faturamento em meio aos prejuízos da gestão partidária, Correios venderão cotas da BB Consórcios, associada ao Banco do Brasil. Quer dispor do serviço em 3.200 agências até o final do ano. Fórmula de autofinanciamento, consórcio cresceu 14% ano passado.

Sai – Nova área expositiva abrigando o Salão Internacional do Automóvel de São Paulo será inaugurada dia 26. Investimento do grupo francês GL, promete novidades como ar-condicionado, estacionamento coberto, auditório. Fica próxima à rodovia dos Imigrantes, feito sobre a antiga Expo SP.

Melhor – Deve funcionar bem, pois é coisa com dono. No caso do Parque do Anhembi, empresa pública, falhas operacionais gritantes e sem reparos.

Joia – Škoda, a marca checa da VW com design atrevido, levou ao Salão de Pequim sua criação com a Preciosa, de cristais: pequenos cristais incrustados nas rodas em liga leve e no emblema.

Ecologia – Câmara Baixa do Parlamento holandês aprovou proibição de licenciamento de veículos movidos por gasolina e diesel a partir de 2025. Proposta seguirá à Câmara Alta, tipo Senado.

Mais – No pacote, proposta ao governo para investir mais na estrutura para viabilizar os carros autônomos, forma de organizar o trânsito.

Antigo – Hillary Clinton, candidata a candidata nas próximas eleições presidenciais dos EUA, tem antigo carro seu à venda. Oldsmobile Cutlass Ciera, 1986, com 33 mil milhas – uns 50 mil km.

Culturas – Como registro de costumes, carro era dela, mas o motorista da Casa Branca usava para as missões da antiga Primeira Dama. Costumes diferentes. Aqui teria uma frota de carros e uma leva de serviçais — e cartão corporativo.

Comparativo – Mike Lawn, então motorista, adquiriu o carro, deu-o à filha recém-habilitada, que refugou: vidros acionados por manivela, estilo dúbio, … Quer US$ 8.700 – uns R$ 28 mil. Se eleita valerá mais.

Queda – Em meio à valorização mundial dos veículos antigos, Cadillac séries 75, limousine, 1951, utilizado pelo casal Perón quando conduzindo a Argentina, e depois pela família Fangio, perde valor.

Sequência – Mandado pela família Fangio a leilão pela britânica Silverstone Auction em setembro de 2014, esperava-se batida de martelo entre US$ 340 mil e US$ 440 mil. Lances empacaram em US$ 230 mil – e a família entregou-o.

Recente – Há três semanas outra casa inglesa, a Bohmans, apresentou-o em leilão em Goodwood, estimando obter entre US$ 130 mil e US$ 173 mil. Lances frearam em 123 mil dólares, aceitos pelo vendedor. Micou.

Foto Legenda 03 coluna 1716 - Cadillac 75  ETIOS 2017 E SEU PACOTE QUASE ADEQUADO Foto Legenda 03 coluna 1716 Cadillac 75

Cadillac 75, 1951, ex-Perón, ex-Fangio, exceção

 

Brasil. Mercedes ultrapassa os 60

Próxima semana Mercedes-Benz inicia o ano de comemorações de seis décadas instalada industrialmente no Brasil. Chegou antes, em 1951, no Rio de Janeiro, por representante bem articulado e bem assistido. Vendas de veículos, a conquista do mercado carioca de lotações — micro-ônibus — para transporte mais rápido, e elevados lucros, instigaram a marca a associar-se à operação e, após, adquirir as ações às herdeiras do sócio. Implantou a atual fábrica no município de São Bernardo do Campo, em pequena fazenda, com um dos lados beirando a então recém-inaugurada pista descendente da Via Anchieta, ligando o Planalto Paulista ao porto de Santos.

Foi uma das autoras da mudança de perfil da pequena São Bernardo. A posição geográfica entre o porto e o maior mercado haviam atraído outras fabricantes de veículos. No setor ali estavam as pioneiras Brasmotor, montando Volkswagens e produtos Chrysler; Varam, com montagem sucessiva de norte-americanos Nash e depois Fiat; em instalação paralela à Willys-Overland. No mais, chácaras e cerâmicas. A chegada alavancou a mudança do perfil da cidade.

A chegada da Mercedes constitui-se verdadeiramente na factibilização da indústria automobilística brasileira. Àquela época pouco havia de definições quanto a produzir itens de mobilidade. Todos os operadores no setor — Ford, GM, International por si só; Chrysler por representante; VW dividindo montagem com a Brasmotor; Vemag montando Studebakers; Varam, bem instalada entretanto mudando de parceiros, e Willys surgindo em sociedade com distribuidores, nenhum possuía operação verdadeiramente imbricada com o país. Não faziam seus motores ou peças de maior elaboração tecnológica, mas apenas montagem de componentes importados, tentavam nacionalizar alguns componentes, induzir criar uma indústria de autopeças. Na prática a operação brasileira de todas as marcas era operação superficial, sem nacionalização.

A Mercedes mudou isto e, em meio à aura de renovação política, da chegada de Juscelino Kubitschek ao poder, fez desafio e encomenda a grande empresa de fundição, a Sofunge: queria fazer motores no Brasil.

Desafio grande. Tais unidades não eram feitas na América do Sul, ante a malévola alegação de interessados em manter o país subdesenvolvido, que o calor tropical influenciaria negativamente na fundição dos blocos, dando-lhe pouca resistência e estrutura. A encomenda da Mercedes foi desafio e surpresa geral quando, ao final de 1955, anunciou a fundição do primeiro bloco — levando JK, ainda não empossado, para fazer verter o metal líquido sobre os moldes de produção.

A ação mudou o desenho de implantação da indústria. Quando da posse de JK na Presidência da República logo após, e a divulgação das providências para atrair marcas interessadas em fabricar caminhões, tratores, ônibus, jipes, e automóveis no país, a grande referência do projeto e sólido argumento do governo era ter aqui a Mercedes fazendo motores. Serviu de atrativo e de provocação às marcas já instaladas a seguir o exemplo e produzir seus motores, em vez de trazê-los das matrizes.

Outro pioneirismo foi produzir os ônibus monobloco, muito mais confortáveis, e a coragem de produzir o automóvel Classe A, o melhor dotado dentre todos os nacionais.

Empresa hoje opera em três grandes fábricas: São Bernardo do Campo, SP; e Juiz Fora, MG, produzindo caminhões. E Iracemápolis, SP, em recém-inaugurada operação para fazer automóveis.

Foto Legenda 04 coluna 1716 - Mercedes  ETIOS 2017 E SEU PACOTE QUASE ADEQUADO Foto Legenda 04 coluna 1716 Mercedes

Eleito, em fins de novembro de 1955, JK na fundição do 1º motor brasileiro, o Mercedes pela Sofunge

 RN

Legenda da foto de abertura: Etios 2017, edição revista e muito melhorada
A coluna “De carro por aí” é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.

ZOTYE, OUTRA MARCA GOIANA

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Chinesa Zotye aparentemente fincou pé no Brasil. Após adquirir a TAC, fabricante dos jipes Stark no Ceará, acertou-se com o governo de Goiás e assinou termo de implantação em Goianésia, a 170 km de distância de Goiânia e 200 km de Brasília. Instalação seria em Colatina, ES, ou Sobral, CE, e Carlos Eduardo Barbosa, diretor, justificou mudança: governo de Goiás foi mais rápido.

A ideia é implantar fábrica (foto de abertura) em terreno de 120 mil m², com 28 mil m² cobertos, acreditando iniciar operações em 2018. Junto, outra fábrica das partes para os modelos elétricos. Até lá, alugar grandes galpões para iniciar o processo de montagem CKD, formando veículos a partir da importação de conjuntos desmontados. Projeto para 2018, em instalações próprias, é de quantidade próxima a 20 mil/ano, com sonhos de exportação à América Latina — mas é coisa lenta, exigindo atingir o percentual de 60% em peças Mercosul.

Processo assemelhado ao prometido pelo empresário Sergio Habib para viabilizar a tormentosa JAC: rompida a sociedade com os chineses, tocar o negócio sozinho e, enquanto constrói, aluga instalações para montar veículos trazidos em partes da China.

Mescla

Foto Legenda 02 coluna 1816 - Z 100  ZOTYE, OUTRA MARCA GOIANA Foto Legenda 02 coluna 1816 Z 100

Zotye Z100 (foto divulgação Zotye)

Segundo Cadu Barbosa os primeiros produtos serão o compacto Z100, em versões com motor por combustão interna, tricilíndrico 1,0, e elétrico. Junto, utilitário esportivo T600, com motor 1,5-litro e turbo. Concorrentes indicam preços de R$ 35 mil para o compacto com motor Otto; R$ 40 mil tração elétrica; e de R$ 50 mil pelo utilitário esportivo.

Foto Legenda 03 coluna 1816 - T600  ZOTYE, OUTRA MARCA GOIANA Foto Legenda 03 coluna 1816 T600

Zotye T600 (divulgação Zotye)

Paralelamente, definição sobre a TAC, de produção suspensa para mudanças no jipe Stark, aplicação de sistema ABS nos freios e alterações visuais marcando modelia e a nova controladora acionária. É indefinida a permanência em Sobral, ou a transferência para Goianésia. A TAC — Tecnologia Automotiva Catarinense — iniciou em Santa Catarina, mudou-se para o Ceará e, indo para Goiás, corre o risco de alterar o nome para TAG.

Se a Zotye efetivamente se implantar em Goiás, será a quarta marca no estado. Hoje há Mitsubishi e Suzuki em Catalão, e Caoa/Hyundai em Anápolis. Outras duas outras marcas chinesas, dizem, irão para Hidrolândia, próxima à capital, e para Luziânia, a 50 km de Brasília.

 

Megale preside Anfavea

Engenheiro mecânico, mineiro, maneiroso, experiente em fabricantes de várias nacionalidades e diretor de assuntos governamentais da Volkswagen, Antônio Megale sentar-se-á por três anos na cadeira de presidente da Associação e do Sindicato dos Fabricantes de Veículos Automotores — Anfavea e Sinfavea, respectivamente.

A habilidade de tato em mesclar o raciocínio cartesiano de engenheiro com o conduzir o relacionamento da marca junto ao diversificado público governamental, será muito exigida. A atividade de fazer e vender veículos é, ao lado da extinção de empregos, e da disparada da dívida pública, a de maiores perdas. Experiência importante, momento desafiante, em instigar, sugerir, participar das propostas para deter queda de vendas e de emprego, em abrir novos mercados estrangeiros, fomentar o crescimento. No Brasil a indústria automobilística é a face econômica.

Mineiramente modesto, Megale simplifica a principal agenda da Anfavea: garantir com o governo um mínimo de previsibilidade para o setor.

Luiz Moan Yabiku Jr., economista, antecessor, houve-se bem no período de crise para a qual se espera deter a queda e estabilizar números.

 

Aqui, o Kicks

Lançamento da Nissan, baseado na plataforma comum empregada para March e Versa, foi fotografado no Rio de Janeiro para campanha de lançamento. À imprensa será mostrado estaticamente próximo dia 2.

Modelo empregado é mexicano, trazido para cumprir compromissos atrelados ao patrocínio dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, quando disponibilizará enorme frota à organização, e aproveitar a intensa exposição para obter massiva divulgação.

Produção local atrasou, e por isto além das unidades trazidas para a apresentação, primeira série será de Kicks importados do México. Até o final do ano há expectativa de acertos com os fornecedores locais.

Versão superior, na foto, motor 1,6 litro, 110/111 cv e câmbio CVT — automático por polias variáveis.

Nissan Kicks  ZOTYE, OUTRA MARCA GOIANA Nissan Kicks

Nissan Kicks em paisagem carioca (foto autoblog.com.ar)

 

RODA-A-RODA

Petróleo – Caça aos automotores como entes poluidores e o surgimento de veículos híbridos e elétricos, instaram Shell a reagir por seu Carro Conceito.

Time – Focou aerodinâmica e baixo atrito no motor, comandado por Gordon Murray, ex-projetista da McLaren e Osamu Goto, ex-engenheiro chefe da equipe Honda em Fórmula 1. Pesa 540 kg, leva três pessoas — motorista à frente, dois atrás —, e a frente bascula. Parece a evolução do Isetta feito pela Romi no Brasil entre 1956 e 1961.

Recorde – Motor 3-cilindros, 660 cm³, cravou 47,2 km/l a 70 km/h de média. Não entrará em produção, servindo para mostrar o desenvolvimento de tecnologia de construção e lubrificantes para motores com ignição por centelha.

Foto Legenda 05 -coluna 1816 - Carro Conceito Shell  ZOTYE, OUTRA MARCA GOIANA Foto Legenda 05 coluna 1816 Carro Conceito ShellCarro Conceito Shell (divulgação Shell)

Mais uma – Matriz japonesa Mitsubishi Motors Corporation admitiu ter manipulado dados de consumo de seus produtos. Coisa antiga, multas novas.

Ocasião – No grupo operação automóveis é pequena, e o problema e seus custos podem pavimentar o caminho para ligar-se à interessada FCA – Fiat e Chrysler. Última tentativa, com a Ford, foi rechaçada.

Dieselgate – Parte da solução das emissões poluentes de seus motores diesel acima das normas legais, Volkswagen anunciou disposição de comprar quase meio milhão de unidades circulando nos EUA.

Mais – Integra acordo em tribunal da Califórnia. Donos pretendendo ficar com os carros, te-los-ão corrigidos nas regras de emissões. Acordo inclui recursos

para pesquisas em tecnologia automobilística. Marca informou, projeta custos no processo de adequação às normas legais, até agora, 18,2B de euros.

Embalo – Na questão, governo alemão determinou a VW, Opel, Audi, Porsche e Mercedes-Benz façam recall para 630 mil veículos para conferir e consertar eventuais emissões acima do padrão. BMW foi excetuada.

Autoridade – Enrique Alemañy, presidente da Ford Argentina, tomou posse na presidência da Adefa, associação dos fabricantes de veículos no vizinho país.

Conta própria – Confirmou queda do mercado interno e não ver perspectivas para recuperação do Brasil, estimando nossa produção 2016 em 2,2M de veículos. Discurso bolivariano, mesmo de Da. Dilma, Da. Kirchner e do Sr Maduro: problemas internos têm causas externas.

Sine die – Jaguar Land Rover adiou inauguração de instalações industriais em Itaiaia, RJ, antes prevista para estes dias. Rótulo oficial, compatibilizar agendas. Na prática não sabem a quem do governo federal convidar.

Cruze – Vestido para confundir, unidade do Cruze, próximo lançamento da GM, circula em São Caetano do Sul, SP, sede da GM. Será lançado de 3 a 5 de maio na Argentina, onde produzido. Depois, Brasil, mercado maior.

Foto Legenda 06 coluna 1816 - Cruze  ZOTYE, OUTRA MARCA GOIANA Foto Legenda 06 coluna 1816 Cruze

Cruze visto em S. Caetano do Sul (foto Gilberto Gardesani)

Disputa – Última semana do mês com briga afiada entre Hyundai e GM para ter o carro mais vendido no mercado. Pré-feriado HB20 liderava com 6.500 unidades, 5% sobre GM Onix.

Negócio – FCA, de Fiat, Chrysler e Jeep, através de sua marca de peças Mopar distribuirá óleos lubrificantes Shell. Terão marca diversa: MaxPro.

Festa – DAF, de caminhões, festeja milésima unidade, o XF105, na fábrica de Ponta Grossa, Pr. Velocidade reduzida, montagem começou em 2013. Não é chinesa, mas original da Holanda e ora controlada dos EUA pela Paccar, detentora das marcas Kenworth e Peterbilt.

Caminhos – BMW de motos trata com delicadeza construção de fábrica própria na Zona Franca de Manaus. Assunto surgiu no EICMA, o salão da moto em Milão. Hoje as BMW locais são montadas pela empreendedora Dafra, junto a italianas Ducati e MV Agusta, holandesa KTM.

Nome – Anúncio não é da marca, mas da Suframa, Superintendência da Zona Franca. Não adota nome mundial BMW Motorrad, mas curioso e extenso BMW Manufacturing Indústria de Motos da Amazônia Ltda; aplicará R$ 28,5M para 185 empregos. Valor indica números contidos em área, processos e produção.

Sem cão … – Mercado interno despencando, marcas nacionais atiram-se às exportações. Irã é novo e potente mercado, apto a absorver 140 mil automóveis, 17 mil ônibus e 35 mil caminhões.

Leque – No mundo há espaço a peculiares veículos nacionais, como o picape Toro. Fiat estuda enviá-lo aos EUA — tão logo haja capacidade de produção.

Com gato – Passo mais atrevido e sólido é da MAN Caminhões: montar filiais ou fazer acordos extra fronteiras para exportá-los em partes, montando-os nos mercados de destino. Articula com Marrocos, Argélia, Nigéria, Quênia e Irã.

BMW – Como informou Coluna passada, BMW vendeu 10.000 unidades de seu modelo X1 para os EUA. Supre demanda e incapacidade produtiva alemã. Valor US$ x R$ também ajudou. Segue o caminho de Voyage, Mercedes Classe A, Golf. Há uma década não se vendiam automóveis brasileiros aos EUA.

Amenidades – Mercedes-Benz revelou conceito de lancha, a Arrow 460 Granturismo. DNA de automóvel na proporção de volumes, no nome, Silver Arrow of The Seas, para lembrar os Flechas de Prata, vitoriosos carros das corridas pré-II Guerra, na cor prateada, para-brisa e vidros laterais baixam.

Como – 46 pés de comprimento — 14 m —, monomotor, 960 cv de potência, confortos para 10 passageiros — com menos carga pode cruzar a 46 nós, uns 85 km/h!

Legenda 06: Arrow 460. Mercedes chega ao mar (divulgação MB)

Autódromo – Deputado Distrital Júlio César (PRB) realizou audiência pública buscando solução para reativar o Autódromo de Brasília, com obras paradas por decisão do Tribunal de Contas do DF. No encontro, Carlos Leal, diretor da Terracap, estatal dona da área, anunciou ter R$ 12M para concluir a pista.

Recomeço – Ideia é completar circuito e reativar arquibancadas. Para funcionar ainda este ano, boxes e sanitários em tendas. Parlamentar crê ser o primeiro passo para reativá-lo. Esporte em Brasília não é o futebol do estádio inexplicável em existência, volumetria e custos, mas corridas de automóveis.

Fama – Leitor Luiz Felipe Figueiredo, aparentemente incontido Democrata, foi atrás do Oldsmobile Cutlass Ciera 1986 ex-Hillary Clinton, noticiado pela Coluna, à venda. Não cumpriu intento. Leilão no eBay, com 145 lances atingiu inimaginados US$ 60.100 – uns R$ 216.116.

Foto Legenda 07 coluna 1816 - Oldsmobile  ZOTYE, OUTRA MARCA GOIANA Foto Legenda 07 coluna 1816 Oldsmobile

Oldsmobile ex-Hillary, pedigree dá valor (eBay)

Gente – Evaristo Nascimento, empresário, passou. OOOO Era a cara das mostras e salões pela Alcântara Machado. OOOO Pós controle da Reed Exhibitions, abriu empresa própria e realizava o Salão dos VUC. OOOO Soma de complicações de saúde. OOOOWolfgang Nänle, VP de Operações Mercedes Brasil, aposentadoria. OOOO Cuidou da produção de ônibus na AL e recentemente organizou a fabricação de caminhões em São Bernardo, SP e Juiz de Fora, MG. OOOO Substituto Carlos Santiago, engenheiro ex-Fiat e ex-Ford, atual diretor de produção da marca no Brasil. OOOO Luiz Moan Yabiku Jr., 62, economista, deixou a presidência da Anfavea, associação dos fabricantes de veículos automotores. OOOO E aposentou-se como diretor da General Motors. OOOO

 

No Brasil, Toyota começou em 1952

Marca líder no mundo, operação sul-americana com liderança em produtos, a Toyota tem história diferenciada no Brasil. Não recebeu visita de prospectores brasileiros em 1952, em périplo para atrair fabricantes de veículos, nem apelos do Geia, em 1956 para se instalar no Brasil.

Apresentou seus produtos em grande esforço de renascimento e abertura internacional ao início dos anos 1950, fazendo périplo mundial, um show em navio. No Brasil atraiu atenções do patrício Itiro Nisitani nomeando-o representante, importando caminhões em partes para montá-los. Entre os chassis transformados em caminhões e ônibus, maior atenção para o picape FLX, com cabine avançada. Nisitani montou aproximadamente 800 unidades, instigando a matriz a prospectar o mercado nacional.

Três representantes de uma certa Toyota Motor Company Koromo — era a cidade-sede e se incorporara à razão social — procuraram o governador mineiro Juscelino Kubitschek. Estava ao final de gestão, preparando-se à campanha que o levou à Presidência da República em 1956. JK se entusiasmou com o interesse e ofereceu área no polo industrial da vizinha Contagem. Por razões desconhecidas a oferta não prosperou.

Voltaram, táteis, em 1958, e adquiriram a MBA/Rover, com projeto aprovado para produzir jipes Land Rover. Era pequena linha de montagem no bairro paulistano do Ipiranga, de onde saíram poucas centenas de unidades. Adquirir as facilidades acelerou planos de fincar pé no país como primeira filial internacional, e deu base para instalação de usina em São Bernardo do Campo, SP para a montagem dos jipes e picapes Land Cruiser, logo em seguida adotando motor Mercedes-Benz e o nome Bandeirante.

Foto Legenda 08 coluna 1816 - caminhões Toyota  ZOTYE, OUTRA MARCA GOIANA Foto Legenda 08 coluna 1816 caminh  es Toyota

Primeiros caminhões Toyota montados no Brasil, 1952 (divulgação TdB)

RN

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KICKS, O NOVO NISSAN

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Marca líder em utilitários esportivos em vários segmentos, Nissan chega ao primeiro degrau do mercado com o Kicks (foto acima), desenvolvido sobre a plataforma comum de March e Versa feitos no Brasil.

Prepara produção em Resende, RJ, mas para coincidir calendário dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016, dos quais é patrocinadora da festa e equipe, trouxe unidades feitas no México para apresentação à imprensa e concessionários, e engatar no Revezamento da Tocha Olímpica.  Quer bem capitalizar com uma unidade acompanhando o percurso nacional da Tocha Olímpica — 380 cidades por 95 dias, acabando a maratona dia 5 de agosto na arena do Maracanã.

Um pouco

Nome gostoso, o Kicks segue o padrão dos utilitários esportivos da marca – grandes cortes nos painéis de chapa, superfícies com mudanças abruptas, grupos ópticos extensos. Caprichou num teto acupezado. Para diferenciá-lo — e tornar-se absorvido na concorrência com maiores, como o Honda HR-V, o Jeep Renegade — há incrementos eletrônicos, como o monitor com visão 360 graus e detector de movimento de objetos em torno do veículo.

Unidade vista, topo de linha, com revestimento em couro amarelado, largos pespontos, prolongamento elegante do console à tela do painel.

Fábrica não se pronunciou sobre motores, embora se saiba seja 1,6, 4 cilindros, 16 válvulas. Transmissão da unidade exposta era CVT, por polias variáveis.

Igualmente não esclareceu dúvida flutuando sobre o mercado: aliadas Renault e Nissan padronizarão motores? Hoje Nissan faz motores de 1,0 e 1,6. E a aliada Renault, também, de desenho mais antigo. Em novembro Renault lançará veículo assemelhado, sobre a mesma plataforma, e terá versão com novos motores: 1,0 de três cilindros e 1,6, de quatro. Fontes desta marca dizem ser de sua produção. Mas é crível, em ano de crise e retração de mercado cada uma com linha própria de motores?

De preços

É de se esperar cautela religiosa por José Luiz Valls, presidente executivo para a América Latina, e François Dossa, presidente da Nissan no Brasil. Que se acautelem contra os elogios, que mantenham a fé e o equilíbrio. Afinal, o Kicks se direciona aos mesmos clientes do líder Honda HR-V; do ex-líder Jeep Renegade; aos clientes do também ex-líder Ford EcoSport, e Renault Duster, e Peugeot 2008, todos com motores maiores. Que rezem para São Nicolau, protetor dos comerciantes, para contê-los no entusiasmo de impor preços iguais aos concorrentes. Caminho de sobrevivência para a Nissan estará em guardar qualidade, agrupar conteúdo, ser franciscana nos preços a partir da venda das unidades mexicanas, e o seguir com a produção local na virada do ano, Segredo está no preço — a empresa faz isto com o Sentra, de menor preço entre concorrentes.

Começou bem

Iniciativa de agregar o Kicks no patrocínio Nissan aos Jogos Olímpicos dar-lhe-á grande repercussão. Somado ao momento nacional de possível renovação governamental, do deter da queda econômica, de uma aragem de esperança, e ao fato de a indústria automobilística ser vista como retrato da economia, colherá resultado paralelo. Como diz François Dossa, o Kicks será visto como o marco da mudança do país.

Na Mercedes passado pauta futuro

Quem foi à festa de 60 anos da Mercedes-Benz no Brasil surpreendeu-se com formato, conteúdo, mensagem. Em ano de intensa punição às vendas de caminhões, em viva abrasão com sindicatos, aparentemente alheios à retração de 50% em produção, a festa teve orçamento contido e face objetiva: foi encontro de negócios, com presença de fornecedores e clientes.

A ideia, bem ajustada, foi mostrar o enorme salto tecnológico permitido pela informática, direcionada a economia operacional e segurança, existente em equipamentos como nos topo de linha de caminhões Actros e no luxuoso sedã Classe S. Empresa projetou de como será o caminhão 2025, com tecnologias hoje disponíveis — como o caminhão autônomo, capaz de sair e chegar dispensando ações do motorista — e em desenvolvimento.

Empresa tocará o ano de comemorações — a data oficial de inauguração é o 28 de setembro — com eventos vários e para públicos diversos.

Como disse Philipp Schiemer, chefe para a América Latina, em sua segunda residência no país, fluente na linguagem, conhecedor dos costumes, a Mercedes ouve o que as estradas falam — e adequa produtos às exigências. Hoje empresa tem veículos com capacidade de carga de 1 a 500 toneladas, automóveis para um passageiro, e ônibus articulados aptos a levar 200.

O caminhão do futuro é autônomo, tecnologia já disponível e com ela a Mercedes quer aplicar-se na produção até o final da década. Isto significa a operação perfeita e segura da máquina, com ganhos em segurança para os usuários da estrada, redução de consumo e emissões.

A festa mostra como o futuro chega rápido.

Foto Legenda 02 coluna 1916 - Mercedes caminhão 2025  KICKS, O NOVO NISSAN Foto Legenda 02 coluna 1916 Mercedes caminh  o 2025

Mercedes 60, movendo o futuro (Divulgação Mercedes-Benz)

 

Peru, um novo pequeno mercado

Brasil e Peru assinaram acordos comerciais de livre comércio para fomentar trocas de produtos sem imposto de importação. Mercado adicional, compras oficiais. Grosso modo, bases assemelhadas da operação Mercosul.

Ação faz parte dos esforços do ministro Armando Monteiro, de Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, um dos poucos a dar resultado palpável durante e no triste ocaso do governo Dilma PT. Papo de roda, no operacional, Brasil importará autopeças e aumentará a exportação de veículos prontos.

Mercado pequeno, em retração, Peru marcou recorde de consumo de veículos em 2013, quando vendeu domesticamente 201 mil unidades. Neste ano previsão é consumir 172 mil, e nele o fornecimento brasileiro, ora em 4%, praticamente dobrará superando os 7%, e sinalizando aumentar participação. Atualmente lá dominam marcas asiáticas, japonesas, coreanas e chinesas.

Dentre as fabricantes brasileiras Toyota tem rápida possibilidade de montar operação para exportar partes e montar o Etios no Peru, onde teve curiosa atividade: importava Toyotas usados, barrados na inspeção de segurança veicular japonesa, revisando-os e passando a direção e comandos, do lado direito, como se usa no Japão, para o esquerdo, caso da América do Sul. Vendas apenas para mercado interno e Paraguai.

Ricardo Bastos, diretor, informa, início será com envio do Etios, pronto.

Mercado pequeno, mas é a cara da situação atual, válidos todos os esforços para fomentar vendas — e manter fábricas e empregos aqui.

Foto Legenda 03 coluna 1916 Etios  KICKS, O NOVO NISSAN Foto Legenda 03 coluna 1916 Etios

Etios para o Peru (Divulgação Toyota)

 

RODA-A-RODA

Negócio – FCA, Fiat Chrysler Automobiles registrou lucro de € 528M entre os primeiros trimestres de 2015 e 2016. Número EBIT, pré-impostos. Dentre as marcas, Jeep cresceu mais, ampliando presença nos mercados dos EUA, Europa, Ásia-Pacífico e Brasil.

Acúmulo – Sergio Marchionne, executivo maior da FCA e presidente da Ferrari, mais trabalho. Incorporou ser executivo-chefe da Ferrari, onde é presidente. Substituiu Amedeo Felisa. Para quem lê o mercado, não havia necessidade de intervenção, ante crescimento com lucros nunca vistos, embora valor de suas ações, colocadas no mercado em 2015 vir caindo.

Foco – Entretanto a equipe de Fórmula 1 demanda atenções. Não oferece resultados proporcionais ao investimento. Questão é, tantas horas mensais Marchionne poderá dedicar à Ferrari entre a dúzia de lugares que ocupa nas empresas do grupo?  Felisa, veterano, será como consultor, forma universal de mantê-lo fiel à marca, dissolver tentações de comentar futuro dos produtos.

Amarok – Primeira grande revisão no picape Amarok ocorrerá no segundo semestre: grade e faróis, rodas 20”, painel de instrumentos, arranjos internos. Mudança maior, opção de motor V6 3 litros, potência de 230 cv e torque proporcional à atual versão 2,0 — 50% maior.

Q3 – Audi iniciou vender seu carro de maior sucesso no mercado nacional, o SUV Q3. Construído na fábrica de São José dos Pinhais, PR. Mecânica padrão, 1,4 litro, 16 válvulas, 150 cv, 25,5 m·kgf de torque, câmbio por dupla embreagem e 6 marchas. Ágil, diz fábrica, cumpre da imobilidade aos 100 km/h em 8,9 s, e atinge reais 204 km/h. Apenas tração dianteira.

Versões – Attraction, de entrada, R$ 142.990 e Ambiente, R$ 153.990. Acima, pacote conforto a R$ 9.500 adicionando operação elétrica da tampa traseira, pacote de iluminação e teto solar. Versão de topo, Ambition, segundo semestre.

Luxo – BMW Brasil iniciará vender seu sedã topo de linha, o Série 7, a partir do próximo mês. Apelo do novo modelo, calcado nas conquistas tecnológica do concorrente Mercedes Classe S é a modernização do luxo.

Limpeza – Chery submeteu o motor 1-litro, 3-cilindros, do modelo QQ, iniciando ser produzido no Brasil — lançamento na 2ª quinzena —, ao Inmetro obtendo Nota AA no selo Conpet de eficiência energética na categoria Microcompacto.

Também – Pelo Inmetro/Conpet, dentre os 796 veículos avaliados, em Peugeot 208 com novo motor 1,2, 3 cilindros, dito Puretech, é o compacto mais econômico com gasálcool, álcool, cidade, estrada. Primeiro após os híbridos.

Multi – MAN Latin America, fabricante no Brasil de caminhões MAN e Volkswagen exportará partes para a montagem local dos modelos Worker.

Caminho – Projeta 400 unidades mensais, mas ao portar orgulho africano deve ampliar o mercado. Com México MAN tem operação maior, exportando partes, montando 10 modelos diferentes de caminhões e ônibus.

Política – Funcionários da Mercedes-Benz fizeram greve 2ª feira contra demissão de funcionários em licença. Vendas de caminhões caíram 50% e não há conta que feche sem corte proporcional de mão de obra. Fábrica gostou: sem trabalho não há produção adicional para aumentar o estoque não vendido.

Moto – BMW confirmou furo da Coluna semana passada, ter fábrica própria em Manaus. Junto informou novo produto, a G 310 R, roadster, monocilíndrica, 4 válvulas, injeção de combustível, lançada ano passado.

Mais – 34 cv de potência, torque de 2,85 m·kgf , 158 kg, freios a disco, jeito de esportiva de maior porte. Com ela a BMW quer fazer 10 mil unidades dentre os nove modelos a montar em 2017. Curiosidade, na origem modelo é indiano, de onde virão as peças para montá-la.

Foto Legenda 04 coluna 1916 - BMW 310 R  KICKS, O NOVO NISSAN Foto Legenda 04 coluna 1916 BMW 310 R

BMW G 310 R, indo-manauara (Divulgação BMW Motorrad)

 

Ecologia – Ford divulgou reciclar em torno de 100 mil toneladas/ano de sucata de alumínio nos EUA para fazer caçamba e partes do seu picape mais vendido, o F 150. É corajosa proposta de substituir chapa de aço por alumínio em padrão militar, para melhor consumo e menor poluição.

Resumo – Na pratica reduziu 300 kg e aumentou capacidade de carga em 240 kg. Reciclagem para alumínio militar reduz em 95% as emissões do processo.

Oportunidade – Ford local deveria se candidatar a fornecer. Brasil tem o maior percentual mundial de reciclagem de alumínio, liderada por cooperativas. Atividade, além de aumentar exportações brasileiras, teria cunho social.

Antigos – No projeto de renovação de frota para dinamizar negócios, sugere-se taxas crescentes de licenciamento dos antigos, para torná-los inviáveis, fomentando troca.

História – Kiko, civilmente o Dr. Francisco Malzoni, filho do lendário Rino, Dr. Genaro Malzoni, deu passo importante na preservação das histórias corretas na memória do pioneiro carrozziere brasileiro. Rino teve a coragem de modificar veículos, dando origem à Puma, e depois a empresa com seu nome de família, associado ao herdeiro.

No ar – Há anos Kiko convenceu o jornalista Jorge Meditsch a escrever a história de Malzoni, e agora, para encerrar tantos desencontros surgidos pela internet, e servir como base faticamente correta, criou sítio: www.malzoni.com

HistóriaReality showEscola de Pilotos”, 13 episódios, mostrará face do automobilismo de competição focando na família Piedade. Escola de Pilotagem, produção de itens para carros de corrida, participação nas provas, tudo a envolve e colaboradores.

Aula – A quem gosta e aos desconhecedores das múltiplas facetas do negócio. Terças, 21h no canal +Globosat (34 na Sky e 44 na Net). Reprise quartas, 12h.

Problema – A superioridade dos motores Mercedes-Benz na Fórmula 1 — além da equipe e carros bem acertados, o sistema turbo em seus motores é exclusivo e imbatível em rendimento — acaba com a competitividade no setor.

E? – Mesmice dos resultados reduz interesse na temporada, pois a distância aberta pela marca encerra o campeonato antes do final. Alguma mudança regimental surgirá.

Retífica RN – Coluna passada ao comentar a operação montagem realizada pela Dafra na área da Suframa, listou a marca KTM como holandesa. Derrapou. É austríaca, bem lembrou leitor Rodrigo Moraes.

Araxá – Mais elegante dos encontros nacionais de veículos antigos, Araxá, MG, 25 a 29 de maio, superou as 200 inscrições e nem todas as opções de hospedagem são disponíveis.

Leilão será conduzido por Maurício Marx, do ramo. Patrocínio mudou. A CBM, de metais, é a principal, seguida pela Mercedes-Benz.

… – 2 – Og Pozzoli, 85, antigomobilista, único remanescente do trio implantador da atividade no Brasil, refeito. Tanto, prepara-se para ir a Araxá, dirigindo.

Antigos – Škoda 1000 MBX, da então Checoslováquia, foi o sedã com motor de 1 litro mais eficaz da sua época. Fez história nos anos ’60 pelo ótimo espaço interno e linhas diferenciadas, atração no Salão de Genebra de 1966. Completa 50 anos agora, como lembra o competente jornalista Fábio Amorim no bem informado portal www.acelerandoporai.com.br Mais? http://www.acelerandoporai.com.br/destaque-principal/maravilha-da-tchecoslovaquia-skoda-1000-mbx-completa-50-anos

GentePhilipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz Brasil, hobby. OOOO Antigomobilismo. OOOO Começa bem: 280 SL, para os do ramo o tipo W113, no Brasil dito Pagoda. OOOO Quer estreá-lo no grande Encontro de Antigos em Araxá, MG, 25 a 29 maio. OOOO Arrisca-se a prêmio. Mercedes tem excepcional oficina para manutenção de novos e antigos. OOOO Carlos Barba, mexicano, diretor de design da GM no Brasil, retirou-se, mas continuará morando aqui. OOOO É um talento. Dele algumas gerações de produtos, parecendo novos, desenvolvidas sobre plataformas e com motores superados. OOOO Fonte da marca disse ter sido decisão própria, nada a ver com o encolhimento de vendas e pessoal na empresa. OOOO

RN

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NOVOS FIAT. DOIS IGUAL A CINCO

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Fiat corre para ter novidades afinadas com o mercado, vender mais, fazer lucros, retomar liderança no mercado nacional — exceção a confundir executivos de marcas fora do país, e alegrar condutores da Fiat, aliás FCA.

Quer mudar produtos. Desfruta do picape Toro, líder de vendas no segmento; recém apresentou o Mobi para segmento urbano, os SPM – sem porta-malas; corre no desenvolver hatch e sedã para substituir Siena, Grand Siena, Punto, Palio e Linea. Base será plataforma dita 326 — antiga, original do Palio, com a distância entre eixos do Grand Siena. Novo motor três-cilindros, GSE 1,3, 12V, 105 cv, primeiro desdobramento do 1,0, em final de acertos de testes, substituirá o veterano 1,4. São os projetos X6H — de hatch —, e X6S de sedã. Hatch será brasileiro e sedã argentino — preferências dos mercados.

Distância entre eixos no sedã será a do Grand Siena, 2,65 m, e comprimento maior, arranhando 4 m.

Três-cilindros é nova família, não aviada a tempo em versão 1,0 para o Mobi, e demais modelos 1,0. Acima, do 1,3, os E.torQ 1,6 e 1,8 de quatro cilindros.

A FCA aplicará US$ 500M no ampliar a capacidade de produção fábrica de Ferreyra, Córdoba. Projetos para vendas no próximo ano.

Tem mais, o Junior

A quem insiste não perceber o vivo processo de americanização administrativa da Fiat, evidências. O processo é consequente aos bons resultados da gestão dos novos mandões, o presidente John Elkan, herdeiro Agnelli, nascido e criado nos EUA, e o grande chefe Sergio Marchionne, ítalo-canadense, com base de formação norte-americana. Internacionalizando-se com a assunção da Chrysler, adotaram o modelo de gestão e trouxeram-no à FCA, onde se inclui a Fiat. Latinidade é consentida, mas é exceção. É marcha à ré histórica. Há menos de dois milênios os romanos estenderam limites, costumes a boa parte do mundo.

Um dos novos desdobramentos dos projetos H6H e H6S, foi ordem recente: fazer novo produto, um jipinho. Será pequeno, com feição aventureira, para conviver como opção e eventualmente substituir, em ânimo e aparência, os rentáveis Adventure Weekend e Idea.

Fonte com vivência próxima aos neo-mandões informa, a ordem para a América do Sul apenas padroniza as determinações para o mercado americano.

Lá, picapes, utilitários e SUVs representam 60% das vendas, fez FCA alterar a cara operacional da Chrysler. Por exemplo, cortará o sedã C 200, menor da Chrysler, e no espaço industrial terá novo tipo de picape RAM, possivelmente menor. Idem, criar espaços em fábricas de automóveis para variáveis menores e maiores sobre plataforma Cherokee. A de maior porte exumará o nome Wagoneer. Terá o novo jipe Wrangler com elevada dosagem de alumínio, e testa picape tipo Macho-man sobre ele desenvolvido (foto de abertura).

Linha a ser seguida no Brasil aproveitará o talento da engenharia de Betim: criar produtos novos sobre plataformas antigas. No caso, do Palio/Grand Siena surgirá o Junior, como dito em americanês, ou jipinho, como aqui rotulado, reduzido investimento para a nova carroceria e adaptar uso de diferentes opções de tração — a criativa 4×1, normal 4×2 e opcional 4×4.

Oportunidade há. Mercado é carente por tal morfologia, cresceu 2.000% em 10 anos, mesmo com a atual crise. Tem rentáveis produtos — Jeep Renegade, Honda HR-V, Ford EcoSport, Renault Duster. E te-los-á menores: Nissan Kicks, Renault Kwid, e Honda WR-V.

Não há prazo para o a novidade ainda sem rótulo oficial. X6H e X6J aparecerão no Salão do Automóvel. Do sabido, desenvolvimento não atrapalha o Projeto 551, adaptação da plataforma Renegade para fazer Jeep maior, a substituir atuais Compass e Patriot. Nome a Coluna antecipou: Compass.

Projeto é tratado internamente como Jipinho. E apesar de baseado em plataforma Fiat e desenvolvido pelo pessoal da área Fiat, será o menor dos Jeep. Não é exercício de futurologia. Corre-se com o negócio. O padrão norte-americano de gestão descobriu como a latinidade da Fiat em Betim é capaz, rápida e barata para criar produtos.

 

A hora da Esculhambaçom

Há uns anos fui convidado a jantar com o então mandão maior da Ford, o Jacques Nasser — parte dos Nasser da florida Zahle, Líbano, emigrou para a Austrália, e o Jac, brilhante, veio aos EUA. Detroit, casa cheia, o festejado Chef recebeu o cliente poderoso e convidados com reverência, na cozinha. Outro jornalista, o baiano Paulinho Brandão, expert em música, leva discos com música brasileira aos jantares onde vai no exterior. Faz o som do ambiente, divulga o país e, ao final, presenteia ao anfitrião – é um sedutor.

Tudo bem, Chef se desdobrando para agradar — havia, então, em Detroit duas autoridades maiores, os presidentes da GM e da Ford —, jantar rolando, serviço com caras, bocas, mesuras e rapapés, um casal desce a escada e a senhora, simpática, sorridente, objetiva, em função da música indaga em português correto se há algum brasileiro à mesa. Festividades, amenidades, era casada com o diretor de produção do Ford mais importante como volume e lucros, o picape F-150. Reverência ao patrão, conversinhas, ele contou haver trabalhado no Brasil onde conhecera a atual mulher. Fora promovido e voltara para o importante posto junto à direção.

Perguntei-lhe, se pudesse resumir, qual a coisa de maior saudade do Brasil. O engenheiro foi objetivo: Esculhambaçom — e aos esperando ouvir caipirinha, sol, ganhar em dólar gastar em reais, ter vários empregados —- explicou: há um duende escondido em cada reunião no Brasil. Apresenta-se o projeto pensando nos prazos e passos como nos EUA, e de repente alguém tem uma solução, conhece alguém, sabe de alguma coisa inteiramente fora de propósito, mas aplicável. E as coisas funcionam. Sem explicação, mas funcionam. E  justificou: aqui são tantas regras, métodos, padrões, que saem, mas demoram.

Por que esta história? Porque Fiat e Jeep funcionarão no Brasil enquanto a latina esculhambaçom for a regra. Se vier a se enquadrar e buscar o parágrafo único do artigo x do regulamento y, da sub-regra anexa, será apenas uma filial norte-americana nos trópicos. E será lenta e lesa — totalmente diversa do cenário conhecido.

Um Hilux Peugeot

Foto Legenda 02 - Coluna 2016 - HiLux  NOVOS FIAT. DOIS IGUAL A CINCO Foto Legenda 02 Coluna 2016 HiLux

Hlluz apeugeotzada (foto auto-moto.com)

Consequência de acordo operacional entre Toyota e Peugeot, já com os primeiros veículos lançados na Europa, grupo PSA anunciou voltar ao segmento de picapes médios na América do Sul. Aqui já esteve com Peugeot 504, diesel, importado da Argentina ao início da década de ’90.

Retorno, anunciou como furo a revista francesa Automoto, ocorreria por picape argentino, construído pela Toyota e com personalização da marca francesa. Há coerência: Peugeot precisa, mandatoriamente, crescer no Continente; definição existe; Toyota argentina tem capacidade industrial; método cumpre objetivos de somar sinergias, reduzir custos para desenvolver e prazo para tê-lo no mercado. Na prática seria o bom produto japonês com mudança de grade frontal, grupo óptico — uma característica Peugeot — e interior mais afrancesado. Publicação francesa exumou o nome Hoggar, do pequeno picape sobre o modelo 207 — apesar da boa formulação e estabilidade capital, nunca se justificou em vendas.

Decisão sedimenta vizinho país como maior produtor de picapes médios. Fazem

Ford Ranger e Toyota Hilux, e farão, como a Coluna antecipou, mono produto com variações Nissan, Renault e Mercedes.

Marcus Brier, diretor de assuntos corporativos da Peugeot confirma a decisão, partida do topo da empresa na França. Mas alerta, não há substância quanto a formas e prazos. Do lado, Erick Boccia, porta-voz, informa, a Toyota brasileira não tem conhecimento, e não está apta a comentar declarações dadas por outro fabricante.

Roda-a-Roda

‘Tá limpo – Duas empresas externas de investigação, Jones Day nos EUA e Gleiss Lutz, na Alemanha nada encontraram comprometendo executivos superiores na Volkswagen relacionando seu conhecimento ou ações no caso dos motores diesel emitindo poluentes acima do teto legal.

Gastos – Entre acordos de conserto nos 11M de veículos, indenização a proprietários ou eventual recompra, multas e indenizações.

Ação – VW reage no campo do problema, os carros. Enfatiza carros mais econômicos e menos poluentes, como o T-Prime concept GTE, o substituto do Tiguan, elétrico poderoso em seus 375 cv de potência.

Prejuízo – Comprando à Mitsubishi Kei Cars – os pequenos, motor de 660 cm³, Nissan pediu os parâmetros de aferição de consumo. A Mitsubishi descobriu, há 25 anos alguns jovens engenheiros mudaram a base de medição para indicar menos gastos. Ou seja, enorme prejuízo.

Compra – Nissan fez proposta de compra de ações da Mitsubishi. Com aporte de equivalentes R$ 7,5B assumiu 34% da empresa – e seu comando. Aliança Renault-Nissan controla a Autovaz, maior das russas, e tem parte da Daimler, fazendo um troca-troca de sinergias.

Mais – Negócio deve manter família e o Banco Mitsubishi; foi realizado na sede da Nissan em efeito demonstração de poder; anunciado pelo presidente Carlos Ghosn como do tipo ganha-ganha, exceto para o presidente e executivo-chefe da Mitsubishi Osamu Masuko, a deixar a empresa.

E – Não será surpresa se a indenização devida pela Mitsubishi à Nissan — e cobrada — tenha motivado o negócio, e virado parcela na conta da compra.

Local – Chevrolet apresentou na Argentina o Cruze 2ª-geração, seu carro mundial. Festa contou com Mary Barra, executiva-chefe da corporação. Sorriu muito — e não falou de investimentos.

ComoColuna já o descreveu: motor 1,4 litro, todo em alumínio, 16v, injeção direta, turbo compressor. Faz 153 cv — supera o VW da mesma cilindrada, aplicado em Golf, Jetta e Audi A3.

E, – Versão sedã em junho. Hatch no Salão do Automóvel. Garantia na Argentina tomou ares orientais: 100 mil km.

Foto Legenda 03 - Coluna 2016 - Chevrolet Cruze 2  NOVOS FIAT. DOIS IGUAL A CINCO Foto Legenda 03 Coluna 2016 Chevrolet Cruze 2

Chevrolet Cruze 2

Lançamentos – Kicks não será o primeiro lançamento da Nissan, mas o Sentra. E logo, dia 20. Inicia segundo ciclo do modelo, com mudança frontal, tentando corrigir engano da marca — grades variadas, sem uma assinatura familiar. No caso, agora assemelhada aos sedãs superiores, Altima e Maxima.

Mais – Atrás, novos para choques e grupo óptico. No rolante mantém motor 2,0, câmbios manual de 6 marchas e  CVT  — por polias variáveis —, e cometerá o engano de aplicar rodas com 17” — buracos nacionais tem apetite pantagruélico pelos pneus de perfil baixo. Deve manter a política comercial: mirar nos líderes e oferecer preço menor.

Foto Legenda 04- Coluna 2016 - Nissan Sentra 2017  NOVOS FIAT. DOIS IGUAL A CINCO Foto Legenda 04 Coluna 2016 Nissan Sentra 2017

Nissan Sentra 2017 (foto divulgação Nissan)

Toyota – Seis de junho apresentará o Prius, seu elétrico, e o mais vendido no incentivado mercado americano. Não será o Prime, recém-lançado nos EUA e elétrico de carregar apenas na parede. Versão daqui é híbrida, com motorzinho auxiliar a gasolina. Ocasião pode permitir anúncio de feitura local.

Relevo – Nele terá Mark Hogan, ex-presidente da GM Brasil, e hoje o único americano no board  japonês da Toyota, com missão adicional de acertar a marca na América do Sul. Já arrumou a casa e o Etios.

Jeito – Anúncios enfatizando produto e características — design ousado, novas tecnologias, bom equilíbrio entre o custo e o oferecido —, alavancaram vendas do Citroën Aircross em 83% em abril. Consequência feliz, aumento de produção para atender à demanda.

Promoção – Perdendo clientes, participação e posições no ranking de vendas — talvez pelo desmesurado salto em preços aplicados a seus automóveis —, Ford tenta incrementar vendas no segmento de picapes.

Flexível – Tornou flex a versão mais barata de sua linha de picapes. Implementou conteúdo, enfatiza aplicar sete almofadas de ar — concorrente Chevrolet S10 porta apenas duas —, controle eletrônico de estabilidade, cabine dupla. Motor atualizado, Duratec, 4 cilindros em linha, longitudinal, duplo comando, 2,5 litros. Flex, com álcool, 173 cv e gasálcool 168 cv.

$? – Preços de R$ 99.500 para XLS, bem utilizável; R$ 109,500 XLT revestimento em couro e estribos cromados. Acima, Limited, R$ 118.500, itens automobilísticos, como alarme de mudança de faixa, controlador automático de velocidade et ceteras.

Mudança – 2016 poderá marcar mudanças no gráfico de vendas e presença no mercado doméstico para automóveis 0-km. Resultados janeiro/abril alteraram quadro nas marcas começadas pela letra F.

Quem – Fiat, após 13 anos, perdeu a liderança para a GM. Ford, há quase duas décadas na quarta posição, viu-se ultrapassada pelos olhos puxados. Hyundai ascendeu ao lugar, seguida por Toyota. Foi-se à sexta posição.

Ocasião – Volkswagen abre ótima oportunidade a jovens talentos em design.Tema Blue Racing propõe desenvolvimento e aplicação dos códigos da marca em carro de competição. Aos vencedores estágio de um ano na área de Design.

Futuro – Área boa. Muitos dos premiados continuaram carreira na VW ou no exterior. Um deles, Marco Antônio Pavone foi à matriz alemã e lá desenhou o festejado up! Mais, http://www.vw.com.br/pt/institucional/design.

Registro – 13 de maio, Dia do Automóvel. Nada a ver com o fim da escravatura, mas com a inauguração da estrada Pé da Serra-Petrópolis, emendando o Rio de Janeiro à estância serrana. Construção particular, por placas de concreto, pelos sócios do Automóvel Club do Brasil.

Cadastro – Associados do grupo www.simca.com.br há anos organizam cadastro para apurar sobreviventes dentre os aproximados 66 mil veículos produzidos como Simca e desdobramentos Chrysler Regente, Esplanada e GTX. Registram 551 unidades. Ainda há muitos automóveis com proprietários distantes do movimento colecionista.

Willys – Idem, grupo de colecionadores interessados no sedã Aero-Willys, em arrancada para unir proprietários do modelo, de maior produção, em torno de 99 mil unidades, extremamente resistente e, por isto, possivelmente maior acervo remanescente. Conhece algum para informar aos grupos? Simca acima e Willys em www.willysoverland.com.br .

Araxá – Único evento de automóveis antigos insistindo em realizar leilão e criar tradição, o Encontro de Araxá manterá iniciativa e liderança do leiloeiro Paulo Leite, o Paulão. Entretanto, para o cunho e o aval antigomobilista contratou Maurício Marx, segunda geração da família envolvida com os antigos.

Profissional – Marx quer dar cunho profissional e segurança aos negócios, assumindo cuidar da veracidade de conteúdo e histórico dos veículos; conferência de documentos, aptos a pronta transferência, ao final do bater do martelo, sem atrasos ou dificuldades.

GenteLuciano Resner, engenheiro especializado em Manufatura, ex-diretor de desenvolvimento GM América do Sul, e então diretor de Qualidade na Chery, promoção. OOOO Vice Presidente Operacional. OOOO

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A coluna “De carro por aí” é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.

O QUÊ? QUID, ALIÁS KWID

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Renault e sua aliada Nissan sugerem estar inspiradas em criadores de animais, batizando cada geração ou família com letra inicial comum. Na Nissan próximo SAV, moda mundial, será o Kicks, trocadilho com o significado inglês de Rápido. Na Renault, de raízes latinas, Kwid. Sonoramente Quid é O Que em latim.

Em exíguo comunicado a Renault confirmou o sabido aos do ramo: o pequeno SAV — Sport Activity Vehicle —, virá. Acróstico indica ser veículo para aventuras urbanas, com jeito de utilitário e implícita posição superior de dirigir, tão ao agrado dos compradores atuais — e tração em apenas um eixo.

Renault utilizou como referência o parente do Kwid, em produção e vendas iniciais pela marca na Índia. Produto nacional terá parte da essência e da morfologia, entretanto com muitas diferenças. Primeira, por enquadramento legal, portará almofadas de ar e freios com ABS. Depois, por características de uso, e submissão a regras biodinâmicas, sofrerá sensível aposição de reforços estruturais para resistir às tentativas de deformações impostas pelos buracos nacionais, e aos testes de impacto, como o consumo oficial, crescente argumento de vendas. Terceiro, motor será maior e, nas mudanças, o tanque de combustível com maior capacidade – e autonomia. No carro indiano, 28 litros. Aqui, entre 45 e 50. E, justificativa maior, Renault criou área de engenharia e pesquisa na América do Sul: 1050 engenheiros distribuídos entre Brasil, Argentina, Chile e Colômbia para fazer adequações aos meio ambiente e consumidores da região. 

Na prática

Deve-se imaginar o Kwid a ser feito no Brasil seja uns 200 kg mais pesado sobre a versão de origem, cujo mercado dispensa testes de impacto, almofadas de ar, e ABS nos freios. Aqui, reforços, equipamentos, acessórios, tanque de combustível e motor maior serão mandatórios e autores do ganho de peso, imaginando-se tê-lo em condições de marcha, com 800 kg. Na Índia 600 kg. Lá concorre com o VW up!:

VW up! Renault Kwid
Comprimento 3,605 m 3,679 m
Largura 1,645 m 1,579 m
Altura 1,504 m 1,478 m
Entre-eixos 2,421 m 2,422 m
Peso médios 900 kg projetados 800 kg

Motor será novo. Indiano é de 800 cm³ de cilindrada. Aqui as distâncias continentais e os compradores exigem maior rendimento. Assim, por razões fiscais, arranhará os 1.000 cm³ deslocados em três cilindros, duplo comando com 4 válvulas por cilindro, bloco, cabeçote e cárter em alumínio.

Diferenças

Fonte acreditada diz, apesar de ser produto da Aliança Renault-Nissan, nada aproveita ao recém-apresentado Nissan Kicks. A plataforma é de nova geração, e o motor, dito SCe, de projeto posterior ao trazido do México para o Nissan.

Projeto mais recente, apesar de genericamente assemelhados em material, número de cilindros e cilindrada, sendo geração mais evoluída deve oferecer mais potência, torque e menor consumo relativamente ao motor 1,0 aqui aplicados nos Nissan March e Versa, com 77 cv e 10 m·kgf de torque.

Novidade no cenário, aclarado pela mesma fonte, respeita à motorização: serão Renault. Marca irá substituir os atuais motores 1,0 e 1,6 por outros de tecnologia atualizada, e desta forma, quando a Nissan iniciar produzir o Kicks brasileiro trocará os motores pelos novos Renault. Ossatura mecânica quase padrão: suspensão frontal McPherson, traseira por eixo torcional; câmbio manual de cinco marchas. Freios a discos frontais e por tambor no eixo posterior.

Lançamento sem pressa. Apresentação no Salão do Automóvel, 10 a 20 novembro, e expectativa de vende-lo sob pressão de demanda para garantir volume e fluxo de vendas como o principal produto da empresa — hoje é o Sandero. Com a mudança de Governo, há esperanças de estabilização, e consequentemente a confiança fará crescer vendas. Resultados inicialmente mensuráveis pelas medidas para acertar a economia, daqui a uns 60 dias.

Dúvida a ser respondida pelo mercado é o convívio entre Kwid e Clio, o mais barato dos Renault, dependerá de preço. Não haverá disputa de espaço industrial. O Clio é feito na Argentina e o Kwid será paranaense.

 

De novo, Araxá, o pico do antigomobilismo

Próximo e longo final de semana, dias 25 a 29, incluindo o feriado de Corpus Christi, o XXII Encontro Nacional de Automóveis Antigos na estância termal de Araxá, Triângulo Mineiro. A disposição dos veículos à frente do monumental Grande Hotel é espetáculo cênico.

Mais refinado destes eventos, marca-se pela qualidade e raridade dos veículos expostos. Dentre as atrações do evento, alguns automóveis pouco conhecidos, como o anteriormente desaparecido e ora restaurado Packard com carroceria especial da francesa Sautchik produzido em 1931; raro e extenso Lincoln Coupé com motor V-12, carroceria especial Le Baron, de 1936; raridade dentre os Rolls-Royce, Phantom V de 1965 do colecionador de Mercedes Nélson Rigotto, e ampla coleção de Porsches do paulista Sérgio Magalhães, com ênfase nos modelos 356; e grupo de Alfas comandado pelo Alfa Romeo Club/MG, e no grupo duas estrelas raras, os modelos 33 e Alfetta.

Insólito, o único exemplar no Brasil de Vanden Plas — a grosso modo dito o Rolls-Royce da Jaguar. Marca é paralela à Daimler (a da Jaguar, não a ligada à Mercedes-Benz) e se distingue pelos refinamentos mecânicos, como a suspensão hidropneumática, e de decoração. Epicurismo vai ao ponto de mãos e braços dos usuários não tocar em plástico ou vinil, mas apenas em madeira raiz de nogueira e couro Connolly. Este, considerado o mais fino do mundo, provém de gado suíço Fleckvieh, criado especialmente para fornecê-lo. Tapetes em pelos longos de carneiro, e bancos em forma de poltrona para quatro ocupantes.

Atração paralela, a ser apresentado como Barn Find, termo universal para carros encontrados em galpão. No caso, um Lancia Asturia, do pós-II Guerra, resgatado à coleção do pioneiro antigomobilista Angelo Bonomi, e levado pelos paulistanos irmãos Marx, agitados no meio. Maurício, um dos Marx, pilotará a parte histórica do leilão.

Otávio Carvalho, um dos organizadores, acredita, a importância do evento releva a crise de imobilidade do país. Informação se baseia no fato de 10 dias antes do evento, 300 veículos terem sido inscritos. A capacidade, sempre selecionando os melhores, é pouco superior a este número.

Neste ano a Mercedes-Benz será copatrocinadora, projetando-se um núcleo de estelar — sem trocadilho — qualidade a representantes da marca.

E sorteio de passagem aos expositores para ida à Autoclásica, Buenos Aires, outubro, maior evento do segmento na América do Sul.

No evento, feira de peças e acessórios, e o único leilão de veículos antigos

Foto Legenda 02 coluna 2116 - Vanden Plas  O QUÊ? QUID, ALIÁS KWID Foto Legenda 02 coluna 2116 Vanden Plas 1

O pouco – ou desconhecido – Vanden Plas

 

Roda-a-Roda

Fila – Abriu-se lista de encomendas para o novo Giulia, da ressurgente Alfa Romeo. Principia com a First Edition, assim rotulada para dar mais charme à novidade. Versões Giulia, Super, Business, Business Sport e a Quadrifoglio, com mais de 500 cv. Tema, a emoção volta à estradaE vero. Sem previsão de vinda ao Brasil.

Bom gosto – Início da aragem de abertura em Cuba permitiu feito importante para a Mercedes-Benz. Delegação comercial foi à ilha e vendeu 199 unidades de automóveis da marca: 135 Classe C 200 e 64 Classe E 200 CGI, nova geração lá estreando. Serão utilizados em turismo e locação.

Foto Legenda 03 coluna 2116 - Motor boxer Subaru  O QUÊ? QUID, ALIÁS KWID Foto Legenda 03 coluna 2116 Motor boxer Subaru

O boxer Subaru (Divulgação Subaru)

Cinquentão – Motor boxer da Subaru festeja 50 anos de produção. Bom em potência, torque, consumo e equilíbrio, colocação baixa, alinha o virabrequim com o eixo de engrenagens da caixa de marchas e, com a tração nas quatro rodas, distribuindo forças igualmente, tem resultado de excepcional estabilidade, equilíbrio e reduzido gastos em pneus.

Mais – Atualmente a configuração boxer, de cilindros horizontais e contrapostos, é utilizada apenas por Porsche e Subaru. Dela é o único diesel boxer. A corporação Fuji, de amplo espectro, produzindo de navios a aviões, adotará o nome Subaru, de expressão mundial.

Ocasião – Única dentre as dezenas de marcas de veículos operando no Brasil a se manifestar saudando o novo governo federal foi a Kia — a importadora de maiores perdas volumétricas no mercado.

Na veia – Domingo passado, anúncio de página dupla nos jornais paulistanos — com certeza lidos pelo Presidente Temer — e página inteira nos das maiores capitais. Mensagem no tema do discurso de posse: trabalho. Kia e importadores precisam abrir necessário e democrático canal de diálogo com o governo.

Foco – Governos anteriores tinham muita intimidade com a CAOA Montadora, vendedora de Hyundais, concorrentes diretos da Kia. Assim não havia diálogo e a imposição do programa Inovar-Auto segregou os carros importados e não os utilizou como parâmetro de conteúdo e preço para o consumidor.

Dança – A intimidade entre os ex-ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel e Mauro Borges com a CAOA Montadora, é descrita pela Operação Acrônimo, e dentre os acusados, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, o dr. CAOA, dono do negócio, e Antônio Maciel Neto, presidente.

Ciclo – Passou o general Adelbert de Queiroz, 93. Ex-diretor da Mercedes, e último remanescente da pioneira turma de engenheiros automobilísticos formados pela ETE, a Escola Técnica do Exército, no distante 1955.

Insólito -Incrível iniciativa, formar engenheiros de automóveis em país onde meia dúzia de empresas apenas agregava partes importadas das matrizes. Coisas do Brasil, um sonho para o futuro.

Importância – Entretanto, com a chegada da indústria automobilística, quase todos os formandos foram contratados como interface com gentes com outras formações e informações, necessitados de conhecimento do tema, e da ordem dos fundamentos militares.

Desafio – Fazer o correto, a tempo, dar exemplo e colocar ordem na multivariada feição da mão de obra sem vivência ou experiência, integram o desafio de construir carros sem existir autopeças. Mais, ajudar viabilizar o sonho nacionalista de implantar a indústria da mobilidade no país.

Nacionalidade – Todas as fabricantes tinham um engenheiro militar da ETE, de fundamental importância no desenvolver fornecedores, ante a dificuldade monumental de cumprir índices de nacionalização em apenas três anos.

Base – Muitas pequenas oficinas e fundições receberam visão de negócios, orientações técnicas, funcionais, de layout operacional para dar um salto: deixar, por exemplo, de ser torneiro para ser fornecedor de autopeças.

Queiroz – Foi contratado pela Mercedes nos primeiros anos e, com a Revolução em 1964, quase todos os ex-ETE se transformaram em diretores, ampliando funções para incluir o relacionamento com os colegas militares exercendo comando, burocracia do país, e falando verde-oliva.

Aula – Casual, didático, Luiz Alberto Veiga, 63, diretor de Design da Volkswagen falou a lotado e atento auditório no II Mopar, encontro de Dodges em Brasília, último final de semana. Contou casos, exibiu propostas de modelos nunca adotados, mostrou exemplos e tirou numerosas dúvidas. Larga experiência em Chrysler, VW Caminhões e de automóveis, falou por duas horas, instruiu e fez amigos.

Foto Legenda 04 coluna 2116 - Veiga designer  O QUÊ? QUID, ALIÁS KWID Foto Legenda 04 coluna 2116 Veiga designer

Veiga, designer

Fé – Nem a chuva, responsável por duas transferências de data, inibiu participantes e visitantes à Expo Auto Argentino, Moreno, beiradas de Buenos Aires, domingo passado.

Encontro – É para festejar e manter vivo o orgulho pelos veículos argentinos, e neste ano comemorava meio século do Ika Torino, melhor carro do continente à época — e assim eleito na exposição, em votação popular. Foco cultural, educativo, cresce de importância a cada ano.

Gente – Richard Christian Schwarzwald, 47, carioca, engenheiro, novo diretor de qualidade da FCA – Fiat Chrysler Automobiles América Latina. OOOO Larga experiência no Brasil, na Fiat SpA e amizade com o presidente executivo da empresa. OOOO Trabalharam juntos na VW do Brasil na fase Demel e na Fiat Itália.   OOOO Fama de detalhista o precede. OOOO Rodrigo Borer, executivo-chefe do Buscapé, sítio de comparação de preços, mudança. OOOO Idêntica função no Webmotors, maior sítio de classificados de veículos do país. OOOO

 

Actros, o caminhão-do-patrão

Melhor dotado em evolução, tecnologia e confortos, o Actros é chamado Caminhão-do-Patrão, um reconhecimento não apenas às suas características e conteúdo, mas ao fato de as grandes transportadoras nacionais terem começado e crescido com motoristas que se tornaram empresários. Bem dotado, o Actros é para condutores no topo da escala profissional.

Habilidades tem ganho novos operadores, e sua característica de ambientar-se às estradas permite uso em asfalto e nas vias de terra do agronegócio.

Transportadoras de referência, como a Budel Transportes, Grupo Cereal e Lontano Transportes, passaram a utilizar o extrapesado em versão 2651, no topo da linha de produtos Mercedes-Benz, todas ligadas ao agro negócio, onde se demanda estiradas de grandes distâncias, oferecendo excelente desempenho e produtividade, aliado a elevado conforto e segurança para o motorista.

Roberto Leoncini, Vice Presidente de Vendas, trata o Actros como Gigante de Tecnologia, e explica, “o Actros foi desenvolvido para enfrentar as características das estradas brasileiras e atender ao atual perfil do transporte, o mais preparado para enfrentar qualquer percurso”. Philipp Schiemer, presidente da Mercedes no Brasil e chefe para a América Latina, conduzindo a companhia com forte dedicação a alterar os produtos a partir da indicação dos clientes, sintetiza as boas vendas em meio à pior crise já vista no setor: “As estradas falam, a Mercedes-Benz ouve.“

Clientes Budel, Cereal e Lontano veem características comuns: confiança na marca; robustez e conforto; tecnologia; redução de consumo.

Foto Legenda 05 - coluna 2116 - Actros-familia  O QUÊ? QUID, ALIÁS KWID Foto Legenda 05 coluna 2116 Actros familia

Tecnologia, conforto, economia e habilidades de andar em estradas variadas incentivam as vendas do Actros

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BMW SÉRIE 7, IMPONENTE, CARO, QUASE AUTÔNOMO

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Marca alemã completou a linha de sedãs com o degrau superior, a sexta geração da Série 7 (foto de abertura). Grande em seus 5,23 m de comprimento e 3,21 m entre eixos, é confortável, dotado de amplo pacote de segurança, confortos, e infodivertimento. Conteúdo rico, incluindo bancos como poltronas individuais, reclináveis, com opção de massagens, exercícios programados, auditados, e apoio de pés. Um comando destacável, tablet de 17,5 cm, alojado entre bancos traseiros, permite acionar o sistema multimídia através de gestos com as mãos, som Bowers & Wilkins, tela de 25 cm. Refrigerador no porta-malas, acessível por tampa entre encostos. Usuário descansado, sentado à poltrona traseira, olhando para cima, se romântico encantar-se-á com o falso céu no teto de vidro, com 15 mil pontos de luz a sugerir o firmamento limpo, mesmo em noite de borrascas e tempestades.

Mecânica rica, refinada por materiais leves, e aplicação de compósito de fibra de carbono na estrutura. BMW trará ao Brasil o topo do topo, versão 750 Li M Sport. Marca-a motor V-8, 4,4 litros, biturbo, 450 cv de potência, 66,3 m·kgf de torque. Anteriormente série 50 se caracterizava pelos motores V-12. Câmbio Steptronic de 8 marchas. Apesar dos 1.800 kg é esperto como exige quem anda no banco traseiro e pagou os R$ 710 mil anotados na etiqueta. Vai aos 100 km/h em 4,7 s e a 250 km/h cortados eletronicamente. Rodas M Sport, em liga leve e aro 20”.

Cores, quatro metálicas — preto Safira, branco Mineral, cinza Cingapura, preto Carbon. Revestimento em couro Nappa Branco, Preto e Café, nova moda.

No mais, as atualidades do momento, iluminação do chão ante aproximação, mudança de cor nas luzes internas, assinatura luminosa nos faróis com LEDs adaptativos, e nas luzes traseiras. Tecnologias podem ser interpretadas de maneira diferente. A uns, o futuro, mas, por exemplo, uma novidade agradaria apenas parcialmente a antigo diretor da GM, o Imperador de São Caetano. Não colocava a mão em maçanetas para abrir ou fechar o automóvel. Exigia um segurança para fazê-lo. Quilômetros acima da má educação do ex-executivo, no Série 7 permite-se o entra e sai do carro sem tocar nas maçanetas, pois sensores determinam a abertura e fechamento das portas e do compartimento de bagagens. Pouco, entretanto, para atender aos faniquitos do aposentado: não há equipamento para retirar e colocar o paletó; carregar sua pasta; e entendê-lo por olhares, pois não conversava com subalternos…

Tecnologia está mais para evolução que para revolução. Provam-no as aletas internas das grades riniformes frontais, num abre e fecha de acordo com o ganho de velocidade, em nome de melhorar a penetração aerodinâmica e reduzir consumo. Mesma tecnologia, com ajuste termo-mecânico ou manual, empregada nos carros americanos de luxo, ao final dos anos ’20, quando Packards, Cadillacs e Lincolns abriam ou fechavam as aletas evitando o ar gelado do inverno impedisse o motor atingir a temperatura operacional.

Há muito, muito mais, como as câmeras lendo o chão e conectadas ao GPS traçam e preparam o deslocamento, e enorme carga de facilidades eletrônica permitindo vê-lo como último degrau antes de se tornar autônomo — como, com certeza, será seu sucessor.

Enfim, camarada, se interessado, seu motorista terá muito a aprender sobre as capacidades e as habilidades do novo BM7.

Nissan Sentra, tapa acertado

É, como a Coluna descreveu há  14 dias, uma intervenção renovadora durante a vida útil da sétima geração. Efetivamente melhorou-o a partir do óbvio, a visão frontal. A Nissan trouxe-o à identidade familiar, ligando-o aos sedãs mais caros da marca, Maxima e Altima. Mudança em grade e faróis o rejuvenesceram e deram rumo na vida.

Mecânica continua liderada pelo motor frontal, transversal, quatro cilindros, 16 válvulas, com abertura variável, injeção indireta, 2,0 morno para os dias atuais: potência de 140 cv, torque de 20 m·kgf. Tração dianteira advinda de caixa com polias variáveis, sistema amplamente conhecido como CVT. Grosseiramente é câmbio automático ao dispensar atuação do motorista, e o sistema funciona como se o motor fosse um gerador independente, sem correspondência entre ruídos e aceleração. O sistema não absorve energia, nem consome mais, ou perde rendimento, e foi modernizado reduzindo 30% do atrito e 13 kg em peso ante a geração anterior. Entretanto dirigi-lo não oferece emoção, calor ou estamina. Como disse jornalista nordestino ao test drive, é como dançar forró com a mãe.

Há sensível percepção do investimento da Nissan para preencher o terceiro degrau da casa dos sedãs japoneses, melhorando seu conteúdo. Comparado aos líderes Corolla e Civic, às vezes em ordem inversa, oferece mais equipamentos por menor preço. Define isto desde a primeira versão, da qual suprimiu o câmbio manual, oferecendo o CVT. E reafirma com preocupação de segurança, como controle de estabilidade e tração. Construtivamente permite conforto aos passageiros do banco traseiro e um rodar confortável pelo entre eixos superior na classe. Diz a marca, o dimensionamento e o ajuste de suspensão Mc Pherson frontal e eixo torcional traseiro, direção e freios foram desenvolvidos localmente para as condições brasileiras.

O motor flex entrou no caminho natural de refugar o tanquinho de gasolina e adota o sistema Flex Start Bosch aquecendo o álcool antes da partida.

Foto Legenda 02 coluna 2216 - Nissan Sentra  BMW SÉRIE 7, IMPONENTE, CARO, QUASE AUTÔNOMO Foto Legenda 02 coluna 2216 Nissan Sentra

Nissan Sentra: rico em conteúdo, correto, hígido (Divulgação Nissan)

 

Roda-a-Roda

 

Caixa – Tesla, rápido e surpreendente carro elétrico, colocará ações no mercado. Diluirá o poder de Elon Musk, o sul-africano criador do sistema de pagamentos PayPal, executivo-chefe e principal acionista, mas pretende caixa para arrancar produção de seu modelo 3.

Caminho – Empresa quebra paradigmas, fazendo carros com estilo, refinamento e autonomia. O recém-apresentado 3 anda 340 km com uma carga, tem enorme fila de encomendas sinalizadas, e a captação de recursos é para viabilizar produção ampla. Dele quer fazer 500 mil unidades em 2018.

Ampliação – Busca outros mercados. Reforma loja na Avenida Europa, caminho de marcas de prestígio na capital paulista, para vendê-los aqui.

Foto Legenda 03 coluna 2216 - Tesla modelo 3  BMW SÉRIE 7, IMPONENTE, CARO, QUASE AUTÔNOMO Foto Legenda 03 coluna 2216 Tesla modelo 3

Tesla, modelo 3 (Divulgação Tesla)

Saco … – Depois do Dieselgate, escândalo envolvendo emissões de poluentes em níveis superiores à margem legal, outros fabricantes estão sendo acusados de falsear dados relativos a consumo. Mitsubishi foi o primeiro e a queda do valor de suas ações permitiu à Nissan adquirir-lhe 34%. E esta enfrenta a mesma acusação.

…de Gatos – GM suspendeu vendas de seus SUVs mais vendidos – em todos a etiqueta de consumo indica duas milhas (3,2 km) a mais por galão de gasolina, (3,78 litros). Não mexerá nos motores ou sua eletrônica: trocará o selo…

Criação – Estudo pela Safe Kid Worldwide e a General Motors Foundation concluiu, tendendo à obviedade e balizando o futuro: adolescentes criados com  limites impostos pelos pais, dirigem com mais responsabilidade e se envolvem menos em acidentes. Como exemplo, os educados a beber com responsabilidade são 1/10 no volume de acidentes.

Telhado – Alguns órgãos de imprensa apostam no convívio no mercado do Renault Clio, em paralelo ao Kwid, SAV Renault a ser lançado ao fim do ano. Produzido na Colômbia, seria fornecido ao Brasil.

Palavra – Bruno Hohmann, diretor de vendas da Renault, contesta a teoria por não haver espaço para convívio entre produto muito antigo e outro muito moderno no mesmo segmento e faixa de preços. O Clio continuará, mas no mercado colombiano, onde produz, por exemplo, a Grand Tour, station Mégane.

Atualização – Outro francês, o Citroën C3 será notícia nos próximos dias, ao iniciar comercialização com novo motor 1,2 tricilíndrico, o PureTech. Deverá disputar a liderança dentre os mais econômicos.

Apresentação – 20 de junho, mas por logística de transporte alguns concessionários podem recebê-lo antes. Charmoso, bem equipado, o C3 PureTech terá preço a partir de R$ 46.500 – uns R$ 1.500 sobre o anterior.

Quebra? – Instigada pela então chegante Volkswagen, a Wilhelm Karmann GmbH, simplesmente Karmann, veio para o Brasil e adotou o nome de seu produto mais conhecido, o Karmann-Ghia. Iria fornecê-lo à VW e, em paralelo, vender serviços de desenvolvimento, partes, fornecer itens e serviços para a indústria automobilística.

Situação – Está na Via Anchieta, ligação do litoral ao planalto paulista, parte alta para evitar enchentes não cuidadas, e do muito feito há trailers, jipes Land Rover Defender montados por encomenda da Ford, e a mítica emenda esticando o Willys Itamaraty, como única limusine feita por fábrica no Brasil.

– O fim melancólico da matriz em 2009, incorporada pela Volkswagen em sua arrancada de crescimento, influenciou filial local. Vendida, passou por quatro donos em 10 anos, e o atual se bate com dívidas antigas e retração da produção de veículos novos.

– Tem pedido de falência em curso, salários em atraso, fábrica parada, ocupada pelos funcionários – e esperança de ser vendida. É a história à venda.

Crise – Um automóvel reúne umas 5.000 peças. Tê-las com preço, qualidade, especificações, é exercício constante. Pelos novos processos industriais fabricantes de automóveis não as estocam, recebendo-as na linha de montagem, à hora de agregá-las para fazer o veículo. Logística complicada, sujeita a muitas variáveis.

Custo – Atraso na entrega da hipotética e desprezível rebimbela da parafuseta é capaz de frear a linha de produção, causando enorme prejuízo. Caso dos bancos, não entregues para discutir aumento de preços.

Relacionamento – Ocorreu com Volkswagen e Fiat semana passada.          Fornecedoras compradas pelo grupo Prevent, suspenderam entregas, solicitou novo adiantamento de pagamento. Matriz da VW achou desaforo e foi à Justiça.

Mal parado – Despacho determinou o fornecimento sob pena de multa diária de R$ 500 mil. Voltaram entregas às duas marcas, mas relação azedou, criando oportunidade para novos fornecedores.

Indo atrás – Ante o gráfico econômico de crescimento constante no Nordeste, Stuttgart Sportcar, distribuidora Porsche, abriu revenda em Recife, PE, à av. Imbiribeira.

Exceção – Marca ausente do muro das lamentações automobilísticas. No tríduo maldito da economia nacional, os três últimos anos, nada a reclamar: no primeiro quadrimestre de 2014 vendeu 219 unidades. Ano seguinte, período idêntico, 208. Nesse exercício, 236. Crise para ricos é marolinha, diz aquele novo rico de amigos generosos.

Negócio – Respiro de alívio na Mercedes: pelo quarto ano seguido venceu licitação federal no fornecer chassis de ônibus para transporte escolar. Até agora marca já colocou 3.500 ônibus no programa “Caminho da Escola”.

Aviso – Moradores da milenar Vetralla, encarrapitada nas montanhas, 14 mil habitantes, na região do Lazio, Itália, para chamar a atenção da Prefeitura local ante buracos na principal via da cidade, ameaça à vida de motociclistas, ciclistas, motoristas: pintaram figura assemelhada a longo pênis para indicá-los.

Oficial – Prefeito Sandrino Aquilani exibiu a estreiteza mental habitual às autoridades mal formadas: viu nas pinturas forma de intimidação, mandando a Polícia identificar os autores. Disse, buracos não são municipais, mas estaduais. Lá, como cá, governos municipais não discrepam. Erram.

Foto Legenda 04 coluna 2216 - Vetralla  BMW SÉRIE 7, IMPONENTE, CARO, QUASE AUTÔNOMO Foto Legenda 04 coluna 2216 Vetralla

Sinalização inovadora colocou Viterbo no mapa mundial (tusciaweb)

Menos – Ford informou à imprensa comemorar neste mês 97 anos de produção no país. Enganou-se. À data, em 1919, apenas definiu-se a vinda ao Brasil, efetivada ao final de 1920. Brindar a decisão, OK. Mas festejar fabricação, apenas no trimestre final. E, assim mesmo, 96 anos.

Alfa – Mais charmosa corrida do mundo, a Mille Miglia Storica, em estradas italianas entre Brescia-Roma-Brescia, fez trinca de Alfas na vitória. Brescianos Andreas Vesco e Guerini, com 1750 GS Zagato de 1931; Luca e Elena Patron Scaramuzzi, com 2000 CC OM 665 Superba Sports, 1926; e Giordano Mozzi e Stefania Biacca em 6C 1500 Gran Sport de 1933.

História – Competição reedita a famosa corrida, mas agora é midiático rallye de velocidade, admitindo participantes com veículos idênticos aos então competidores, até o ano de 1957. Alfa resolveu seguir a Mercedes-Benz no investimento institucional. Ano passado patrocinou-a, e fez parada extra no futuro museu da marca, em Arese.

Registro – Neste reuniu a maior tropa do evento: 47 Alfas. No geral, participantes dos cinco continentes, incluindo 19 argentinos. Daqui, nenhum. Aliás, brasileiros apenas na edição de 1999: Feldman e Nasser integrando o Team Mercedes.

Foto Legenda 05 coluna 2216 - Mille Miglia  BMW SÉRIE 7, IMPONENTE, CARO, QUASE AUTÔNOMO Foto Legenda 05 coluna 2216 Mille Miglia

Belo 1750 Zagato, vencedor da Mille Miglia Storica

 


Jeep, um caminho especial na história do automóvel

Histórias de automóveis são mais ou menos confluentes: ideias em torno de um objetivo, gerando produtos assemelhados. Com o utilitário leve com tração total para aplicações gerais, GP, pronunciado como Jeep, foi diferente. Partiu de concorrência pública pelo Exército dos EUA. 135 convidados, nenhum se interessou pelos prazos impossíveis – meia dúzia de dias para projeto grosseiro e 49 para protótipo funcional. Para noção, hoje isto é desafio para um ano de prazo. Instigaram Carl Probst, ex-engenheiro-chefe da American Bantam, então fechada fábrica de carrinhos ingleses. Probst declinou. Não tinha meios mínimos, secretaria, equipe. Mas por razão nunca esclarecida, prazo vencendo, aceitou, fez o desenho de factibilidade e apresentou-o. Foi o único. O Exército arrepiou ante a possibilidade: como entregar a empresa fechada, encomenda de tal responsabilidade? O desenho vazou para a Willys-Overland.

Probst fez o óbvio: aproveitar o disponível no mercado – eixo traseiro e freios de automóvel Studebaker; caixa de marchas do Bantam; caixa redutora de trator; molas, direção de alguma coisa em produção. Em 48 dias tinha-o pronto, rodou na madrugada e cumpriu o prazo – nem a Willys nem a subempreitada Ford conseguiram. Não tinha o peso mínimo do edital, foi sendo submetido a testes, e enquanto se analisava a mudança técnica, os concorrentes apareceram, calcados no projeto Bantam. Ao final padronizou-se o veículo, pela Ford identificado como GPW – General Purpose Willys. O nome colou.

A partir da segunda fornada padronizaram-nos. O motor agora chamado Go Devil, era um ancião, dos Willys Whippet da década de ’20… Mas era disponível e tracionou formidável ferramenta de guerra a quem se credita parte da vitória dos Aliados. Comercialmente o Jeep criou vertente de produtos, hoje vistos em Renegade e Wrangler, e dele o primeiro utilitário esportivo, os netos da antiga Rural Willys, a ampla família Cherokee. E foi a primeira marca que se decidiu instalar para produzir – e não apenas montar – veículos no Brasil. Medida de importância, o produto dá nome à  marca

Foto Legenda 06 coluna 2216 - Jeep  BMW SÉRIE 7, IMPONENTE, CARO, QUASE AUTÔNOMO Foto Legenda 06 coluna 2216 Jeep

Jeep – um novo caminho começou aqui.

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A coluna “De carro por aí” é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.

O BOM E VELHO ARAXÁ

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País forma tradição com o Encontro Nacional de Veículos Antigos, sempre identificado com a cidade de Araxá, MG. A 22ª edição mostrou-o no caminho certo, apesar da economia em descenso e suas más consequências. Se presenças foram menores, houve adensamento de qualidade entre os veículos mais expressivos. Na prática gerou esforço para depurar, filtrar os eleitos aos prêmios principais. No topo da pirâmide da importância ficou o Lincoln V-12 Conversível, de 1936 (foto acima). Pertencente ao colecionador mineiro Rúbio Fernal, é única unidade no Brasil, e rara no mundo, como motor grande, egresso da Recessão do fim da década de ’20. Levou o “Prêmio Roberto Lee”, para o melhor automóvel no evento.

Outra característica foi a distribuição de mais de um prêmio a alguns participantes. Caso de Ailton Gracia, engenheiro com oficina por hobby para recuperar antigos de sua propriedade e de amigos. No caso levou um par de Pumas GT 1967 — 125 construídos — com motor DKW-Vemag, idênticos em todos os detalhes. Idem, dupla de Jaguar 130 de 1952 e 1953; da coleção de Mercedes liderada por Nélson R.  Gouvêa; de proprietários de Romi-Isettas. A Coleção JORM, o colecionador José Luiz Gandini, o mesmo Rúbio Fernal foram outros pluri premiados.

Das curiosidades, Nash 1951 com carroceria Statesman não montada no Brasil e chamando atenção por artefato externo, como uma turbina, tocada com a passagem de ar, refrigerando o interior do automóvel. Alentada coleção de Porsches, de 356 aos últimos modelos, pelo colecionador Sérgio Magalhães, e raridades como Cord e Graham-Paige, marcas há algum tempo não vistas. E ativo grupo com Alfa Romeo. De JK a Alfa 2300, incluindo bateria de GTVs, Sprint Veloce, Spyder, e únicas Alfetta e 33.

Organizadores insistem em realizar leilão. Fazem bem, apesar da baixa liquidez — pouco mais de 20% dos veículos foi vendida, compreensível pela falta de tradição dos participantes, tanto para pedir quanto em lances titubeantes.

Neste ano a Mercedes-Benz assumiu a cota de patrocínio anteriormente detida por mais de década pela Fiat. Induziu presença da marca, incluindo exemplar de seu Patent Wagen da série iniciada em 1886 — não é réplica, mas continuidade de produção —, fez test-drives, expôs veículos novos, e analisa a continuidade do apoio ao encontro de Araxá. Marca é dos principais patrocinadores do mais refinado evento do ramo nos EUA, o Pebble Beach Concours d’Élegance, abrindo a programação em famoso e disputado jantar tipo Who’s Who. ‘Tás no jantar da Mercedes? És VVip – very, very important people. Não estás? Serás, no máximo, apenas milionário… Tem base e experiência para assumir a identificação com o movimento antigomobilista. E praticantes em casa: o presidente mundial da área de automóveis Mercedes, Dieter Zetsche e o da América Latina, Philipp Schiemer, são possuidores de MB 280 SL, os pequenos conversíveis da década de ’60, com teto elevado, apelidados mundialmente Pagoda.

Curiosidade, o prêmio extra denominado “Pressão”: grupamento feminino da família Gouvêa levou Ford Thunderbird ’56 e Lambretta da época, pintados em rosa — cores de época. Pressão feminina criou o prêmio. Outra, um barn find, verbete especializado para designar achados de galpão. No caso, os irmãos Marx levaram raro sobrevivente Lancia Astura 1938, carroceria especial por Batista Farina, há décadas localizado e guardado no galpão do pioneiro antigomobilista Angelo Bonomi, passado há alguns anos. Tão impactante, foi dispensado de passar rodando para receber o prêmio, mudando a regra do evento. Quando pronto, rotula o especialista Rex Parker, será dos cinco mais importantes antigos no Brasil.

Grupamento de esportivos italianos — De Tomaso, Ferrari, Lamborghini — e insólitos, como um De Lorean.

Especialmente bem-vindos, Og Pozolli e Pacifico Mascarenhas, pioneiros no criar e sedimentar o antigomobilismo. Composição do Pacifico tornou-se o hino oficial do VCC MG. Igualmente festejado Leo Steinbruch, que com seu irmão Fábio reuniu sólida coleção de antigos. Leo andava recluso desde o súbito passamento de Fábio em dezembro de 2012.

Nacionais, poucos, incluindo a bateria de Romis, e premiados Alfa B indicada pelo Alfa Romeo Club; os Puma DKW; Lumimari Malzoni GT do brasiliense Renato Malcotti; Puma GTB 1977 com Flávio Cardoso; Ford Landau 1969 de Ricardo Kamil, e tão primoroso quanto raro Simca Jangada 1965 do paulistano Antônio Guedes, solitário representante da marca. Grande ausente, apesar de ter sido a mais vendida ao início dos anos 60, e com grande leque de produtos, não havia um só Aero-Willys para relembrar a história. Apenas duas Rural.

Foto Legenda 03 coluna 2316 - Simca Jangada  O BOM E VELHO ARAXÁ Foto Legenda 03 coluna 2316 Simca Jangada

Raro e impecável Simca Jangada

E?

Em resumo, valeu a pena e deu mais um passo evolutivo. Mesmo não se pode dizer do item referente à reeleição para a presidência da Federação Brasileira de Veículos Antigos. Sem cumprir o prometido programa de gestão, marcada por viagens e alegorias festivas inadequadas, contatos oficiais ociosos e sem resultados práticos. A omissão executiva na FBVA está minando a credibilidade do movimento antigomobilista nacional. Na prática, custa muito e nada entrega. Mas talvez seja isto que o movimento dos automóveis antigos deseje.

Foto Legenda 01 coluna 2316 - Araxá  O BOM E VELHO ARAXÁ Foto Legenda 01 coluna 2316 Arax

Portentoso cenário, o Grande Hotel em Araxá

 

Motores. Prêmio aos melhores

Iniciativa inglesa, o International Engine of The Year, é júri mundial de jornalistas especializados — no Brasil inclui o editor da Coluna. Lista os motores recém-lançados, ou os de performance, os promotores de vendas, os abridores de novos caminhos. Em suma, detentores de qualidades para alcançar o precioso carimbo promocional de melhor do ano.

Votos são depurados em etapas, nas diversas categorias, tanto por cilindrada quanto por qualidade ambiental, e ainda o “Motor Internacional do Ano”. Resultado foi apresentado dia 1º.

Quem são

Ferrari passou o rodo com seu novo motor 3,9 V-8, Twin Turbo, 670 cv, aplicado ao 488.  Um desafio com foco no meio ambiente para substituir o 4,5 aspirado. Ganhou como New Engine; Performance Engine; Motor entre 3,0 e 4,0; e o prêmio máximo, o International Engine of The Year 2016. Melhor sob aspecto ambiental, premiou a plataforma da Tesla, marca independente dos EUA. Grande argumento de sua ida ao mercado para vender ações e viabilizar a produção de 500 mil veículos de seu modelo 3 em 2018.

Aqui

Dentre os sagrados como melhores, o Ford 998 cm³, três cilindros, turbo, anunciado para equipar Fiestas em julho — e EcoSport após, foi indicado para a categoria Sub 1,0. No caminho de futuras aplicações no Brasil, o 1,2 tricilíndrico turbo PSA, próxima novidade em Peugeot 208 e Citroën C3 no Brasil.

Quem é Quem

Novo Motor Ferrari 3,9 Twin Turbo V-8
Motor Ambiental Tesla Full Electric Powertrain
Motor – Performance Ferrari 3,9 Twin Turbo V-8
Sub 1 litro Ford 998 cm³ 3-cilindros EcoBoost
1,0 – 1,4 litro Peugeot 1,2 3-cilindros Turbo
1,5 – 1,8 litro BMW 1,5 3-cilindros elétrico/gasolina
1,8 – 2,0 litros AMG 2-litros turbo
2,0 – 2,5 litros Audi 2,5 turbo
2,5 – 3,0 litros Porsche 3,0 6-cilindros
3,0 – 4,0 litros Ferrari 3,9 Twin Turbo V-8
+ 4,0 litros Ferrari 6,3 V-12
International Engine of The Year 2016 Ferrari 3,9 Twin Turbo V-8

 

Foto Legenda 04 coluna 2316 - Ferrari 3,9 dois turbos motor do ano  O BOM E VELHO ARAXÁ Foto Legenda 04 coluna 2316 Ferrari 39 dois turbos motor do ano

Ferrari 3,9 dois turbos, 670 cv, Motor do Ano

 

Roda-a-Roda

Re-callToyota, Mazda, Nissan, Subaru, Mitsubishi, Fiat, Chrysler, Ferrari, Daimler (Mercedes), BMW chamam mínimos 12M de veículos nos EUA para substituir almofadas de ar da japonesa Takata. Defeito pode estar no produto químico para disparar enchimento. Entre o pode e o estar, devasta a marca.

Consequência – Takata procura, desesperadamente, sócio, investidor, especulador, comprador, qualquer entrada de dólares para enfrentar os elevados custos de reposição. Não tem caixa para honrar a substituição.

Alfa – O início de produção e vendas da Alfa Giulia anima admiradores brasileiros da marca. Mas, tudo indica, demorará a chegar por aqui. Lélio Ramos, ex-diretor comercial da Fiat — e corresponsável pela liderança da marca 13 anos — assumiu diretoria para importados.

Tempo – Focará aumentar participação de vendas de Maserati, Abarth e Alfa Romeo. Primeiros, mais fáceis. Há revendedor Maserati e os Abarth são produtos Fiat, utilizando mesma rede de distribuição.

Horizonte – Este é o ponto mais difícil da operação. Virá, diz sem definir prazo e enigmaticamente, resumiu Há planos – mas não há projeto. Ou seja, demora.

Diplomático – Como Coluna informou, Toyota apresentará novo Prius híbrido em Brasília. Insólito, fa-lo-á na Embaixada Japonesa, enclave interessante.

Freio – Com ambicioso projeto de substituir cinco produtos antigos por dois novos, e correndo em paralelo um pequeno SAV, codinome Junior, ou Jipinho, como tratado no popular, administração da FCA deu-lhe meia-trava.

Questão – Problema não é pisar no freio, mas a intensidade frenante. Se errar a pressão pode ir à parada total — de difícil arrancar posterior. Aconteceu com projeto Volkswagen, o Taigun, adiado — e agora de impossível resgate.

Negócio – Mercedes-Benz do Brasil foi a Cuba ajustar venda de 199 sedãs C e E. Negócio demorado pela burocracia da Ilha, tentando equilibrar a chegada ao capitalismo. Marca tem outro bom negócio lá: vende conjuntos de motores diesel e caixas de câmbio reformados para substituir os dos carros americanos, maioria no trânsito, usados desde a década de ’50.

Salão – Lifan quebrou o Porquinho, sensibilizou direção chinesa, e irá ao Salão do Automóvel, 10 a 20 novembro. Fábrica no Uruguai continua fechada.

Tempo – Grupo Gandini deu um tempo nos processos de dinamização da implantação da marca Geely no Brasil. Mercado em queda, dólar a R$ 3,60, mantém-se representante, vendendo estoque remanescente, garantindo assistência técnica e garantia. Aguardará o futuro.

Continua? – Governo federal cancelou o termo de adesão da representação local da JAC ao programa Inovar-Auto. Governo diz, falta de cumprimento. JAC informa, é projeto antigo, já desistido, e pediu mudanças e aguarda deferimento. Alega, terá o sino-baiano T5 aqui montados em 9 meses.

Meio ambiente – Ford desenvolve plásticos e espumas sustentáveis para aplicar em seus veículos. Curiosa é a matéria-prima utilizada para tais futuros bancos, capôs e peças automobilísticas: dióxido de carbono das emissões poluentes capturado na atmosfera. Tecnologia reduzirá poluição atmosférica já instalada, e, na base, o uso de petróleo para a produção de tais itens. Coisa formidável, quem diria, ar poluído seria insumo – e grátis.

Anúncio – Amortecedores Monroe festejam 100 anos e ilustram anúncio com Ford Modelo T, sugerindo-o usuário das peças. Errou ou engana. Os T, feitos entre 1908 e 1927, não usaram amortecedores. Agências de propaganda, e empresas ao aprovar anúncios, deveriam se preocupar com história — sua história.

NovelaHaja Coração, novela da TV Globo, 19h30, tem atores Malvino Salvador, Mariana Ximenes e Cléo Pires envolvidos com automobilismo. Fazenda em Mogi das Cruzes, SP, para cenas fora de estrada com ASX RS, e de velocidade no excelente autódromo Velo Città com Lancer Evolution e RS, todos preparados dentro da fábrica da Mitsubishi, em Catalão.

Grupo – Chegando ao Brasil após renascimento nos EUA, motocicletas Indian quer agregar proprietários no IMRG, o Indian Motorcycle Riders Group, para interação, socialização, informações, passeios. Começa onde há concessionários da marca, MG, SP, RJ e SC. Tens e estás a fim? Aqui: www.imrg.com.br

Temporada – Mitsubishi Lancer Cup, categoria com estes automóveis, terá abertura dia 11, com provas no autódromo Velo Città, em Mogi Guaçu, Interlagos, SP, fechando em Goiânia, GO aos 15 outubro. Autódromo de Brasília, quase retomando acabar pista, ficará fora.

Equilíbrio – A Cup tem modelo interessante. Todos os carros são da Mitsubishi, preparados pela Ralliart, sua área de corridas. Baseiam-se no Lancer Evolution, 340 cv, câmbio sequencial de competição.

Conforto – Piloto aluga o carro, logística e assistência antes, durante e após corrida. Quer dizer, coloca macacão, sapatilhas e capacete, preenche o cheque, baixa o pau na máquina e vai-se. Deixa carro e preocupações para trás.

Faixas – Tem três categorias por idade: Light, a pilotos jovens; RS, até 45 anos e RS Master, aos pós-garotões. Mais? lancercup@hpeautos.com.br e (19) 3019-1000.

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PRIUS, EM HÍBRIDOS TOYOTA APONTA O FUTURO

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Lançamento do híbrido Prius (foto acima) sinaliza não ser apenas mais um automóvel no caminho tecnológico do futuro. Ao contrário, a Toyota, pelo produto e pela moldagem da apresentação, o quer como o veículo para tal destino. A empresa assumiu trilha corajosa: até 2050 100% dos Toyota elétricos, híbridos elétricos ou por célula a combustível. Para caracterizar a pretensão de liderança tecnológica nipônica, fez apresentação em Brasília, na Embaixada do Japão, envolvendo o corpo diplomático, executivos públicos, alguns jornalistas especializados e, para dar certeza da importância do produto, o peso da estrutura diretiva da empresa. Mark Hogan, único não japonês na mesa diretora mundial; Steve St. Angelo, executivo-chefe para a América Latina, Koji Kondo e  Miguel Fonseca, respectivamente presidente e vice da Toyota no Brasil.

Prius é o mais vendido híbrido do mundo, em quarta geração, superando 5,7 milhões de unidades entregues. Emprega motor elétrico gerando 72 cv e outro a gasolina, 1,8-l de restritos 98 cv. Para recarregar a bateria, colocada sob o banco traseiro, o sistema de desaceleração e freios se encarrega de gerar energia.

Modelo atual é feito sobre a nova plataforma TNGA, com ela conseguindo menor altura, mais largura e espaço interno, num desenho eficiente: com Cx 0,24, é o segundo sedã mais aerodinâmico do mundo, só perdendo para o novo Audi A4, com 0,23. O pacote o rotula com o mais econômico no mercado brasileiro, fazendo próximo a 20 km/l.

Visual intencionalmente futurista, grupo óptico em LEDs espraiando-se pelos para-lamas, interior com instrumentação central, tela de 17,5 cm, multimídia, GPS, câmera de ré, som. Head-up display, o projetor de informações no para-brisa, facilita a condução. Confortos à altura, como volante multifunção, ar-condicionado com duas zonas e sensor para concentrar fluxo nos lugares ocupados. Sete almofadas de ar — frontais, laterais, joelho do motorista — e sensor para abertura de portas. Enfim, o pacote de confortos a cada dia mais rico.

Preço incentivado, sem correção de dólar, R$ 119.950 pretende conseguir 600 clientes com espírito ambiental neste ano.

Puma Alface (…), o carro do Muhammad Ali

Conta simples, some o fato insólito, o descompromisso nacional em buscar informações, seu disseminar como se tivesse fé pública. O resultado sempre dará em histórias, versões, trocando a falta de essência histórica pelo ágil inventar. O Puma Alface é uma delas.

Conto. É confusão fonética. Referido Alface é o modelo Al Fassi, criado em 1987 sobre o Puma-018 para ser vendido na Arábia Saudita. Amarração do desenvolvimento do produto, desenho comercial e exportação liderada pelo festejado e nascido Cassius Clay, 1942, e ora desaparecido sob o nome muçulmano de Muhammad Ali. Aventura automobilística triangular, ligando Curitiba, PR, Brasil; Houston, Texas; e a Arábia Saudita.

Operação fugaz, mais lembrada pela confusão iletrada.

Como

Lembrar-se-ão interessados na história dos veículos, o Brasil sempre aplicou, sem imaginação, um cadeado aos portos, inibindo importações, em especial de automóveis — a ideia vesga continua, desprezando a competição do mercado e a competitividade nos custos. Tal muro fez surgir fórmula de juntar carroceria de uma empresa; plataforma mecânica de outra; e produto final como veículo especial, de nicho. A Puma era referência neste caminho. Atrevida, exportou para os EUA, Europa, teve linha de montagem na África do Sul, fez-se conhecida como produtora de esportivo charmoso e barato. Mas na década de 80 inviabilizou-se, saindo do negócio, cedendo o de fazer, direitos e nome a empresa paranaense, a Araucária, conduzida por Rubens Maluf. O corcoveio da economia nacional, os seguidos planos econômicos, o governo Sarney à base do deixa rolar para o tempo decidir, levaram quase todos os empreendedores ao fim. A Puma tomava este caminho triste.

Entretanto Kevin Haynes, seu representante nos EUA, preocupado com o fenecer do negócio, era amigo do advogado de Muhammad Ali, aposentado como pugilista vencedor, e interessado em aumentar sua renda. Com alguns contatos montaram a fórmula: Ali viria ao Brasil; combinaria o negócio com a Puma; criariam versão a partir do existente. Seria exportado aos EUA onde receberia motor, transmissão e freios do Porsche 911 e, de lá, mandado à Arábia Saudita.

O novo Puma teve sobrenome adicional: seria Puma Al Fassi – de Muhammad Al Fassi, dito xeque sem sê-lo, controvertido bilionário marroco-saudita e destinatário final dos carros exportados, administrador da fortuna do cunhado, o Príncipe Turkin bin Abdul Aziz, irmão do Rei Saudita Fahd al Saud. E outro pedúnculo: by Muhammad Ali, aval do pugilista com renome mundial.

Para frente

Felipe Nicoliello, editor do bom sítio Pumaclassic, confirma a operação. Muçulmano Ali, então aos 45, veio ao Brasil com seu advogado judeu Richard Hirschfield, um consultor de negócios, e um engenheiro de automóveis. Parte legal, moldaram uma companhia, The Ali Vehicle Industry, para formar joint venture com a fabricante do Puma, a Araucária Veículos, e uma importadora dos EUA, a Inter American Ltd.

Quanto ao produto, em corrida de 21 dias grupo decidiu e criou restrita pré-série de duas unidades sobre o modelo P-018 conversível: desenhos, projetos, moldes, ferramentas, adaptações, foram desenvolvidos e viabilizados para atender ao cliente capaz de garantir sua sobrevivência econômica. Um recorde para pequena empresa em dificuldade. Mudanças foram sutil alargamento na carroceria; para-lamas frontais com faróis retangulares, e na tampa traseira. Internamente rearranjo buscando mais espaço; aposição de painéis de madeira para valorizá-lo.

Conta a paranaense Gazeta do Povo Ali despendeu o período em Curitiba, dando expediente na fábrica, sugestões, acompanhando até exportá-las à Arábia Saudita.

A Araucária respirou esperança ante o traçado inicial de vendas — entre 400 a 1440 unidades — para esse, faturamento de US$ 36M — US$ 25 mil/cada.

Para trás

O tempo drenou expectativas. Polêmico Mohammad Al Fassi, residindo na Arábia Saudita, além de comportamento antissocial, gastando US$ 2M anuais apenas em roupas, sustentando uma assessoria com 75 pessoas, cometeu a impropriedade de apoiar o ditador Sadam Hussein, sendo obrigado a correr para os EUA com suas quatro mulheres, filhos e boa parte de bens móveis, incluindo dois Boeing 707. Teve vida curta, morreu aos 50 anos, em 2002.

A tentativa de trabalhar para ganhar dinheiro perdeu fôlego e interesse, e a desistência abalou o trêfego caixa da Araucária, já penalizada pelo mercado ruim, descapitalizada pelos investimentos para modificar o produto, no investir em estrutura e estoque para atender à encomenda. Tropicou e foi comprada pelo fabricante de autopeças Nívio de Lima transformando-a em Alfa Metais, reatando produção. Faleceu precocemente em acidente automobilístico, cessando a produção do Puma.

Com a mudança de vida de Mohammad Al Fassi, feneceu o ponto terminal, Ali refluiu, incluindo outra vertente tentada, com a gaúcha Aldo Auto Capas, fabricante do também pretensamente esportivo Miura.

Último

Da contida pré-série, derradeira carroceria Puma Al Fassi 003, então preparada por precaução, relata Nicoliello, ficou guardada de 1987 até 2009, quando Rubem Rossato, diretor da Araucária ao tempo do negócio com Ali, e depois da Alfa Metais, decidiu completá-la. Com auxílio de ex-funcionários do projeto, finalizaram-na, como foram as duas primeiras e exclusivas unidades exportadas para a Arábia Saudita, transformando-a em raridade. Dos Al Fassi exportados, supõe-se existir um remanescente.

Foto Legenda 02 coluna 2416 - Puma Al Fassi  PRIUS, EM HÍBRIDOS TOYOTA APONTA O FUTURO Foto Legenda 02 coluna 2416 Puma Al Fassi

Puma Al Fassi – aqui dito Alface

Identificação Interior refinado, com madeira

 

Roda-a-Roda

 Aqui – Renault quer aproveitar surgimento de serviços de transporte individual, como o Uber, para mostrar as vantagens do Logan — espaço interno, resistência, baixa manutenção. Iniciará movimento em breve.

PSA – Carlos Tavares, número 1 da PSA – Peugeot, Citroën, DS, disse a jornalistas argentinos lançar no Mercosul 17 novos produtos das três marcas. DS é a marca de luxo e terá lojas no Brasil.

Lucros – E informou ter revertido a posição de prejuízo, operando com lucro.

Atrativo – No pacote de incentivo às vendas de seu utilitário esportivo F-Pace, Jaguar criou facilidades: recompra em 24 meses; seguros a 3,88% do valor; pacote de revisões à base de R$ 1 mil/ano.

Dúvidas – Em recente e privada reunião Ford apresentou seu novo motor 1,0 3-cilindros, turbo — o EcoBoost —, 125 cv e 17,6 m·kgf de torque, mais potente 1,0 na área do Mercosul. Outros 1,0 turbo, o Hyundai e VW, fornecem 105 cv.

Equação – Entretanto não será nem o mais rápido ou reativo. Ford diz, Fiesta acelera de 0 a 100 km/h em 9,6 s. Apesar de menor potência e torque, mais leve, o up! TSI vai da imobilidade aos 100 km/h em 9,5 s.

Comparativo – Apresentando seu picape S10, GM fez comparação direta. Começou com o líder Hilux Toyota em filmagem de capacidade de ultrapassagem realizada no autódromo Velo Città em Mogi Guaçu (SP).

Mais uma – Jaguar Land Rover ajustou data de inauguração de fábrica em Itatiaia, RJ: 17 próximo, sexta. Não informou a extensão das intervenções industriais. Fábrica pequena, dentro do programa Inovar-Auto, para 18 mil unidades/ano.

Queda – Atualizando testes de impactos e lesões a ocupantes, Latin NCAP submeteu Kia Picanto e Peugeot 208. Kia em versão não vendida no Brasil, sem almofadas de ar. Levou nota zero. Peugeot 208, aqui feito, versão básica, decresceu.

Economia – Em 2014 obteve 4 estrelas para proteção de adultos e 3 para crianças. Novo teste incluiu impacto lateral e resultado piorou, pois as barras de proteção foram suprimidas. Entidade não governamental quer padronização internacional dos itens de segurança para reduzir danos físicos em batidas.

Láurea – Prêmio Consumidor Moderno indicou Mercedes-Benz pelo 15o ano como melhor central de relacionamento com clientes de automóveis. Para caminhões, sétima vez. Em 2016 inovou: diretores em rodízio no telemarketing para ouvir clientes, projeto do presidente Philipp Schiemer de integrar a empresa aos usuários.

Solução – Ante queda de vendas do mercado de carros novos, CAOA, revendedora de Hyundai, Ford e Subaru, criou lojas para seminovos. Goiânia, Campinas, São Paulo e pretensões de inaugurar mais 12 em 2016, intenta superar 24 mil vendas. Diz garantir melhor preço, qualidade e procedência.

Festa – Gostas do clima de convívio com outros aficionados, e do friozinho colonial de Tiradentes em julho? Vá ao XXIV Bikefest, 22 a 26 de junho. Aguardam-se 18 mil pessoas em torno de motos clássicas e off- road. Mais? www.productioneventos.com.br

Antigos – Foi-se Jarbas Passarinho, coronel, ex-governador, ministro, senador. Para antigomobilistas, figura importante. Ministro da Justiça, entendeu impossibilidade de o Contran, Conselho Nacional de Trânsito, criar o requerido conceito de Veículo de Coleção, avalizou-o ao Presidente da República. Deu certo.

Estratégia – 18 e 19 de junho Porsche levará pela 3a vez seu modelo 919 à 24 Horas de Le Mans, mais charmosa da provas de resistência. Quer defender título de campeã, fazer pontos para o Campeonato Mundial de Resisência (WEC) da FIA.

Por dentro – Disputa de engenharia e pilotagem para atingir resultado de marketing, tem ingrediente importante: planejamento. Levantar cenários de disputa, resultados parciais e opções, paradas de reabastecimento, volume, consumo, distâncias.

Gente – André Barros e Marcos Rozen, jornalistas, deixaram a agência AutoDataOOOO Competentes, premiados, Barros quer ficar no setor. Rozen, tocar seu MIAU, digital Museu da Indústria Automobilística. OOOO Matheus Barral, universitário, 19, premiado. OOOO Vencedor do Alan Mulally Liderança em Engenharia, certame internacional bancado pela Ford com o nome do presidente que anteviu e criou solução para sobreviver à crise de 2009. OOOO Barral levou US$ 10 mil para auxiliar seus estudos. OOOO Juan Carlos Rodrigues, argentino, engenheiro agrônomo, reconhecido. OOOO Terceiro filho do pentacampeão Juan Manuel Fangio. OOOO Sentença judicial, por recentes exames de DNA. OOOO Patrimônio material vem sendo reduzido pelos sobrinhos, incluindo venda de veículos históricos. OOOO

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A coluna “De carro por aí” é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.

NISSAN AUTOMATIZA MARCH E VERSA

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 Leitor atento, como os da coluna De Carro por Aí, deve ter-se perguntado o porquê de dedicar espaço desmesurado a um simples câmbio, coisa simples, uns 5% do valor de um automóvel barato. Questão pertinente. Uma das grandes dificuldades nesta escultura semanal não está no levantar informações, conferir fatos e fontes, entender razões e consequências, coisas usuais à função dos jornalistas, mas no filtrar a enorme massa de informações, de acordo com o variado interesse dos leitores — e fazê-las caber neste espaço.

Mas justifico. Caixas automáticas — sejam robotizadas, epicíclicas ou por polias variáveis —, são os equipamentos de maior demanda pela clientela brasileira, independentemente de renda ou tamanho dos veículos. Acredite, no maior segmento do mercado nacional, o de carros compactos, 40% de seus proprietários declaram, no próximo terão tal adjutório. Em números tal exigência se sedimenta, triplicando nos últimos quatro anos. Hoje 1/5 dos compactos vendidos portam tal facilidade. Vox Populi, Vox Dei. Automaticus quae sera tamem.

Preste atenção na Nissan. Marca japonesa aliada à Renault vem-se preparando para deixar os erros do passado, a mudança sem freios de produtos e executivos, para oferecer novidades e crescer de participação no mercado doméstico. Aplicar o câmbio continuamente variável, dito CVT, cria diferença e versões, questão de logística e acertos. Equipamento é japonês, de associada da Nissan, a Jatco. Leva o charmoso nome de XTRONIC CVT, sugerindo monitoramento eletrônico. Foi ajustada ao uso no Brasil, incluindo o cuidado cálculo de preços — o limite máximo a ser pago pelo cliente antes de comparar o total com o preço dos concorrentes.

Como é

Não utiliza engrenagens, ou pressão hidráulica, mas princípio secular — sistema foi desenhado pelo gênio Leonardo Da Vinci — e viabilizado em veículos pela DAF, marca holandesa assumida pela Renault. Existiu no Brasil, com patente em nome do Dr. Gurgel — o eng. João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, fabricante de veículos com seu nome.

É coisa prática. A grosso modo, duas polias ligadas por uma correia. A abertura ou fechamento do espaço do “V” delas, um inversamente ao da outra, muda a relação de transmissão. Coisa boa pelo funcionamento não consumir energia — nem combustível, e oferecer relações de marcha em espectro muito maior ante os outros câmbios. Arranca com relação muito reduzida, 4,006:1 e se encerra com enorme multiplicação, 0,458:1. Carro lançado, o motor gira em baixas rotações — 120 km/h e 2.000 rpm — e, com ótimos níveis de consumo.

O câmbio porta curioso overdrive – o espectro de relações inferiores a 1:1. Mas funciona ao contrário. Em outros veículos ao se premer o botão para tal função, ele alonga a transmissão. Nos Nissan, ao contrário, reduzem. Um underdrive. Para carros 1,6 andam no padrão: 0 a 100 km/h em 10,6 s — e manual 9,3 s.

E?

Opção cara: R$ 4.800, empurra o preço do March 1,6 CVT a R$ 53 mil e propele o do Versa com a mesma motorização e decoração aprimorada a R$ 66 mil.

No pacote Nissan aplicou mantas fonoabsorventes elevando o conforto de marcha, com mais silêncio e sensação de distanciamento do meio ambiente equivalendo a veículos de maior preço e distinção. A mim a aplicação parece ligada à necessidade de reduzir a rumorosidade do motor e a sensação classificada como estranha por motoristas sem preocupações mecânicas. Nos veículos com CVT o motor parece desconectado da transmissão e com isto não tem picos de aceleração e queda de rotações para engatar marchas. Ele gira e a transmissão que corra atrás para acompanhá-lo. Como diz Josias Silveira neste sítio AUTOentusiastas: “a sensação é que o motor vai, e o carro fica”.

Entretanto reduzidos usuários capazes de perceber tal mudança ou reclamar do limitado freio- motor não influenciarão vendas. No conjunto o March — e o Versa igual ao usar a mesma arquitetura mecânica — agradam pela andadura confortável, o clima de silêncio interpretado como qualidade — e serão poucos os usuários incomodados com a operação motor/câmbio; o freio-motor radical; ou as eventuais passarinhadas da direção de assistência elétrica. Passarinhar é termo antigo, do tempo de muares e equinos como condução. Volta e meia, por razões aparentemente desconhecidas, talvez por instinto alheio aos cavaleiros, os animais mudavam de trilha, alteravam o passo. Cavaleiros experientes deixavam os animais resolver como andar. Outros, corrigiam o curso com rédeas e/ou esporas. A direção do March, assim assistida tem um pouco deste comportamento aleatório.

 

Indústria de carros no Brasil começou há 60 anos

Dezesseis de junho, data importante no cenário industrial e econômico brasileiro. Nele publicou-se o Decreto 39.412 instituindo o Grupo Executivo para Implantação da Indústria Automobilística Brasileira. Abria o país a novos fabricantes, traçava caminhos, prazos, concedia facilidades como utilizar máquinas como capital, e adquirir dólares pelo câmbio oficial nas importações de componentes. Moeda no mercado paralelo custava quatro vezes mais.

O Brasil montava veículos — caminhões Ford, GM, International, FNM, Jeep Willys. Automóveis, poucos na Ford, GM e representação Chrysler, e Volkswagens. Coisa pouca e com baixo índice de nacionalização. O GEIA visava trocar montagem por produção.

O governo JK aproveitava as ideias do Comandante Lúcio Meira. Servindo no Gabinete Militar do Presidente Getúlio Vargas, havia traçado conceitos e realizado uma primeira viagem de cooptação de indústrias à, como vista, aventura tropical. Mas Getúlio se suicidou, o sucessor Café Filho exportou o Comandante Meira para uma base marítima baiana, e a ideia de fazer veículos dormitou. Voltou com JK e sua capacidade de envolver tudo em charme no programa mundial de melhores resultados até os anos 1990.

Em seis décadas anos produziu pouco mais de 79,2 milhões de veículos e desenvolveu invejável capacidade de adaptá-los às condições nacionais, formando uma engenharia e áreas de estilo com prêmios e reconhecimento mundiais. De tudo o feito, há situação insólita: não tem única marca ou modelo nacional.

O primeiro

Controvérsias. Algumas pessoas argumentam ter sido a camioneta DKW Universal, construída pela Vemag em novembro de 1956, o primeiro veículo nacional. A Vemag portava a autorização número 1 do GEIA. Outros apostam no Romi-Isetta, microcarro lançado dois meses antes, entretanto inviável por não se enquadrar no gabarito do órgão normativo.

O Curador do Museu Nacional do Automóvel tem outra visão: seria o Jeep Willys. Gozava do maior índice de nacionalização, e produção superior aos demais. E era construído aqui anteriormente às regras do GEIA.

Foto Legenda 02 coluna 2516 - Willys-Jeep-  NISSAN AUTOMATIZA MARCH E VERSA Foto Legenda 02 coluna 2516 Willys Jeep

Jeep Willys ‘56 – para o Museu, pioneiro

 

Roda-a-Roda

 BM – Com missão de transformar-se em ícone e patamar de desejo, BMW importa o M2 Coupé. Combinação do motor forte, L-6, 3,0 litros, biturbo, 370 cv, com suspensão de alumínio e aperfeiçoamentos pró-performance, permitem ágil acelerar de 0 a 100 km/h em 4,3 s. A R$ 379.950,00.

Foto Legenda 03 coluna 2516 - BMW M2  NISSAN AUTOMATIZA MARCH E VERSA Foto Legenda 03 coluna 2516 BMW M2

BMW M2

Mais um – Após Mitsubishi admitir mascarar consumo de seus carros pequenos — os Kei Jidosha, abaixo de 660 cm³ —, fato se repete com outro fabricante destes carrinhos, a Suzuki.

Outros – Problema na Mitsubishi fez cair valor das ações. Lucrativa, Nissan agiu rápido comprando 34% delas, assumindo seu comando.

Problemas – Na Suzuki, problemas pessoais maiores. Osamu Suzuki, 86, executivo-chefe, com a marca tão impregnada, adotou-a como sobrenome. A treta mecânica deve apeá-lo e a outros diretores do poder — e mudar o desenho societário.

FCA – Evento pode repetir o caso Mitsubishi, mantida a oferta de tomada acionária pela FCA, interessada em aumentar parcerias. Suzuki parece pequena no Japão, mas é líder no atrativo e peculiar mercado indiano.

De Fora – Sobre a notícia da Coluna passada, da nota Zero atribuída ao Kia Picanto, em avaliação por impacto pela Latin NCAP, representação nacional da marca informa não vender tal versão pelada no Brasil.

Aquecimento – Entre idas e vindas FCA iniciará produzir em julho pré-série do Projeto 551, o Compass. Processo afina máquinas, montagem, encontra erros e sana-os antes da produção seriada. Sobre a plataforma de Renegade e Toro.

Olimpíada – 5 de julho Nissan iniciará vender o Kicks, seu SAV. Está entusiasmada. Com a pré-apresentação acompanhando o percurso da Tocha Olímpica, patrocinado pela marca, há interessados em comprar, pagar, dar sinal — e não há valor definido. Começa com série especial, 1.000 unidades.

Correção – Após conjuntura desfavorável — lançamento trocou jornalistas por blogueiros, selfie boys and girls, retorno gracioso pífio, e vendas baixas —, Fiat foi ao Plano B: cria novidade com versão Way do Mobi.

E, … – Maior altura livre do solo, amplia aplicação em pisos ruins e clientes. E gera notícia para lembrar ao consumidor a existência do produto. Agiu rápido.

Prensa – Revendedores Troller afiam argumentos para cobrar à Ford, dona da marca, cumprir promessas de lançamento de três versões do jipe — luxuosa Limited; com câmbio automático de 6 marchas aplicado ao picape Ranger —, e opção mais simples, para trabalho. Ficou nos acenos.

Costumes – Moradores do Lago Sul e condomínios sabem quando a Presidente afastada Dilma Rousseff está em Brasília. Por travar o trânsito. Manda fechar acesso às vias antes e após saída do Palácio da Alvorada — e gera monumental engarrafamento a quem lhe paga a cara ociosidade.

Lula – Sabe quantos veículos utilizava o antecessor Lula? Não cinco como o fazia José Sarney — havia um Landau de reserva pois a frota era inconfiável — ou quatro como Fernando Henrique. Mas onze.

Sem Noção – Ambulância … fechava o desfile. Governos evocam Democracia, povo, trato republicano, mas o Poder os distancia. Marechal Castello Branco, primeiro governante militar, era econômico com as benesses do poder: movia-se em solitário Aero-Willys.

Democratas – É o jeito petista de ser. Motociclistas do ex-poderoso ministro da Casa Civil José Dirceu fechavam a Esplanada dos Ministérios, para desfilar, solitário como comissário supremo do proletariado desorientado, em seu negro automóvel, longe, distante do povo — detinha o trânsito apenas por vaidade.

P’ra que – Art. 29 do Código de Trânsito Brasileiro prioriza deslocamentos com batedores. Mas não os caracteriza ou lista quem tem direito ao uso.

Trato – Também curioso é o posto de ministro da Casa Civil, desempenhado pelo ora preso Dirceu. No tempo do Imperador Pedro II, pagando as próprias viagens e tocava o país com educação, cultura, higidez em administração e sobriedade, tal atividade era do mordomo do Palácio.

Inversão – O vesgo exercício do poder muda, até, significado das palavras. No corrente, Mordomia significa confortos como ter um mordomo. Mas aos usufrutuários do poder, são os confortos para o Mordomo…

Aliás – Ao encerrar o ciclo petista, exceto Jaques Wagner, opções aos ex-ocupantes dos cargos de neomordomos tem sido processo e/ou prisão.

Mundo muda – Após o Uber Taxi, o UberCOPTER. Empresa testa por um mês em São Paulo, junção de automóvel com helicóptero em cinco helipontos na cidade e quatro aeroportos. Preço? Hotel Blue Tree Faria Lima-Guarulhos, R$ 271; Hotel Transamérica-Blue Tree Faria Lima, RS$ 80. Valor por assento.

Força Bruta – MWM, fabricante de motores diesel, lança produto destinado ao segmento de energia. É o série 12, L6, 7,2 litros de deslocamento, potências entre 330 e 415 cv a baixas 1.800 rpm. Manutenção simplificada por cabeçotes individuais e camisas úmidas — permite reparar apenas o cilindro defeituoso.

Kombi – Conhecido utilitário passou inúmeros usos em 63 anos de produção no Brasil, e ser carro de corridas será mais recente façanha no King-Kombi, 2 e 3 de julho, Kartódromo de Barra Bonita, SP. Organizadores do Pé na Tábua, corrida para carros antigos, querem juntar maior quantidade de anos, modelos e versões. A fim? www.penatabua.com

Antigos – Mais uma edição, a XV, do Encontro AVA de veículos antigos. Juiz de Fora, MG, 2 e 3 de julho. Previsão de 800 participantes. Marca característica, ser grande arrecadadora de alimentos para entidades beneficentes. Mais? avahotstreet@yahoo.com.br

GenteDavid Powels, sul-africano, presidente da VW do Brasil, missão: liderar a marca regionalmente. OOOO Assumiu o controle para América Latina e Caribe, seguindo novo modelo gestor da matriz. OOOO Thomas Owsianki, diretor da Škoda e de vendas na China, será seu vice- presidente. OOOO Jorge Portugal, VP de vendas no Brasil chegou a ser cogitado ao posto, mas os bons resultados de relacionamento com a rede de revendedores mantiveram seu foco. OOOO Projeto de Powels, em equipe incluindo Portugal, é reassumir liderança de mercado até 2018. OOOO

 

Mercedes vende peças para antigos

Itens de reposição, kits, reparos, acessórios, enfim, partes para veículos leves da Mercedes estão sendo vendidos pelo sítio www.pecasclassicasmercedes.com.br. Integra ação da empresa em manter a frota usada operando com segurança, oferecendo peças de estoque com até 75% de desconto sobre preço, possibilidades de financiamento em até 10 vezes, frete grátis até o concessionário indicado para retirada. As linhas consideradas clássicas englobam caminhões antigos e as linhas MB 180D e Sprinter. Brevemente incluirá os ônibus.

Negócio atende a necessidades da fábrica, dos concessionários e de clientes, a parte de garantia de fábrica não foi esquecida e os componentes, e a operação montada pela Mercedes oferece peças originais aos preços praticados para componentes usados.

Na parceria a Mercedes-Benz administra o sítio e fornece as peças. A rede de concessionários faz as vendas, entregas e busca resultado paralelo, fazer voltar aos seus espaços os clientes afastados pelo envelhecimento dos veículos, fim da garantia. Será oportunidade para novos contatos e negócios.

A iniciativa de dar atenção a veículos antigos integra os esforços da Mercedes

em se aproximar da clientela. Num programa rotulado “As estradas falam, a Mercedes ouve”, indica a preocupação, até, em modificar os produtos de acordo com as opiniões e demandas dos usuários. Caso do sítio para peças a veículos antigos, se inclui na mesma pauta: ter solução para todas as necessidades dos clientes Mercedes.

Foto Legenda 04 coluna 2516 - 180D  NISSAN AUTOMATIZA MARCH E VERSA Foto Legenda 04 coluna 2516 180D

Linha 180D, antiga, com peças com desconto e facilidades

 

RN

A coluna “De carro por aí” é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.

JIPINHO FIAT, PROJETO GRANDE

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Coluna informou a corrida pela FCA em novos projetos para substituir seus produtos mais antigos. E juntou, como antecipação nacional, outro dado: ordem para criar um jipinho, Junior, como tratado internamente. Há dias noticiou novamente: direção teria dado meia-trava nesta versão; e comentou sobre o perigo de freadas em projetos, exemplificando com o VW Taigun (foto acima), mostrado, anunciado, mas freado — e esquecido.

É mais

No caso FCA, fonte da Coluna esclareceu, projeto ora sobrestado em muito supera a primeira informação: é independente, não será versão dos modelos de substituição atualmente finalizando testes.

Projeto grande, mundial, de novo modelo, mais para pequeno Fiat, menos para mini Jeep. Questão básica está na projeção de amplos números de mercado, exigindo operação mundial. Por tal definição, será criado, desenvolvido e produzido no Brasil, na fábrica de onde saem Fiats, em Betim, MG, para inicialmente fornecer à América Latina e Caribe.

Ao contrário do citado Taigun, projeto não parou. No plano falta definir onde será a outra base industrial — EUA, Itália, China.

 

Autoclásica, 7 a 10 de outubro

Maior dos eventos sul-americanos de veículos antigos, a Autoclásica confirmou realização entre 7 e 10 de outubro — segunda feira, feriado argentino. Mantém o local, o Hipódromo de San Isidro, para reunir 600 automóveis e incontáveis motocicletas, ganhando espaço neste ano com o Bairro das Motos, reunindo exemplares de uso normal e de corrida.

Na rediagramação de atrações, os veículos, todos com mais de 30 anos de fabricação, estado original e perfeito funcionamento, serão dispostos enfatizando marcas e clubes. Adicionalmente, a cada 50 minutos, demonstrações operacionais em circuito próprio.

Esta 16ª edição é particularmente valorizada. A Unesco, entidade internacional para cultura e educação da ONU, concedeu patrocínio oficial ao “Ano do Patrimônio Mundial Automobilístico 2016”, e estendeu seu reconhecimento a oito eventos mundiais: Cartier Travel & Style Concours d’Élegance (India); Amelia Island Concours d’Élegance (EUA);Villa d’Este Concours d’Élegance (Itália); Le Mans Classic (França); Classic Days Schloss Dyck (Alemanha); Pebble Beach Concours d’Élegance (EUA); Chantilly Arts & Elégance (França); e Autoclásica.

Como temas, 50 Anos da apresentação do Torino, do Lamborghini Miura; 130 anos da criação do Patent Wagen, o primeiro automóvel; homenagem à Jaguar.

É o maior e mais variado encontro de antigos na América do Sul.

Foto Legenda 01 coluna 2616 - Autoclasica 2016  JIPINHO FIAT, PROJETO GRANDE Foto Legenda 01 coluna 2616 Autoclasica 2016

Cartaz da Autoclásica

 

Toyota terá museu em fábrica pioneira

Em São Bernardo do Campo, SP, onde iniciou operações industriais em 1962, parte da área Toyota terá um Centro de Memória. Ideia boa, inusitada entre as congêneres nacionais, visa preservar instalações, referências da primeira fábrica fora do Japão, e contar história da empresa, na origem e no Brasil. Do endereço, a então Estrada do Piraporinha 1.111, hoje avenida Max Mangels Senior, saíram, em 39 anos, maio de 1962 a novembro de 2001, 103.461 unidades de seu monoproduto, o jipe Bandeirante — pequena média anual de 2.627. Parte da área, remanescente da Mata Atlântica, terá trilha ecológica, e demais prédios continuarão dedicados a produzir componentes.

Inauguração em agosto com itens caracterizadores de sua história, o último exemplar do Bandeirante, e curiosa prensa Fujitsu, operacional desde 1937 — objeto de interesse histórico deste fabricante, mas de venda descartada pela Toyota —, e demonstração em pequena linha de montagem do processo produtivo da marca, o TPS (Toyota Production System). Proposta é ser provocativo a visitas.

 

Roda-a-Roda

Negócio – Peugeot reatou negócios com a Iran Khodro, empresa com 7% de participação oficial, para voltar produzir carros com marca, peças e assistência técnica. Estava ausente do Irã há quatro anos, quando sua então associada GM resolveu deixar tal mercado.

Mais – Há dois pontos de relevo na transação: Peugeot voltará a competir no Irã, mercado de 3M unidades/ano. Outro, Carlos Tavares, ex-vice presidente da Renault e atualmente presidindo a concorrente Peugeot, ultrapassou a antiga marca, viabilizando negócios à sua frente.

Demora – Kia inverteu importações da filial mexicana: trará o Cerato em setembro. E o Rio, antes programado para coincidir com os Jogos Olímpicos em agosto, virá apenas em 2017.

Festa – Empresa comemora última pesquisa da agência J.D. Power sobre satisfação do cliente até 90 dias após compra. Kia lidera, Porsche segundo, Hyundai terceiro.

Mais uma – Jaguar Land Rover inaugurou unidade industrial em Itatiaia, RJ. Capacidade adequada a veículos de elevado preço – 20 mil unidades/ano em Land Rover Evoque e Discovery Sport.

E? – Em tempos de mercado retraído pode parecer curioso investir US$ 340M em fábrica na América Latina. Mas indústria automobilística, iniciando seguir planos, é um transatlântico manobrando.

Embalo – País e mercado voltarão a crescer, e nele LR é o SUV Premium mais vendido. Audi, BMW e Mercedes, em situação idêntica, implantaram e operam novas fábricas.

Pianinho – 60 mil m², 400 funcionários, e não é fábrica como sugere o inconsciente coletivo, entrando metais e plásticos e borrachas por um portão, submetidos a tratamentos, pancadas, abrasões, usinagens, com todos os barulhos, cheiros e faíscas de produção convencional, e despejando carros prontos pelo portão de saída.

Mínimo – Coisa pouca. Exceto vidros, revestimento interno, silenciosos, importa-se tudo da Inglaterra. A carroceria, em partes, pintadas, é aqui montada. Este processo, SKD, semi-knocked down, havia no Brasil há 60 anos.

Método – GEIA, Grupo Executivo para Implantação da Indústria Automobilística, baniu tal simplicidade e estipulou crescente índice de nacionalização. Foi o gerador da indústria nacional.

Curiosidades – O baixo índice de nacionalização impede exportar os Land ao Mercosul. Outra, preços idênticos aos ainda praticados no estoque remanescente, apesar de não haver incidência de impostos de importação.

História – Jaguar Land Rover diz ser primeira indústria automobilística britânica a construir instalações de manufatura no Brasil. Não o é. Matriz Rover já esteve aqui. Em 1958 se associou à paulistana MBA e montou jipes Land Rover série 2 em modestas instalações no bairro do Ipiranga, SP — com índice de nacionalização superior ao da atual manufatura.

Foto Legenda 02 coluna 2616 - Jipes Land Rover série 2  JIPINHO FIAT, PROJETO GRANDE Foto Legenda 02 coluna 2616 Jipes Land Rover s  rie 2

Modelos vem quase completos, pintados, da Inglaterra

 

Corte – Fiat disposta em renovar o portfólio de produtos: tirou de produção duas versões do Punto, T-Jet e Sporting – deixou apenas 1,4, 1,6 e BlackMotion. Suspendeu a produção de Linea, Bravo e Idea informando ter formado estoques para fazer mudanças nas linhas de produção — de 4 para 3. Segundo informa, tal mudança não resultará no fim de produção de nenhum modelo.

Mobilidade – Certeza da mudança da mobilidade no futuro instiga fabricantes a se adaptar. Caminhos vários: carros híbridos ou elétricos; autônomos; e nos sistemas de transporte individual, como Uber e congêneres. Toyota, recém decidiu aplicar US$1B no Uber, e VW US$ 300M na Gett, firma assemelhada. GM investiu US$ 500M nos EUA na Maven e sua concorrente Lyft.

Outros custos – Todo custo é dificuldade para compra de carro novo. Ford criou plano de manutenção para reduzir valores. Diz, permite economizar até 39% durante os três primeiros anos. Vale para Ranger, Ka e EcoSport.

Segurança – Brasil parecia isolado da atual praga mundial, as falhas dos sistemas de airbags da japonesa Takata, comprometendo a segurança e causando recalls a milhões de veículos. Mas chegou aqui: Toyota, Honda e Mitsubishi de picapes chamam clientes para trocar componentes perigosos.

Apresentação – GM alugou Autódromo de Brasília para apresentar novos picapes S10 e Cruze à rede de concessionários, vendedores, mecânicos. Exposições técnicas e oportunidade de dirigi-los — apesar de o circuito aguardar obras para finalizar o básico para voltar a funcionar.

Made in England – Fábrica de veículos quando se instala agrega fornecedores de origem. No caso da Jaguar Land Rover, atraiu inglesa IAC, International  Automotive Components, fornecedora de todo o interior a Evoque e Discovery.

Especialidade – Líder na Europa e no Brasil com produtos construídos pela Iveco, a PSA criou diretoria especializada em Veículos Utilitários, e quer elevar sua participação em vendas. Programa 16 novos veículos no setor para América Latina, dobrar volumes, triplicar lucros até 2021.

Coluna – Confirmou informação antecipada pela Coluna: terá picape para 1 t.

Resgate – Citroën quer recuperar parte de seu DNA, esquecido sob o controle da PSA, empresa Peugeot. Iniciar pelo conforto de rolagem com o programa Citroën Advanced Comfort.

Solução – Para melhor filtrar as imperfeições do piso evoluiu a suspensão com o uso de dois batentes hidráulicos progressivos, assentos inovadores, colagem estrutural da carroceria por filetes descontínuos.

Segurança – Movimento Stop the Crash para adotar equipamentos, reduzir acidentes e seus danos, chegou à América Latina por evento em Santiago do Chile. Quer, governos tornem obrigatórios sistemas de controle ESC, para estabilidade; AEB, de frenagem autônoma; e ABS, aqui obrigatório.

Caminho – Sombrios caminhos impedem a adoção por autoridades dos países, apesar da colheita de vantagens econômicas pela redução dos acidentes e suas perdas. Ganhou apoio de peso: a ONU recomendou uso aos países membros.

Legal – Phillips deu solução a problema de trânsito: o uso de lâmpadas de xenon em faróis comuns, não adequados, produzindo ofuscamento. Tal procedimento é vedado por Resolução do Contran. Criou a Crystal Vision Ultra em lâmpadas H1, H3, H4, H7, H11, HB3 e HB4. Emitem a desejada luz azulada e são em torno de 30% mais potentes ante as halógenas.

Negócio – Consultoria econômica Hagerty, dos EUA, indicou, entre os anos 2008 e 2014, nenhum investimento superou os automóveis antigos. Bolsa manteve-se quase estável; ouro subiu 100%; antigos 250%.

Conta – Simples entender. Os parâmetros são dos EUA onde, desde a crise de 2008, as aplicações bancárias rendem 1% ao ano; o país lutou para se recuperar, com economia em plano baixo. Automóveis antigos de estirpe se transformaram em investimento, como as obras de arte, e valorização permeou para a base da pirâmide e outros mercados. Automóvel antigo de qualidade é obra de arte tridimensional – e anda e dá sensações dinâmicas.

Ecologia – Após proibir circulação de ônibus e caminhões pesados licenciados antes de 1 de outubro de 2001 em Paris, sua Câmara Municipal estendeu vedação a  automóveis fabricados anteriormente a 1997 e motos pré-2000. Integra a Lei da Transição Energética para melhorar a qualidade do ar. Vale a partir de 1º de julho. Exceções há: veículos de coleção, licenciados como tal.

Retífica RN – Atento, leitor Fred Carvalho, sobre nota da Coluna passada da inexistência de empresas nacionais em nossa indústria automobilística, lembra haver a Agrale. Está correto. É a única com produtos próprios.

Gente – Fréderic Chapuis, franco-brasileiro, diretor comercial da Citroën Brasil, promoção. OOOO Diretor de Veículos Utilitários América Latina. OOOO Missão, tirar Peugeot e Citroën da periferia das vendas e trazê-las à competitividade. OOOO Antônio Baltar Jr, promovido: lidera área de vendas, distribuição, supervisão de escritórios regionais e relacionamento com distribuidores. É do ramo. OOOO Maurício Greco, gerirá Produtos, Propaganda, Publicidade, promoção de vendas. OOOO Diretor da matriz Volkswagen, alvo de investigação criminal pela Promotoria de Brunswick, na Baixa Saxônia, Alemanha. OOOO Nome não declarado, mas a ação é o Dieselgate, pela qual veículos diesel da marca foram vendidos emitindo poluentes acima dos níveis legais.OOOO Colega como réu, Martin Winterkorn, o ex-poderoso executivo-chefe da marca. OOOO

BOM, BONITO, O KIA SPORTAGE

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Quarta edição, sucesso de vendas crescente, projeto premiado, Kia Sportage (foto acima) inicia ser vendido no Brasil e, com esperanças de José Luiz Gandini, importador, de retomar a posição de mais vendido da marca.

Mudou tudo, incluindo design atualizado e conteúdo. Terá sido o último Sportage sob o lápis de Peter Schreyer, festejado designer, presidente da Kia. Deve se aposentar em dois anos e próxima geração surgirá em 2021. Embute muita dedicação para se tornar referência, linhas agradáveis, grade e frontal inconfundíveis, incorporando detalhes marcantes em outros produtos, como os frisos em relevo no capô, lembrando esportivos Mercedes, e o perfil do aerofólio traseiro, assemelhado ao do Macan Porsche.

Fugiu do desenho ensandecido em planos e cortes, tão a gosto de coreanos, e tem harmonia de formas. Tanta, venceu prêmios de design, como o Red Dot e o iF. Cresceu 4 cm em comprimento, 3 cm em altura, manteve a largura de 185,5 cm e esticou entre-eixos em 3 cm, indo a 267 cm. Arquitetura interior oferece mais espaço para passageiros e carga. Nova construção aderiu à moda tecnológica de aço leve e resistente para áreas de maior esforço, aumentando em 33% sua aplicação, atingindo pontuação máxima em entidades de segurança nos EUA: cinco estrelas no NHTSA e máxima no IIHS.

Conteúdo enriquecido em conforto e segurança, as duas versões compostas para o Brasil tentam cercar os compradores. Entrada, mais simples, sem entretanto passar vergonha por não portar revestimento em couro, 10 regulagens elétricas nos bancos frontais, é bastante palatável. Altamente recomendável não fosse a omissão do auxílio eletrônico para estabilidade, o ESC, e das aletas sob o volante para o comando manual das marchas, não embarcados por razões de continência.

Motorização única, 4 cilindros, dianteiro, transversal, flex, 2,0 litros, DOHC e 16 válvulas. Com álcool, torque de 20,2 m·kgf e 167 cv; gasálcool, 156 cv e torque de 18,8 m·kgf. Caixa automática, seis marchas, tração dianteira.

Quanto custam

Versão R$
LX 109.990
EX 134.990

 

Saab vai-se

No pós-guerra, engenheiros aeronáuticos da sueca Saab — a dos caças Grippen — projetaram pequeno automóvel. Leve, resistente, aerodinâmico, motor 3-cilindros, dois tempos. Marcou-se mundialmente por vencer ralis contra concorrentes mais fortes.

Em 1989 focando no negócio principal, equipamentos de defesa, passou à GM 50% das ações e o controle, gerando o óbvio: se a rede de supermercados compra a ótima doceria do bairro, cai a qualidade, vai-se o charme, negócio fecha. Perdem todos. Ao comprador falta refinamento, sobra grosseria.

GM entrou em crise após tentar assumir a Fiat, e passou a Saab à Spyker, marca exumada para fazer carros esportivos. Muita lenha sueca para o caminhãozinho holandês, negócio se inviabilizou.

Foi vendida ao grupo chinês NEV, de carros elétricos, e logo a carroceria do Saab 9-3 movida por eletricidade era o modelo NEVS – S, de Suécia. Operação complicou em caixa, fluxo, recursos, desde 2012 entre a recuperação judicial e a falência e, ante planos de se transferir para a China, a holding Saab proibiu o uso da marca e da logo. Os NEVS não serão Saab.

Referencial qualidade é pouco conhecida no Brasil. Em 1956, à implantação da indústria automobilística nacional, numa bravata, a UDN, partido de oposição ao governo JK, para inviabilizar o projeto, criou oportunidade de importação de veículos. Entre os neoimportadores a companhia T Janer, trouxe Saabs. Mais famoso, o do arquiteto Oscar Niemeyer, para rodar em Brasília e viagens, ante seu pavor a aviões. Início dos anos ’90, representante em São Paulo vendeu dúzia de unidades e saiu do negócio. Saab agora é história.

Em veículos Suécia resumiu-se aos caminhões e produtos industriais Volvo. Outras, Scania é Volkswagen, e Volvo automóveis, chinesa.

saabrali  BOM, BONITO, O KIA SPORTAGE saabrali

Saab (foto bright-cars.com)

Vespa que voltar. De novo

Motoneta, ou termo da moda scooter, italiana Vespa quer voltar à produção no Brasil. Novo representante, a Asset Beclley Investments Management, visa construir parque industrial e abastecer Brasil, Mercosul e América Latina e em 5 anos, conquistar 10% do mercado de motos com marcas Vespa e Piaggio.

Pretensões elevadas, repetir participação mundial, como 15,2% e liderança europeia e 21,4% entre scooters. Lidera nos EUA com 20%.

Quarta vez – Chegou ao início da motorização nacional, de 1958 a 1964, pela carioca Panambra. Década após, 1974 a 1983, no modelo de montagem na Zona Franca de Manaus, pela empresa Barra Forte. Fechou. Voltou em 1985 mudando desenho operacional, societário, pela Motovespa, juntando matriz italiana Piaggio, 45%; Caloi, 45% e B. Forte, 10%. Em 1985 e 1986 em superficial montagem e, daí produção e nacionalização de 90%. Dado inimaginável, superou a líder Honda CG 125. Pouca duração, em 1987 Caloi deixou a sociedade, e crise de administração encerrou-a em 1990.

Quatro anos após a ágil Brandani, de Ribeirão Preto, SP, importou modelo 150 da Índia. Cessou em 2000. Outros quatro anos de ausência, Piaggio e Vespa com outro importador a partir de 2004. Fechou.

Agora, novo empreendedor contratou para implantá-la Longino Morawski, responsável pela sedimentação da Harley-Davidson, e ex-Toyota.

Foto Legenda 03 coluna 2716 - Vespa  BOM, BONITO, O KIA SPORTAGE Foto Legenda 03 coluna 2716 Vespa

Vespa, de novo, novamente… (foto divulgação)

 

 Roda-a-Roda

Fumaça – Incalculadas mudanças e prejuízos econômicos para a decisão de o Reino Unido deixar a União Europeia, na indústria automobilística inglesa, para patrões e empregados situação medeia entre o receio e o pavor.

Base – A grande ilha baseia grande número de fabricantes estrangeiros exportando sensível parte de sua produção. Segundo maior fabricante de automóveis ingleses é a japonesa Nissan…

Custos – Sair da UE significa o estabelecer de barreiras administrativas e tributárias para importar e para exportar —ou seja, aumento de preço nos produtos, com inevitável queda em demanda — e risco aos empregos.

Aqui – De lá Brasil importa Minis, Rolls-Royces e Jaguar Land Rover. BMW informou situação não afetará o preço dos Mini. RR é inexpressivo no panorama: 4 unidades em 2015, nenhuma em 2016. Jaguar e Land Rover entendem cedo para projeções.

Outro lado – Enquanto muitos perderão, cálculos dizem, Bernie Ecclestone, diretor comercial da Fórmula 1, ganhará muito. Empresa sediada na Inglaterra, faturamento externo estimado em US$ 2B, valorizou 10% ande queda de valor da libra. O Brexit deu ao polêmico e processado Ecclestone, mais de inesperados US$ 200M!

Negócio – VW alemã traçou projeto de indenização aos compradores nos EUA de 482.000 veículos diesel TDI com emissões acima do teto legal, o Dieselgate. Pagará entre US$ 1 mil e US$ 7 mil, dependendo do carro e caso. Em recall impossível comprará os carros. No total, US$ 15B para encerrar ações no âmbito civil, indenizar proprietários, multas e se dedicar a pesquisas.

Razão – História contada pela publicação AutoData diz de estudo da Escola de Guerra Econômica, do Ministério da Defesa francês, apontando o Dieselgate como iniciativa tática dos EUA contra os fabricantes europeus de veículos e a aproximação da Volkswagen à liderança mundial.

Pontos – Relaciona a divulgação da história à véspera do Salão de Frankfurt; a hábil condução para o lado da falha dos alemães sobre o diesel, preferido na Europa, desprezado nos EUA; as multas maiores para Toyota e VW relativamente às aplicadas contra a GM.

Resumo – Capítulo da disputa de condições nas quase secretas negociações para o Tratado Transatlântico. Tal Cavalo de Tróia regerá relações empresariais em todos os campos de atuação. Críticos dizem, Washington entra com as regras, os europeus com a submissão. Sendo, o Dieselgate quebra a canela dos industriais europeus de automóveis.

Mais um – Renault Brasil importará o SUV Koleos. Quer reduzir a ociosidade de sua licença de importação para 4.800 u/a. Grande aos padrões nacionais, 4,67 m de comprimento, aproximado ao Land Rover Discovery.

Parâmetros – Novo modelo será apresentado na França próxima semana, e versão importada marcar-se-á pelo refinamento na decoração, motorização 2,5 litros e 175 cv, câmbio CVT, tração total. Dúvida maior na Renault é como chamá-lo: Koleô, em pronúncia francesa; Kôleos ou Kolêos ? Nome grego, expressão de medicina, nada tem a ver com o produto: é bainha.

SUVs – Em um ano Renault terá quatro utilitários em seu portfólio. Do Kwid, pequeno, a ser apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo, novembro, substituindo o Clio; o Captur, pouco maior; o Duster; e o Koleos.

Foto Legenda 04 coluna 2716 - Renault Koleos  BOM, BONITO, O KIA SPORTAGE Foto Legenda 04 coluna 2716 Renault Koleos

Koleô? Kôleos? Kolêos? No Brasil ao Salão do Automóvel (foto divulgação)

Primeiro – Dentre novas fabricantes de picapes médios no Mercosul, Renault arrancou primeiro: mostrou seu Alaskan na Colômbia. Será produzido na fábrica Renault em Córdoba, Argentina — de onde, há 60 anos, saiam picapes Willys.

Setorial – Argentina firma-se como produtora de picapes. Hoje Toyota Hilux, Ford Ranger e VW Amarok.  Fará, como a Coluna também antecipou, base comum para picapes Renault Alaskan, e Nissan NP 300 Navara — ou Frontier — na fábrica de Córdoba. E estenderá o fornecimento à Mercedes-Benz no modelo Classe GLT, além de Peugeot. Alaskan à venda em julho.

Foto Legenda 05 coluna 2716 - Renault Alaskan  BOM, BONITO, O KIA SPORTAGE Foto Legenda 05 coluna 2716 Renault Alaskan

Picape Renault Alaskan, aqui, início de 2017. (Foto divulgação)

Vem mesmo – Presidente da holding PSA, Carlos Tavares, confirmou picape Peugeot para 1 t no Mercosul. Frédéric Chapuis, diretor de veículos comerciais da marca, à frente do projeto. Local não anunciado.

Mais – VW Amarok ganhará motor V-6, 3,0 litros, diesel. Vendas em 2017.

Questão – Argentinos dizem, seu presidente Maurício Macri, ouvirá dia 5, na matriz VW na Alemanha, durante visita, investimentos para novo produto na fábrica onde hoje fazem Amarok e CrossFox — lá dito Suran. Porta-voz de David Powels, presidente da VW América Latina, desconhece.

Parou – Chinesa Chery, mais nova das fabricantes no Brasil, parou linha de produção até novembro. Muito estoque, poucas vendas. Dará férias coletivas, licença remunerada e lay-off — inatividade com pagamento reduzido.

Continua – Processo produtivo interrompido não impedirá lançamento do novo QQ nacional em julho. Formou estoque.

Por cima – Ford aplicou motor de três cilindros, 1,0, à versão Titanium, topo do Fiesta. Pico da tecnologia para a cilindrada: turbo, injeção direta, duplo comando variável, pressão variável pela bomba de óleo, dois sistemas de refrigeração e resfriamento dos pistões por jato de óleo.

Mais – Faz 125 cv, torque de 17,3 m·kgf e, diz a Ford, o mais econômico do país. Câmbio é o polêmico robotizado de dupla embreagem antes chamado PowerShift. Lançamento não é fato isolado, opção e evento na linha Fiesta, mas integra processo de recuperação de vendas, com mudança de gestão interna — gerente comercial de caminhões venderá automóveis e vice-versa.

Democratização – Versão 1,0 custa R$ 71.990; 1,6 Sigma SE (R$ 51.990), SEL (R$ 58.790) e Titanium (R$ 70.690), câmbios manual ou o robotizado.

Charme – Mercedes incluiu o modelo nacional Classe C dentre os vendáveis a pessoas com deficiência. Com direito a isenção de IPI custará R$ 134.144,15.

Curiosidade – Na lista, o GLA, iniciando produção paulistana. Primeiros a dirigi-lo não foram jornalistas especializados, mas motoristas com deficiência. A público será apresentado em julho.

Clima – José Luiz Gandini, presidente da Kia e da Abeifa, associação dos importadores de veículos, crendo em novos ventos econômicos perlustrou sofás em Brasília. Argumenta, cota de 4.800 u/a isenta dos 30 pontos percentuais sobre o IPI de veículos importados, é irreal no país e no setor.

Elegância – Sugere cota seja a média das importações dos 3 últimos anos pré-imposição dos 30 p.p. sobre imposto. Não toca no assunto de os ex-ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel e Mauro Borges, condutores da legislação, serem indiciados em processos sobre facilidades legais. Ministro Henrique Meirelles, da Fazenda, ouviu com interesse.

Acordo – Brasil e Argentina renovaram acordo automotivo até 2020. Regras tortas mantidas para a isenção alfandegária: cada US$ 1 exportado ao Brasil, a Argentina poderá importar US$ 1,5 em produtos brasileiros.

Subestabelecimento – A partir do dia 8, lei torna obrigatório uso de farol baixo durante o dia, em estradas, como item sinalizador de presença. Obrigou mas não explicou. Carros novos têm Luz de Rodagem Diurna, as lanternas com lâmpadas LED. Moral da história, concederam aos policiais rodoviários o poder de exegese, a interpretação legal: as LRD LED e sua específica e mundial função substituem os faróis — ou geram multa ?

Gente – Lulla Gancia, 92, elegante, passou. OOOO Melhor qualificação para a senhora ativa, fina por origem e educação, mulher do Piero Gancia (1922-2010), piloto e representante da marca Alfa Romeo, renovador do automobilismo brasileiro. OOOO Lulla foi a responsável pela alteração positiva do Kartódromo de Interlagos; correu com seu motorista na 1.000 Quilômetros de Brasília – 1966, 5º. lugar na geral — brilhou na apresentação do protótipo Simca Ventania junto com a atriz Normal Bengell, autódromo do Rio. OOOO Vladimir Mello, comunicólogo, gerente de relacionamento da BMW no Brasil, promoção. OOOO Entra na folha de pagamento da matriz. Do México assistirá instalação de fábrica, e comandará área no Caribe e América Latina. OOOO Frisson no segmento: bom emprego procura titular. OOOO

 RN

A coluna “De carro por aí” é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.

LEXUS RX, O LUXO DOS SUV TOYOTA

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O Lexus RX 350 (foto acima) será pouco visto no Brasil, onde esta marca de luxo tem contida rede de revendedores, e é preferida por quem respeita e admira a qualidade em todas as suas aplicações. Inicia ser importada pela Toyota, administradora da operação Lexus no Brasil. Curioso e interessante, o SUV RX criou o segmento e é o mais vendido no mercado americano. Lá os clientes descobriram a qualidade e a sobriedade construtiva, fazendo a indústria local segui-lo.

Para entender, é um amplo utilitário esportivo — 4,89 m e 2,79m entre eixos —, espaço interno para pessoas e bagagens. Tratamento decorativo sóbrio, couro, aplicações elegantes, nada forçado ou ocioso. Tudo tem lugar e função estética ou operacional. Nos EUA concorre com modelos pelas luxuosas Cadillac ou Lincoln. Aqui, com BMW X5, Audi Q7, Mercedes G.

Estilisticamente suas linhas e cortes são susto explicável. Como criar identidade numa época de carros desenhados por computadores buscando eficiência aerodinâmica, sem ficar parecido com os demais? Como não entrar numa roubada, situação atual de algumas marcas sem conseguir uma assinatura visual?

É atrevido em seu cortes de planos, nas linhas laterais, na grade frontal corajosa, conseguindo agradar a clientes com idade superior à de Land Rover. Conseguiu fazer escola e impõe-se. Fosse coreano, seria execrado, imaginá-lo-iam parente do estilisticamente desgovernado SsangYong. Sendo Lexus tem nível próprio.

Harmonia

O projeto de formulação inclui vanguarda de manufatura para agradar às demandas dos clientes. Na prática, cuidados como a pintura capaz de evitar pequenos arranhões, menores folgas entre as peças, ajustes mais precisos, perceptíveis na sensação física de conforto pela habitabilidade, pela rodagem macia, refinamentos nos órgãos mecânicos e sua suavidade operacional. Motor, V-6, 3,5 litros, 305 cv de potência a elevadas 6.300 rpm, 38 m·kgf de torque. Tem sistema de variação de tempo de abertura nas 24 válvulas, e engenheiros da Lexus forçaram o conceito até compatibilizá-lo com o ciclo Atkinson. A diferença é realizar quase todo o ciclo de compressão com as válvulas de admissão abertas. Dizem os expertos, dá suavidade operacional, obtém melhor aproveitamento térmico e, consequentemente, menor consumo. Até agora tal ciclo era aplicável apenas aos carros híbridos, como há no Brasil o Ford Fusion Hybrid, pois a dificuldade está nas rotações baixas e marcha-lenta. Aparentemente o Lexus RX abre caminho tecnológico.

Caixa automática com 8 marchas, tração nas 4 rodas exposta em tela exibindo a dosagem de torque aplicada em cada roda. Suspensão McPherson frontal, multibraço na traseira, rodar suave, transmissão com mudanças sem se fazer lembrar, e latinidade de comportamentos. Da dona de casa querendo fazer economia com a posição ECO, à insandecida buscando colocar a cavalaria a suar com o programa o S+, endurecendo a suspensão, rerregulando os freios, dando pressão reativa aos amortecedores, fazendo o motor desenvolver potência máxima, dando mais precisão à direção, re mapeando o acelerador para respostas mais rápidas. Contato ao solo com imponentes rodas de aro 20” e pneus 235/55, limite mínimo de convivência com buracos nacionais.

Controles por ampla tela com mais de 30 cm e instrumentos digitais, mudando funções por mouse no console. Enfim, pacote adequado à missão de oferecer conforto, habilidades e visual – e personalidade em suas linhas marcantes.

Duas versões. RX 350 a R$ 337.350 e RX 350 F-Sport, R$ 352.950.

És tímido? De pouca paciência? Compre um Renault Duster branco. Com o Lexus RX sempre induzirá a explicações no condomínio, no clube, no serviço.

 

40 anos, 15 milhões de Fiat brasileiros

Operando industrialmente no Brasil desde 1976, Fiat comemora 40 anos com muitas conquistas. Maior, ter fendido a, acredite, proibição de instalação de novas fábricas de automóveis no Brasil. Outra, igualmente imponente, ter obtido maior produção sob o mesmo teto. E, idem, realizado a mineirização entre fornecedores, levando-os para Minas Gerais, industrializando o estado.

Outras conquistas, no campo dos produtos, importante foi inovar com o motor em posição transversal; as menores folgas entre partes móveis; de relevo, criar, no Brasil, picape leve sobre plataforma de automóvel, caso do atual picape Strada. Idem para versões Adventure, também copiadas por outras fabricantes, e o bloqueio do diferencial, o sistema Locker – deveria chamar-se 4×1 … – ainda exclusividade da marca.

Mais

Operação buscando o ideal ecológico, programas sociais para melhorar condições de vida e futuro no entorno da fábrica, e conquistas mercadológicas:

primeira marca nacional a apresentar tampa traseira em vidro – Mobi; idem para duas portas traseiras em picape – Toro; disponibilizar Stop&Start; primeiro picape cabine estendida, 3 ou 4 portas; sistema Blue&Me de comunicação e entretenimento; capacidade de queimar 4 combustíveis – o Tetrafuel; air bags laterais – Marea, 1999; primeiro auto recall, rodas leves do Uno 1,5; idem para airbag – Tipo 1996; computador de bordo – Prêmio, 1995; primeiro popular com ar-condicionado de fábrica – Mille 1994; turbo de série, Uno Turbo 1994; democratização das 16 válvulas – Tempra, 1993; primeiro 1,0 nacional; pioneirismo no álcool combustível, 147 – 1979.

Foto Legenda 02 Coluna 2816 -Fiat 147  LEXUS RX, O LUXO DOS SUV TOYOTA Foto Legenda 02 Coluna 2816 Fiat 147

Fiat 147: à época uma revolução no mercado nacional (internet)

 

Luz diurna vale como farol baixo

Denatran, Departamento Nacional de Trânsito, acatou protestos da sociedade e baixou entendimento sobre a Lei 13.290/2016, tornando obrigatório uso do farol baixo nas estradas durante o dia. Órgão entendeu, os sistemas de iluminação diurno, ditos DLR, por focos LED, equipamento de automóveis mais recentes, devem ser considerados como atendendo à Lei.

 

Roda-a-Roda

Panamera – Sedã esportivo Porsche Panamera chegará em novembro bastante renovado – motores, transmissões, conteúdo e aparência. Plataforma mantida e aperfeiçoada. Frente se identifica com novo 911.

Opções – Tração integral, novo câmbio de 8 marchas e duas embreagens, dois motores: V-6, 2,9 litros, 440 cv, na versão S, e V-8, 4,0 litros, turbo, 550 cv. Segue a Mercedes, aplicando os turbos no V do motor. Suspensão a ar, painel assemelhado a smartphone, botões e comandos substituídos por toque em tela de 30 cm. Versões para o Brasil indefinidas em conteúdo e preços.

Hiper – Aston Martin e Red Bull se uniram em projeto de automóvel topo de linha, rival do Bugatti Chiron e seus 1.500 cv. Projeto AM-RB 001 é para 2018, em 99 unidades. Destas, 25 para competição. Preço imaginado acima de £ 3M, uns R$ 13M.

Endosso – Na formulação, ícones do setor: Adrian Newey chefe da equipe Red Bull de Fórmula 1, David King, VP da Aston, e Marek Reichman, designer-chefe.

Negócio – Motorização Mercedes V-12 – marca tem 5% do negócio.

Detalhes – Cada item será estudado sob o ponto de vista funcional; ser o carro mais estável; relação peso/potência 1:1 = 900 cv de potência e 900 kg de peso; velocidade final hoje objetivada, 320 km/h. Plotado Chiron faz 420 km/h.

Caminhos – Há diferença básica entre os produtos: o Bugatti é desenvolvido por engenheiros da Volkswagen. O AM-RB por construtores de Fórmula 1.

Foto Legenda 03 Coluna 2816 -am rb 001  LEXUS RX, O LUXO DOS SUV TOYOTA Foto Legenda 03 Coluna 2816 am rb 001

Verdade – Para fugir das dúvidas lançadas sobre a indústria automobilística sobre o consumo – GM, Nissan e Mitsubishi foram surpreendidas com dados otimistamente falsos – PSA fez acordo com duas ONGs e a auditoria do internacionalmente respeitado Bureau Veritas.

Auditoria – Veículos das marcas Peugeot, Citroën e DS serão aplicados nas condições definidas por normas de consumo – lotação, altitude, cidade, subúrbios, estrada, e os resultados aferidos, comparados com os dados oficiais.

De volta – Kia definiu voltar a montar o caminhãozinho Bongo em sua linha industrial no Uruguai. Interrompera a operação para compatibilizar estoque e consumo. Em setembro nas revendas da marca.

Mercado – Para viabilizar operações na fábrica catarinense recém-inaugurada, BMW geriu exportar 10.000 unidades de seu modelo X1 aos EUA.

Novo – Salão de Paris, setembro, nova geração do Ford Fiesta. Maior, mais largo, distância entre eixos aumentada. Previsão de produção, setembro 2017.

Projeto – Nomeando Steve St Angelo CEO – executivo maior – para América Central, do Sul e Caribe, Toyota abriu o leque a suprir mercados com produtos Mercosul: exportará argentinos picapes Hilux e utilitários SW4. Prevê aumentar atividade industrial em 30%, compensando queda de compras do mercado brasileiro, maior cliente.

Idem – Por idêntica razão Nissan nacional passou a enviar automóveis March e Versa 1,6 ao Paraguai, Bolívia, Chile, Peru e Uruguai. Após, Argentina.

Ocasião – Dentro da mudança interna para drenar pesadas perdas na América Latina e limpar pátio para a próxima linha 2017, Ford instiga vendas: Focus Fastback e Hatch, descontos respectivos de R$ 9.900 e R$ 8.500; Fusion, R$ 10.000; EcoSport R$ 5.700.

Civic – 10ª série, iniciando nova geração do Honda Civic chegará aos revendedores ao final de agosto. Mais comprido e largo, cara ousada abusando de linhas e ângulos, motor 1,5 litro, 4 cilindros, 16 v, variador para abertura de válvulas, turboalimentador. Versão de topo. Abaixo, o atual motor 2,0 atmosférico.

Fora – Reduzir cilindrada, volume e peso dos motores, compensando com aumento de potência por turbo e tecnologia é o caminho dos fabricantes – e definidor de atualização. Nocivo na história é, exceto Volkswagen, os demais são importados.

Mercado – Mercado de importados 0-km deu meia-trava na queda: as 18 marcas filiadas à Abeifa venderam 2.788 unidades em junho, 3,4% acima de maio. Mas comparando primeiros semestres 2016 x 2015, baixou 45,4%.

Usados – Mercado de usados cresce, e anúncios no sítio Webmotors mais: entre janeiro e maio, 70% relativamente a idêntico período em 2015.

Novos – De 0-km situação idêntica, indicando ter atingido o fundo do poço e iniciado recuperação. Primeiro semestre foi menor 26,3% ante igual período em 2015, mas em relação a maio, houve modesto e esperançoso crescimento de 2,6%.

Atraso – Como referência numérica, a teoria econômica do governo Dilma devastou números. A produção regrediu aos volumes de 2004 e as fabricantes funcionam com menos da metade da capacidade industrial.

Diesel – MWM, fabricante independente no Mercosul fornecerá motores à XCMG, líder no mercado chinês em máquinas para o segmento industrial. Diesel, Série 10 – 4.10 TCA, 100 cv de potência para escavadeira feita pela XCMG em Pouso Alegre, MG. Não informou volume, prazo ou valor do contrato.

Mais – Volvo entrou no mercado de geração de energia por sua divisão Penta, de motores marítimos e industriais, produzindo em Curitiba motores diesel de seis cilindros e 13 litros. Brasil tem hoje déficit energético de 50 TW·h. Tem financiamento Finame, e Volvo quer exportá-los a Equador, Bolívia e Paraguai.

Social – Rumo, concessionária de ferrovias, criou programa Todo Dia é Dia de Árvore, organizando plantio em municípios cruzados por suas linhas em RS, SC, MT, MS e SP. Integra sustentabilidade e recuperação de áreas degradadas.

Invenção – Neste mês patente de vulcanização da borracha comemora 172 anos. Inventor por acaso o americano Charles Goodyear misturou enxofre com borracha, abrindo caminho. Fábrica e marca nada tem a ver com o inventor. Uso do sobrenome é homenagem.

Tema – Outro filminho Shell da série Um carro não conta só km, conta histórias. Neste, a relação entre o fotógrafo de aventuras Daniel Cotelessa e seu picape Mitsubishi. Mescla lubrificantes para motor Helix com produção de conteúdo relevante aos consumidores, diz Leila Prati, diretora de desenvolvimento da petroleira.

Antigos – Portal e.commerce  www.arsenalcar.com.br, atacadista de partes para veículos em produção e descontinuados, tem-nas para nacionais antigos: Kombi, Fusca, Opala, Chevette, Corcel, Escort … Sítio não exibe área exclusiva para colecionáveis, mas basta procurar por marca. Preços razoáveis.

Mais – Criou o SOS Peças, inédito e gracioso. Pelo 0800.277.3625, consumidor liga, informa peça demandada, e a Arsenalcar busca-a pelo país. Generosa? Sabida: vendas a carros descontinuados são 19% do faturamento.

Presente – Maurício Marx, herdeiro e executivo da paixão antigomobilística através de seu Universo Marx, aceitou terminar longa restauração do Karmann-Ghia do compositor/cantor Paulinho da Viola. Conversível no. 150, raro pelas 177 unidades aqui produzidas, Marx tem horizonte: 11 de novembro. Dia seguinte, comemorando 74 anos, Paulinho quer andar de KG.

Foto Legenda 04 coluna 2816 - Paulinho da Viola  LEXUS RX, O LUXO DOS SUV TOYOTA Foto Legenda 04 coluna 2816 Paulinho da Viola

Paulinho (e), KG e Maurício; agora, parece, a novela acaba

Exercício – Dito Paulinho é tenaz. Já tentou restaurações anteriores e numa delas descobriu-se apenas mero fato midiático. Agora, parece, vai. O KG esteve parado por 34 anos; tem boa estrutura; e demandados chaves duplicatas originais, manual do proprietário, cópia da Nota Fiscal.

História – Detran/SP informa ter registrados 84 exemplares de Romi-Isetta, pequeno automóvel produzido em imaginadas 3.000 unidades entre 30 de junho de 1956 e 1º dezembro de 1961. Não alcançava a legislação de incentivo do GEIA, e por isto inviabilizado pelo maior custo de produção.

Gente – José Rezende, o Mahar, jornalista, homenagem póstuma. OOOO Nome do Troféu Clássico do Mês aos encontros do Puma Clube do Rio de Janeiro. OOOO

RN

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AUTOMÓVEL: CANELA, RS, GANHA O MUSEU DOS AZAMBUJA

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Conhecidos pela melhor coleção de automóveis nacionais, os irmãos Rogério e Róberson Azambuja, empresário e advogado, tomaram coragem e instalaram o Museu do Automóvel no limite entre as turísticas Gramado e Canela (foto acima). Noticiou a Coluna  em 1º de outubro de 2014, adquiriram o fechado Museu do Automóvel, Arte e Cultura, do também gaúcho Carlos Eduardo Warlich, ampliaram o espaço museal a 1.700 m² para exposição.

Proposta é exibir acervo próprio, alternando com estoque mantido em Passo Fundo no Museu do Transporte Nacional; fomentar o interesse e o turismo antigomobilístico; incrementando a realização de eventos com clubes de marca. O de Simca — www.simca.com.br —, por exemplo, antecedendo a inauguração, intenta fazer, próximo ano, seu III Encontro Nacional junto com o novo Museu.

Vizinha Gramado tem a mais movimentada exposição de veículos antigos, pelo Hollywood Dreams, exposição majoritária em Cadillacs e conversíveis, além de motocicletas Harley-Davidson, atraindo cerca de 1.000 visitantes diários.

O foco dos Azambuja é efetivamente de história e cultura fomentados pelo museu. Seus iniciais 40 veículos são expostos em alas temáticas, alguns em Dioramas – entorno localizando o veículo em cenário de época, ou reproduzindo foto de época. O IBAP Democrata – um dos dois exemplares remanescentes dentre quatro produzidos — está à frente de grande reprodução de foto tomada na praia de Copacabana.

Na primeira exposição, a partir de 15 de julho, muitas marcas representando dos anos ’20 aos ‘80: Clássico Marmon, Cadillac, Chevrolets Chevelle e Corvette, Buick, Pontiac, Rolls-Royce, Ferrari, e nacionais Puma, Simca, Brasinca 4200 GT, Karmann-Ghia, citado Democrata e quase tão raro Lafer LL.

Há memorabilia exposta, bombas antigas de gasolina, projeção de filmes, mais de 600 miniaturas, além de espaço infantil e loja de souvenirs.

Se as prefeituras de Gramado, Canela e São Francisco de Paula se entrosarem poderão fomentar turismo específico pela exposição em Gramado, o novo Museu em Canela, e pelo Museu em São Francisco de Paula — a 70 km.

 

Espelhos retrovisores, coisa do passado?

O órgão japonês de trânsito autorizou, a partir de 2017, licenciamento e circulação de veículos sem espelhos retrovisores internos e externos. Decisão se baseia na efetividade de resultados do desenvolvimento de tecnologia, e na segurança operacional de câmeras e monitores de TV. Apesar de ser requerimento antigo dos designers — afinal os espelhos são obstáculos à livre circulação do ar, aumentando consumo e emissões —, o argumento de maior peso foi incremento em segurança: a eliminação dos pontos cegos. Outro, a eliminação da influência das situações de claro e escuro variando de acordo com a iluminação do dia. Sistemas experimentais haviam sido tentados, o incremento das câmeras de ré e laterais deram a base tecnológica, e a busca mundial pela redução de consumo e emissões auxiliaram na decisão, a espraiar-se mundialmente. A tecnologia já existe.

Não é moda, mas tendência, e fabricantes de equipamentos eletrônicos e de automóveis disputam tecnologias e prazos para aplicação. Primeira variação, em caminhões, câmeras iriam num mastro. Telas grandes, aplicadas próximas ao volante – ou como no caso de Mercedes e Audi, onde se aplicam os instrumentos virtuais.

Foto Legenda 02 coluna 2916 -  AUTOMÓVEL: CANELA, RS, GANHA O MUSEU DOS AZAMBUJA Foto Legenda 02 coluna 2916

Após décadas, saem espelhos retrovisores, entram câmeras

 

Roda-a-Roda

Marketing – Reveladas primeiras imagens da Aperta, versão conversível do LaFerrari. Produção limitada, preço elevado, grande lucro unitário. Não é ferramenta de deslocamento, apenas marketing sobre rodas. Mecânica idêntica ao GT: V-12, 800 cv, mais motor elétrico de 163 cv. Quantidade não revelada; pré-vendida a colecionadores; US$ 3,7M — o mais caro dos Ferrari.

Foto Legenda 03 coluna 2916 -Ferrari  AUTOMÓVEL: CANELA, RS, GANHA O MUSEU DOS AZAMBUJA Foto Legenda 03 coluna 2916 Ferrari 1

P’ra Quê? – Brabus, preparadora alemã de veículos Mercedes-Benz tem nova versão, o utilitário esportivo GLE 63 Brabus 850. Evolução sobre o anterior pico de desenvolvimento, com 700 cv, 97,9 m·kgf de torque, atinge 300 km/h.

… ?, 2 – Ao 700 agregaram-se elementos de decoração em fibra de carbono e rodas em aro 23”. 850 cv é a potência, 148 m·kgf de torque, indo aos 100 km/h em 3,8 s — tempo para esportivos sérios. Tivesse etiqueta de preços, Stille, representante, marcaria R$ 2,7M. Dúvida irrefreável, quem dispõe de tanta capacidade econômica, terá competência proporcional para conduzir?

Foto Legenda 04 coluna 2916 - Brabus  AUTOMÓVEL: CANELA, RS, GANHA O MUSEU DOS AZAMBUJA Foto Legenda 04 coluna 2916 Brabus

Brabus GLE 850, camionete com ânimo de esportivo

Vizinhos – Maurício Macri, presidente da Argentina, foi à Alemanha fomentar parcerias com Volkswagen e Mercedes. Pré-anunciou novo produto VW — desmentido pela administração continental através da Coluna. Terá investimentos para revisão de linhas no picape Amarok; versão com motor diesel V-6; e reformulação do Suran, o SpaceFox.

Sem dúvida – Coluna antecipou produção de picape Mercedes-Benz GLT compartindo chassis e parte rolante com Nissan e Renault, em Córdoba, na antiga e pioneira fábrica da IKA e seus Jeeps, picapes e Rurais, depois comprada pela Renault, agora com espaço cedido à sócia operação Nissan.

Teorias – Órgãos da imprensa nacional indicaram produção do picape Mercedes na Espanha e exportação ao Brasil, maior comprador sul-americano. Tese desacorçoada por perda de competitividade. Em 2018, e motor próprio.

Evolução – Renaults Duster e o picape Oroch aditivados em versão 2017: equipamento regenerador de energia para aumentar a economia do motor 2,0 em mais de 11%, e caixa automática de 4 marchas.

Insólito – FCA, Fiat Chrysler Automobiles, mandou mensagem ao mundo: precisa da ajuda de hackers. Depois de ver a condução de um Cherokee assumida via notebook, chegou a vez de furtos de Jeeps pelo mesmo sistema. Pagará de US$ 150 a 1.500 por indicação de vulnerabilidade de seus sistemas.

Saída – Toyota já envia o Etios ao Peru, após Argentina, Paraguai e Uruguai. Quer compensar queda do mercado interno.

Ocasião – Quem deseja trocar de veículo, vento a favor. Para limpar pátios ante reduzir estoque, chegada dos modelos 2017, ou fazer recursos, revendas, fábricas e importadores oferecem descontos sensíveis sobre preços sugeridos.

Cautela – Confira ano de produção dos veículos — alguns ainda são 2015, flexibilizando negócios. Se você vai colocar usado no negócio, veja quem o aceita pela tabela Fipe.

Pesquise – Quase todas as marcas em promoção. Maior agressividade, Ford com sensíveis descontos; Subaru idem para modelos do ano passado; na Mitsubishi sedã Lancer 2,0 2016 a atraentes R$ 70 mil.

Utilidade – Anfavea, associação dos fabricantes de veículos, mostra face social: campanha para enfatizar segurança veicular. Julho, mês das férias, foca nas crianças para educar os pais a não utilizar o celular ao dirigir e a importância do uso dos cintos de segurança no banco traseiro.

Público – Em postos de combustível nas estradas paulistas, com profissionais caracterizados como patrulheiros, convidam as crianças a assistir vídeo educativo e ganhar um kit de Patrulheiro Mirim, incluindo talão de multas.

Varejo – Grupo PSA – Peugeot-Citroën, em recuperação econômica, entrará no mercado de Pós-Vendas Multi Marcas, fornecendo peças, 9.000 itens para diversas marcas. Oficinas em 13 países, 1M de clientes.

Quase – ZF de caixas de marchas fará no Brasil mecanismo automatizador para câmbio manual Ecomid 9-marchas. Atende à crescente demanda por caixas automáticas a menor custo e facilidade de manutenção.

Invenção – Engenheiros da Cummins Brasil, fábrica de motores diesel, criaram sala de testes de polias. Reduz tempo de avaliação de 12 peças/50 dias para 16 peças/25 dias.

Atração – Ferrari 365 GT 2+2, carroceria Pininfarina, primeiro civilizado para público extracorridas, atração no leilão Russo and Steele, nas festas da semana santa antigomobilística, os eventos de Pebble Beach, Califórnia,18 a 20 agosto.

Quase – Atração adicional ao automóvel contendo direção hidráulica, suspensão autoajustável, motor V-12, 4,4 litros, 320 cv, três carburadores duplos Weber, é proximidade com o agente 007: foi de Albert Broccoli, diretor da franquia, e apesar da direção à esquerda, tem licença inglesa, ARB 007.

Registro – 11 de julho marcou 20 anos do fim da produção do VW sedã, ou Fusca. Renascido para se integrar ao plano do então presidente Itamar Franco em criar carros baratos para fomentar mercado, teve períodos distintos no país.

Como foi – Montagem de 1950 a 1956 pela Brasmotor, então representante exclusiva; 1953 a 1958 pela Volkswagen em modestas instalações no bairro do Ipiranga; 1959 a 1986 pela VW na fábrica de São Bernardo; 1993 a 1996, VW, nas antigas instalações da Vemag, no Ipiranga. No total, crê-se em 3,3 milhões de unidades nos três endereços e nas três séries.

Gente – Marcos De Bari, 53, fotógrafo de automóveis da revista Quatro Rodas, passouOOOO Queda do equipamento de iluminação no estúdio onde fazia fotos. OOOO Márcio Stefani, jornalista, adequação. OOOO Novo editor de AutoData, com a saída dos outros sócios fundadores, seu irmão S. Stéfani e Vicente Alessi. OOOO José Roberto Generoso, academicamente preparado, novo Secretário de Transporte e Mobilidade Urbana, Ministério das Cidades. OOOO Domingos Boragina, diretor comercial da Peugeot, mudança. OOOO Diretor de Desenvolvimento de Rede da PSA. Tem experiência. Fazia isto na rede Citroën. Trabalho duplo. OOOO Depurar rede e atrair interessados é o desafio do cenário. OOOO Frederico Bataglia, diretor de marketing na Peugeot, novo titular comercial da marca. OOOO

 

Mercedes fará centro de vans e picapes na Argentina

Fábrica alemã informou a Maurício Macri, presidente da Argentina, grandes planos para operar nesse país o Centro de Competência Regional, 9º em atividade no mundo e primeiro na América do Sul. Considera a capacidade do mercado continental, e quer fazer desenvolvimento, produção e distribuição. Mercedes já produziu na Argentina mais de 280 mil Sprinter; desde julho de 2015 iniciou fazer o versátil Vito; e Volker Mornhinweg, presidente da Mercedes-Benz Vans, informou, em 2018 a operação incluirá picape da marca.

Operação será liderada por Roland Zey, executivo, ex-diretor de vendas, implantador da operação Sprinter na Argentina, depois presidente da Mercedes local. Transferido à Alemanha para planificar e desenvolver o negócio de vans, retorna à Argentina como diretor-gerente do Centro, e missão específica de superintender desenvolvimento, ampliar mercados e garantir serviços de pós-venda para América do Sul, Latina, Caribe, reportando-se diretamente à divisão na Alemanha. Joachin Maier continua presidente e encarregado de caminhões e ônibus.

A operação Mercedes na Argentina foi a primeira da empresa fora do país de origem, e sua ligação com o país é densa, incluindo a presidência ter sido exercida pelo ídolo Juan Manuel Fangio, pentacampeão mundial de F-1, e manter-se como principal patrocinadora do Museu montado pelo automobilista em Balcarce, sua terra natal.

Foto Legenda 05 coluna 2916 -  AUTOMÓVEL: CANELA, RS, GANHA O MUSEU DOS AZAMBUJA Foto Legenda 05 coluna 2916

Macri (e) e Volker Mornhinweg, presidente da MB Vans

 

RN

A coluna “De carro por aí” é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.
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