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Channel: Roberto Nasser – Autoentusiastas
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SIMCA NA AMÉRICA LATINA

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A marca francesa — 1935-1981— embora bem assinaladora de seu caminho, e no Brasil festejada e preservada por interessados no sítio www.simca.com.br, na América do Sul não teve operação exclusiva no Brasil. Pelo contrário, a inquietação expansionista para a internacionalização instou-a a tentar atividades extra-França com leque de pequenas linhas de montagem, e perlustrou o Continente antes e depois de se instalar em nosso país. Aqui, precursoramente, antes de se instalar nos dias finais de 1958, tentara acordo operacional e facilidades para implantar linha de montagem em 1952, sem conseguir fechar negócios.

Na iniciativa exitosa chegou ao Brasil nos albores de 1956, logo após ter recebido visita de um simpático, falante e sedutor cidadão recém-eleito como presidente do Brasil. Em Poissy, beiradas de Paris, em pequeno passeio, Henri-Théodore Pigozzi, entusiasmado turinês naturalizado francês, criador da marca 20 anos antes, mostrou-lhe com orgulho as instalações industriais recém-adquiridas à Ford. Era, então, a mais moderna fábrica de automóveis no mundo, e a Simca a segunda marca francesa em expressão industrial.

Meia dúzia de passos e de palavras, a surpresa de ver o interlocutor expressar-se em francês com inidentificável sotaque mineiro, e acordaram: a Simca viria e seria muito bem recebida no Brasil. E mais, instalar-se-ia em Belo Horizonte, no estado de extração de minério de ferro, e do visitante, o logo presidente Juscelino Kubitschek.

Veio logo, protocolou proposta antes mesmo da criação do Geia, o grupo executivo para implantação da indústria automobilística. Mas nem se fixou na capital dos mineiros — a logística para operar longe dos fornecedores e dos maiores mercados consumiria as vantagens dos incentivos estaduais —, nem conseguiu prioridade por ter protocolado pedido antes dos outros interessados. Submetendo-se às regras gerais  iniciou produzir em janeiro de 1959, transferiu-se à Chrysler em 1967 — na Europa a tomada acionária ocorrera em 1963. Aqui, como Simca, oito anos e três meses profícuos, mudando a razão social para Chrysler e mantendo os produtos Simca até julho de 1969.

Intenso desenvolvimento de tecnologia, de deixar marcas peculiares na estrada de nossa indústria automobilística.

Entretanto, industrialmente também andou por nossos vizinhos.

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Esplanada 1967 – nem parece Simca

O QUE, E ONDE

 

Argentina

Faz-se confusão sobre a história da Simca na Argentina, afirmando-se peremptoriamente a marca não ter tipo operação industrial por lá. Mas teve.

Não foi com o nosso Chambord, conhecido dentro dos muros da operação como o Vedette 3, mas com o modelo anterior, o 2. Seria o Simca para o Projeto Brasil, substituído na última hora pelo nosso vistoso Chambord.

Na prática, apenas outra marca no mal administrado regime automobilístico no vizinho país, atraindo inúmeras fabricantes, por si ou por licenciados localmente, como no caso. A empresa Metalmecánica, com operação na cidade de Juan C. Paz, beiradas de Buenos Aires, conseguiu aprovar projeto de construção do Vedette com motor Rush. Nada a ver com o irmão de linha produzido no Brasil.

Na verdade, era um tipo de projeto, para se dizer com tentativa elegância, seria peculiar. Entretanto, como é a necessidade que faz o sapo pular, foi o produto certo para um período de incertezas na economia francesa.

Na linguagem da rua, um Frankenstein mecânico. Lá, Ariane era filha da crise do Canal de Suez, quando o governo francês sobretaxou os automóveis de maior consumo. Daí, com o Aronde, pequeno, exitoso, mas convencional com motor dianteiro e tração traseira, a Simca se mantinha no mercado. Tinha nas gavetas um projeto de carro pequeno, com grupo motopropulsor traseiro. Resgatou-o e começou corrida industrial para produzi-lo.

simcal 8 emblema arond  SIMCA NA AMÉRICA LATINA simcal 8 emblema arond

Emblema do Aronde

Na sua linha de produtos o Vedette 3-Chambord, com motor V-8, 2,3 litros, começava a declinar em vendas — e por isto decidiram mandá-lo ao Brasil. Para completar o nicho de preço, esticaram a vida do modelo antecessor, sacaram motor e transmissão V-8 e, em seu lugar colocaram o pequeno motor 1,3-litro  e a câmbio de quatro marchas. Para bem caracterizá-lo, na França chamaram-no Ariane. Era de rendimento restrito — para o motor limitado, com torque de 10 m·kgf —, deslocar uma carroceria de 1.300 kg era penoso. O carro era lento em reações. Como atração, era barato, tinha espaço interno, foi bem vendido na França para serviços públicos e táxis. Durou de 1957 a 1963, e dele fizeram 166.363 unidades. Duas vezes e meia a produção de Chambord/Tufão/Emi-Sul/Esplanada no Brasil 1959 a 1969.

simcal 1  SIMCA NA AMÉRICA LATINA simcal 1

O pequeno motor Rush 1,3, do Aronde

Curiosidade, a Metalmecánica combinou com a França e, por processo pouco conhecido — ignoram-se níveis das operações, intervenções industriais e conteúdo nacional — resgatou o produto, e qual Fênix exumou-o, iniciando montá-lo em 1966, três anos após o encerramento da produção francesa.

Não se sabe a formatação industrial e o nível de nacionalização, se as chapas para formar as carrocerias foram estampadas na Argentina ou se eram partes produzidas na França para reposição da frota rodante, mandadas ao vizinho.

No representante no futuro Mercosul deram-lhe nome composto: Ariane — era a versão mais simples da linha original, utilizando motor V-8 —; Miramas — poucos clientes sabiam da referência: autódromo francês onde um Vedette 2 com motor de 4 cilindros marcou recordes de resistência em velocidade lançada para provar aos franceses a confiabilidade no produto. Entretanto, como era produzido pela empresa que batizava seus produtos como De Carlo, transformou-se no De Carlo 1300.

Frustração

Quem, pela similaridade de parte da mecânica, imagina ter na Argentina um fornecedor de peças — suspensão e direção — para os Chambord nacionais, esqueça: a operação durou de 1966 a 1967, com restrita montagem de 507 unidades.

Simca Miramas argentino Outra foto do Miramas

Colômbia

Na Colômbia a Simca chegou em 1968. Apesar de haver concomitância com a produção no Brasil, pela adquirente Chrysler, dos modelos derivados dos Simca Vedette — os nossos Chambord evoluídos a Esplanada e Regente —, o automóvel negociado com a Chrysler nada tinha a ver com os conhecidos dos brasileiros: foi o Simca Mil Série I. Pequeno, lançado em 1961, exibindo formulação forçada pela crise do petróleo resultante da briga pela gestão do Canal de Suez. Motor traseiro de quatro cilindros longitudinais, 944 cm³, 49 cv, e transeixo traseiro, sincronizadores Porsche, suspensão independente nas quatro rodas, desenho do italiano Mario Boano — o mesmo do conceito original do Karmann-Ghia.

O acordo operacional, por razões não conhecidas, foi feito com a Chrysler España, montadora do modelo desde 1962, e fornecedora das partes para montagem. Na colombiana Colmotores a Chrysler detinha 60% do capital.

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O emblema aplicado aos automóveis

Em termos de duração, oito anos, a operação colombiana durou quase tanto quanto a brasileira. Lá, entre 1969 e 1977, de modelos 1000, GL, 1.204 e 1300, fabricaram-se quase 27 mil unidades, com baixo índice de nacionalização ante a falta de qualidade das autopeças locais, importados a parte elétrica e o grupo motopropulsor.

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Simca 1000 (Foto Publicidad Colmotores)

Em meio à montagem, também superficial de outras marcas e modelos — Jeeps Willys, caminhões Austin e Gipsy, um jipe muito assemelhado ao Land Rover —, o Simca 1000l pretendia ser o veículo de entrada, o popular. Conseguiu pelo porte, consumo e identificação — não pelo preço. Custava 89.521 pesos colombianos — ou US$ 8.500.

Ano e meio após, a montadora colombiana ofereceu a versão1000 S, marcada visualmente pela frente pintada em preto fosco, uma faixa na mesma cor descendo pelos para-lamas traseiros, molas helicoidais levemente rebaixadas. Sugeria imagem esportiva, inexistente no mercado colombiano de então.

Logo em seguida foi a vez do 1204, cilindrada obtida no versátil bloco. Fazia agora 61 cv. Marcava-se por uma imitação de grade frontal e um painel de instrumentos com base imitando madeira e ampla “relojoaria”.

 

Chile

País com vocação de livre importador convive com todas as marcas interessadas em disputar seu pequeno mercado — 280 mil unidades/ano —, o Chile já viu com levas de operações de montagem.

A primeira iniciativa data de 1959 a 1964 e era produto específico, baseado no Aronde, o mais representativo da marca naquela década. Versões chilenas, curiosíssimas: picape, station wagon — na prática o picape com prolongamento de teto feito em compósito de  fibra de vidro. E, também, um sedã curioso, com teto mais alto, mesclando a traseira do modelo De Luxe 1959, e a frente do modelo P60. Não fosse bastante, ainda exibia a peculiaridade de portar o estepe externo, como os americanos Lincoln e no caso brasileiro o também francês Simca Chambord Présidence. Deste parece ter inspirado os para-choques com garras em borracha. Mesmo caminho para as lanternas traseiras lembrando as de Chevrolet 1954.

Não há números de produção para esta primeira investida.

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Aronde chileno, misturada

Nos anos ’60 o processo de montagem pela Chrysler Chile focou no modelo 1000, com partes importadas da Espanha. À época o Simca 1000 era produzido nas usinas de Poissy, França; Villaverde, Espanha; e Casablanca, Marrocos.

 

Uruguai

País peculiar, com pequena população e mercado, números contidos,  desestimulando economicamente a implantação de fábricas de automóveis. Assim, com brilho empresarial encontraram solução alternativa: montagem local com pequena agregação de componentes do país ou regionais.

Da dezena de pequenas montadoras antes aplicadas a montar variadas marcas europeias, hoje sobrevive menos de meia dúzia envolvidas com carros carros franceses — Renault—, japoneses — Nissan —, e chineses, várias marcas, incluindo a Lifan exportando ao Brasil.

A Simca esteve por lá, fazendo picapes a partir de Arondes cortados, através da Santa Rosa Automotores, empresa com lastro na atividade, antiga, coordenando as duas maiores montadoras do país, a Nordex e a Oferol. São as de maior expressão, profissionais em montagem de várias marcas.

Dado de exceção, ao final dos anos ’50 um concessionário da marca adquiriu à matriz 100 unidades do Vedette 2 e os transformou em picapes. Muito apreciados à época, sempre lembrados como extremamente confortáveis, não há registro de sobreviventes.

Outro: o Uruguai quase conseguiu ter uma filial da Simca Brasil para montar a família Chambord.

simcal 4 aronde pickup  SIMCA NA AMÉRICA LATINA simcal 4 aronde pickup

Simca Aronde picape

 

Le Patron

HTP  SIMCA NA AMÉRICA LATINA HTPNa história do automóvel há poucos exemplos de entusiasmo como os da Simca através de seu mandão maior, HT Pigozzi. Arguto, trabalhador incansável, corajoso, implantou a marca em 1935 transformando a Fiat em sócia, e tocou-a até 1964 quando, por situação nunca aclarada, o controle acionário foi assumido pela Chrysler.

Neste caminho, rica história, houve a surreal implantação de uma linha de montagem com 30 m de comprimento; a primeira terceirização para compra de componentes importantes; a sociedade com a Ford; um enorme processo de internacionalização da marca; a decisão de vir ao Brasil; a coragem de independer da Fiat para tal passo; a criação do Aronde, pequeno, resistente e lucrativo; o incentivo para as versões esportivas criadas por Carlo Abarth; e a surpresa — letal — de ver-se solapado pela Chrysler, — que acabou com as vantagens da empresa, perdendo a mão, passando-a à Peugeot.

RN


CARO KICKS

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Nissan mostrou seu próximo produto, o Kicks (foto acima). Segue o rito usual no processo: apresentação à imprensa, mídia sem custos; pausa para divulgação entre leitores; após, anúncios pagos e promoções. Até março será importado. Aí, quando iniciar ser produzido na fábrica de Resende, RJ, será o primeiro Nissan atualizado. March e Versa, atualmente lá feitos existiam há tempos. Por atualizado projeto inclui demandas de estilo, habitabilidade, uso de materiais para reduzir peso e aumento da rigidez estrutural, itens de segurança.

Vendas começam com o início dos Jogos Olímpicos — a Nissan é patrocinadora. Larga com veículos feitos no México — e estreando vendas no Brasil. Depois permeia ao mundo.

Lembrando

Foi exibido como conceito no Salão do Automóvel, São Paulo, 2014 e ali descrito como SAV — Sport Activity Vehicle. Termo, criado pela BMW, descreve veículos com habilidades superiores às de um automóvel, cara de pretensa disposição, entretanto sem tração total. Agora, entretanto, a Nissan mudou, dizendo-o crossover — misto de automóvel e station wagon. Rodar de automóvel, dimensionamento para enfrentar os desníveis e defeitos no piso urbano. Nesta miríade de siglas, fico com o acróstico criado pela Ford para seu projeto Amazon — o EcoSport. A companhia disse-o LUAV – Light Urban Adventure Vehicle – veículo leve para aventuras urbanas. É-me mais descritivo.

Entre um termo e outro, mesclando morfologias, a Nissan se apresenta como criadora dos crossover, assim tipificando Qashaqui, Muraro, X-Trail e Juke. O Kicks será o primeiro degrau nesta escala.

Por alto

Marca se assina por um “V” frontal. Coisa inexplicável — adquirentes do March pintam-no de preto e o carro melhora … Mais, tenta criar caminho próprio e particulizador num tempo de imposição pelos computadores de soluções ideais a todos os fabricantes, daí a similitude de linhas e a falta de personalidade de marcas. O Kicks consegue se diferenciar, com soluções mais rebuscadas ante um dos queridinhos do mercado e concorrente Honda HR-V, em especial pelo teto flutuante criada pelos vidros de grande área. Produto foi tratado como bloco único, daí ligações visuais entre elementos da frente à traseira e o realce pelas rodas em liga leve, aro 17” e para-choques pintados em preto fosco.

Mais atual dos produtos à venda no Brasil, além do estilo marcante, porta câmera 360 graus e detector de objetos em movimento, por quatro câmeras integradas. O interior tentativamente funcional e terminação em alto padrão intenta oferecer o melhor espaço da categoria, apesar da linha descendente do teto, lembrando o Land Rover Evoque, e a pretensão de sugerir a desempenho de um cupê. Painel evidencia tela colorida com 18 cm ao centro.

Dinamicamente utiliza o conceito de Mobilidade Inteligente, recursos de engenharia, manufatura e tecnologia focando equilíbrio entre desempenho e consumo, em paralelo aumento de segurança. Na prática, menor peso, aerodinâmica, motor moderno, 1,6 litro, 114 cv — embora em fim de vida e com substituição programada —, câmbio CVT eletrônico. Agrega adjutórios como o controle dinâmico de chassi; de curvas; de freio-motor, influindo na suspensão, freios e estabilidade. Estabilizador ativo da carroceria. O foco é proteger quem forma o conteúdo e dar boas sensações ao dirigir. Pacote moderno e atualmente único no segmento no Brasil.

Operacionalmente tem 200 mm de altura livre do solo — idêntica à da Kombi —, e capacidade de transposição de trechos alagados em 45 cm — parece, na fase de adequação ao país mediram algumas pequenas enchentes urbanas.

Em resumo

Atrevido em linhas, marcante, espaço interno bem administrado, bom tamanho urbano — 4,30 m, econômico, nível A pelo Inmetro. Ótimo conteúdo de tecnologia e segurança.

Tem peso político na Nissan — é produzido no México, mas de início apenas vendido no Brasil. Decisão impositiva mostra, a ordem de Carlos Ghosn, presidente mundial de Nissan-Mitsubishi-Renault para a Nissan ter com 5% do mercado, é para valer. Hoje mal cisca em 3%. Daí a solução tipo barriga-de-aluguel com o México. Visa disputar com Honda HR-V e Jeep Renegade, líderes, vendendo em torno de respectivos 6 mil e 5 mil unidades mensais. Nissan disse poder dispor de 3 mil exemplares ao mês, volume pouco superior ao obtido por Ford EcoSport e Renault Duster.

Inicialmente versão SL, topo de linha, a R$ 90 mil. Cara. Concorrente assemelhado, o HR-V, como todos os Honda com preço inexplicavelmente elevado, tem dimensões assemelhadas, câmbio para quem não gosta de dirigir, o sistema CVT de polias deslizantes, porém motor maior, 1,8 e 140 cv.

 

O City da Toyota

Fabricante japonesa administra os passos industriais para lançar, em dois anos, modelo intermediário entre o Etios sedã e o Corolla. Quer ocupar o espaço, como faz a Honda com o City, entre o Fit e o Civic. Sem nome definido, pode seguir tendência da marca em aproveitar denominação de outro produto, como faz no Brasil chamando Altis a versão de pico do Corolla. Lá fora é outro automóvel. Nesta lógica o produto pode se chamar Yaris.

Produto será baseado na plataforma do Etios sedã, adequada para receber carroceria mais comprida e mais larga, e empregará a arquitetura mecânica liderada por motor 4 cilindros, 1,5, 16V e 103 cv.

Produto assemelhado é o Vios, inspirador de linhas.

4 - Foto Legenda 02 coluna 3016 - Toyota  CARO KICKS 4 Foto Legenda 02 coluna 3016 Toyota

Novo sedã Toyota ficará entre o Etios e o Corolla (foto de divulgação)

 

Roda-a-Roda

Piração? – Atualmente os dois automóveis mais potentes em produção nos EUA são o Charger e o Challenger Hellcat, com briosos 707 hp — 717  cv — sobre plataforma já antiga, exigindo muita engenharia para torná-los dirigíveis.

Mais – Notícia mais recente, próxima geração terá plataforma do Alfa Giulia, recém-desenvolvida e com tração traseira, motor V-6, 3,0 e 512 cv. A FCA quer internacionalizá-la. Pela qualidade dinâmica novos Dodge terão potência elevada — uns dizem 750 hp — 760 cv —, outros 777. E tração total.

Negócio – Ferrari anunciou a acionistas bons números de atividade paralela, parques temáticos. Tem operação em Maranello e Abu-Dhabi; constrói em Barcelona; fez sociedade para implantar na China. Será negócio de franchise.

Caminho – Na trilha para atender às imposições legais de redução de consumo e emissões, fabricantes usam metais mais leves, ligas, e a Ford lidera caminho ao aplicar alumínio militar em seu produto mais vendido, o picape F150.

Mais – Jeep prepara nova geração do Wrangler com mesma fórmula, e GM adotará processo no seu topo de linha, o Cadillac CT6, seu primeiro a mesclar materiais. Será produzido nos EUA e na China. Plataforma com quase 2/3 em alumínio reduz peso em 100 kg. Fornecedor é canadense Novellis, líder mundial em laminação e reciclagem de alumínio.

Alemão – Audi R8 Spyder V10 teve pré-venda iniciada na Europa e aqui chegará até o final do ano. 5,2 litros, atmosférico, faz 540 cv e 55 m·kgf de torque. Acelera a 100 km/h em 3,6 s e atinge acima de 310 km/h.

Especial – Construção quase artesanal, plataforma mescla alumínio, e plástico reforçado com fibra de carbono; câmbio S tronic de duas embreagens, 7 marchas, tração nas 4 rodas. Tens R$ 1 milhão? É o preço projetado.

Motores – Expansão de mercado a veículos de grife, performance e preço induziu Porsche aplicar US$ 88M em nova fábrica de motores em Zuffenhausen, Alemanha. Apta a 200 unidades/dia faz V-8 4,0, twinturbo, 550 hp/557 cv. Também 4,0 diesel, 422 cv, para si e para o Audi SQ7.

Situação – Dentro da atual quadra econômica de contração de mercado, solução para chamar atenções do consumidor é fazer séries especiais — veículos com agregações de equipamentos e acessórios. Da Hyundai, Ocean nos HB20.

O que – Em 6.000 unidades, câmera de ré; grade frontal lembrando os Lexus; rodas diamantadas, bancos em couro. Trato vale para Hatch 1,0 e 1,6, e sedã 1,6. De quase R$ 50 mil a quase R$ 65 mil. Hyundai é marca coreana, mas produtos parecem japoneses da marca Takaro…

Prêmio – Desenho do picape Toro mereceu premiação internacional pelo Red Dot Design Award, um dos mais abrangentes e referenciais na especialidade. Recebeu-o pela equipe Peter Fassbender, diretor de design da FCA América Latina. Conformação estética, grupo óptico frontal, parecença com automóveis e porta traseira bipartida calçaram as diferenciações para a láurea.

Recorde – Paganani Logística, empresa goiana com 16 caminhões de potência acima de 350 cv, adotou filtros Fleetgard/Cummins. Surpreendeu-se obtendo 80 mil km de vida útil ante previsão do fabricante de máximos 60 mil km. Período esticado não é desídia confortável. Indicação de saturação por visor.

Atrás – O Pebble Beach Concours d’Élegance, visto como pico dos eventos de automóveis antigos, ampliou agenda: terá encontro, palestras e debates com pilotos famosos. No caso, os condutores dos míticos Ford GT 40.

Agenda – PB se ampliou nos últimos anos, incluindo pequeno salão de automóveis; test-drives com lançamentos; feira de automobilia. Mas a presença dos pilotos parece inspirada no feito há tempos pelo Amelia Island Concours d’Élegance, seu concorrente na Flórida.

Oportunidade – À venda espólio do colecionador Célio Ciari, médico em Jundiaí, SP, pioneiro no reunir Brasincas e Uirapurus. Dos raros brasileiros produzidos em circa sete dezenas, há versões conversível e SS. Ocasião única. Brasinca/Uirapuru, junto com os Willys Executivo, são formalmente os únicos Clássicos Brasileiros. O resto é papo. Thiago, (19) 99966-1696, zap.

5 - Foto Legenda 03 coluna 3016 - Brasincas Uirapurus  CARO KICKS 5 Foto Legenda 03 coluna 3016 Brasincas Uirapurus

Brasincas/Uirapurus à venda em unidades

Gente – Oswaldo Barros, 82, alfista, passou. OOOO Ícone e referência em Alfa Romeo, dedicado exclusivamente há décadas, conhecia a teoria da prática. OOOO Assistia, preparava, competia, auxiliava com conhecimento enciclopédico em motores 2000/2150/2300. OOOO Por tudo, grande perda. OOOO Lyle Wallers, 51, novo presidente Ford América do Sul. OOOO Financista, vem para botar ordem e drenar e prejuízo de US$ 3M/dia. OOOO Steven Armstrong, inglês que passou três anos na função, sem se integrar ao país, transferido. OOOO Em dezembro Coluna 4915 antecipou troca.

 

O mítico Jeep faz 75 anos

6 - Foto Legenda 04 coluna 3016 - Jeep Wrangler  CARO KICKS 6 Foto Legenda 04 coluna 3016 Jeep Wrangler

Jeep Wrangler decorado com seu antecessor, de 1941 (foto divulgação)

Dia 14 marcou o início da carreira de um dos mais míticos veículos do mundo, o Jeep. Em 1941, a Willys-Overland recebeu o primeiro pedido do governo dos EUA para produzi-lo, preparando-se para entrar na II Guerra Mundial.

Produto ímpar, projeto de Karl Probst, projetista contratado pela Bantam, pequena fábrica, então fechada, filial de marca inglesa, em apenas 18 horas. Olhou o que havia no mercado, pensou em modificações, reuniu componentes. Segundo passo, construiu-o do zero ao produto final em 44 dias! No capítulo, o governo dos EUA preocupou-se com a encomenda à Bantam, então fechada, única a cumprir o edital do Exército, abriu excepcionalidade à Willys e à Ford. Ao final, depurando o projeto, valeu o Willys MB, dividido com a Ford, o GPW. Dentre 637.000 Jeeps, Bantam BRC construiu imaginadas 2.000 unidades.

Outros marcos

Jeep criou o primeiro utilitário esportivo, a Rural; idem para o primeiro picape maleável com tração nas 4 rodas. Historicamente veículo definiu o surgimento das indústrias automobilísticas no Brasil e na Argentina; e pai e mãe de assemelhados mundo a fora. Do francês Hotchkiss ao indiano Mahindra e ao japonês Mitsubishi. Integra o acervo do MoMA, Museu de Arte Moderna de Nova York como exemplo de desenho limpo e funcional.

FCA, Fiat Chrysler Automobiles, atual dona da marca, homenageia a data produzindo unidade do seu produto Wrangler, tentando identidade ao mítico antecessor, apondo-lhe itens empregados no uso durante a II Guerra Mundial.

Pintado na cor Olive Drab, rodas em 16 polegadas com desenho lembrando as originais, pneus militares, releitura em retrovisores e estofamento, ganchos no para choque em forma de trilho, emblemas militares. Será utilizado mundialmente para o aniversário e, após, irá ao Museu do Jeep.

RN

A coluna “De carro por” aí é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.

HONDA CIVIC, NOVA GERAÇÃO

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Honda fez redesenho geral do Civic (foto acima) marcando sua décima edição. Esticou, alargou, baixou o teto do automóvel, aumentou distância entre eixos, e amarrou tudo com linha mais fluidas, juntando teto à extremidade do ampliado porta-malas. Cuidado especial no afinar colunas frontais. Segue tendência mundial de sedãs acupezados e se destaca entre os concorrentes.

Levou o redesenho para a parte comercial por versões bem caracterizadas, em vez do caminho comum de partir da básica, mudar letrinhas e crescer preços pela sobreposição de equipamentos, criou veículo adequado a cada um dos públicos visados. Em tal desenvolvimento há opção do motor 2,0, 155 cv, 19,5 m-kgf de torque até agora da versão topo de linha, e com a décima geração moverá as versões de menor preço. Topo da escala, com nome a sugerir station wagon, perua, a Touring, única a ser movida por novo motor 1,5, injeção direta, variador de abertura nas válvulas e turbo. Produz 173 cv e torque de 22,4 m·kgf entre 1.700 e 5.000 rpm. Transmissões variadas. Na Sport opção de mecânica com 6 velocidades. Padrão é automática por CVT com 7 marchas virtuais.

Não é adaptação, mas novo ciclo com novo produto. Na parte rolante, multibraços na suspensão traseira, freio de estacionamento eletrônico, direção elétrica com 2,2 voltas batente/batente, freios com discos aumentados – nos dianteiros anunciados 360 mm, buchas hidráulicas para suspensão. Melhoram a rolagem e a absorção de vibrações, sendo equipamento de carros de maior tamanho. Deve puxar a fila dentre os concorrentes. Carroceria por chapas desenvolvidas para entregar mais resistência com menor peso, cuidado na vedação termoacústica bem isolando ocupantes do meio ambiente. Portas, por exemplo, usam três borrachas para vedar.

Porta malas com 525 litros de capacidade, mantendo as dobradiças ditas pescoço de ganso, baratas de fazer, mas gatunas da área útil.

Há mantas termoacústicas para isolar calor e ruídos. Em comportamento segue o atual caminho das demandas, com mais precisão nas reações. A usuários, mais espaço para acomodação, conforto por revestimentos, isolamento e, como foco particular, cuidado na escolha dos materiais internos, agradáveis ao toque, e em encaixes bem ajustados. Diz, o conceito aplicado é Máximo para o Homem, Mínimo para a Máquina. Na prática elevou o produto.

Versões

Inédita, Sport disfarça simplificação por decoração, marcada visualmente pela barra central da grade frontal pintada em preto piano para combinar com rodas leves em pintura escurecida. Bancos em tecido e opção de gosto esportivo, câmbio manual de seis marchas.

EX e EXL são as mais caretas, a público idem, usuário das correspondentes às versões da nova geração. São bem completas, incluindo estofamento em couro, rodas em liga leve, espelhos retrovisores externos rebatíveis eletricamente; velocímetro digital, áudio em tela de 12,5 cm.

EXL acresce ar-condicionado automático de duas zonas; multimídia em tela de 17,5 cm, comandada por toque; navegador e interface para smartphone. Painel de instrumentos com tela de TFT de alta definição, inédito na categoria.

Touring é o topo — e com enorme distância em preço para a versão Sport, R$ 37 mil, 42%. Vem com o novo motor de produção americana, 1,5 turbo, não flex. Vem com equipamento do Accord, dito LaneWatch, câmeras sob o espelho retrovisor direito, mostrando as faixas laterais, para facilitar mudança de faixa. Confortos eletrônicos usuais — sensores de estacionamento, de chuva, teto solar, botão de partida no carro ou na chave. Muitos etccc.

 

Quanto custam

Versão R$
Sport Manual 87.900
Sport CVT 94.900
EX CVT 98.400
EXL CVT 105.900
Touring 124.900

Preços saltaram ante 9ª geração, talvez por entusiasmo com as novidades, permitindo maior flexibilidade tão logo haja queda nas vendas tocadas iniciais.

 

Roda-a-Roda

Negócio – Novos tempos comerciais no Irã provocam correria de fabricantes a explorar seu mercado. PSA, francesa das marcas Peugeot, DS e Citroën, reativou acerto antigo. Agora meio a meio com a ex-sócia Saipa. E$ 300M em investimento para atualizar produtos e desenvolvimento. Fará Citroën em 2018.

Saída – A decisão pelo Brexit, saída da Inglaterra da União Europeia, colhe resultado impensado: diretor financeiro da GM avisou a analistas completa revisão das operações da marca no país, sem afastar possibilidade de deixá-lo.

Razão – Sair da UE significa pagar mais impostos, aumentar preço final dos veículos – perder competitividade. Neste ano crê-se, mercado doméstico inglês se reduzirá 10%.

Acordo – Juiz norte-americano aprovou proposta da Volkswagen em indenizar em US$ 15B danos causados pelos automóveis com motores diesel emitindo poluentes acima do limite legal. Valor não encerra a questão.

Mais – Falta definir verba para indenizar compradores e adquirir automóveis de donos desinteressados em tê-los. Cobre apenas sedãs com motor diesel 2.0, sem entrar no caso dos 3.0. E indenizar os revendedores.

Plus – Representante de empresas alemãs focadas em melhorar o rendimento de veículos de série, a nacional Strasse passou a distribuir Porsches/Gembala. Já vende Mercedes/Brabus e VW/Oettinger. Média de 1/veículo mês.

Jaguar – Jaguar apresenta seu sedã de entrada, o XE 2017. Mudanças visuais, novas cores azul, prata e preto, democratização do sistema de tração dependendo do piso; assistente do rolagem com sensor de fadiga. Versões L-4, 2,0 turbo, 240 cv e V-6, 3,0 com compressor 340 cv. Motores Ford, ex-dona — e saneadora — da marca.

Tapa – GM fez pequenos acertos em Onix e Prisma, tentando identificação visual com o novo Cruze. Mudanças estéticas na grade, incorporação de luzes em LEDs e lanternas traseiras. Internamente central multimídia MyLink2 com função espelhamento. Versão aventureira no Onix, a Activ.

Ajustes – Mecânica mantém os motores 1,0 e 1,4, antigos, muito antigos – derivados do Monza …, e há caixas manual e automática, com seis marchas. Direção agora elétrica e redução de peso na carroceria. GM se ultima para obedecer às regras do programa oficial Inovar-Auto.

Investimento – Atraída pela desvalorização e pouca liquidez, Kivi, fabricante italiana de mecanismos de adaptação para condução por pessoas com necessidades especiais, abriu primeira filial mundial. Em Belo Horizonte.

Italianidades – Tem acordo de exclusividade com Fiat/FCA. Trabalho da Kivi, além da consultoria a clientes, do fornecimento de componentes, adentra nas modificações nos veículos para, por exemplo, receber uma cadeira de rodas.

Esperança – Marco Saltini, diretor da MAN, otimista com o mercado. Disse em simpósio de AutoData haver mudança de humor e expectativas de melhores resultados de vendas no segundo semestre.

Tecnologia – Criação de fogão a energia solar traz dado surpreendente aos moradores das grandes cidades: 23 milhões de pessoas usam fogão a lenha no Brasil – e sua poluição é letal a sensível percentual de usuários.

Produto – Pelo professor Johnson Pontes, o fogão solar separa coletor e unidade de cocção, e o fluido de trabalho, água ou óleo, é aquecido pela luz solar e transferido por convecção — o fenômeno termossifão. Mais vantagem, permite cozinhar dentro de casa, diferentemente do fogão a lenha.

Reposição – Dayco, fabricante, coloca no mercado de reposição correia sincronizadora para Amarok. Junto, tensor com rolamento, e empresa explica do desencontro na durabilidade de um e outro, daí indicar a troca do conjunto. No embalo, kits de bomba d’água para GMs e Fiats.

Exportação – Gaúcha Marcopolo mandará a operadora na Bolívia, seis ônibus modelo Paradiso Double Decker — dois andares. Voltado a turistas, 31 poltronas-leito na parte superior, 12 na parte de baixo, luzes de leitura, amplificadores de áudio individuais, sanitários. País andino tem crescente demanda pelos DD.

Indo atrás – Ducati, italiana fabricante de motos, controlada pela Audi, faz périplo pelo país – Brasília, Goiânia, Belo Horizonte, Ribeirão Preto, Campinas, Curitiba, Santos e São Paulo. Apresentar e pré-vender seus modelos XDiavel e XDiavel S. Início na Capital Federal marcado pelo título de Motocicleta Oficial do Capital Moto Week, 3º. maior encontro mundial de motos.

Fala grosso – História de 90 anos sempre performática e identificada pelo motor com comando desmodrômico de válvulas, mecanismo que as eleva e abaixa, evitando flutuação. No caso, cilindrada aumentada no motor L-2, 1.262 cm³, 156 cv, a 9.500 rpm e torque de automóvel do segmento B — 13,5 m·kgf a 4.000 rpm, ligada a câmbio de seis marchas.

Conjunto – Alongada, compacta, materiais leves, muita eletrônica, controla motor, transmissão, freios, modo de conduzir. Pela “Mais Bela Moto” eleita no Salão Internacional de Milão 2015, pede: X Diavel, R$ 74.900; X Diavel S, R$ 85.900. Diavel é como se indica o Diabo na região de Bolonha, local da fábrica.

Foto Legenda 02coluna 3116 - Ducati Diavel  HONDA CIVIC, NOVA GERAÇÃO Foto Legenda 02coluna 3116 Ducati Diavel

Musculosa, imponente, distinta, a Ducati Diavel (foto divulgação Ducati)

 

História – Dois novos títulos pela Editora Alaúde (www.alaúde.com.br), dedicada a saúde e automóveis: Monza, por Rogério De Simone e Fábio Pagotto; e Fiat 147, dos mesmo De Simone e homônimo Ferraresi. Em ambos história de marca e produtos, evolução de versões e anos-modelo. No Fiat bibliografia curta e omissa. R$ 29,90 cada.

Foto Legenda 03 coluna 3116 - Livros  HONDA CIVIC, NOVA GERAÇÃO Foto Legenda 03 coluna 3116 Livros

Novos livros da Alaúde Editora (Divulgação Alaúde)

Ecologia – Maior fabricante de veículos no mundo, Toyota abriu lista das empresas do setor firmando acordo de cinco anos com a organização não governamental WWF, igualmente maior da especialidade. Objetivam acelerar a transição do planeta para sustentabilidade e conservação da biodiversidade.

Caminho – Ford desenvolve novo material bioplástico a partir das fibras de agave, família de plantas suculentas conhecida por permitir produção da Tequila, bebida nacional mexicana; gel do Aloe Vera; sisal. Pesquisa em conjunto com a Jose Cuervo, fabricante de tequila, às voltas com enorme sobra de resíduos, aplicada — à falta de melhor destino — em compostagem.

O que – Peças de plástico sem maior responsabilidade, como porta-objetos, caixas, e a pretensão de reduzir custos e reduzir uso de petróleo. Com DNA na agricultura Henry Ford pesquisou intensamente o uso de fibras vegetais para substituir peças metálicas e chegou a carroceria completa a partir da soja.

De novo – A II Guerra e sua senilidade encerraram pesquisas, retomadas há poucos anos. Hoje carros Ford aplicam partes construídas por aproveitamento de soja, palha de trigo, celulose, fibra de coco, cascas de arroz e mamona.

ford-cuervo-agave-plastic-2  HONDA CIVIC, NOVA GERAÇÃO ford cuervo agave plastic 2

Caixa de plástico, primeiro produto Cuervo by Ford

Gente – Fabiano Todeschini, 42, academicamente bem formado, dois MBAs, promoção. OOOO Presidente da Volvo Bus Latin America. OOOO Único emprego, era diretor de caminhões e ônibus da marca na Argentina. OOOO João Veloso Jr, jornalista, de volta. OOOO Assumiu gerencia de comunicação da BMW. OOOO Era diretor da área na Nissan. OOOO

 

Algo mais que automóveis

Fábrica de automóveis não fabrica apenas automóveis. No caminho da utilidade social, procedem a ações de caráter social, cultural, educacional. Fundação Volkswagen, por exemplo, faz isto há 36 anos.

Nova vertente em seu feixe de programas, sete projetos de Educação e três de desenvolvimento social, o Aprendendo com Arte, fez parceria com o Instituto Arte na Escola, especializado em artes, disseminando conhecimento a professores do ensino básico e, por recente acordo, com a Secretaria de Educação do município paulistano de Carapicuíba.

Programa visa formar 80 educadores para multiplicar conhecimentos em artes visuais, música, teatro, dança a 2.400 alunos de escolas públicas. Raciocínio dos especialistas, o ensino das artes para provocar o potencial criativo dos alunos. Na prática da vida criatividade e inventividade estão entre as capacidades mais valorizadas no mercado de trabalho do século 21.

O Aprendendo com Arte já formou mais de 800 educadores, crendo multiplicar conhecimentos a mais de 24 mil alunos. Durante a formação os educadores fazem levantamento sobre o patrimônio cultural local.

Operação adota duas versões: semipresencial e a distância. Primeira formou, no ano passado, 119 educadores nas cidades de Aracaju (SE) e Cariacica (ES), beneficiando 3.570 alunos.

No curso a distância, ministrado na Plataforma do Letramento (www.plataformadoletramento.org.br), em 2015 formou 186 educadores, beneficiando 5.580 alunos. Neste ano, 520 educadores, de todos os Estados brasileiros.

RN

A coluna “De carro por aí” é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.

RENAULT VOLTA A SER RENAULT E VAI DE SUV

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Título resume aviso de Carlos Ghosn, brasileiro presidente da aliança Renault-Nissan — à qual juntará a Mitsubishi. Veio ao país e fez périplo familiar-executivo-institucional. Na prática, reverência à matriarca; inspeção nas adequações na fábrica Renault em São José dos Pinhais, PR; e ida ao Rio de Janeiro para ser saudado como patrocinador dos Jogos Olímpicos.

Pulando a parte familiar onde o Kibe cru moído duas vezes, alfavaca em lugar da hortelã, temperado com Zatar e Canela, variação local da receita originária do norte do Líbano ocupa lugar de relevo; a obviedade das fugazes reverências pelo importante aporte ao evento mundial, mais importante, ao mercado nacional e compradores, Ghosn informou o foco da Renault: SUVs e SAV, com Duster; o coreano Koleos, e dois lançamentos, o Captur e o Kwid, sucessor do Clio (foto de abertura).

Quem é Quem

Com este novo planejamento de produto, esperamos conquistar uma parte significativa do crescente segmento de SUVs, com três modelos de nossa família de SUVs a serem fabricados aqui, no Brasil. Nossa confiança neste mercado está novamente confirmada, declarou em pequena entrevista.

Os SUVs, sempre mal chamados de jipinhos, são a demanda da vez, em grande ascensão nas vendas, e complementarmente ao anúncio, Ghosn desvendou o segredo do Captur: de produção nunca confirmada, vendas em seguida ao Kwid, previsto para início de 2017, mesmo prazo para o Koleos, topo de linha dos utilitários esportivos Renault.

Coreano, produto em nova versão, com novo traço de design Renault, e é feito na fábrica de onde saíam os carros Samsung, como o Fluence. De maior porte, 4,60m de comprimento, 2,70m entre eixos, deverá ter motor 2,5 litros e 175 cv.

O Captur é intermediário entre o Kwid e o Duster, entretanto de projeto, construção e conteúdo nitidamente mais refinados.

Quanto ao Kwid, já descrito pela Coluna, visa superar o Sandero como mais vendido, por sua conformação, pela colocação mercadológica como único SAV — utilitário esportivo sem opção de tração nas quatro rodas — no segmento, e pelo novo motor tri cilíndrico, visando ser o mais potente da cilindrada.

Em linguagem de balcão, é o fim do período de Dacialização, e a volta da marca Renault. Há anos a empresa, para se salvar da queda de vendas, optou produzir veículos de menor preço, no caso a linha Dacia. Começou com o Logan, derivou Sandero, Duster e Oroch.

No encontro Ghosn garantiu o fluxo de investimentos e disse inexistir novidades sobre gestão Nissan na Mitsubishi, de quem assumiu o controle ao adquirir 34% das ações. Aguarda auditoria interna e análise de órgãos governamentais sobre a aquisição e concentração.

 

Sprinter acelera na frente

Para manter a liderança no importante segmento de vans, a Mercedes-Benz fez implementação estética, de conteúdo, meio de financiamento e de assistência técnica para o Sprinter. Mudanças na parte frontal, mantendo a identificação visual com a linha de automóveis, as novas luzes frontais de posicionamento, ligam os faróis baixos. Em complementaridade à segurança, ligação faz ligar o farol de neblina do mesmo lado indicado pelo pisca.

Não é nova linha, mas mudança estética e de composição, assinalando metade do ciclo do modelo, com cronograma de mudanças quase em prazos de automóveis. Para ampliar mercado e usos, dando especial atenção aos novos utilizadores de pequenos negócios — pet shop, cabeleireiro, food trucks —, e à utilização em cidades por conta da limitação de circulação de veículos grandes, empresa fez uma miscela de habilidades e características, chegando a 40 versões. Pode mesclar potência — motor é básico —, rodado posterior simples ou duplo, variando em função das aplicações —, número de bancos, seu revestimento, teto alto, portas corrediças em ambos os lados.

Há uma preocupação de segurança e o conteúdo é bastante expressivo, agregando, além de freios de disco nas quatro rodas, itens de auxílio eletrônico, tração e estabilidade, e dentre tais cuidados realça o corretor de desvio de curso — o comportamento perceptível em zonas com vento ou em ultrapassagens ou cruzamento com veículos de maior massa.

Na transmissão, em nome da economia e seguindo normatização americana para picapes e comerciais, a partida apenas é acionada se o pedal da embreagem estiver pressionado. Câmbio é manual, com seis marchas e comando no painel. Novidade a se esperar é a automatização do câmbio, especial necessidade para uso em cidades.

Internamente, há cuidados de tendência automobilística em comandos, boa ergonomia. Espaços para colocar itens pessoais. Garrafa d´água.

Na composição do veículo, três distâncias entre eixos aplicáveis aos usos como van de transporte de passageiros, plataforma ou furgão.

Preços entre R$ 102 mil para chassis curto a R$ 190 mil para van para 20 passageiros, e mudança na assistência técnica: revisões a cada 20 mil quilômetros com mão de obra graciosa.

Foto Legenda 02 Coluna 3216 - Familia Sprinter  RENAULT VOLTA A SER RENAULT E VAI DE SUV Foto Legenda 02 Coluna 3216 Familia Sprinter

Linha Sprinter, revista e melhorada (foto Divulgação Mercedes-Benz)

 

Toyotas Hilux e SW4 agora flex

Para abrir o leque de participação de sua marca no mercado de picapes e utilitários esportivos Toyota desenvolveu versão flex sobre motor 2,7 litros, L-4, 16 válvulas, únicas flexíveis em combustível com caixa automática de 6 marchas. Mais, criou versão especial do SW4, curta em equipamentos, cinco lugares, câmbio manual, tração 4×2, para frotistas.

Motor tem é Dual VVT-I — aos não íntimos, mecanismo variador da abertura das válvulas de admissão e escapamento. Segundo a Toyota, o VVT-I, novos desenhos da câmara de combustão, redução de peso nos balancins e molas de válvulas permitiu economia de 7% ante versão anterior. Flexibilização do motor gera 159 cv gasálcool, 163 cv álcool, e torque comum de 25 m·kgf.

Quanto custa

Modelo Versão Preço sugerido R$
  SR A/T 4×2 Cabine Dupla 111.700
Hilux Flex 2017 SRV A/T 4×2 Cabine Dupla 120.800
SRV A/T 4×4 Cabine Dupla 131.200
SW4 Flex 2017 SR A/T de 5 lugares 159.600
SR A/T de 7 lugares 164.900

 

Roda-a-Roda

Horizontalização – Daimler, controladora da marca Mercedes-Benz, anunciou fazer outra fábrica na Hungria, destinando US$ 1B à empreita. Nova planta adotará sistema flexível, adotado na brasileira de Iracemápolis, permitindo fazer carros com tração dianteira ou traseira.

Elétrico – Produto transporta 26 t, autonomia de 200 km, e solução centenária: motores elétricos nas extremidades dos eixos de tração. Foco alternativo da empresa é a energia elétrica.

Caminho – Por sua marca Fuso, comemora 3ª geração do Canter E-cell, leve, autonomia menor, 100 km. Direcionamento para caminhões urbanos está no fato de 70% da população mundial estar nas cidades, demandando distribuição.

Acabou – Ford Austrália encerrou, após 54 anos, produção de seu picape Falcon. Empresa cessará atividade industrial no país. GM e Toyota também, e suprirão o mercado com importados.

Local – Chegaram à rede de revendedores os Land Rover Evoque montados em instalação da empresa em Itatiaia, RJ. Quatro versões de decoração e conteúdo, motorização L-4, 2,0 turbo, 240 cv e caixa automática ZF de nove marchas. Baixa nacionalização e preço idêntico ao dos modelos importados.

Negócio – Bancos PSA e Santander, aliados na Europa no processo de salvação da fabricante, estendem ação ao mercado brasileiro. Financiarão vendas fábrica a concessionárias Peugeot, Citroën e DS; a clientes; e seguros.

Preferências – Mania de estatística nos EUA chega a duas informações curiosas: mais furtados são Honda Accord e Civic, da década passada — porque alguém surrupia carros com tão baixo valor? Mais multados, os proprietários de Lexus ES 300.

Graça – Nova campanha publicitária da Citroën faz graça ao enfatizar economia, custo de manutenção de R$ 1/dia e apresentar pequena moto quando, na verdade, os atributos se referem ao novo C3 com motor 1,2 PureTech. Ver o filme?

Limbo – Viação Itapemirim e outras empresas sob o comando do espírito-santense Camilo Cola entraram com pedido de recuperação judicial em juízo de Vitória, ES. Ex-maior empresa mundial como frota, a Itapemirim perdeu o viço, vem encolhendo e enfrentando problemas.

Aditivo – Sem maior atrativo para sua gasolina, ao contrário das concorrentes, Ipiranga aplicou aditivo capaz de reduzir atritos entre peças móveis, em tese permitindo maior durabilidade ao motor. Chama-a DT Clean.

Opções – Das aditivadas nova química a nivela à Grid Petrobrás. V-Power Nitro+ da Shell/Raízen promove limpeza, impede formação de depósitos resultantes da combustão, não oferece tal proteção.

Mercado – Raízen, licenciada da marca Shell amplia presença no Triângulo Mineiro, aumentando a 20M litros capacidade de tancagem no terminal de Uberlândia. Também criou ponto para distribuir combustível aeronáutico no aeroporto local.

Óbvio – Supre omissão. Triângulo é dos maiores entroncamentos de transporte no país e concentra grandes distribuidoras de mercadorias.

Limpeza – Ford em campanha de peças e serviços com preços e atrativos promocionais buscando trazer clientes de seminovos à rede revendedora, e de frota com até 10 anos — há tempos cliente de oficinas particulares.

Mais – Venda de peças originais a preços reduzidos também se aplica às oficinas. Iniciativa parece ligada à mudança na presidência da empresa, em nome de estancar prejuízos.

Salão – Mais de 30 fabricantes e importadoras confirmaram presença no Salão do Automóvel. Atração confirmada, o GT-R 2017 da Nissan, à venda no país em outubro em preço calculado em R$1M. Tracker revisto, Cruze hatch, Renaults Kwid, Captur, Koleos e outros atrativos.

Pré – GT-R foi pré-apresentado nas festividades dos Jogos Olímpicos. Nova frente, nova grade, 582 cv pelo motor 3,8 litros V-6, 24 válvulas, biturbo. Ganho de 20 cv graças a regulagens e temporização da ignição a cada cilindro.

Foto Legenda 03 Coluna 3216 - Nissan GT R  RENAULT VOLTA A SER RENAULT E VAI DE SUV Foto Legenda 03 Coluna 3216 Nissan GT R

GT-R, outubro, R$ 1M (foto Divulgação Nissan)

Mais ? – Nova área, 90 mil m², pretende superar número de visitantes cristalizado em torno de 750 mil. Crê-se, oferecer conforto como espaço e ar-condicionado sirvam de atrativo maior.

Desperdício – Professor Eduardo Hadad, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo teve trabalho lembrado durante reunião do Comitê Técnico de Trânsito, Transporte e Mobilidade Urbana, no Ministério das Cidades.

Números – Estudo diz, Brasil perde R$ 15,2B/ano, quase 3% do PIB, com a morosidade do deslocamento casa/trabalho/casa por trabalhadores na capital paulista.

 

Fidelizar para ampliar clientela, o plano Toyota

Toyota e revendedores iniciaram projeto denominado Ciclo Toyota, um programa de fidelização, pelo qual o cliente interessado em Etios ou Corollas, adquire um destes modelos, com entrada de até 30% do valor, financiando o restante por período entre 12 e 36 meses, deixando uma parcela com valor máximo de 50%.

No contrato revendedores se comprometem a adquirir o veículo usado por até 85% do preço da tabela Fipe para carros usados, e este valor quita a parcela final, com o troco servindo de entrada para o financiamento de modelo 0-km, fechando o Ciclo Toyota. Pode, também, manter a posse do veículo financiando a prestação em vencimento, ou trocar por versão ou modelo mais caro.

Projeto não é original, mas a variante se diferencia de tentativas realizadas por marcas de veículos de maior preço, e fabricante e distribuidores têm mais chances de implantar o mecanismo comercial. Há, ainda, diferencial positivo, o preço do Etios. Revisto em características, implementado em confortos, como a melhor vedação acústica, de apelo ampliado pela nova versão Platinum, marcada por decoração, possibilidade de revestimento em couro e plástico, rodas leves em aro 15”.

No Ciclo Toyota, para aplicação dos 85% da tabela Fipe, o veículo deve ser submetido a regras contratuais, como fazer todas as revisões na rede autorizada, e ter rodado, no máximo, 15 mil km/ano.

Interessado ? www.toyota.com.br

Foto Legenda 04 Coluna 3116 - Etios Platinum  RENAULT VOLTA A SER RENAULT E VAI DE SUV Foto Legenda 04 Coluna 3116 Etios Platinum

Etios Platinum cota Toyota (foto Divulgação Toyota)

RN

A coluna “De carro por aí” é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.

SÃO 109 cv NO UNO 1,3 GSE!

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FCA, por sua marca Fiat, corre nos últimos retoques na evolução do Uno, a versão GSE (foto acima). Sigla de Global Small Engine, nova geração mundial de motores de pequena cilindrada. Começa com duas versões: 3 cilindros, 1,0, e projetados 80 cv, e melhor curva de torque na categoria – a grosso modo torque move o carro nas cidades; e 4 cilindros, 1,3 e a surpreendente potência de 109 cavalos-vapor — novo GM Onix com motor 1,4 gera 106 cv, e  VW Gol 1,6 104 cv. Para comparar motores, veja quantos cv produz por 1.000 cm³ de cilindrada. Quantidade maior indica modernidade.

É pacote de renovação e, como ouvi, o Carlos Eugênio — Dutra —, diretor comercial, quebrou o cofrinho. Na prática explica investimentos para agregar a maior quantidade de itens diferenciativos. Além da mudança na frente, perdendo os três furinhos na parte central, terá grade comportada, com elementos lembrando a colmeia dos antigos radiadores. Para-lamas, para-choques e grupo óptico também mudam.

Dentro, alteração nas em cores, tecidos, e possivelmente o painel do Grand Siena, como o fez no Palio 2017.

Parte operacional lidera. Além dos novos motores, intensa agregação de equipamentos eletrônicos para melhorar conforto, como vidros elétricos para as quatro portas e central multimídia. E performance, onde lidera a direção elétrica para reduzir consumo; idem o Stop&Start  desligando o motor quando o carro para; ESP, equipamento de autoestabilização; ASR para corrigir perdas de tração; e Hill Holder — a trava eletrônica nos freios permitindo arrancar em subidas, sem o carro retroceder. Trará efeito positivo na caixa Dualogic.

Na prática a Fiat crê na expansão deste segmento e quer tornar seus produtos os de maior conteúdo e conforto, assim como em performance e economia. Em paralelo criar distância do Mobi forçando-o a assumir a liderança de vendas.

Motores à parte 

Nesta fase da indústria automobilística, quando advogados, burocratas e ecologistas se uniram para reduzir níveis de consumo e emissões, há revolução tecnológica nos motores. Intensa utilização de alumínio, redução de peso nas peças, de atrito entre elas, otimização do ciclo energético. Na verdade do balcão, menos emissões, menos consumo, sem letargia.

A nova família GSE muda parâmetros, mas conviverá por uns três anos com os então revolucionários motores Fire dos anos ’80. Pessoal da Fiat relata com orgulho técnico as conquistas feitas na primeira geração. O projeto, dizem, tem engenharia humana, entenda-se engenhosidade, praticamente começou do zero, sem ser evolução dos motores em produção. Muitas mudanças. Alumínio no bloco, cabeçote e cárter; volta da corrente de acionamento da árvore de comando de válvulas, abandonando a correia dentada; virabrequim defasado; câmaras de combustão tidas como as melhores do mundo. Neste primeiro degrau a combinação cilindrada x potência x torque x rendimento do automóvel x economia x emissões, tem os melhores resultados.

Parte de três cilindros 1,0, e adição de cilindro com idênticas medidas – e bielas, pistões, anéis, bronzinas comuns — cria o 1,3 contendo custos. Nesta direção despreza o uso de 4 válvulas por cilindro, o cabeçote DOHC, e o MultiAir, revolucionária patente Fiat, atendo-se ao centenário arranjo de apenas duas. Porém, com certeza, na próxima evolução, 8 válvulas e 1,4 turbo.

 

All New L200 Triton Sport, novo picape Mitsubishi

Precedida por informações desencontradas — seria importada; apresentação no Salão do Automóvel, — HPE, representante da Mitsubishi no Brasil fez pré-divulgação do novo modelo. Vendas, entretanto, apenas em outubro.

Construído em Catalão, GO, totalmente novo, mudança em chassis, medidas — está mais curto e com menor distância entre eixos —, novo motor 2,4-litros, totalmente em alumínio, mantendo características como comando variável para válvulas. Três versões: HPE Top; HPE; GLS. Sob o ponto de vista de Reinaldo Muratori, diretor de engenharia e planejamento, é evolução da família anterior, mantida em produção, com muito aptidão off-road.

Novo motor produz 190 cv e importantes 43,8 m-kgf em torque, variador de abertura de válvulas e turbocompressor.

Esteticamente é novo produto, com readministração do espaço interno para habitabilidade e maior inclinação do encosto do banco traseiro, apesar da redução das dimensões. Dentro equipamentos de segurança — 9 almofadas de ar —, os assistentes de freio e estabilidade; sistema de partida em subidas; e interessante adjutório para controlar derrapagens quando tracionando reboque.

Versão GLS usa caixa manual de 6 marchas, e o controle para engatar a tração das 4 rodas é feminina rodinha no console ligada a infinidade de fios, terminais, sensores, conexões. Saudades da lógica do Dr. Gurgel — João Augusto Conrado do Amaral Gurgel —, da fábrica com seu nome: peça que o carro não tem, não quebra. Nesta via os japoneses andam na contramão.

Em infodiversão, tela com 17,5 cm para controle de computador, som, GPS.

Quanto custam os picapes Mitsubishi

Triton Sport HPE Top 174.990
Triton Sport HPE 164.990
Triton Sport GLS – manual 131.990
Triton Antiga
Triton Savana MT 138.990
Triton Savana AT 146.990
Triton Outdoor AT 136.990
Triton GLX MT 111.990
Triton GL MT 105.990
Triton 2.4 Flex Outdoor 91.990

Dúvidas: Demandada, a assessoria de relacionamento com a imprensa não informou: quantas marchas tem a caixa automática; porque a versão antiga Savana com câmbio manual custa mais ante nova versão GLS, igualmente manual?

Foto Legenda 02 Coluna 3316- All New Triton  SÃO 109 cv NO UNO 1,3 GSE! Foto Legenda 02 Coluna 3316 All New Triton

All New Triton. Menor por fora, maior por dentro (foto de divulgação)

 

Roda-a-Roda

Situação – Notícias sobre a possibilidade de venda do colosso Magneti Marelli à coreana Samsung fez ações da FCA saltarem quase 10%. Partes não comentam, mas a de olhos puxados quer usar áreas de iluminotécnica e infordivertimento para aumentar presença mundial. A de olhos vivos, quitar os volumosos empréstimos com vencimento em 2019.

Disputa – Grupo VW superou grupo Toyota no primeiro semestre: vendeu 5,120M automóveis e comerciais leves contra 5M. Disputa vinha acirrada, mas o Dieselgate, as emissões superiores ao limite legal, diminuíram as vendas. Neste ano, entretanto, parece haver consciência do público de o problema não afetar características dos produtos e confiança na marca. Toyota teve problemas com fornecimento de autopeças, causados por terremoto.

Retomada – Acreditando nos sinais de retomada econômica da área do Mercosul, José Luiz Gandini, nº 1 da operação KIA no Brasil, anunciou re iniciar produção do caminhão Bongo por sua filial Kia Motors de Uruguay.

Mais – Medida antecipa em um mês planos iniciais, e coincide com inauguração de amplas e imponentes instalações para gestão e assistência da marca no vizinho país. Lá responde por 3% das vendas.

Aliás – Kia teve em julho o melhor mês de vendas com chegada do novo Sportage. Alegria de pobre dura pouco: cota de importação sem pagar 30 pontos percentuais sobre IPI é 400 carros/mês — inferior à demanda.

Pedido – Empresa solicitou tal redução ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mas a pretensão não anda.

Ajustes – Ao Palio Fiat aplicou-se a melhorar conteúdo. Partiu aplicando o painel do Grand Siena, incrementou decoração, confortos para ser lembrado à hora da comparação com concorrentes, a partir da versão Attractive 1,0.

Resumo – Sem aumentar preços, é mais por menos. Attractive 1,0 – 42.410; 1,4 – 45.990; Essence 1,6 – 50.890; Sporting 1,6 – 53.410.

Não vem – Diretoria da FCA viu e gostou da projeção no desenho do picape Toro, para transformá-la em utilitário esportivo. Apenas gostou. Para afastar palpitologia sobre tal lançamento, declara não o fará.

Obviedade – Não concorreria com próximo lançamento, SUV Compass, de dimensões e confortos superiores ao Renegade. Usa plataforma deste e Toro.

EnfimGostas do Chevrolet Classic e do Agile ? Corra. O mais antigo dos GM em nosso mercado parou de ser importado da Argentina. Seu desdobramento Agile seguirá mesmo caminho ínvio.

De volta – Mudanças na Ford e promoções aumentaram vendas em 18% em julho — 17.396 veículos. Na relação de concorrentes marcou 9,6% do mercado, e volta à quarta posição, mítica referência.

Razão – Empresa inverteu executivos, pinçou Antônio Baltar de caminhões para automóveis, mudou de presidente, e missão de Lyle Watters é resgatar lucratividade até o final do ano. Ford vem perdendo dinheiro na América Latina em números de causar inveja a PeTropilantras. 

Promoção – Chery Brasil em campanha limpa-pátio: é a Trust Share, ação na matriz para comemorar 5 milhões de unidades. Dá desconto de R$ 6 mil para modelos Celer Hatch e Sedan. Vale até o fim do mês. Mais? cherybrasil.com.br.

Situação – Apesar do crescente número de venda de carros novos, mercado dos EUA aumentou média de consumo. Coisa pouca, 1% entre junho e julho. Muita, entretanto, quando se vê o gasto médio: 11,3 km/litro. Apesar dos banheirões, dos motores grandes, dos enormes picapes e suves, em economia superam nossa frota de quatro cilindros.

Portátil – Autoprotection Titanium, para limpar e cristalizar a pintura de veículos ganhou versão com 300 ml, para ser carregado no porta-luvas. Titânio na composição, permite cristalizá-la. Custa R$ 99; tubo para três aplicações.

Atestado – Quem comprar exemplar de Quatro Rodas neste mês receberá encarte adicional: teste de longa duração, 60.000 km, realizado com o Citroën C4 Lounge 1,6 turbo. Bom resultado. No período, desgaste dos retentores de válvulas e rompimento de um coxim do motor. Muitos elogios.

Mudança – Tracbel, distribuidora Volvo em parte do Nordeste, assumiu Amazonas, Pará, Roraima e Amapá. Venderá portfólio Volvo para trabalho: caminhões, chassis para ônibus, equipamentos para construção, motores marítimos e industriais Volvo Penta

.… II – Representante anterior, Apavel centrará no Ceará, Maranhão e Piauí.

Apoio – Para melhorar assistência técnica, Cummins Brasil em acordo com DCCO, distribuidora para o Centro Oeste, implantou Centro de Treinamento em Goiânia. Quer levar conhecimento a mecânicos do interior.

Cobaias – Centro de Engenharia de Conforto da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, para a Boeing recruta voluntários para testes de conforto em voos. Avaliação estática, em réplica de cabine com 30 bancos, em câmara de pressão — um mockup.

Como – Avaliação início de setembro. Interessado? E-mail para conforto@usp.br. Resultados servirão a companhias operando Boeings. Não é o caso da Latam, hoje detentora dos menores espaços inter fileiras.

Charme – Mais charmoso do encontros de veículos antigos, o Pebble Beach Concours d’Élegance terá nova edição dia 21. Dentre atrações paralelas, BMW exporá veículos mais caracterizadores de seu século de atividades.

Paralelo – Dentre BMW Isetta 300, dois exemplares de 328 pré-guerra, participantes de Mille Miglia e 24 Heures du Mans, o 3/15 DA2, primeiro dos automóveis BMW, e os Art Cars pintados por Alexander Calder e Jeff Koons.

Elvis – BMW aposta no 507 ex Elvis Presley como maior atração ao seu pedaço de gramado. Esportivo de contadas unidades foi comprado pelo Rei do Rock quando servia ao Exército na Alemanha após ter vencido prova no circuito francês de Linas-Monthléry, conduzido por Hans Stuck.

De novo – Elvis comprou, trocou o tom branco Pena por vermelho Alfa; vendeu-o; e o 507 cumpriu período de corridas e sumiu. Agora, restaurado pela BMW será atração maior de sua exposição junto aos antigos.-

Foto Legenda 03 Coluna 3316- Elvis  SÃO 109 cv NO UNO 1,3 GSE! Foto Legenda 03 Coluna 3316 Elvis

Elvis e o 507 fazendo sucesso na Alemanha

GenteGislaine Matano,41, academicamente lastreada, mudança. OOOO Nova gerente de marketing e comunicação da Triumph Motocicletas. OOOO Carlos Tavares, engenheiro com MBA em marketing, novo diretor de peças DAF, Paccar e TRP, do grupo Paccar. OOOO Antes era diretor comercial e de engenharia da Lifan. OOOO

 

SelecTrucks, Mercedes inova nos usados

Foto Legenda 04 Coluna 3316- SelecTrucks  SÃO 109 cv NO UNO 1,3 GSE! Foto Legenda 04 Coluna 3316 SelecTrucks

SelecTrucks. Mercedes fomenta negócios com usados e seminovos (foto divulgação Mercedes)

Mercado estável, movimento anual de 300 mil unidades, instigaram Mercedes-Benz a implantar no Brasil a SelecTrucks. Negócio é de receber usados de qualquer marca ou ano na compra dos novos Mercedes, e revende-los com cuidados adicionais, garantia de procedência, revisão, garantia de até um ano, pagamento em 12 meses. Um diferencial no mercado brasileiro, resume Roberto Leocini, vice-presidente da Mercedes.Sistema existe na Alemanha e na África do Sul, e acelera no Brasil. Começou em Mauá, SP, maior mercado de caminhões usados, à média de um negócio/dia, dobrando em junho. Resultados levaram a instalar outra unidade do SelecTrucks em Betim, MG, e expandirá: próxima em Curitiba, PR. Negócio se amplia: gera venda do 0-km; a venda do usado; e o momento econômico do país outro desdobramento: empresas formando frota de usados adquiridos no SelecTrucks. Não é transação comum, com o proprietário de caminhão usado, levando-o ao Concessionário Mercedes-Benz para ser avaliado, combinando como paga a diferença para o novo. Transação inicia da mesma forma: o interessado vai ao Concessionário, e a mudança é que este não compra nem recebe o caminhão como entrada, mas contata o SelecTrucks, e este manda avaliar o caminhão por empresa especializada. Feito o negócio, o SelecTrucks paga ao Concessionário, e o interessado ajusta a diferença.Revisados, caminhões de todas as marcas são vendidas pelo SelecTrucks, e o novo modelo de negócio implementa renovação de frota; troca de usados por menos usados; e até renovação de frota por outra menos rodada.Os serviços disponíveis nos Concessionários — atendimento de garantia; peças novas e remanufaturadas, contratos de manutenção, assistência de 24 horas, financiamentos pelo Banco Mercedes-Benz — são disponíveis aos clientes do SelecTrucks. Saber mais? (www.selectrucks.com.br)

RN

A coluna “De carro por aí” é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.

ARGUMENTO MILAGROSO

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Questão de Sobrevivência, engraçado relato do Ronaldo Berg, AE último domingo, sobre sua saia justa como inspetor da Volkswagen para resolver caso do motor do carro de um delegado de polícia em cidade do interior, levou-me a resgatar texto escrito há tempos. Muda a óptica, mas ajuda a compor cenário do início de nosso relacionamento com o bicho automóvel. RN

 


 

Desde o tempo de apenas montagem e de importação de veículos para o Brasil, o relacionamento entre os pioneiros agentes, depois concessionários, distribuidores, revendedores, com as montadoras, importadoras, fabricantes concedentes das franquias de representação, não era negócio quase nivelado entre as partes, como hoje.

Sem regras específicas a equilibrar a avença comercial, sem a Lei 6.729, norma regulamentadora do negócio, apenas criada em 1979; as características de sempre serem os interessados em maior número ante o de ungidos; e de haver exclusividade de praça definida pela fabricante — isto acabou no governo Collor por sugestão do autor deste texto —, era relação leonina. Para ser concessionário, revendedor, distribuidor, aparentemente havia adicional exigência física não mensurável, porém claramente existente: o pequeno comerciante deveria ter estômago de avestruz para conviver com as imposições das fabricantes e montadoras: cotas de carros — nem sempre absorvidos pelo mercado; ou, ao contrário, pelos modelos demandados e não fornecidos; ou pior, pelo envio de carros inadequados ao mercado; pela dificuldade e demora em receber os valores aplicados em garantia de serviços ou peças.

A distância entre o concessionário e o concedente começava pelos tipos de meio de comunicações da época: correios inconfiáveis, demorados, telegramas e telefone via telefonista, sem DDD. O elo de relacionamento se complementava pelo inspetor da fábrica, funcionário de distantes visitas, com a função de ser a grande identificação física da marca, pois gerentes comerciais exercitavam sua influencia a partir da fábrica e não se davam ao desfrute de visitar concessionários em pequenas cidades. Diretores, então, só de longe ou fugazmente num dia de lançamento de produto novo — por si só bem raros naqueles anos iniciais.

Um caso ocorrido na década de ’60, nas proximidades de Brasília, ilustra o tipo de relacionamento.

Pequeno revendedor de marca alemã se esforçava por fazer o negócio sobreviver em sua limitada praça, periférica à nova Capital de todos os brasileiros. Nada lhe adiantava a vizinhança poderosa. Naquele tempo havia reserva geográfica de mercado, e concessionário de uma cidade não podia vender carro a comprador residente em outra. Vendesse, pagava multa às revendas do domicílio do comprador, e este não era bem atendido para garantia em revenda alheia à compra.

O revendedor da marca mercadejava ali e acolá, visitando diretamente comerciantes, profissionais liberais, religiosos, funcionários públicos, fazendeiros, sitiantes e todos capazes de significar vendas ou perspectivas de. Ficasse quieto em seu negócio, passivo à espera de clientes, com certeza teria problemas. Os revendedores no interior foram parte importante da disseminação da cultura automobilística, e aplicavam-se a fazer negócios em catecismo muito distante das vendas nas cidades grandes: crédito informal à base do conhecimento antigo, do olho no olho; entrega do veículo 0-km para receber depois, após a colheita; idem para aguardar novilhos se tornarem bois para abate; pedaços de terra ou casas envolvidos em inventários; objetos usados; por aí, pouca liquidez, enorme flexibilidade.

Causo

Parece história, mas é real, como conto. Ouvi e depois aferi com o operador da revenda, meu conhecido de décadas. Diz-se, num final de tarde, pós-expediente dedicado a fazer negócios e relacionamentos, retorna à revenda. A moça do escritório, nervosa, transmite-lhe o recado: o sr. fulano, novo inspetor da marca, esteve ali à sua procura. Da entrada deu olhada rápida na revenda, e deixou recado curto e grosso, bem definidor da superioridade alguns se arrogavam:

“Diga ao seu fulano — o comerciante — para estar aqui às 8h em ponto. E que venho para inspecionar tudo”. E apontando uma cadeira de madeira escura na sala do dono, exemplificou: “Vou passar meu lenço branco em tudo, e se encontrar um pozinho que seja, vou recomendar o cancelamento da revenda. Temos muitos interessados para este negócio.“

Recado dado, a secretária foi-se, aliviada. O patrão nada comentou, porém mandou avisar a todos os empregados, em casa, para estar na revenda às 6h da manhã, barbeados, de boa aparência, uniforme limpo, trazendo material de limpeza. Ao raiar do sol todos se aplicaram a limpeza nunca vista neste tipo de negócio. Às 7h40 não havia caixote de peças usadas solto na pequena oficina, nem automóvel desalinhado nas vagas da oficina, ou ferramenta mal disposta nas bancadas, sequer distante teia de aranha nas estruturas de madeira no telhado. Tudo luzia. O pequeno comerciante agradeceu a colaboração, o empenho, os funcionários foram tomar café com pães e biscoitos de queijo, invenção goiana, e assumiram suas funções. O dono entrou em sua pequena sala para a última conferida antes do ameaçador e terrorista teste do lenço branco.

Na hora correta, estava em pé, na porta, aguardando o inspetor da fábrica. Que chegou dirigindo um carro de frota, situação rara e distintiva naquela época, quando a motorização se iniciava democratizar: alguém ter um bom emprego e, ainda, receber um carro novo para uso, sem nada pagar pelo privilégio…

Bem recebido, demonstrou a pouca simpatia dos falsos líderes, entrou sem amenidades, cobrando coisas, sendo conduzido pelas dependências: o pequeno salão de exposições, escritório, área de oficina, espaço para estoque. Não teve a delicadeza de perguntar quanto ao aparentemente eterno problema entre revendedor e fábrica: o recebimento dos gastos e partes aplicadas por estes para honrar garantias daquele. O inspetor poderia falar de tudo, exceto quanto à limpeza e a dinâmica operacional.

E foi assim, inspeção feita, cheio de autoridade, guiado pelas mesuras do pequeno revendedor, à sua pequena sala. Surpreendeu-se porque sobre a mesa, nada de agenda, bloco de anotações, risque-e-rabisque, porta retrato familiar, copo com canetas e lápis. Apenas único objeto marcando o espaço: uma espingarda. Limpa, polida, brilhante em madeira e metais, sutil como pode ser uma espingarda. Era uma Winchester de repetição, exemplo secular de design e operacionalidade confiável, dita Papo Amarelo, pelo receptor em latão sempre polido, por onde se carregavam as balas calibre .44. Arma conhecida, dela fez-se mais de milhão, e no imaginário trazido pelos filmes de faroeste era argumento final para resolver assuntos com bandidos, índios e búfalos.

E, em frente à mesa, a cadeira apontada na véspera. Pés limpos — mas em seus encosto e assento, hábil e cuidadosamente espalhada, uma camada de verde escura e pegajosa graxa automobilística.

O inspetor travou, nada perguntou, entendeu a mensagem, encurtou a visita, despachou em pé, agradeceu a atenção e foi-se embora. E a revenda não foi cassada. E a cada retorno, chegava macio, sem empáfia, nunca tocou no assunto, nem criou casos por bobagens.

Winchester não é santa, porém faz milagres…

RN

ELEGANTE, ECONÔMICO, O CITROËN C3 PURETECH 1,2

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Automóvel de entrada na marca, hábil no fugir à tentação do emprego de motor 1,0, nova geração do Citroën C3, dita PureTech, desprezou o motor 1,45-litro, quatro cilindros, nacional, por importado 1,2 tricilíndrico. Conseguiu o melhor da sociedade de consumo, ser chique e econômico.

É elegante em formas e conteúdo, muito agradável de uso, da boa acomodação de motorista, passageiros — se medianos — e cargas, boa fórmula na faixa de preços entre R$ 46.500 e R$ 52.700 na versão Tendance, marcada pelo para-brisa extenso, insólito, harmônico à proposta.

Mercado

Motor relança o automóvel, faz esquecer o salto de preços entre a versão anterior e a atual, e o coloca na linha de frente da realidade tecnológica. Hoje, em nome das regras de emissões, consumo e parâmetros a cada dia mais rígidos, tendência de fabricantes de automóveis de menores dimensões e peso é aplicar motores de 3 cilindros. O da PSA, holding das marcas Peugeot, Citroën e DS, tem opção turbo no exterior, mostrando abrir o leque para aplicação em veículos maiores. Ao usuário forma conjunto muito interessante com resultados expressivos em consumo como hatch de boa aerodinâmica, com Cx, coeficiente de resistência à passagem do ar, em 0,31. Contribui a caixa de marchas, tração frontal, 5 marchas, com 4ª e 5ª multiplicadas. Mantém-se pioneiro da direção com assistência elétrica apresentada no modelo anterior. Como automóveis são produto de equação, no caso os resultados são positivos. Avaros cavalos: cruzando a 100 km/h com gasálcool, surpreende ao atingir em torno de 18 km/litro. A 120 km/h supera os 16 km/litro. Nos índices governamentais de consumo entre gasolina e álcool, está na comissão de frente. Novo engenho a gasálcool faz 82 cv a 5.750 rpm, e torque de 12,3 m·kgf a 2.750 rpm. A álcool, salta quase 10%, indo a 90 cv e torque de 13 m·kgf. Apesar de discordar, em alguns momentos segui mostrador no painel sugerindo mudar marchas ascendentes ou descendentes, produto da troca de informações entre velocidade, inclinação e torque do motor. Boa ajuda.

No uso é agradável na cidade, ágil para a cilindrada, bem disposto, sem exigir reduções para contornar rotatórias ou passar quebra-molas. Nas estradas de pista simples, nas longas subidas, mostra outra face: se você quiser andar rápido, bote um olho no conta-giros e outro na estrada, e estique as marchas.

Em comportamento, direção precisa, estável, freios apenas razoáveis pela economia no empregar discos sólidos frontais e a tambor na traseira.

Números: aceleração de 0 a 100 km/h em torno de 14s; velocidade final bordeja 180 km/h; autonomia surpreendente: capaz de fazer Rio-São Paulo-Rio com único tanque de gasálcool.

Não medi consumo com álcool. Evito utilizá-lo apesar de os números fornecidos indicarem quase 10% em adicionais e importantes cavalos-vapor. Área agricultável nobre, empregada para produzir álcool, melhor faria em alimentos, com volume forçando preços menores de comida a quem não tem carro.

Novidade: duas novas fábricas de automóveis

Produto curioso, em declínio, prevê eventuais novas marcas apenas com mudança básica de tecnologia mesclando eletrônica e comunicações, como nos previsíveis carros autônomos. Caminho se afunila, marcas se mesclam com outras em nome da sobrevivência — Fiat + Chrysler; Dongfeng + PSA; Nissan-Renault + Mitsubishi. Entretanto no continente sul-americano há notícias do surgimento de novas indústrias, na Argentina e no Brasil.

Vejamos

No Brasil pode ser a definição operacional da chinesa Zotye Motors. Como aqui relatado, adquiriu a TAC, fabricante do jipe Stark — sem levar o negócio à frente. Também prometeu implantar outra operação em Goianésia, GO, na produção de veículos elétricos.

Carlos Eduardo Barbosa, diretor para relacionamento com o governo federal, contou à Coluna nova formatação dos planos, concordes com entendimentos com o governo cearense e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Disse, empresa reanimará a TAC, produzindo o jipe Stark para venda ao mercado brasileiro, América Latina e África. Da marca a operação poderá ter dois endereços: em Sobral, reativando reduzida área industrial, e nos arredores do Porto de Pecém, em operação para captar incentivos e vantagens de ZPE – Zona de Processamento de Exportações. Desta, todas as unidades serão enviadas a mercados externos, inicialmente, o africano. Do Stark, esclarece o diretor, haverá lançamento da linha 2017 incluindo versão com motor a gasolina, flex, e dinamização de operações a partir do segundo semestre.

Marca estima aplicação de R$ 130M na operação no Ceará, com característica básica de fazer montagem com partes chinesas e exportar os veículos para América Latina e África.

Atividade principal, esclarece, será em solo goiano, montando modelos Z100 Logic e do elétrico E200, com partes importadas e algumas nacionais.

zotye-fabrica-2  ELEGANTE, ECONÔMICO, O CITROËN C3 PURETECH 1,2 zotye fabrica 2

Logo da Zotye

 

Argentina

No vizinho país, retorno histórico. Um de seus primeiros fabricante/montadora, a Siam/Di Tella, empresa de eletrodomésticos, entre 1959 e 1967 lá produziu automóveis ingleses Riley. Desistiu, ampliou o conglomerado industrial com as marcas Noblex, Atma, Siam, Philco, Sanyo, indústria pesqueira, eletrônica e telecomunicações colocadas sob o nome de Newsan. Recentemente voltou à área da mobilidade com motocicletas elétricas, e surpreendeu o mercado mudando sua razão social para incluir indústria automotriz, como contou o jornal El Cronista. A proposta aprovada pelos acionistas é expandir a liderança, atendendo às demandas da sociedade, em leque amplo: bicicletas, triciclos, motos, automóveis, tratores, caminhões e ônibus.

Não indicou se produtos próprios, aquisição ou representação de produto ou marca já existente, ou entrar de cabeça no virgem mercado dos elétricos.

 

Roda-a-Roda

Avaliação – Bom sítio argentino Autoblog  publicou fotos de protótipos do novo SUV Alfa Romeo, hoje o Projeto 952 e logo a ser chamado Stelvio, em testes nas regiões geladas de seu país. Crê-se apresentação no Salão de Los Angeles, novembro 18-27.

Mais ou menos – Sobre plataforma do Giulia, motor 2,9, biturbo, 510 cv, exige mão de obra dedicada para aproveitar tal cudelaria, não recomenda fazer veículo alto ou bruto.

Mercado – Para concorrer em diferentes segmentos, de Porsche Macan a Audi A5, várias versões, desde motor L4, 2,0 e 300 cv ao potente V-6, tração simples e nas 4 rodas. Stelvio é instigadora e apertada rota alpina, ao norte da Itália.

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Projeção Stelvio por LP Design (foto autoitaliaevolution.it)

Enfim – Carlos Ghosn, chefe da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, informou a Mauricio Macri, presidente da Argentina, aumentar investimentos no país.

O que – Além da produção dos novos picapes Renault-Nissan-Mercedes; da família Logan/Duster, deslocada de Curitiba, PR; US$100M para novo produto: Dokker, utilitário simplório e, versão substituta do provecto Kangoo.

Enfim – Land Rover até final do ano trocará atuais motores Ford por seus novos, os Ingenium. Começa com diesel moderno, 4 cilindros, 2,0 litros, 240 cv e impactantes 50 m·kgf de torque. Família terá vertente com gasolina.

Foto Legenda 04 coluna 3416 - Land Rover  ELEGANTE, ECONÔMICO, O CITROËN C3 PURETECH 1,2 Foto Legenda 04 coluna 3416 Land Rover

Land Rover informa: sai motor Ford, entra Ingenium diesel e gasolina (foto divulgação Land Rover)

Exibição – Unidade de Choque do Estado de São Paulo desfila nos cariocas Jogos Olímpicos e apresentam ao país o israelense Guarder, da Plasan especializada em proteção blindada.

Jogo Duro – Projetado para operações especiais de policiamento; 4×4; blindagem Stanag 3; leva motorista, comandante e 22 soldados, é capaz de ir e voltar em qualquer terreno. Utiliza potentes câmeras captando imagens ópticas e térmicas para orientar o comandante.

Pacote – Protege usuários com sistema de extinguir incêndios, ameaças químicas, biológicas e radioativas, resistindo a bombas sujas e ataques com armas químicas, portando sistemas não letais para dispersar manifestações violentas. Empresa já desenvolveu e entregou mais de 30.000 unidades.

Foto Legenda 05 coluna 3416 - Guarder  ELEGANTE, ECONÔMICO, O CITROËN C3 PURETECH 1,2 Foto Legenda 05 coluna 3416 Guarder

Guarder, ponto de vista israelense sobre o Caveirão

Evolução – Latin NCAP, programa de avaliação de veículos novos para América Latina e Caribe comparou o Novo Palio e o Peugeot 208, incluindo teste de impacto lateral. Os reforços laterais do Fiat permitiram menos intrusão no compartimento de passageiros. O 208, diz o Latin NCAP, não as utiliza.

Renovação – Ministro do Desenvolvimento, Indústria, e Comércio Exterior, disse no Congresso da Fenabrave — agrupando revendedores, concessionários, distribuidores —, país terá plano de Renovação de Frota até o final do ano. Muitos agentes. Combinou com todos?

Curiosidade – Pouco conhecida em sua história no Brasil, DAF, fábrica de caminhões, foi indicada Marca do Ano pela Fenabrave. Resultado é consequência de pesquisa entre todos os revendedores sobre relacionamento com fabricantes.

Sem – Mesmo critério, Audi ganhou o prêmio na categoria Automóveis e BMW em motos.

Outro Foco – Constatando 25 mil orelhões praticamente ociosos — médias 2 chamadas/dia —, e 2,7M de usuários sem celular nos ônibus em São Paulo, Festival Red Bull Basement criou nova utilidade.

0800 – Por chamada graciosa centro de informações responde sobre linhas, horários e itinerários no perímetro do Orelhão. A iniciativa transforma a ociosidade em ferramenta útil ao cidadão. Mais? Saiba aqui.

Situação – Área de segurança e Forças Armadas trabalham com opção de resumir a parada do Dia da Independência, o 7 de setembro, em Brasília. Buscam poupar o Presidente — possivelmente já efetivado — de protestos de turbas com o discurso do golpe.

Questão – Difícil administrar o remédio da democracia quando não se consegue aferir a semente da discórdia: democratas mal-educados, ou os muitos órfãos das incontáveis tetas do governo petista?

Investimento – Mandão dos negócios da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, 85, em união estável com a paulista Fabiana Flosi, 39, produz café premium na estância hidromineral de Amparo, a 140 quilômetros de São Paulo. Investe em qualidade e processos para exportar o Celebrity Coffee.

Sobrevida – Investidores paranaenses deram um tempo, sobrestaram o projeto de passar trator sobre o particular Autódromo de Curitiba, em Pinhais, PR. Aparentemente a época não está boa para incorporação de imóveis em quantidade industrial, como seria o caso. No aguardo, corridas continuarão.

História – Volvo de automóveis comemora os 50 anos do início de produção dos modelos da série 140, o primeiro da marca a superar vendas em mais de milhão de unidades, e de estilo europeizado.

Tradição – Decupado, o numeral explica o automóvel. Primeiro algarismo indica série; seguinte número de cilindros do motor; último o de portas, como 142.

Volvo 142  ELEGANTE, ECONÔMICO, O CITROËN C3 PURETECH 1,2 Foto Legenda 06 Coluna 3416 Volvo 144

Volvo 142

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A coluna “De carro por aí” é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.

EM SETEMBRO O JEEP COMPASS

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Novo integrante da família Jeep, pouco superior em dimensões ao Renegade — terá uns 4,50 m de comprimento — o Compass (foto acima) tem apresentação definida: em breves dias pré- exibição a restrita relação de jornalistas especializados; logo após treinamento nos revendedores; em seguida lançamento. FCA, holding controladora de Chrysler, Fiat e Jeep quer vendas em outubro, antes do Salão do Automóvel, novembro.

Para sanar dúvidas curiosamente fomentadas por jornalistas especializados, Coluna repete o já aqui antecipado: designação do Projeto 551, classificado internamente como C-SUV, será Compass – e não Patriot ou outras opções, como se vem comentando. No mesmo caminho de contradições, não será importado do México, mas produzido em Goiana, PE, na linha de fabricação do também Jeep Renegade e do Fiat Toro.

Terá fabricação mundial e repõe idêntico modelo, segundo degrau na escala dos utilitários esportivos Jeep, em porte e preço logo acima do Renegade.

Apesar da similaridade com os colegas de linha, mecanicamente diferença principal estará nos motores. Sai o 1,8 E.torQ feito nas beiradas de Curitiba e, em seu lugar, um 2,0, unidade antiga, proveniente de acordo entre Mitsubishi, Hyundai e Chrysler, por esta batizado Tiger Shark. Bloco e cabeçote em alumínio, quatro cilindros, 2 litros, 16 válvulas. Sem cabeçote MultiAir, mas agregados variadores de abertura para as válvulas de admissão. Com tal solução, potência ficará garroteada em torno de 160 cv para o uso de gasálcool e pouco mais com álcool puro. Torque 19 a 20 m·kgf. Com câmbio manual de seis marchas comporá o primeiro degrau na escada de produtos Jeep.

Haverá, também, opção a diesel, 2,0 com esperado ganho em potência até agora não verificado, e câmbio automático de nove marchas, e tração nas 4 rodas. Será a versão de topo.

Mercado pobre como o é o nacional e adjacências americossulinas, por sua conformação estética busca reconquistar o patamar de sonho de consumo como foi o Cherokee.

 

Curiosidades em Pebble Beach

Visto como o mais refinado encontro de veículos antigos, o Pebble Beach Concours d’Élegance, no campo de golfe na praia do mesmo nome, península de Monterey, Califórnia, EUA, mesclou diferentes situações. Manteve o interesse; reduziu horário de acesso público para permitir o trabalho dos fotógrafos e cinegrafistas; concedeu espaço a 228 automóveis vindos de 16 países e de 30 estados americanos; liderou a dita Semana Santa, sete dias intensos de folguedos antigomobilísticos, leilões, eventos… e cumpriu a agenda social destinando US$ 1,75M a 80 entidades pias da vizinhança.

Expor em PB não é exercício de voluntariedade, mas objeto de convite, exigindo conhecimento e relacionamento, lobby bem sucedido, presença usual. Para ideia, nem o melhor acervo antigomobilístico do Cone inferior do Continente, do argentino Daniel Sieleck, três vezes premiado no evento, conseguiu ser o Best of the Show.

Surpresa

Richard Mattei, do Arizona, levou tal prêmio ao ser convidado, e expor seu raro Lancia Astura Pinin Farina Cabriolet de 1936, e receber o disputadíssimo título de melhor dentre os presentes. Surpreso, gaguejou pelo nunca visto, ter ganho outros dois prêmios: o da classe na disputa pelo BOTS e o Gwenn Graham para o conversível mais elegante. O insólito da situação está no fato de ser sua primeira vez em PB. Disputa apertada ante concorrentes como Delahaye 165 de 1938 Cabriolet por Figoni & Falaschi e Stutz DV32 Conversível Victoria Le Baron.

Pré-guerra, o Lancia é do tempo de construção individualizada, cuidada, quase artesanal. Chassis rolante adquirido à pioneira e italiana marca, enviada a Pinin Farina — antes de justapor os nomes — para obter conversível, duas capotas.

Na heráldica do Astura, Pininfarina — pós junção legal do nome — comprou-o para o museu da empresa, e o guitarrista Eric Clapton, ex-dono, o fez famoso com definição: deu-me os maiores prazeres fora do palco e da cama.

Foto Legenda 02 coluna 3516 - Lancia Astura.  EM SETEMBRO O JEEP COMPASS Foto Legenda 02 coluna 3516 Lancia Astura

Lancia Astura, Best of Pebble Beach (foto divulgação do evento)

Mais

Exige registro o 1º prêmio no BMW Centennial, nos festejos dos seus 100 anos. Lothar Scheuttler, de Maryland, aceitou convite, e levou exemplar de 328 de 1937, hoje clássico mundial — interessante, mas não interessantíssimo. Mas a maior curiosidade está na história entre dono e objeto.

Executivo aposentado, no grande vale da crise americana, para comprá-lo Lothar foi radical: hipotecou sua casa. Recebeu-o desmontado, em caixotes. E se aplicou vigorosa e pessoalmente a 80% dos trabalhos de restauração, incluindo todo o complexo e curváceo madeirame de estrutura da carroceria e à curvatura dos graciosos para-lamas, valendo-se de ferramentas limitadas na garagem da casa hipotecada. Tomou seis anos nesta messe, invertendo a tradição em PB, onde no usual proprietários abonados escrevem imponentes valores em cártulas de cheques, e pagar entre 4.000 e 5.000 horas/homem de trabalho para restauração americana apta a chamar atenção de frequentadores e fotógrafos nas grandes mostras antigomobilistas, primeiro passo ao Olimpo do Best of the Show na prainha.

1938-BMW-328-Roadster  EM SETEMBRO O JEEP COMPASS 1938 BMW 328 Roadster

BMW 328 1937: hipoteca para comprar, trabalho de casa (thedetroitbureau.com)

Leilões, alguns, bem focados em tipos de veículos e compradores, mostraram novos patamares para carros esportivos. No leilão da RM Jaguar D-Type, 1955, marcou pouco críveis US$ 21.780.000, e Shelby Cobra mudou de mãos por US$ 13.700.000, maior valor já pago por um automóvel feito nos EUA.

Merece explicação. É de 1962, quando o delgado inglês AC Ace acolheu o motor Ford V-8  de 289 pol³, virando mito. E era a unidade pertencente a Mr. Cobra – Carroll Shelby, o autor da façanha e da marca. Teve-o até o fim da vida (1923-2012).

Comprador terá invejável combinação: uma obra de arte em três dimensões capaz de mobilidade, e DNA de história.

Foto Legenda 04 coluna 3516 - Cobra  EM SETEMBRO O JEEP COMPASS Foto Legenda 04 coluna 3516 Cobra 1 1

Cobra ex-Shelby, muitos recordes, incluindo preço (foto divulgação do evento)

 

Tira, põe, ajusta. O negócio do sedã Citroën

C4 Lounge, o bom sedã Citroën feito na Argentina, passou por revisão para reanimar o mercado. Reconhecido por harmônica relação entre conteúdo e preço, suprimiu versão 2,0 flex e agregou itens de infodiversão, programas de computador, tela de 18 cm por toque e capacidade de espelhamento. Implementou qualidade do som e, aumentando conteúdo, as três versões receberam equipamentos eletrônicos pró-segurança, como o ESP — programa eletrônico de estabilidade —, e trava para arrancar em subidas. Externamente mudança sutil — cor no pisca no bloco dos faróis —, na mecânica e mercadológica, focando no atendimento das metas de consumo acordadas com o governo federal pelo programa Inovar-Auto, daí adotar como motor o bom projeto BMW/PSA, 1,6, turbo, com potência de 173 cv, álcool e 166 cv, gasálcool. Disposto em torque, 24,5 m·kgf desde os 1.400 giros, consegue resultados agradáveis: de 0 aos 100 km/h arranca em 9,2 s, e velocidade máxima de 215 km/h.

Para ter Etiqueta A, degrau mais elevado no programa de economia, empresa aplicou caixa de câmbio manual de 6 marchas, três multiplicadas – a 6ª. é 0,68:1 e o diferencial 4,05:1, permitindo aproveitar o torque para girar menos. Há epicurismo mecânico, como o óleo mais fluido na caixa de marchas — para reduzir atrito e gasto de energia para vencê-lo —, e sensor de tensão: quando a bateria está totalmente carregada, o alternador se desliga, reduzindo consumo em 1%!

Preços nascem em R$ 69.990 para versão com caixa manual 6M, decoração Origine. Tendance e Exclusive, acima, mais caras.

Garantia de 3 anos, mão de obra para manutenção comprometida: R$ 1/dia.

Foto Legenda 05 coluna 3516 -Citroën C4 Lounge  EM SETEMBRO O JEEP COMPASS Foto Legenda 05 coluna 3516 Citro  n C4 Lounge

Citroën C4 Lounge, mais conteúdo, mais economia, preço contido (foto divulgação Citroën)

 

Roda-a-Roda

Sucesso – Ford dobrará para quatro anos produzir o novo GT. Projetou fazer 500 unidades, mas encomendas foram a 7.000. Carroceria e rodas em compósito de fibra de carbono limitam produção semiartesanal, como ocorre com Alfa Romeo 4C.

Erro – Calcular vendas em 500 unidades, ter 7.000 encomendas, ser forçada a dobrar o projeto industrial, é erro. Rentável, porém monumental engano.

E? – Ford não informou se os intelectuais do marketing do produto foram promovidos para baixo, e se os formuladores do conteúdo do GT para cima.

Antigo – Carro será colecionável e a caminho do rótulo de Clássico por seu projeto, características e construção.

P’ra fora – Buscando manter longe o fantasma do encolhimento de vendas — e de produção —, Hyundai foca mercado latinoamericano: após Paraguai, envia o HB 20 ao Uruguai. 300 unidades em 2016 e 600 próximo ano.

Local – No vizinho Oriental opera pelo distribuidor Fidocar. Lá é a sexta em vendas – menos de 1/3 do vendido pela líder VW. Julho 127 unidades.

Atualidade – Se gostas da inevitabilidade do desenvolvimento tecnológico, última novidade está em Pittsburg, EUA. Uber e Volvo assinaram acordo para garantir corridas ponto a ponto — em Volvo XC 90 autônomo — com presença legal de motorista sentado em frente ao volante. Empresa quer 100 neste ano.

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Uber em Pittsburg irá em Volvo autônomo (foto Uber)

Problema – Volkswagen alemã reduziu horas de trabalho; dispensou colaboradores. Razão, início de problemas. Fornecedor de partes de câmbio e bancos atrasou/suspendeu entrega dos componentes. Empresa é a Prevent, da Bósnia, e já praticou isto no Brasil, forçando VW e Fiat e deter produção de veículos. VW foi para a Justiça aqui e lá.

Fase – Expõe fragilidade no sistema mundialmente adotado pelas fabricantes, o Just-in-Time, criado pela Toyota, eliminando estoques. Autopeças chegam diretamente às linhas de produção pelos fornecedores. Sistema exige criar variável para evitar hipotético fornecedor da trava da rebimbela da parafuseta deter fábricas inteiras.

Caso – Na negociação alemã entrou até o ministro da Economia. Deter entrega e a parar linhas de produção tem efeito dominó sobre demais fornecedores. Peça não entregue é imposto não recolhido e emprego não garantido.

Organização – Em 2015 Toyota resolveu concentrar despesas e operações em sua pioneira sede, na antiga Estrada do Piraporinha, São Bernardo do Campo, SP, onde fabricou o jipe Bandeirante.

De novo – Dia 22 inaugurou no espaço o Centro de Pesquisa Aplicada, para levar aos produtos resultados de estudos, desenvolvimento de partes e design aos veículos produzidos no Brasil. Restante do espaço produz partes para Brasil, Mercosul e EUA; tem fração da Mata Atlântica e terá centro de memória.

Evidência – Em 2013, média administração local torceu o nariz com indicação do americano Steve St Angelo executivo-chefe no Brasil, América Latina e Caribe.

Ações – Mostrou a que veio e o tamanho de Q.I.: uniu empresa em mesmo endereço; melhorou a qualidade; implementou complementariedade de partes Brasil/Argentina; encostou uns protestantes; colocou outros no corredor; importou novo vice-presidente; deu gás na comunicação social; corrigiu tropeços no Etios.

Resultados – Apesar da crise no Brasil, mercado líder, reflexos na Argentina, quase dobrou a participação da marca em sua ampla área, de 5,3% para 10%.

Mais – Está na frente regional do“5 Continents Drive” iniciativa com produtos e engenheiros Toyota rodando com frota regional. Das conclusões, adequações às exigências de rodagem nestes mercados. No caso da América Latina e do Sul, incluiu o híbrido Prius, em estudos para montagem no Brasil.

Expansão – General Motors amplia presença na África. Lidera o mercado de caminhões e anunciou negócios no Quênia. Fórmula transversal, reatou ligações com japonesa Isuzu, dona da operação industrial. Investirá para dobrar capacidade produtiva de 22 unidades/dia.

De ladoComo passar por desníveis, quebra molas irregulares, sem danificar a suspensão e o monobloco de seu veículo? Juliano Caretta, da amortecedores Monroe, recomenda não passar em diagonal, mas linha reta.

Piquet – Inconformado com o baixo rendimento de sua berlinette Alpine A 108, aqui produzida pela Willys, tricampeão Nelson Piquet resolveu incrementá-la: fabricou novo chassis, aplicará mecânica forte.

GenteMudança na PSA. Jean Mouro e Rachid Marzuk no Comitê de Direção do Grupo PSA. OOOO Mouro responderá por Monozukuri – Desenvolvimento, Estilo, Produção, Logística e Compras, tudo no processo industrial. OOOO Marzuk, daí em diante: operações comerciais para novos e usados. OOOO Igor Dumas promovido: Direção de Operações Comerciais Região Panamericana. OOOO Todos sob o luso Carlos Gomes, presidente Brasil e América Latina, membro do Comitê Executivo do Grupo. OOOO Mudanças indicam relevo para Caribe, Américas Latina e do Sul. OOOO

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A coluna “De carro por aí” é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.

NOVIDADES PRÉ-SALÃO

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Mercado em queda instiga formas de provocar os consumidores. Vão desde os programas de fidelidade na compra, fórmulas de financiamento, reformatação dos veículos baixando preço, novidades em produto.

Realização do Salão do Automóvel sempre balizou ocasião para antecipar apresentação de modelias, e neste exercício, combinando mudanças de local para a mostra, e sua data de realização — 10 a 20 de novembro, para coincidir com o GP da Fórmula 1 —, indústrias correm para antecipar novidades.

Quem é quem

Fiat exibirá novo Uno com novos motores 1,0 e 1,3, de três e quatro cilindros, base para os próximos anos. Mudou a frente do automóvel e incrementou o conteúdo para separá-lo do urbano Mobi. Em fase de pré-apresentação aos concessionários treinando argumentação para vendas, compara-o diretamente com o Chevrolet Onix, atualmente o mais vendido no país, mas prejudicado em eventual comparação entre motores. O do Fiat, atualizado, inicia um caminho; o do GM, motor da década de ’70, já passou da época de encerrar o ciclo — como se diz no mercado, novo já é Placa Preta, expressão do ramo indicando ter mais de 30 anos. Comparação estática e dinâmica também é feita com o Ford Ka, de motor novo, mas de preço elevado e de menor conteúdo.

Mitsubishi, com novo picape L 200 Triton ao final de setembro (foto de abertura). O dito All New Triton é produto novo, de chassis, motor e carroceria — quem entende ? O carro é de origem japonesa, finalizado em Goiás, e a denominação em inglês.

Volkswagen, em processo de construção de fórmulas para conquistar vendas e deixar o incômodo terceiro lugar em vendas, avia novidades em esforço para reduzir preços pelo aplicar motores TSI, de injeção direta, 1,0 e 1,4. Setembro. Picape Amarok com frente reestilizada, motor V-6 3,0 diesel, 220 cv e 55 m·kgf de torque — será a mais potente do mercado, e conteúdo implementado, incluindo o Park Assist, adjutório eletrônico para estacionar — mas somente ao Salão.

Neste mês, entre 19 e 21, Ford exibirá na Bahia retoques no Fusion trazido do México. Seguindo vertente adotada há alguns anos, elevará os preços. Versão de topo, Titanium, arranha os R$ 108 mil.

Fecha a dupla de efetivas novidades ao lado do Mitsubishi Triton, novidade da Jeep, o Compass — já descrito na Coluna de 28/8. Maior e mais luxuoso ante o Renegade, e a novidade na motorização. Além da versão superior, diesel 2,0, terá motor flex de 2 litros, o Tigershark, também importado, atracado a câmbio manual ou automático de seis machas. Aplicar o motor 2-litros importado da América do Norte sinaliza, tal opção deve chegar ao picape Toro também no Salão do Automóvel. Quem compra estes veículos tem a pretensão de se achar — e aí a exigência de melhores respostas ao acelerador — os 2 m·kgf adicionais em torque em muito auxiliam a complementação da imagem.

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Jeep Compass, produto novo (foto Jeep)

 

 Roda-a-Roda

Xing Ling – Porsche Cayenne — o utilitário esportivo grande da premium marca alemã — sairá de fábrica com pneus coreanos, da Nexen Tire. Anuncia estabilidade inigualável. Marca está em marketing agressivo para conquistar fabricantes. Desconhecida no Brasil, última pesquisa de satisfação pela J.D. Power mostrou-a em 4º lugar.

Mais – Matriz Volkswagen comprou 1/6 das ações da americana Navistar, dona da marca de caminhões International e e da fábrica MWM de motores diesel existente no Brasil. Companhia passava por agruras com problemas de emissões de família de motores. Com a participação, VW fornecerá os motores — não se sabe se MAN ou Scania, marcas por ela controladas.

Diferença – Ford iniciou vender o Mustang na Argentina. Automóvel bem formulado, mesclando conceitos mecânicos da Europa e EUA, está em consistente projeto de internacionalização. Custa US$ 95 mil.

Aqui – Operação local baixou a velocidade de planos e providências, e o projeto Mustang está no fim da fila. Possivelmente daqui a dois anos, quando da primeira reestilização.

Situação – Hoje Ford local se dedica a equilibrar preços, lucros e participação no mercado.  Tsumani de pessoas e jeitos. Trocou presidente, inverteu diretores, deu descontos para aumentar vendas.

Mais – Mercedes agregou o GLA, mais festivo da família, como novo produto em sua operação de montagem na fábrica de Iracemápolis, SP. Inova industrialmente ao permitir veículos com tração traseira, como o Classe C, e dianteira, caso do GLA, montados na mesma linha de produção. Ambos lideram nas vendas Premium da marca.

foto-legenda-03-coluna-3716-gla  NOVIDADES PRÉ-SALÃO Foto Legenda 03 coluna 3716 GLA

GLA, made in Iracemápolis (foto Mercedes)

Festa – Mercedes-Benz comemora 65 anos de produção na Argentina. Das instalações nas beiradas de Buenos Aires já saíram mais de meio milhão de veículos. De lá Brasil importa Sprinter e Vito.

Duas Rodas – Harley-Davidson plena em atrações nas famílias Sportster, Softail e CVO. Agregam atualizações em suspensão, cruise control, confortos como alarme, travamento, monitoramento da pressão dos pneus, luzes em LEDs. Mudanças determinadas pelos consumidores, ressalta Flávio Vilaça, gerente de marketing, produto e RP da empresa.

foto-legenda-04-coluna-3716-fatboy-familia-softai  NOVIDADES PRÉ-SALÃO Foto Legenda 04 coluna 3716 FATBOY fam  lia Softai 1

H-D

Dúvida – Juiz Renato Borelli da Justiça Federal em Brasília concedeu liminar sustando aplicação de multas a veículos transitando em estradas sem faróis acesos. Entendeu não haver a sinalização adequada, obrigatória por lei.

Mais – Ministério das Cidades — onde, curiosamente, estão pendurados Contran e Denatran—, avisa, recorrerá. Entende, a liminar não considera o bem coletivo e a segurança do trânsito.

E? – Será? Contribuinte desconfia das medidas ligadas ao trânsito, muitas com inafastável odor de dúvidas. Será para aumentar a segurança do trânsito ou apenas fomentar o faturamento oficial ? País com passado em cintos de segurança sem obrigatoriedade de uso; de estojos de primeiros socorros de uso cancelado; de troca de extintores igualmente sustada após prazo final para compra; de nunca implantada inspeção de segurança em veículos, não navega no mar da credibilidade. Ao contrário. Segurança é conceito incontroverso, mas honestidade do estado com o cidadão, também.

Elétrico – Aderindo a projeto da Universidade Federal de Santa Catarina, para viabilização de ônibus elétrico, fabricante de ônibus Marcopolo diz ter capacidade industrial para produzi-lo. Coletivo tem 37 lugares, ar-condicionado, wi-fi, pontos USB e autonomia de 200 km com 4 cargas de 6 minutos.

Soma – Financiamento pelo Ministério da Tecnologia e junção de conhecimentos por empresas interessadas em viabilizá-lo: Eletra, Marcopolo, chassis Mercedes-Benz e WEG.

foto-legenda-05-coluna-3716-eletrico-da-ufsc  NOVIDADES PRÉ-SALÃO Foto Legenda 05 coluna 3716 El  trico da UFSC 1 1

Elétrico da UFSC: união faz a melhor força

Nobreza – Contrariando conceito de ver motores como coisas de ferro bruto, FPT está agregando materiais nobres em seus produtos. Aplica DLC – carbono quase tão duro quanto diamante, ligas de titânio e de silício-molibdênio. Busca reduzir peso nas massas internas, ganhar melhor operação e durabilidade.

Brinde – Quem comprar seguros para automóveis BMW e MINI, e motos BMW, leva presentinho. Nos automóveis, miniatura 1:18 do veículo segurado. Nas motos, R$ 400 para aquisição de roupas da marca. Seguro inclui vidros e faróis de xenônio ou LED, lanternas e retrovisores. É pouco.

Utilidade – Para lembrar: em caso de Perda Total de veículo, a seguradora é obrigada a devolver o saldo entre o valor pago e os dozeavos calculados entre a data do evento de perda e o fim do período segurado.

Cautela – Editora Escala com novo produto na praça: A História Carros. Nada das confiáveis edições sobre modelos nacionais e suas características, mas inexata história do automóvel em fatos e cronologia. Diz, primeiro carro de Henry Ford como sendo a vapor – era a gasolina; Karl Benz e Gottlieb Daimler decidiram juntar as companhias em 1926 – Daimler faleceu em 1900 -, por aí.

Negócio – Quem gosta de Fórmula 1 sabe, não é esporte, mas simplesmente negócio — grande. E o detentor dos poderes de fazer e desfazer, incluir e abduzir provas, é o inglês Bernie Ecclestone, 85, controlador da empresa CVC, dona dos direitos de organização e transmissão dos Grande Prêmios.

$? – Cifras e condições em desconhecida exatidão, mas crê-se, o americano John Malone, controlador da Liberty Media, teria oferecido US$ 8,5B — uns R$ 26B — pelas ações — ou parte — delas, e o concurso de Ecclestone — por prazo inexato — para administrar e redesenhar as regras de participação na categoria.

História – Governo de Maurício Macri, na Argentina, irá restaurar o Cadillac cabriolet, de 1955, presente da General Motors ao Tenente-General Juan Domingo Perón num dos seus exercícios de Presidente da República. Automóvel integra a frota histórica do Museu da Casa Rosada — o palácio presidencial. Usado em festividades oficiais, em 60 anos rodou apenas 15 mil quilômetros. Frota inclui outro, de 1973. Macri não conseguiu ir à posse neles, daí a decisão de tê-los operacionais.

Experiência – Embaixador argentino no Brasil poderia consultar os mecânicos do Palácio do Planalto, mantenedores de seu Rolls-Royce 1953 Formal Cabriolet sempre em ótimas condições.

foto-legenda-06-coluna-3716-caddy  NOVIDADES PRÉ-SALÃO Foto Legenda 06 coluna 3716 Caddy

Caddy do governo argentino, restauração

 

Data – 67ª edição do Pebble Beach Concours d’Élegance será realizada no terceiro domingo de agosto, dia 20, do ano que vem. Marcas homenageadas, Isotta Fraschini, Lincoln, em centenário, Dream Cars dos anos ’60. Antes, múltiplos exemplos de colecionismo, capazes de rotular o período como Semana Santa.

GenteParis Pavlou, australiano, 45, engenheiro mecânico e de manufatura, promoção. OOOO Novo presidente da GM para Argentina, Uruguai e Paraguai. OOOO Substitui Carlos Zarlenga, mandado à presidência da operação brasileira. OOOO Está na antiga corporação há 22 anos, os últimos na GM em São Paulo, na área de compras. OOOO

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ALFA GIULIA, MAIS PERTO DO BRASIL

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Mostrado em junho 2015 — festa emocionante —, relançar da marca; do museu em Arese; o brioso sedã Alfa Romeo Giulia (foto acima) não está à venda no Brasil. Mas virá. Não há fabricante de automóvel premium, a desprezar cliente produzindo concorrentes Mercedes, BMW e Audi. Operação séria, faz adequações ao Brasil, evitando problemas com buracos das ruas e estradas, e acidez do gásalcool.

A FCA, copa da árvore onde se abriga a Alfa, corre, submetendo unidade a time de especialistas em ajustes, sensível no acerto das partes entre as condições nacionais e os veículos — sua proposta ao Fiat Freemont foi aplicada no Dodge Journey feito nos EUA para mercado interno e de exportação. Conhece do produto, de porcas, parafusos, coxinização, amortecedores, batentes, buchas, barras estabilizadoras, reforços, fixações. Acima do processo, engenheiro de brilho mundial, um dos criadores das novas plataformas internacionais da marca, incluindo o Giulia; pai dos ajustes para vestir o Renegade como Jeep; e dar o impecável acerto de direção, suspensão e dirigibilidade do Toro, criando novo conceito. É o italiano Claudio Demaria.

Membro do grupo relata o método para agilizar a fórmula: parte ligada ao combustível foi resolvida no projeto. Localmente, com testes físicos, quer sugestões de factilidade, com o muito aprendido para ajustar e amarrar o pacote Brasil — e a países em desenvolvimento —, especificando tais partes para inclusão na linha de montagem italiana, trazendo os Giulia já conformados e prontos para venda ao início de 2018.

Aos navegantes: ínvias as elocubrações internéticas sobre versão barata de com motor 2,7 litros Freemont, ou o 2,0 Tigershark — do Jeep Compass a ser lançado nos próximos dias, descrito na Coluna de 26/8 p.p. Seria tiro nos pneus. Renascer do Alfa resgata via histórica: desempenho diferenciado, agora com motores V-6 2,9-l biturbo, 510 cv, ou L-4 2,0 turbo, 300 cv.

 

Volkswagen vai direto à fonte

Automóveis — e toda a malha da mobilidade, de bicicletas a Boeing 780 — são feitos por atividades internas e pela compra de peças a fornecedores externos. E fábricas não têm mais estoques, exceto coisas emergenciais. Partes são encomendadas a fornecedores pré-testados e aferidos, chegando à linha de montagem na hora e na sequência de instalação nos veículos em produção. Processo prático por liberar a cliente de fazer partes fora de sua especialidade, por não gerir estoque e transporte interno, mas extremamente angustiante pela rigidez do acompanhamento da qualidade, da ordem e da chegada.

O fabricante da autopeças não produz todos os componentes do produto — às vezes nem o faz, ganha o contrato e barganha comprar com terceiro fornecedor —, daí alguns dos misteriosos defeitos.

Volkswagen e Fiat tiveram sérios prejuízos há pouco tempo quando novas empresas externas adquiriram fornecedores nacionais e, razões ou não, à parte, delongaram ou suspenderam entrega de componentes. Fiat, latinamente, compôs-se em conversa. VW, sem latinismos, foi para a Justiça.

Os adquirentes dos fornecedores mundiais com sede na Bósnia, parte da antiga Iugoslávia, antes controlada pela União Soviética, talvez pelo entusiasmo do capitalismo de pouca idade, para negociar preços tem interrompido o fornecimento, feito muito reduzir produção ou paralisar fábricas.

Volkswagen foi para a briga mundial. Encerrou o relacionamento e está indo, diretamente ou por anúncios em jornais, aos subfornecedores dos fornecedores, avisando querer comprar partes diretamente. Quer-se livrar do unificado controle externo. Partes afetadas são componentes externos da transmissão e bancos.

 

Caterham olha para trás

Pouco conhecida, sem representante no Brasil, inglesa Caterham aplicou algum desenvolvimento à fórmula aviada por Sir Anthony Bruce Colin Chapman, o criador da Lotus e da base da receita, o Lotus Seven — 1957-1973. Segredo do pequeno roadster, a regra de Chapman — resistência é o último ponto antes da ruptura —, e daí a fórmula de seus produtos: baixo peso, elevado desempenho.

Revendedor, quando a Lotus iria descontinuá-lo, deflagrando onda mundial de copias domésticas, em 1973 a Caterham adquiriu direitos, manteve produção.

Em 2017 inicia comemorar 60 anos do icônico Seven, ainda fiel à origem nestes tempos onde mão de obra artesanal, costuras feitas à mão, conceitos antigos, ainda têm lugar ante a atividade pasteurizada, sem emoção, o fazer automóveis sob regras de globalização, produtividade, ecologia e aerodinâmica.

Evoluiu andando para trás. Tomou como base os modelos de origem, aplicou-se a rever e influir no produto atual. Começou pelo motor – era Ford Anglia 1.100-cm³, no Brasil fabricado fugazmente sob o nome de Ford Endura 1300. Substituiu por Suzuki tricilíndrico, 1.000, aspirado, 80 cv. Vale a Teoria de Chapman: pesa menos de 500 kg, O a 100 km/h em 6,5 s e chega a 200 km/h.

Na busca pela identidade visual com o modelo de origem, para-lamas frontais mais estreitos; pneus mais finos; rodas em chapa, calotas cromadas, simplificou a relojoaria do painel por design de época, idem para volante e estofamento.

Fará apenas 60 unidades, já vendidas na apresentação no Goodwood Racing Revival, Autódromo de Goodwood, West Essex, Inglaterra, semana passada.

Charme custa. Mais, muito mais. Em libras, 10 mil a mais ante preço do modelo básico, o 160, simplificado para se tornar edição especial. Na Inglaterra, 28 mil libras, aproximados R$ 123 mil. Não virá ao Brasil.

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Caterham, série nova volta ao passado (divulgação Caterham)

 

Lapo, herdeiro FCA, junta-se à Pagani

Marca italiana criada pelo argentino Horacio Pagani, um dos automóveis mais velozes, claros e exclusivos do mundo, recebeu aporte institucional importante: Lapo Elkan, irmão de John, o presidente da FCA — Fiat Chrysler Automobiles —, e um dos três herdeiros principais do negócio, personalizará os Pagani, começando pelo Huayra.

Criativo, controverso, personagem da moda, visto como brilhante em marketing e promoções — foi dele o projeto de lançamento do Fiat 500, na verdade o relançamento da marca Fiat —, um dos seus negócios é a Garage Italia Customs, nada de simplória oficina de consertar automóveis, mas empresa de personalização de Ferrari, Maserati, Alfa Romeo e Abarth, marcas sob o guarda-chuva FCA. A Pagani é a primeira extra-FCA.

O argentino Horacio recebeu Lapo e equipe de Lapo em Milão, onde está a Pagani, disponibilizando um monobloco em compósito de fibra de carbono, a estrutura do automóvel, pintada superficialmente, para fotos e avaliações de volumetria, e início de propostas.

Personalização?  O que faz o herdeiro de tanta fortuna num negócio aparentemente pequeno? Não é coisa restrita. Segundo explicou à agência noticiosa Ansa, o mundo da personalização é negócio de 93 bilhões de euros ao ano, e a empresa do mais novo dos Elkan se fixou na indústria do movimento — bicicletas, motos, automóveis, helicópteros, aviões. Ponto de união dos reconhecidos talentos de artesãos italianos e de fornecedores de gama elevado, como freios Brembo, pneus Pirelli, Sabelt e outros do mesmo nível para agregar excelência aos projetos.

É um passo para aquisição do negócio? Para entrada do trisneto do fundador da Fiat no ramo de veículos esportivos de sua predileção? Quem sabe?

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Lapo (E), Pagani, e o monobloco do Huayra (foto Ansa)

 

Roda-a-Roda

Ford – Imprensa insiste, Ford encerrou projeto de nova família de carros de entrada. Sendo, má notícia. Significa, o novo presidente da Companhia chegou para cortar custos, equilibrar números, fazer lucro. Bom como projeto de sobrevivência, ruim para a companhia, revendedores e mercado sem renovação de produtos nos próximos anos.

Virá – Fonte Toyota confirmou lançamento do Inova pela operação Argentina. Trata-se de van para sete lugares, construída sobre arquitetura mecânica de picape Hilux e SW4. Vizinha Toyota será nova base de produção e exportação de utilitários para a América Latina, antes cumprida pela Tailândia. Definição mudou o norte da TdA, e Brasil deixou de ser mercado definidor.

Novidade – Hyundai do Brasil — a coreana, de Piracicaba, SP, não a paraibana, em Anápolis, GO, anunciou novo produto, o Creta. Trata-se de utilitário esportivo com plataforma própria, de dimensões superiores ao HB20 aqui produzido, entretanto mecânica comum: motor 1,6 flex, câmbio automático.

Mais – Significado amplo, indica, em breve o sedã Elantra poderá aparecer na mesma linha de montagem, pois dividem plataforma. Creta no Salão do Automóvel, novembro. Mercado para SUVs dominará vendas.

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Creta, SUV Hyundai: surpresa (foto zigwheels.com)

Charme – Não tem a pretensão de disputar com Paris ou Frankfurt a alternatividade do maior salão de automóveis da Europa. Mas parece mirar sobre o da gélida Genebra, Suíça. É o SIAM Monaco, salão de automóveis, no charmoso balneário.

Razões – Proteção do Príncipe Albert, patrocínio da Michelin e empresas francesas. Quer misturar ecologia, inovações, tecnologia, e o charme da cidade e suas atrações — test-drives, por exemplo, a partir do porto Albert I, pelo Forum Grimaldi, Praça do Cassino, Espaço Fontevieille, praça do Palácio…

E – Atrações de indústria e, possivelmente, carros do Museu de Mônaco entre antigos e de corridas. Pretende superar 100 mil visitantes. 16 a 19 fevereiro. Antigomobilista indo à Rétromobile em Paris, 8 a 12, pode esticar o programa. Mais? www.salonautomonaco.com. Pode não ser o rei dos shows, mas será o Salão do Princípe….

Líder – BMW lidera vendas de motos acima de 500 cm³ de cilindrada, marcando 18,77% das preferências. No período entregou 4.620 motos entre R 1200GS, GS Adventure; F 800 GS e Adventure; S 1000RR+ e 1000XR.

Mais – Anunciou montar novo modelo, a F 700 GS, enquadrando-a como Big Trail Premium …, e a R$ 39.950. Diz oferecer mix de versatilidade no asfalto, conteúdo tecnológico, dirigibilidade em uso misto, e conquistar clientes com menor altura, pois o banco fica a 82 cm do solo, distância levemente inferior à da irmão de linha, a GS 800. Motor comum às duas, dois cilindros, 75 cv, torque de 7,85 m·kgfm câmbio de seis marchas, freios a disco com ABS nas duas rodas.

Outra – Mercado bom e rentável para motos maiores, outra fabricante de motos, a Triumph, após versões da Tiger Explorer XR e XCx, apresenta a XCa, pacote superior em refinamento mecânico, eletrônica, acessórios. Tricilíndrica,1.215 cm³, 139 cv e 12,3  m·kgf de torque. Preço refina: R$ 78.500,00

Ecologia – Grupo BMW — automóveis, motos, carros MINI e Rolls-Royce — foi novamente indicado como o grupo automobilístico mais sustentável do mundo pelo índice Dow Jones. Boa láurea na comemoração dos 100 anos. Segredo está em envolver-se no processo e não apenas no tratamento de resíduos, policiando, por exemplo, as práticas de seus 1.900 fornecedores.

Museu – Único dos 15 exemplares do mítico Mercedes-Benz C 111, mais conhecido sonho esportivo dos anos ’70/80, deixará a América do Sul. Estava cedido ao Museu Fangio, em Balcarce, Argentina, e voltará à Alemanha por razões desconhecidas.

Gente – José Luiz Vieira, engenheiro, jornalista, 84, atento. OOOO Fez parceria em sua revista Carga e Transporte com colegas Ivo Matos e Monise Radau. OOOO No setor há, acredite, 60 anos, JLV continuará editando seu blog sobre veículos e tecnologia, o TechTalk. OOOO Alex Pacheco, engenheiro, promoção. VP da Johnson Controls para Brasil e Cone Sul. OOOO Rodrigo Moreira, administrador será diretor-geral aftermarket Brasil. OOOO Dentre negócios da empresa estão baterias Heliar. OOOO Fernando Miragaya, carioca, jornalista, crescimento. OOOO Coordenará sucursal Rio de Janeiro do paulistano Diário Comércio e Indústria. OOOO DCI dedicará duas páginas diárias aos fatos econômicos cariocas. OOOO Antes se aplicava a temas automobilísticos em O Globo. OOOO

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ARRUMANDO A CASA: NOVOS UNO 1,0 E 1,3

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Não é novidade aos leitores da Coluna. Os novos Uno foram por ela descritos tanto nas modificações quanto na postura mercadológica, de portar novidades estéticas, de composição no conteúdo — chegando ao controle de tração —, marcados por novos motores, os GSE publicitariamente ditos Firefly.

Fiat tem problemas internos com leque de produtos sob o peso dos anos, supressão de alguns, e as vendas do Mobi, expectativo de ser o mais vendido da marca, sem sê-lo. O Uno, mais vendido e agora visualmente mais careta, inicia processo de renovação com alterações estéticas, incremento ao conteúdo, e novos motores.

Para entender, todas as marcas devem substituir motores em função das novas regras europeias e americanas de consumo e emissões. Sua mescla permeia ao Brasil e a globalização exibe padrão. Assim, os GSE são os Fire dos atuais dias, e sobre ele, com expansão de cilindrada, aposição de um turbo ou dois —, será unidade de força da maioria dos Fiat nacionais nas próximas duas décadas.

Uma olhada percebe liberdade conceitual. Desde as folgas mínimas internas nos motores concedendo utilizar óleo lubrificante 0W20, o uso de corrente sem manutenção acionando o comando de válvulas; sua capacidade de atrasá-lo em até 50 graus quando a velocidade está estabilizada; bombas de óleo e água funcionando sob demanda; alternador sem operar quando a bateria está carregada; sistema stop/start; bielas longas.

Vê-se, mudou o objetivo. Não se persegue altas potências mas elas melhor distribuídas por meio de torque elevado, dado verdadeiramente influente em 90% do uso do automóvel.

Motores com bloco e cabeçote em alumínio e duas válvulas por cilindro para aumentar torque em baixas rotações e reduzir custo de produção. Família é modular, as peças internas — bielas, pistões, pinos, anéis, válvulas et cœtera, são iguais, e o motor de quatro cilindros 1,3 é um três 1,0 com um terço a mais. Direção com assistência elétrica para economizar combustível. No conjunto, o motor 1,0 faz 10,4 ou 10,9 m·kgf de torque com gasálcool ou álcool, maior dentre os 1,0  de aspiração atmosférica disponíveis no Brasil. Não buscando potência, esta ficou entre 72 a 77 cv com os dois combustíveis, e o 1,3-L gerando 13,7 a 14,2 m·kgf de torque e potência de 101 a 109 cv.

Pesando pouco mais de uma tonelada, a fórmula promete bons resultados dinâmicos em capacidade de acelerar.

Preços entre R$ 42.970 e R$ 53.690 para o 1,3 com câmbio robotizado Dualogic. Considerando o Mobi inicial oferecido a R$ 29.900 vê-se, a Fiat criou espaço para separar os produtos por aplicação e conteúdo. O Mobi mantém o motor Fire em última geração de quatro cilindros, fim do ciclo.

 

Sem incentivos, mas com projetos

Nos últimos 50 anos de operação, a atividade de fazer veículos a cada crise juntava seus agentes e aplicava fórmula desequilibrada. Empregados e empregadores iam ao governo e pediam soluções para impedir demissões. Como a maioria dos governos não tem projetos, não utiliza a atividade alheia para alicerçar seu crescimento, resolvia de maneira prática: reduzia impostos. A opção satisfazia três partes e era confortável, pois jogava nas costas de um quarto participante, o contribuinte, sem consultá-lo sobre a redução da arrecadação em nome de favorecer um segmento – e desfavorecer os outros.

Nunca se saberá, efetivamente, a verdade da fórmula e dos números apresentados. Era mais elaborada quando de sua primeira edição, em 1965. Ao tempo, ao governo militar foi apresentada a primeira queda de vendas nos quase 10 anos de indústria nacional. Revendedores deram a sugestão, e governo complementou. Deu no Carro Econômico.

A fórmula se repetiu sem o componente de caráter popular, no governo Itamar Franco e os carros 1,0. Os Econômicos eram desequipados, pelados, desconto de 75% nos 25% do IVC, o imposto de então, e financiados em 90% pela Caixa Econômica Federal. Nos 1,0 IPI quase a zero %. Ambos reengataram vendas.

As soluções mais recentes são superficiais, apenas reduzindo o IPI de algumas faixas de cilindrada do motor.

Agora, com queda monumental, a fórmula estressada não dá mais resultado. Philipp Schiemer, 52, presidente da Mercedes-Benz, o fabricante mais tradicional do país e quem anota 60% de queda de vendas 60% e as maiores dificuldades para reduzir o pessoal ocioso, foi o primeiro a dar o recado nas Páginas Amarelas da revista Veja: “Subsídio é um modelo falido e com ele a indústria brasileira poderá sumir.”

Empresas pensam em décadas, governos apenas na próxima eleição, a cada dois anos. Empresas têm que vender e fazer lucros para pagar contas ao final do mês. Governo nem sempre paga as dívidas, emite precatórios, vende títulos, e rola as contas para os próximos. Indústrias são tocadas por executivos treinados por décadas. Ao interlocutor oficial não há exigências de preparo. Listados alguns recentes titulares do Ministério que mais troca de nome na Esplanada, serão lembrados como ativos apenas Luiz Fernando Furlan e Armando Monteiro. Os demais, sem conhecimento, vivência ou respeitabilidade, não se impuseram.

Antônio Megale, presidente da Anfavea, associação das fabricantes, entrou na mesma trilha com objetividade de engenheiro: para ele indústria quer projeto para saber para onde e como vai o país. Stefan Ketter, brasileiro, apesar do nome, presidente da FCA, gerindo queda da liderança para terceiro lugar em vendas, autor da mais moderna das fábricas nacionais, endossa a tese.

Agora resta ao governo mostrar o caminho. Talvez ocorra. Marcos Pereira, bispo, ministro do Desenvolvimento, de quem os ajustes políticos caparam o comércio exterior, não foi aos EUA vender esperanças e projetos. Terá tempo para fazer o dever de casa.

 

Surpresa, picape Mercedes no Salão de Paris

Mercedes-Benz em corrida para mostrar no Salão de Paris, final do mês, picape a ser produzido na Argentina, sobre base do Nissan Navara — foi antecipado mundialmente pela Coluna.

Morfologia conhecida, chassi por longarinas e travessas, cabine dupla, tração nas 4 rodas, câmbio automático de 9 marchas e, para o mercado brasileiro, um dos bons clientes, motor diesel de sua produção.

Fase de definição, nome oscila entre GL-T Class e X-Class. Pelo insólito, produto surpreendeu quando anunciado, mas o conceito depurou e a MB dos EUA agora quer produzi-lo, onde picape é o carro mais vendido. Vendas demoram — agosto de 2017. Motores a gasolina, diesel, e versão híbrida, caminho natural destes tempos. Quer ter uma noção? Enfeite e equipe um Amarok.

foto-legenda-02-coluna-3916-picape-mercedes-jpg  ARRUMANDO A CASA: NOVOS UNO 1,0 E 1,3 Foto Legenda 02 coluna 3916 Picape Mercedes jpg

Mercedes picape: GL-T ou X-Class? (foto Mercedes)

 

Roda-a-Roda

Tecnologia – Ganhos tecnológicos em projeto, desenvolvimento e construção levam fabricantes de automóveis a se aproximar da tecnologia de impressão 3D. Difícil imaginar automóveis feitos com painéis produzidos por impressora chique, mas é o caso.

PSA – Após Ford e Opel entrar no negócio, fabricante de Peugeots e Citroëns fez acordo com a californiana Divergent 3D, desenvolvedora de processo para impressão de peças complexas. Busca-se construir veículos mais leves por processos reduzindo custos, poluição, consumo.

Lei – Promessa nunca efetivada pelo governo de Christina Kirchner, aprovar projeto da Câmara dos Deputados legalizando as pequenas fábricas de automóveis na Argentina, deve se tornar a lei de Autos Artesanales Argentinos. Permitirá patentear, construir, vender a mercados interno e exportar.

ACIARA – Associação de Construtores Independente de Automóveis da República Argentina, é o nome da entidade, já acordou protocolo com o governo para circulação dos veículos após homologação.

Produto – Argentina tem talento no setor, obrigado a mágicas e firulas para sobreviver. Mais conhecido dos veículos, o Pur Sang, cópia de Bugatti type 35, incluindo mecânica e motor.

Gentileza – Associação participará ativamente da restauração do Cadillac ’55 conversível, ex-Perón, desejo do presidente Mauricio Macri em tê-lo no Museu da Casa Rosada. Macri é do ramo: construiu Peugeots.

foto-legenda-03-coluna-3916-pur-sang  ARRUMANDO A CASA: NOVOS UNO 1,0 E 1,3 Foto Legenda 03 coluna 3916 Pur Sang

Pur Sang, cópia de Bugatti, fabricado na Argentina

Creta – Nome do utilitário esportivo, próximo da Hyundai do Brasil suscitou dúvidas. Porque não outro, identificado com o Brasil, como o faz na pequena República Dominicana, onde é chamado Cantus ?

Fica – Diz Cássio Pagliarini, diretor de marketing: “ O nome Creta já é aplicado nos mercados próximos ao Brasil e teve grande sucesso na Índia e Rússia, com vendas muito expressivas já no seu primeiro ano de vida. A nomenclatura ix25 é válida apenas para a China. Aqui no Brasil, o nome Creta foi testado sem rejeições pelos potenciais clientes e vai colaborar na construção da marca global do produto, mesmo que existam diferenças específicas de país para país. Naturalmente, eu acho a nossa versão a melhor delas!”

Mercado – Maior segmento no mercado nacional é o de SAVs, os Sport Activity    Vehicles, detentores de aparência e valentia pela posição superior para dirigir e maior distância livre do solo. Usam motores de tamanho e potência contidos e tração apenas em duas rodas.

Padrão – No Creta Brasil, inicialmente, motor L-4, 1,6 litro e 123 cv, 15,4 m·kgf de torque, câmbios mecânico e automático de seis marchas. Preço deve ser abaixo dos pouco críveis pedidos por Honda HR-V e Nissan Kicks.

Renascer – Chegando ao fim do problema e iniciando a solução para motores diesel leves acusados de emitir poluentes acima da lei, VW Caminhões e Ônibus, um dos 12 braços do império VW AG, fez festa de abertura do IAA, maior salão de transporte no mundo.

Evidência – Estava reclusa, quieta em divulgação, e o melhor sinal da volta é retomar oportuna tradição por ela aberta em recepcionar convidados e jornalistas de todo o mundo em avant première. Nome ajuda a imagem, foi Start up Night, tipo voltamos com tudo. Comando pelo brasileiro Roberto Cortes, apresentação do sistema Volksnet, de monitoramento, desenvolvido no Brasil, e do caminhão Constellation 25.420.

Fechou – Quem quiser entrar no negócio de vender e assistir Porsches, deve esperar. Stuttgart Veículos, uma das duas redes do país, completou plano de expansão com loja em Florianópolis, a sétima em seis cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Campinas, Recife. Stuttgart detém 25% da Porsche Brasil, representante nacional.

Marca – Porsche Brasil resolveu auditar todos os recalls da marca. Quantidade pequena, 139 veículos. Chamou os proprietários por telefone e convenceu-os aos reparos gratuitos. Moral da história, 100% de atendimento — média nacional é a metade.

Outro – Ministro das Cidades — onde se alojam os assuntos do trânsito—, e diretor do Denatran, anunciaram formação do Comitê Empresarial de Segurança Viária. Querem ouvir sugestões para implementar medidas capazes de deter a ascensão de acidentes e perdas no trânsito.

Faróis – Aproveitando a Semana Nacional do Trânsito, Bosch destaca a importância do sistema de iluminação como item de segurança. Sugere sejam verificados periodicamente para garantir boa visibilidade aos condutores e não ofuscar visão de outros motoristas.

Moto – Moras no Paraná? Vais passar em Curitiba entre 7 e 9 de outubro? Gostas de motos? Vá ao Brasil Motorcycle Show. Será no Espaço Renault, dentro do Parque Barigui. Boa parte das presentes no mercado, e atrações como personalizadores. Aproveite e visite o museu do automóvel nas proximidades.

Paulistanidades – És antigomobilista? Votas na capital de São Paulo?  Duas chapas não tem passado recomendável quanto à atividade. Se o conceito pesa para ganhar seu voto, considere. Por cronologia.

Erundina – Quando o Ministério das Relações Exteriores colocou dois Itamaraty Executivos à venda, o Museu Nacional do Automóvel foi ao chefe de gabinete de Luiza Erundina, então Ministra da Administração, ponderar sobre a venda de automóveis raros, ligados à história do país, por quantia rala. Resposta foi de ser questão inexpressível – e que o Museu, privado, preocupado com patrimônio público, comprasse os automóveis.

Mais – Quando prefeita da capital paulista foi inflexível em questão com o Veteran Car Club, levando-o a fechamento.

Matarazzo – Andrea, antes candidato e agora vice na chapa Marta Suplicy, era Secretário de Cultura em São Paulo, e o mesmo Museu denunciou vandalismo e sumiço do acervo tombado do Museu Paulista de Antiguidades Mecânicas, o Museu Lee em Caçapava, SP, sob sua jurisdição.

… 2 – Em vez de fazer auditoria e apurar responsabilidades, como requerido, acertou-se com sua prima, a responsável pelo Museu, para doação à Prefeitura de Caçapava, apagando o passado, os danos, a lesão ao patrimônio cultural, pois os veículos estavam tombados por sua Secretaria.

Marta – Querendo o prédio para finalidade menor, Ministério dos Transportes conseguiu lacração do Museu Nacional do Automóvel, em Brasília. A então senadora foi nomeada Ministra da Cultura, e imediatamente a entidade solicitou audiência, buscando apoio para solver a questão diretamente com o Ministério dos Transportes. Nunca a Ministra teve interesse ou agenda, omitindo-se a salvar o Museu na Capital Federal. De falsas culturas e interesses sociais o país – e agora as prisões – estão cheios.

foto-legenda-04-coluna-3916-mpam-maverick  ARRUMANDO A CASA: NOVOS UNO 1,0 E 1,3 Foto Legenda 04 coluna 3916 MPAM Maverick

Foto do Maverick tombado, vandalizado dentro do MPAM

 

Há 60 anos Mercedes começava o diesel no Brasil

Última semana de setembro de 1956 a Mercedes-Benz fez profunda e pioneira marca na história da indústria automobilística brasileira. Superou o esquema consentido à época, a montagem de partes importadas — onde se incluía o motor — e apresentou o caminhã0 L-312, com motor feito no Brasil. O evento dividia a história e indicava, o fabricante com origem na criação do automóvel dava o aval para o futuro da atividade no Brasil.

A empresa havia quebrado o estigma do subdesenvolvimento da América Latina — onde não se fabricavam motores sob a alegação técnica americana de ser impossível garantir estabilidade dinâmica aos blocos vazados sob calor tropical. Em dezembro do ano anterior, através da Sofunge, depois adquirida, mesclando sonhos, utopias, as esperanças para o chegante governo JK, e o conhecimento de engenheiros alemães da Mercedes e brasileiros, havia fundido, usinado e dado como operacional o primeiro motor feito no Brasil.

Era um seis-cilindros em linha, diesel, em ferro fundido, produzindo pelas medidas de época 110 hp, com ignição por vela térmica e pré-câmara de combustão — o pico de tecnologia para melhorar a queima do combustível e expelir menos fumaça preta.

Pioneiro L-312, apelidado Torpedo, Pescocinho, com referência ao motor projetado fora da cabine,  transportava entre 5 e 6 toneladas de carga bruta, surgiu apoiado em campanha publicitária e pintada no para-choque dianteiro a frase O que é bom já nasce diesel, alusão ao caminho que iniciava abrir — então apenas 2% da frota utilizava variadas marcas importadas e os montados localmente, Ford, Chevrolet, International, Studebaker, operava a gasolina.

Do pioneiro L-312 Torpedo foram produzidos 6.054 unidades até 1958, quando substituído pelo 321, com cabine avançada. Até hoje a Mercedes-Benz produziu 1.450.000 caminhões no Brasil.

foto-legenda-05-coluna-3916-motor-om-312  ARRUMANDO A CASA: NOVOS UNO 1,0 E 1,3 Foto Legenda 05 coluna 3916 Motor OM 312

Motor OM-312 do caminhão “Torpedo” L-312 com o câmbio acoplado (foto Mercedes)

foto-legenda-06-coluna-3916-312  ARRUMANDO A CASA: NOVOS UNO 1,0 E 1,3 Foto Legenda 06 coluna 3916 312

O L-312, hoje objeto de coleção, embora ainda trabalhe (foto Mercedes)

 

RN

A coluna “De carro por aí” é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.

NOVIDADES TURBO: GOLF 1,0, TIGUAN E VARIANT 1,4

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Volkswagen abre leque de produtos visando ascender em vendas e no mercado, deixando, para ela, insólita 3ª posição. Três novas versões flex: Golf 1,0; Tiguan 1,4; Golf Variant 1,4 de sua boa fórmula TSI de motores pequenos, turbo, injeção direta de combustível, líder de vendas na família up!.

De maior relevo, curitibano Golf 1,0 (foto) mescla de tecnologia alemã com acertos nacionais + flex, obtendo 125 cv de potência e respeitáveis 20,4 m·kgf em torque. Não é bobo: atracado a câmbio manual de 6 marchas acelera da imobilidade aos 100 km/h em 9,7 s e passa dos 190 km/h em velocidade final. Em economia, padrões oficiais, na estrada supera os 14 km/l de gasálcool. Relativamente ao tíbio 1,6 anda mais, gasta e custa menos.

É passo claro e corajoso, abrir o leque de produtos incorporando tecnologia para reduzir tamanho dos motores, potência, consumo. E, caso do Golf, motor 1,0 agrega vantagem adicional: muda de faixa do IPI, caindo de 11% para 7%.

Reduzir preços é meta. No Golf Comfortline 1,0 TSI pelo menor custo do motor e reclassificação tributária recolhendo menos IPI, e seu efeito cascata de impostos calculados uns sobre os outros.

Conteúdo à altura, sete almofadas de ar, incrementos na conectividade, freios a disco nas 4 rodas e eletrônica conjugada, controle de tração, direção elétrica. Confortos e exigências atuais como infodiversão, tela com 17 cm, espelhamento do celular, comandos de som no volante. Câmera de ré, não.

Preço ? R$ 75 mil – menos R$ 3.100 relativamente ao 1,6.

 

Sem razão

Previa-se para o Tiguan 1,4 expressiva redução de preços por contração em conteúdo, acessórios, equipamentos, e tração também nas rodas traseiras, reduzindo-o a 4×2. Mantidos itens de segurança, 6 almofadas de ar; sistema de arrancada em subidas; controles de tração e estabilidade; e, versão simples, estofamento em tecido. Sem redução nos impostos: veículos com motor 1,4 ou 2,0 pagam idênticos 11% de IPI, e trazido da Alemanha paga 35% de imposto de importação.

Pacote inicial superou previsões ao custar R$ 126 mil e equipado com o mínimo para a categoria, R$ 131 mil. Topo 1,4 R$ 140 mil.

Variant Golf, com o mesmo conjunto mecânico do Tiguan, motor 1,4 litro, 150 cv; 25,5 m·kgf de torque; caixa automática de seis marchas, ocupará, quase solitária, o mercado de station wagon, camionetes, peruas, no país — ainda há a Fiat Weekend. A decisão do uso da caixa automática dita Tiptronic, em lugar da robotizada de dupla embreagem DSG com sete marchas, tem base técnico-mercadológica — evitar dores de cabeça, como ocorre com usuários de Fords com a problemática caixa PowerShift.

Variant manter-se-á importada do México e sucesso de vendas estará atrelado à trinca exclusividade; conteúdo; preço. No caso, versão básica a R$ 102 mil; intermediária R$ 107 mil; topo de linha R$ 117 mil e com teto solar, R$ 124 mil.

Tiguan era 2-litros, agpra é 1.4 Golf Variant passa a ter câmbio epicíclico

 

Mudando a escrita

Grosso modo pode-se considerar o novo Compass um risco no chão: marca espaço, muda a história, e oferecerá parâmetro mundial sobre a aceitabilidade da mais mítica das marcas americanas, a Jeep, ter sido substituída pela Fiat. Na prática das latas, porcas e parafusos, o novo Compass emprega plataforma de origem italiana, com grupos motopropulsores da Itália, diesel, 9 marchas, e dos EUA, ciclo Otto, seis marchas. Renegade usa a mesma base, mas não é substituição de produto, mas item adicional, entrada de mercado. Nos EUA missão de relevo o aguarda — repor os autênticos Jeep Compass e Patriot. Brasil é o mercado de entrada, com produção na moderna fábrica de Goiana, PE.

Não fará feio. Ao contrário, boa formulação estética é realçada pelo uso da grade com sete barras verticais, a assinatura Jeep. E suas habilidades, o conjunto mecânico com tração nas 4 rodas e motor diesel, com certeza atenderá às necessidades do usuário em passar por trechos de estradas ruins ou, como demandado nos mercados acima do equador, em usar a tração nas quatro rodas para obter dirigibilidade nas ruas e estradas com neve e gelo.

Entretanto, mercado interno como foco principal, potencialmente está fadado ao sucesso. Aparência, formulação, opções, motorização, porte, habitabilidade, e amplo leque de preços colocam-no em posição privilegiada. Entre R$ 100 mil e R$ 150 mil, dependendo do interesse ou exigências, haverá um Compass para atender ao comprador. Na prática significa competir desde a base do mercado, com Hyundai ix35, Kia Sportage, Suzuki Vitara, Volvo, Chevrolet Captiva, e quase toda a renca das demais marcas com veículos deste porte.

Duas motorizações, diesel, 2,0, 170 cv, caixa automática 9-marchas, tração nas 4 rodas e reduzida, pico da modelia. Demais, ciclo Otto flex, 2,0 dito Tigershark, 166 cv, tração dianteira, câmbio automático de 6 marchas.

Amplo leque, 50% de variação em valor. Abre com versão Sport, a R$ 99.990, fecha em R$ 150 mil para Traillhawk – que dizem este nome, e Tigershark para o consumidor brasileiro?

foto-legenda-03-coluna-4016-compass  NOVIDADES TURBO: GOLF 1,0, TIGUAN E VARIANT 1,4 Foto Legenda 03 Coluna 4016 Compass

Compass

 

Novidadosos olhos puxados

No comprimido período pré-Salão do Automóvel, fabricantes e importadores agem para ter novidades — e conquistar espaço na mídia. Além de Volkswagen em linha TSI; FCA e Compass; Toyota criou séries especiais para Corolla e Etios. Para um, manter liderança no segmento. Ao outro melhorar e contemporizar até próxima geração.

Outra japonesa, a Nissan, iniciou vender o GT-R, referência tecnológica e esportiva.

Olhos daqui

Corolla versão Dynamic está entre a topo de linha Altis e a XEi a R$ 98.500, marcada por luzes diurnas a LEDs, detalhes pintados em preto, revestimento interior em couro, tela 15 cm, multifunção, com câmera de ré. Motor aspirado, 2,0, 154 cv. Câmbio CVT. Quer ocupar espaço em dias de concorrentes novidadosos como Chevrolet Cruze e Honda Civic 10.

Bom de bolso?

Sem pretensões de volume, o esportivo GT-R aprimou desenho e conjunto mecânico — chassi menos flexível, suspensão e motor. Este, V-6 3,8 24 válvulas, biturbo, dito Premium, 572 cv a 6.800 rpm e preciosismos como camisas por jato de plasma — em vez de fundidas —, monitoramento de cada ignição, troca de calor por uso de titânio no sistema de escapamento, tecnologias de carros de corrida. Câmbio de seis marchas acionado no volante.

Preço? R$ 900 mil. Por encomenda. Revendas interessadas serão perceptíveis pela mudança no visual.

gtr  NOVIDADES TURBO: GOLF 1,0, TIGUAN E VARIANT 1,4 GTR

Nissan GT-R

Ready

Série especial contida em 250 unidades/mês, sobre versão hatchback XS, com motor L-4 1,5, 107 cv e caixa automática 4 marchas. Mudanças em para-choques, detalhes pintados, internamente o sistema multimídia. Outubro, R$ 59.600. Etios detém recordistas 65% de índice de fidelização e reduzido Custo de Propriedade — gastos em manutenção até 60 mil km – de R$ 2.400,00, um dos menores do mercado.

 

Roda-a-Roda

From Russia – MIAS, o Salão de Moscou, mudou óptica de presenças. Antes atrações eram carros estrangeiros querendo vender no mercado doméstico. Neste, Ladas chamaram atenções.

Muda – Empresa, ex-estatal e hoje controlada por Renault e Nissan, atingiu independência cortando 20 mil empregos e métodos estatais em administração e construção veicular. E novo foco: mercado externo.

Quem – Novo crossover, XCode — nem automóvel nem SAV, 20 cm de altura livre —, possivelmente montado na plataforma BZero, a do Logan e Duster, jogo duro, adequada às agruras russas.

Mais – Completará geração recente dos sedãs Vesta, com versão a SW Cross. E vende curiosa arrumação do Fluence, o Granda, aqui ideal para o Uber: sedã com quatro lugares, duas poltronas no espaço traseiro.

Mais – No Salão prêmio de “Off-roader of the Year”, ao Niva, em seu 40º ano. Talvez o produto melhor desenvolvido: resistente e antigo motor Fiat, dos anos ’60, 1,7 litro, injeção simples, modestos 90 cv. E melhor relação entre custos e resultados: 14º mais vendido no mercado russo; usado de maior liquidez; inacreditáveis 85% do valor no terceiro ano de uso.

Ocasião – Ajustado por GM e Renault teria sido o mais adequado produto ao Brasil de verdade, fora das estradas lisas cercando capitais e grandes cidades. Multiprometido, não veio.

Paris – Dos mais tradicionais salões de automóvel no mundo, Paris Motor Show — outubro 1-16 — ausências serão mais notadas. Lamborghini, Bentley, Ford, Volvo e Aston Martin não participarão. Economia.

E …? – VW tem gasto conta grande para fechar o caso das emissões de diesel burlando a lei, e aposta em caminho oposto: seu elétrico EV, autonomia de 600 km, muito superior ao atual queridinho Tesla e ao Chevrolet Volt. Quer ter 30 novos produtos elétricos até 2025.

Pode ser – Político hábil, vida limpa, pernambucano Marco Maciel exerceu a Presidência da República algumas vezes, substituindo o titular Fernando Henrique. Frasista, é dele a máxima de tudo pode acontecer, inclusive nada.

Será? – Caso dos murmúrios sobre negócio entre chinesa Chery e polêmica Caoa Montadora, dita a Hyundai do B, do criador Carlos Alberto de Oliveira Andrade, o Dr CAOA, e Antônio Maciel Neto, ex-Ford, feito sócio para assumir a presidência da empresa.

E? – Chery tem dois anos de implantação e contas descombinadas. Usina completa, não decola por causas externas, em especial atritos com sindicalistas de São José dos Campos — autores do minguar da GM no Vale do Paraíba.

Fórmula – Não é compra ou participação acionária, mas acordo para produzir novo carro à CAOA. Coluna noticiou isto há meses, mas negócio pouco evoluiu.

Questão – Delonga é razoável por falta de experiência negocial de comunistas em temas capitalistas; andar cauteloso nos ajustes com o grupo CAOA; e pós más notícias da República de Curitiba sobre seus líderes.

E? – Qual produto? Eis a questão. CAOA monta utilitários Hyundai em Goiás. Outra marca? Será início da sempre especulada ruptura com os coreanos?

Outra – Sérgio Habib, presidente da operação local da chinesa JAC Motors, foi ao governo federal conversar: contrair planos. Em vez de produzir 100 mil unidades/ano do automóvel J2, montar 20 mil do utilitário J5. Industrial e comercialmente processo simples.

Porém – Antes, questão superior, acertar a dívida gerada por inscrever-se no Inovar-Auto e utilizar incentivos, não instalar fábrica.

Bão –  Renault demarrou produzir primeira série de motores de 3 cilindros, 1,0. Irão para o Kwid, SAV — veículo de atividades esportivas — fazer razia no segmento compacto. Também em pré-produção.

Ruim – Ocupará faixa de entrada da marca; não terá preço do Clio, menor dos Renault. É novidade; tem margem para aproveitá-la; mais equipado. 2ª série com novo 1,6, L-4, levado ao primo Nissan Kicks quando de produção no país.

foto-legenda-05-coluna-4016-kwid  NOVIDADES TURBO: GOLF 1,0, TIGUAN E VARIANT 1,4 Foto Legenda 05 coluna 4016 Kwid

Kwid, SAV

Jovem – Sul América conformou seguros e conseguiu 31% de adesões de clientes mais jovens, entre 26 e 35 anos, com veículos com valor até R$ 40 mil.

Objetividade – Em vez de pesquisas estrangeiras ou nacionais para saber de preferências de clientes a tintas, cores e nuances, AkzoNobel, da Sikkens e Wanda, se pegaram com o customizador paulistano Fernando Batistinha.

Do ramo – Preparador de automóveis, midiático, criou cinco cores inéditas e exclusivas ao Brasil, baseadas em nossas pedras preciosas: turqueza Acqua, amarelo Aragonita, verde Jade, café Ágata e quartzo Gray Fosco.

Aproveitamento – Engenheiros da Ford criaram processo de gerar água potável no interior do veículo a partir da condensação do ar-condicionado. Média de quase 2 litros/hora. Economiza água e plástico para garrafas.

Projeto – Projeto incentivado pela empresa, prevê mais de seis mil invenções em 2016, afastando o automóvel da imagem de inimigo público nº 1.

De volta – Jeremy Clarkson, Richard Hammond e James May, ex-programa Top Gear, volta por cima, nova atração, The Grand Tour. Cada edição em país diferente. Previsão, novembro,18.

Vivo – Embrapa Agroenergia pesquisa reagente químico por lipases, enzima aceleradora de reação entre álcool e óleo, gerando o biodiesel. Processo limpo, racional, orgânico, mais produtivo por reduzir etapas industriais. Podem ser reutilizados. Embrapa é dos orgulhos tecnológicos do país.

Antigos – Sobre retirada de exemplar do Mercedes-Benz C111 do Museu Fangio, em Balcarce, Argentina, fábrica informou ter sido cessão por prazo certo. Vencido, reunir-se-á às outras 14 unidades no Holy Halls, museu da empresa, em Stuttgart, Alemanha.

Gente – Wilson Marques Ferreira, 73, empresário, ex-piloto de automóveis, passou.  OOOO Nos gloriosos ’60 dirigiu ótimos automóveis – GT Malzoni, KG-Porsche, Fitti Vê, Alfas Giulia e Zagato. OOOO Deste, talvez o mais charmoso, historinha aqui.

 

A heráldica do Compass

É um veículo de uso familiar, recebe cinco pessoas e enorme quantidade de bagagem, supera dificuldades, anda bem, gasta pouco com motor de 4 cilindros e tração em duas rodas, vem com grade indicando o DNA da marca identificada com valentia e resistência.

A descrição soa familiar ao Compass, utilitário esportivo do segmento C, lançado com a marca Jeep nesta semana? A referência mecânica faz a mesma indicação? É para parecer. O texto se refere a um de seus antecedentes, o Jeep Station Wagon, mais conhecido no Brasil como Rural, onde produzido entre 1958 e 1977.

Carro mítico, o primeiro utilitário esportivo da história do automóvel. Aproveitava a aura de valentia e indestrutibilidade do Jeep, tido e havido como uma das ferramentas para a vitória dos Aliados na II Guerra Mundial, e o trazia para o uso urbano, familiar, feminino — um dos desdobramentos de consumo advindo dos resultados do conflito bélico. Fórmula bem aviada, motor de 4 cilindros, 2,2 litros, 60 hp, tração simples no eixo traseiro, criou caminho próprio de tantos desdobramentos.

Hoje, em família paralela de Renegade, Compass, Cherokee, é um dos apoios sólidos da FCA, Fiat Chrysler Automobiles, dona da marca Jeep. No passado, foi-se a variados países, sendo base de produtos autônomos como os suves Mitsubishi e Mahindra, todos nascidos do Jeep Station Wagon, a Rural. E bisavó do novidadoso e bem formulado Compass.

foto-legenda-04-coluna-4016-jeep-wagon  NOVIDADES TURBO: GOLF 1,0, TIGUAN E VARIANT 1,4 Foto Legenda 04 coluna 4016 Jeep Wagon

Jeep Station Wagon, Rural, criou o utilitário esporte

 

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MEU AVÔ E O SUBARU SVX

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Acima, a Plêiade, logo da Subaru

Pedro Nasser, meu avô (1881-1953) era libanês. Deixou sua então pequena Zahle, hoje turística com intensa produção de frutos, vinhos, azeitonas, azeites, passou pelo Estado do Rio, mercadejou pelas beiradas de Minas, casou-se, resolveu parar com os riscos, estabeleceu-se em Alegre, no sul do Espírito Santo. Cidadezinha interessante, tantos descendentes de árabes, seu prato típico é kibe … (Podendo, prove-o com alfavaca em lugar do hortelã).

Limite da mobilidade para árabes é o fim da linha do trem, como no caso, à época. Assim, montou uma venda — como se chamavam as lojas generalistas —, e outras lojinhas em outras pequenas cidades, vilas, corrutelas, de menor porte. Faziam parte da Grande Alegre…

Falo das décadas iniciais do século passado, quando o Brasil era arquipélago sólido, ligado pela cabotagem dos Itas do Dr. Henrique Lage, ou pelas estradas de ferro instaladas pelos ingleses. No Alegre, assim, masculino, recebia as mercadorias então quase todas trazidas desde o porto do Rio de Janeiro pelo trem da Estrada de Ferro Leopoldina — você não tem ideia da nossa limitação industrial. De prego a linha de costurar, tudo era importado.

Logística interessante, caixas, caixotes, latas de 20 litros, pacotes, uma miudezada inacreditável em formas, pesos e cores. Afinal, loja de árabe, venda, devia ter de tudo um tudo. De enxada a agulha; roupas, calçados, coisas para costurar, desenhar, cortar, furar. Material escolar, ferramentas de campo e semiprofissionais, cravos, ferraduras, bigornas, bicicleta. Meu avô foi-se por infarto, mal de árabes – exercitando controle sobre tal estoque e as cadernetas de crédito aos clientes, não abriria intimidades com o maldito alemão.

Veículo de transporte à época era afinada tropa de burros liderada pela mula madrinha, carros de boi para as cargas indivisíveis e, pico na atividade, alguns caminhões com motores ignitados através de férreas manículas. Saíam da estação para a loja principal e para as, digamos com generosidade, filiais …

SVX

Anos passados, ao encerrar o ciclo de uso de um ótimo station wagon, o Subaru Outback, recebi outro da marca como parte de pagamento. Um SVX. Veículo peculiar, de categoria não praticada no Brasil, Grand Tourer, um estradeiro. É cupê de duas portas sobre a plataforma do mesmo Outback, significando ser grande, 465 cm; motor H-6 frontal, seis cilindros contrapostos horizontais, 3.300 cm³, quatro válvulas por cilindro, fazendo 232 cv e quase 31 m·kgf, virabrequim na mesma altura dos eixos de transmissão, caixa automática de 4 velocidades, tração total, suspensão independente, grandes discos nas quatro rodas de liga leve. Quatro lugares bem esculpidos, revestimento em Alcantara, cintos frontais de segurança de acionamento automático correndo pelo trilho da armação dos vidros das portas. Como preocupação aerodinâmica, há dois vidros laterais sobrepostos: o de cima, com curvatura, é fixo; janela sobre janela. O inferior, móvel, com acionamento elétrico. Pela solução garante-se ser capaz andar com eles baixados sem fazer barulho ou ventar dentro do automóvel. Seja. Projeto curioso, assinado por Giorgetto Giugiaro, produzido entre 1991 e 1996, 25 mil unidades construídas, 17.000 para os EUA. Ao Brasil apenas 50 exemplares.

Diziam-no esportivo luxuoso, cruza de engenharia de Porsche com refinamento de Jaguar, e acabou por ser o mais caro dos Subaru, selando seu destino.

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SVX: note a solução de janela-sobre-janela (foto subaru-svx.net)

Creio, não é papo de automobilista, meu seja o melhor. Nunca bateu, ex de revendedor da marca, mantido por peças originais e mecânicos treinados. Sigo o ritmo, guardo-o em galpão fechado. Assim, tudo é como de fábrica, funciona, nada a fazer. E é um Subaru — quem do ramo sabe do respeito intrínseco pela sólida construção.

Não tem pique de arrancada como um Mitsubishi 3000 VR 4 urrando pelos poros. Sai-se bem para o início dos anos ’90 — 0 a 100 km/h em 8,7 s, pico de 232 km/h —, faz uns 9 km/l de Podium, cruza bem, desconhece subidas, marca elevadas médias e, se tiver serra com chuva, não tem p’ra ninguém.

Motor H-6, 3,3-L, 24V (foto conceptcarz.com)  MEU AVÔ E O SUBARU SVX Foto Legenda 03 Motor H6 1 1

Motor H-6, 3,3-L, 24V (foto conceptcarz.com)

Uso-o pouco — aliás quase não o faço. Integra o circuito de fim de semana para botar carros antigos a funcionar, embora tenha bobeado com o calendário, e numa manhã dominical, após uma oração a Santo Elígio, o protetor dos mecânicos, os dois não se entrosaram, e não funcionou.

 

Logística

Há quase um século, país sem indústria, transporte difícil, comunicação idem, Seu Pedrinho, como chamavam o libanês com menos de 1,70 m, conversando com as mãos, palavra contida, voz baixa, roupa formal mesmo sob o calor de Alegre, fazia de suas idas ao Rio de Janeiro um evento. Repor o estoque, buscar novidades e exclusividades, coisa feita com aperto de mão, olho no olho.

Aviso na venda/loja dizia da viagem. Assim, quem quisesse mercadoria especial, encomendasse e indicasse. Pessoalmente cumpria o ritual do convívio com o poder: se disponibilizava junto ao Monsenhor — talvez para comprar peças para o picape Studebaker da igreja —, à diretora do Grupo Escolar, do Hospital, Delegado de Polícia e Prefeito. E saía com um caderno de anotações, autorizado a escolher resolver, trazer. De terno para casamento a instrumento cirúrgico, espingarda para caça de pássaros. Imagino a mão de obra para visitas feitas a bonde ou a pé, coordenadas por confiável e denso Relógio de Bolso.

Relógio de Pulso era distante francesice de Santos-Dumont. Tal marcador de tempo era de Bolso. Meio volumosos, pesados. À frente o mostrador com inexplicável numeral equivalente ao 4, em algarismos romanos, grafava quatro pauzinhos. Acima uma coroa, onde se dava corda — 12 meias-voltas — e, levantando, permitia acertar as horas. E havia, sempre, uma corrente de ouro, onde na extremidade oposta ao relógio, um fecho de trava para ancorá-lo em pequeno gancho dentro do bolsinho da calça ou do colete. Tal arranjo permitia fazê-la cruzar o abdome, logo exibindo o status do portador. Como não se via o relógio, o parâmetro de identificação era a corrente… Relógio de Bolso era coisa de autoridade. Era após consultá-lo que, grave, circunspecto, autoritário, o chefe da estação soprava o apito determinando a partida da composição ferroviária.

História passada com ele ensina os descendentes valorizar o saber.

 

Um e outro

Você já percebeu, veículo automotor não era a praia do meu avô. Botina preta rebrilhando, charrete e trem resolviam os seus problemas. País tinha, há quase um século, uma merreca de relação entre carros x habitantes. E quanto à marca Subaru, chegando ao Brasil em 1992 com a abertura das importações, então importado pelos Steinbruch Fábio e Leo, Seu Pedrinho há muito havia partido levando sua pouca intimidade com o bicho automóvel, excetos Fords Modelo A, sempre carros-de-praça, como então se chamavam os táxis.

E o qual a ligação entre tais imigrantes?

Relógio do Seu Pedrinho – hoje, meu  MEU AVÔ E O SUBARU SVX Foto Legenda 05 Rel  gio do Seu Pedrinho 1 1

Relógio do Seu Pedrinho – hoje, meu

 

Simples,

Por razões desarrazoadas aproveitei impensável ociosidade em tarde de terça-feira e liguei para o Sérgio, mecânico do SVX. Expliquei, não acende o painel, nem vira o motor. Anunciei ter comprado bateria nova — possivelmente desnecessidade —, e nada.

Apareceu, fui ver de perto. Quando cheguei ao galpão no quintal, estava encantado com o motor V-6 do IBAP Democrata, parqueado ao lado do Subaru. Afinal, carro de quatro unidades e com apenas duas remanescentes, costuma instigar interesse.

Foi aos trabalhos. Tinha trazido um alicate de pontas finas, um spray de desmanchar azinhavre, chavinhas de fenda e Phillips, um pano – mecânico sério não usa estopa. Olhou, cutucou, conferiu minhas informações. Após, abriu uma das caixas de relês e fusíveis, pegou o alicate de pontas finas, cuidadosamente removeu dois terminais de encaixe, num deles, fio metálico roído por oxidação.

Está aqui o problema, anunciou com a calma dos conhecedores. Era. O tal de SVX usa trapizonga eletromecânica-termo-dinâmica dita fio-fusível. Oxidou, dá resultado idêntico a pisada de elefante.

Vai num eletricista e manda fazer um, ou numa loja com peças para Kia Besta, definiu.

— E $?
— Só R$ 100 pelo passeio.
— ??

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O fio-fusível rompido

Lição

Pedro Nasser contava didática história de seu relógio ter parado. E para quem tinha apenas um, havia de conduzir seu dia entre os dispostos na sala da casa, na loja, pelo curso do sol, ou guiar-se pelo sino da elevada e imponente Matriz de Nossa Senhora da Penha.

Abreviou o prazo para uma das viagens, foi a conhecido relojoeiro carioca pedir socorro. Ele anualmente revisava e lubrificava o Elgin.

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Anúncio de Eugenio Masson

Evidentemente não sei se citado profissional foi Eugenio Masson, bem estabelecido na metade do século passado. Possível, mas não sendo em nada atrapalha a narrativa de costumes a um ou a outro.

Camarada preparado, tomou a preciosa máquina nas mãos, passou uma flanela para fazer fulgurar os brilhos dourados da caixa — e agradar o proprietário. Firmou, e com pequena lâmina chata e barrigudinha de canivete adequado, pressionou elevação dissimulada, e abriu uma tampa do diâmetro do relógio.

Mãos treinadas, repetiu a operação e abriu segunda tampa, basculando-a.

Expôs o mecanismo mágico, as engrenagens, as pequenas molas, desenhos, a barra de tensão na mola principal para regular o espaço do movimento de cada segundo. Muitas peças, todas paradas.

As entranhas mecânicas  MEU AVÔ E O SUBARU SVX Foto Legenda 08 As entranhas mec  nicas 1 1

As entranhas mecânicas

Olhou, olhou, e cerimonioso elevou o relógio aberto até uns 10 cm de distância dos lábios, e deu-lhe forte e certeiro sopro — um pré Exocet. Feliz, o preciso maquinário desandou em tics e tacs. Pingou uma gotinha de óleo — hoje vejo-a como efeito-demonstração…

Seu Pedrinho, aliviado tanto com o funcionamento quanto com o não precisar comprar outro relógio, perguntou, por perguntar, por achar ser cortesia, pela simplicidade e por ser cliente antigo.

— Quanto lhe devo, Mestre Masson?
— X Milréis Seu Pedro.
— X Milréis por um sopro?
preparou-se para argumentar.
— Não, Seu Pedro. X Milréis por saber onde soprar.

Não sei quantos foram os Milréis — assim tudo junto, corruptela de Mil Reais, moeda pós República —, menos ainda a significação monetária atual. Mas aos 27 netos a história se mantém, perpassa gerações. Quase secular, verídica, até hoje se faz presente entre seus netos e bisnetos para lembrar importância e a diferença do saber fazer. O Fio-Fusível, o Sérgio, seu conhecimento e seu alicate, versão moderna do sopro, me relembraram, muito agradavelmente o Seu Pedrinho e a origem da lição.

Quando você achar num texto ou defesa de minha lavra, informação ou raciocínio exclusivo, conclua: Nasser neto sabe soprar.

RN

VESPA É ARRIVATA IN BRASILE!

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Grupo Piaggio desembarca no Brasil trazendo na bagagem quatro modelos da icônica Vespa, iniciativa do Asset Beclly, empresa brasileira de fomento à atividade empresarial. Inova no lançamento dos scooters com iniciativa diferente das tradicionais concessionárias, apostando no conceito de boutiques, incorporando atmosfera passional pela marca e o Italian life style associando a tecnologia ao vintage. As boutiques disponibilizarão produtos e acessórios da marca com espaço interativo para experiências de direção e garupa, com auxílio de profissionais aficionados por motocicletas auxiliando na escolha de modelos, cores e respectivas combinações para forração dos bancos.

Ousado, o scooter não pretende competir com os adversários disponíveis no mercado, tem público-alvo no intermediário entre motocicletas mais baratas de uso comercial e as de passeio ou street de uso pessoal de alta cilindrada.

Para comemorar a retomada das vendas no Brasil, os primeiros mil exemplares, feitos a partir da versão Primavera 150, terão mimos como plaqueta numerada de 0 a 1000 com personalização da bandeira do Brasil impressa e adorno na lateral com as cores da bandeira da Itália, e placa nominal marcando o produto limitado. Vendas a partir de 10 de outubro pelo site www.vespabrasil.com.br  os valores estarão disponíveis no mesmo endereço a partir de 9 de outubro.

Vespa 946 – batizada com tal número relembra a produção do primeiro scooter no mundo, pela Piaggio em 1946, estará disponível no Brasil em edição comemorativa dos 40 anos da Emporio Armani, marca tradicional da cultura italiana, traz combinação em tons de cinza fosco e tons sutis de verde perceptíveis apenas em certas condições de luz.

Primeira boutique em 22 de outubro no shopping JK Iguatemi, São Paulo, e proposta é de inaugurar mais oito até o fim deste ano, outras 10 em 2017 e 22 2018, quando da produção nacional, sem definir local.

Solução de mobilidade, Mercado premium, Valor e diferenciação do produto, Inovador, elegante, ousado, atemporal, icônica, estas foram palavras repetidas exaustivamente pelos executivos Santo Magliacane e Longino Morawski, adjetivos caracterizadores de produto diferenciado, sem valor divulgado, forçando especulação sobre valor em comparação ante produtos disponíveis no mercado. Morawski é uma referência no setor. Foi comercial na Toyota, fez e geriu o projeto de implantanção da Harley-Davidson no Brasil.

 

Quem é Quem

  primavera-r  VESPA É ARRIVATA IN BRASILE! Primavera R  primavera-sprint-r  VESPA É ARRIVATA IN BRASILE! Primavera Sprint R  946fa-r  VESPA É ARRIVATA IN BRASILE! 946FA R  gts-300-r  VESPA É ARRIVATA IN BRASILE! GTS 300 R
MODELO Primavera Primavera Sprint 946EA GTS 300
125 c 150 c 125 cm³ 300 c
Motor Monocilíndrico, 4 tempos, com injeção eletrônica
Diâmetro x Curso 52 x 58,6 mm 58 x 58,6 mm 58 x 58,6 mm 75 x 63 mm
Cilindrada 124,5 cm³ 154,8 cm³ 124,5 cm³ 278 cm³
Potência 10,7 cv/7.700 rpm 12,9 cv/7.750 rpm 10,7 cv/7.700 rpm 22,3 cv/7.500 rpm
Torque 1,06 m·kgf a 6.000 rpm 1,30 m·kgf a 6.500 rpm 1,06 m·kgf a 6.000 rpm 2,24 m·kgf a 5.000 rpm

 

Roda-a-Roda

Entrosamento – No Salão de Paris, Daimler e Aliança Renault-Nissan comemoraram sete anos de cooperação: padronização de equipamentos, redução de custos, participação em novos segmentos, fábrica de uma fazendo carros com emblema da outra. Ao mercado brasileiro primeiro produto será picape argentino feito na Renault, como Nissan, Renault e Mercedes.

Bang-Bang – Donald Trump em campanha à presidência dos EUA ataca a Ford por transferir produção de CMax e Focus ao México, exportado empregos. Ford contesta: não haverá perda de lugares pois haverá substituição de produtos.

Bronco – Crê-se empresa aproveite base do Everest ora extinto na Austrália como SUV sobre chassis do Ranger, fazendo terceira geração do Bronco.

Porquê – Mudar para o México, fazer nova fábrica, tem explicação numérica: custos menores e fato de o país ter acordos comerciais com 40 mercados, tornando-se base de exportações.

Caros – Mudança de governo na Argentina, ajustes, realidade do dólar, impostos, diz o jornal Ambito Financeiro, transformaram automóveis nos mais caros da parte Sul com 55% de impostos aos leves! Tudo subiu de preço na Argentina, incluindo turismo.

Global – Produto insólito no distante Mercosul, picape Amarok iniciou ser feito na Argentina em 2010. Percalços como direção automobilística inadequada; falta de transmissão automática; má vedação a abrasivos externos na correia de distribuição mostraram, impor fórmulas exógenas em terra alheia nem sempre dá certo.

Nova – Final do ano, renovará estilo, frente, grupo óptico, mais infodiversão e, novidade maior, motor V-6, 3.000 cm³, diesel com potências disponíveis entre 163, 204 e 224 cv. Neste, maior torque da categoria, impactantes 56 m·kgf.

Mais – Curiosidade, matriz VW ajustou com empresa do Equador montar kits argentinos — 2.000/ano para seu mercado e exportar à vizinha Colômbia. Mais interessante, VW EUA pressiona matriz para produzi-lo a seu grande mercado.

Trava – Vésperas de lançamento de novo motor diesel, 3 cilindros, para automóveis, Toyota sustou planos. Demanda de tais motores pararam em aproximadamente 50% da frota em 2015 com problemas legais dos motores VW, e iniciaram cair. Toyota é 25% das vendas europeias de diesel.

Toro SUV – Fiat testa os protótipos finais disfarçados, no jargão do setor ditos mulas, para novidade próximo ano. Com pouco investimento fará do Toro um utilitário esporte com três fileiras de bancos e 7 lugares.

Ocasião – Produto oportunoso, feito sobre a plataforma Small Wide, coisa mágica vestida por utilitário esporte Renegade, picape Toro, Jeep Compass em dias de lançamento — e como descrito pela Coluna —, e a nova versão do Toro.

… II – Não concorre com os demais, exceto o segmento de clientes com picape como carro de passeio, será opção ao importado Freemont, em fim de ciclo. Fábrica tergiversa, mas crença é de lançamento próximo ano.

Festa – BMW comemora dois anos de sua fábrica em Araquari, SC, e 25 mil veículos para mercado doméstico e exportações. Flexível, permite fazê-los veículos com diferentes plataformas, como os seis modelos atualmente: Série 1; 3; X1; X3; Minis Countryman e X4.

De corrida – Porsche 911 GT3 Cup, carro de corridas feito em série recebe encomendas para entrega em 2017. Motor traseiro H-6, 4 litros, injeção direta, faz 485 cv. Agrega perfumarias mecânicas para aumentar duração do motor, como centrífuga para retirar espuma do óleo, acionamento de válvulas com alavancas montadas rigidamente, sem compensação hidráulica de folga.

Mais – Aros 18 com fixação central, pneus slick Michelin de 270 mm de seção para dianteiras e 310 mm, para traseiras. Pesa apenas 1.200 kg, redução de peso obtida com aplicação de aços leves e alumínio. Custa 189.900 euros.

foto-legenda-01-coluna-4116-porsche-911-gt3-cup-r  VESPA É ARRIVATA IN BRASILE! Foto Legenda 01 coluna 4116 Porsche 911 GT3 Cup R 1

Porsche 911 GT3 Cup, carro de corrida feito em série (foto divulgação Porsche)

Se fué – Renault em Córdoba, Argentina, encerrou produção do Clio com 549.548 unidades, encerrando ciclo iniciado há 16 anos no Brasil. Em seu lugar o novo veículo de atividades de lazer Kwid feito no Brasil. Espaço industrial aberto será preenchido com picape para Nissan, Renault e Mercedes.

Jogo Duro – África, a agência de propaganda da Mitsubishi, conseguiu colar adjetivo nos novos picapes All New L200 Triton Sport: casca dura. Passa a ideia de resistência, diferenciando-o dos concorrentes acomodados em ser picapes finesse. Fez super produção para lançamento, incluindo trailer de 45 segundos

Confusão – Chama-o Watermopiasgrado, união das maiores batalhas de todos os tempos. Conclusão é, nem todos os cascas grossas de todos os tempos detiveram a nova L200 e suas inovações, como motor diesel em alumínio, menor cilindrada, maior potência, carroceria nova, maior espaço interno.

P’ra cima – Em tempos de queda recorde no mercado de caminhões, 45%, modelo Actros da Mercedes, cresceu 86% neste ano em relação a 2015.

Mais equipado e caro, foi nacionalizado com a incorporação de sistemas demandados pelos caminhoneiros.

foto-legenda-02-coluna-4116-mercedes-actros  VESPA É ARRIVATA IN BRASILE! Foto Legenda 02 coluna 4116 Mercedes Actros

Mercedes Actros, camionhoneiro sugere – e compra (foto divulgação Mercedes-Benz)

Foi-se – Revenda Ford Cancella, com base em Ituiutaba, MG e cinco filiais periféricas, fechou as portas após 87 anos de operação. Era a mais antiga da marca. Nota oficial culpa o caos automobilístico, instabilidade econômica agravada pela insegurança político-governamental, mudanças radicais nas operações, pressões de toda ordem.

Igual – Nada novo: mercado em queda, despesas difíceis de honrar, desconto sobre as margens de lucro e fabricante nem sempre sensível. No período Dilma 1.200 revendas foram fechadas e 124 mil empregos extintos.

Vitória – Em outubro ação positiva nos aviões da Azul. As Vitoriosas, como chamadas as senhoras que venceram o câncer de mama, ligadas à Femama, entrarão em diversas aeronaves em 10 cidades do país para dar dicas de detecção precoce da doença e contar histórias de superação. Prevê audiência esclarecida de 35 mil clientes.

Retorno – Fulgurante marca alemã — 1929-1963 — Borgward voltará. Christian, neto do fundador Carl, desenvolveu projeto e acertou-se com chinesa BAIC, para produzir o SUV Premium com a marca. Curiosamente será apresentado em Buenos Aires, durante a Autoclásica, sua estelar exposição de antigos. Marca quase veio para o Brasil no projeto JK. Diz-se, produção em 2017.

foto-legenda-03-coluna-4116-borgward  VESPA É ARRIVATA IN BRASILE! Foto Legenda 03 coluna 4116 Borgward

Borgward: origem alemã, design suíço, produção chinesa, lançamento argentino

180 graus – Auto Union Automóvel Club de Argentina e Circulo Auto Union del Uruguai guinaram em 180o. e, em vez de Punta del Este, fizeram encontro da marca em Colonia del Sacramento, espécie de Paraty à beira rio, no Uruguai.

Tripartite – Presença de argentinos — basta atravessar o Rio da Prata —, uruguaios e alguns brasileiros. Se o pessoal — alô Flávio Gomes —, organizador do Blue Cloud, encontro da marca onde habitualmente reúne uma centena dos carros da marca, combinar com os Hermanos dá para fazer coisa de porte.

História – Enquanto no Brasil a Vemag montou quase 120 mil Auto Union, a Automotriz Santa Fé, na Argentina, marcou quase 20 mil. Atrativo, o Fissore deles, coupé esportivo, nada a ver com o nosso, foi montado em desconhecido total. Aqui os Fissore foram 2.489.

foto-legenda-04-coluna-4016-fissore-argentino  VESPA É ARRIVATA IN BRASILE! Foto Legenda 04 coluna 4016 Fissore argentino

Fissore argentino

 

Toyota dá acesso a patentes para uso de hidrogênio

Poderosa, formadora de opiniões, referência, a indústria automobilística concluiu há alguns anos sobre a necessidade de se aproximar da sociedade, mostrar face utilitária, assumir compromissos em nome de relação de confiabilidade. Na prática, diferenciar-se de outros pelo argumento da utilidade social. Algumas empresas têm ações tópicas como plantar pequenas áreas. Outras, projetos grandes de geração de oxigênio pelo plantio de grandes extensões, ou atividades objetivas como criação de parques de energia eólica ou construção de centrais hidrelétricas.

foto-legenda-06-coluna-4016-ricardo-bastos-c  VESPA É ARRIVATA IN BRASILE! Foto Legenda 06 coluna 4016 Ricardo Bastos CSenso geral é tratar o tema com um enlace nas atividades, coisa intrínseca, nada periférica, planejada de modo a envolver-se com a sociedade. Uma das vertentes é a democratização do conhecimento, e bom exemplo desta postura foi dada pela Toyota, hoje maior das fabricantes mundiais de veículos. Informação de Ricardo Bastos (foto ao lado), presidente da Fundação Toyota, dá conta da liberação de cinco mil patentes da marca para uso de hidrogênio como combustível da mobilidade.

O ato, considerado na especialidade um passo à frente, diferencia a empresa, dá exemplo e instiga outras a segui-la, criando plataformas e infraestrutura para dividir conhecimentos com a sociedade. Para o executivo, “Investir na conservação ambiental, na formação de cidadãos e em tecnologias transformadoras é prezar pela biodiversidade. É essencial que a indústria perceba sua responsabilidade no crescimento sustentável. Vamos continuar dividindo com a sociedade nossos ensinamentos em busca de uma sociedade harmoniosa e equilibrada”.

 

RN

Esta coluna teve a colaboração de Rafael Linhares

A coluna “De carro por aí” é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.

AUTOCLÁSICA, SEMPRE EXEMPLO

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CAC — Club de Automóviles Clásicos — brindou o público com a 16a  edição da Autoclásica, Buenos Aires. Conhecido, membro seleto clube dos oito mais importantes, não maiores, no mundo. Importância advém de serem concursos de elegância, seguindo os passos do famoso Villa D’Este na Itália realizado desde 1929.

Feira aparentemente diminuiu, mas público cresceu e ficou mais jovem. Algumas figurinhas carimbadas como os tradicionais Club Ferrari, Alfa Romeo Club e Porsche Club não apareceram, e o CAS — Club de Automóviles Sport teve presença modesta, e no espaço aberto outros clubes se expandiram, em especial os de motos; outros mostraram mais automóveis, com destaque marcas americanas.

Grande homenageada do ano, Jaguar ocupou a alameda de honra com 34 exemplares de qualidade impressionante. Como sempre ocorre com as marcas em destaque, os colecionistas argentinos sacaram da manga um “melhor de cada”, expondo SS, XK 120 e 150, C, D, E, MKII, MK VII , XJS etc, de pista e de rua, além de modelos modernos. Também homenageada a Torino, comemorando 50 anos. Levou duas das três unidades que competiram em Nürburgring.

Na área dedicada à tecnologia ianque houve muito investimento por parte dos restauradores. Os mais elaborados estandes, ostentando belas mulheres com roupas decotadas ladeando os impecavelmente restaurados Chevys, Fords e Hemis. A música, antes concentrada próxima à saída tomou assumiu os estandes da alameda principal, ambientada em dioaramas de 1:1 com cenas americanas antigas ligadas ao trio automóvel-moto-posto de gasolina. Apesar de belo, a olhos analíticos, parece, na Autoclásica o “negócio” supera o “ideal”.

Duas Rodas

Outro setor de grande expansão foi a de motos, assenhorando-se de grande e circular área, exibindo centenas de veículos, alguns exclusivos e muitas figurinhas repetidas. Diferente da filosofia primordialmente antigomobilista da área de carros, do esconde-mostra tornando a feira atraente, sempre com grandes novidades, a área de motos é um grande encontro ainda sem rumo definido, salvo exceções como recriação de exemplar preparado na Argentina, sobre BMW R, para recordes de velocidade. Foi premiado em sua categoria.

Outra demonstração do distanciamento entre passado e presente, motos e carros, foi a premiação do Club Motonetas Picantes como melhor clube de motos. Ao receber o troféu, em meio à euforia, o grande grupo demorou tanto tempo para para deixar a rampa das premiações, que fez o mestre de cerimônia pedir várias vezes para se retirassem. Os membros do Club com barba “lenhador”, macacões de mecânico com lenços amarrados no joelho, muitas tatuagens e moças de pin-ups mostravam o que talvez seja a renovação dos quadros antigomobilistas. Muitos antigomobilistas de hoje foram cabeludos ou transviados há décadas atrás. Uma coisa é certa: fizeram a festa.

Mescla 

Veículos militares faziam a ponte entre carros e motos. Este ano a mostra contou, além dos jipes e blindados, com a cabine completa de avião de combate Gloster Meteor, com direito a boneco-piloto paramentado com indumentária de época. Possíveis as fotos nas armas e veículos, inundaram as redes sociais.

Permaneceu a tradição de ligar os motores dos carros para estimular o sentido da audição dos visitantes. O barulho obviamente é diferente, agudo ou grave, rápido ou quase moribundo, mas é impressionante como cada motor emite cheiros distintos e ligados à sua personalidade. A tecnologia, afinação, saúde, capricho, cada uma das variáveis constrói um pouco do odor próprio. Um Brabham de Fórmula 1 exala ímpeto, enquanto o dois-tempos dos DKW lembra da vovó. Na Autoclásica o barulho atrai e o olfato, completa.

As demonstrações dinâmicas, diferencial ante seus eventos pares, novamente ganharam um circuito no final da alameda principal, neste ano circundando a área de Autos de Competición, acessível por passarela lembrando autódromo real. Ver raridades andando é ainda mais empolgante que apenas vê-los. As demonstrações de carros de corrida, reais e em miniatura, tiraram o fôlego de muitos entusiastas.

Demonstração ímpar, simulada corrida entre três ícones quase contemporâneos, Alfa Romeo 308 8C do final dos anos 30, Simca-Gordini T15 da década de 40 e Maserati 250F da década de 50, então pilotados por Oscar Galvez, Juan Manuel Fangio e José Froilán Gonzalez, ídolos do automobilismo argentino de competição.

Outro a provocar suspiros na demonstração dinâmica foi o Ferrari 250 LM (Le Mans) de 1964. Sua arrancada precisa e o barulho redondo eram música aos ouvidos treinados e invocavam o espírito de seu ex-piloto, o notável Jochen Rindt, com ele vencedor do Grande Prêmio da Áustria de 1966 para protótipos. Era possível ver os iniciados babando ao segurar a grade, brigando por melhor visão. Aos novatos, chegados desavisados, atraídos pela multidão compacta, o êxtase vinha quase que automaticamente ao perceberem se tratar de um Ferrari andando. O mítico Cavallino Rampante gera isso em todos.

Uma linha com dezena dos principais premiados no passado ficou na contrarrua dos Jaguar, incluindo o Mercedes-Benz 300 SL Gull Wing 1955, Best of Show em 2015, Alfa Romeo Freccia D’Oro e TZ, Lamborghini 3500 GT, entre outros, sendo a maior concentração de beleza automobilística do evento.

No tema merece destaque o Club Cisitalia. Dois de seus cinco exemplares expostos foram premiados. Todos em restaurações impecáveis, mas destacavam-se a ousada carroceria da versão Abarth Record Monza e a extrema beleza do modelo 202 de 1948, desenhado por Battista “Pinin” Farina. Para noção da rara beleza, um exemplar é parte do acervo permanente do MoMA – o Museu de Arte Moderna de Nova York. Impressionavam pela qualidade o mecanismo do teto e os instrumentos. Um detalhe o afastou de um possível Best of Show: marca pouco contribuiu à história do automóvel, item ponderado no julgamento.

Ocasião

Uma dezena de charmosos alemães Borgward Isabella bem representaram a marca. Presente nas belíssima versão Coupé, e agradável Sedã 2-portas — 1.000 unidades montadas na Argentina —, estande com sala de projeção contava sua história. Quem viu percebeu estratégico final enxertado para mostrar um encontro de Isabellas no lançamento do revival da marca, agora fabricada sob licença e forma de SUV na China.

A nova Borgward foi uma das patrocinadoras e sua estratégia de marketing a conecta com o passado longínquo. Com um hiato tão grande é difícil saber se vai funcionar.

Maestria

Também patrocinadora Renault agiu com maestria ligando presente ao passado, com uma time line da marca até seu carro esportivo de topo atual, o Renault Mégane R.S. Passeou nas limousines de chauffeur da primeira década do Século XX, passou por corredores natos da década de 50 e 60, como o R4 e o parente do nosso Willys Interlagos, o Alpine A 108, e Renault 110. Renault trouxe também, pela primeira vez na Autoclásica, a exposição Speed Legends. Nesta parte ficaram expostos o Étoile Filante (estrela cadente), marcando três recordes de velocidade no famoso lago de sal de Bonneville, Utah, em 1956. Perfilado a este ícone o Dauphine “Bonneville”, construído pela Renault Classics para acompanhar o Étoile Filante. Os dois Renaults do Speed Legends deram o ar da graça no circuito, mostrando beleza no rodar. Grande jogada. Touché!

A Feira

Autojumble, como os argentinos chamam a feira de peças, é sempre ponto alto. Feira de partes e memorabilia grande e variada. Nada para nacionais, pontuou célebre antigomobilista do Espírito Santo. Lá o nacional é o excelente vinho, os Torinos, os Falcons, os Renaults, os Peugeots etc. Pouco ou nada compatível com os nossos Nacionais. A se observar, a dinâmica da feira. Coluna informa, poucos itens propositalmente estão com preços. A forma argentina de fazer isso é mais pessoal. Afaste a placa Não toque para achar o desejado. Depois, pergunte, eles adoram responder. Espanhol ruim? Quem liga? Eles não. Outro antigomobilista de Curitiba puxou o fio da meada e em meio à feira foi visitar galpão com antigo estoque de concessionária portenha fechada há 20 anos, com direito a nova amizade e bolsa cheia de peças. Arrisque e petisque.

Prêmios

Premiação deu-se no penúltimo dia, domingo, e situou a distância entre o grosso da audiência e a tradição dos expositores de primeira linha, guardiões do passado. A plateia de chapéus, dita VIP e do lado de dentro do cercado, aplaudiu empolgadamente belo carro ao enguiçar na rampa de premiação, enquanto a patuléia ria e desdenhava. Aliás, pouco ou nada foi aplaudido pelos não-Vips, apenas empolgada com as Motonetas Picantes e a passagem dos dois Ferraris.

O duelo final foi decidido com pompa e circunstância entre o trio Ferrari 250 LM de 1964, Ford GT 40 e belíssimo BMW 507 primeira série de 1957 (foto de abertura). Foi o trio mais recente a vencer o grande prêmio, demonstrando renovação no conceito de elegância, sempre focado em veículos pré-guerra. O Ford GT 40 impressionou os incautos com seu roncar bruto, e os entendidos pelo desempenho esportivo-histórico notável, feito para superar a Ferrari em Le Mans, conseguido a partir de 1966.

O brilho do vermelho hipnotizou e a música exaurida do seu escape cativaram. Neste duelo antológico o Ferrari 250 LM 1964 levou a Scuderia para frente outra vez, Best of Show. Ganhou também na categoria e o Prémio Germán Sopeña, escolha de jornalistas ao melhor esportivo. (Carlos Elysio Garcia, Casé)

Hora do cisma

Em qualquer atividade humana há competitividade. Automóveis antigos não são exceção. Há disputa, vaidades, egos polidos, egos feridos. Isto se mede no encontro de antigos no posto de gasolina, na Autoclásica, em Pebble Beach. Colocação vem a propósito do vencedor, Gregorio Perez Companc, lastreado em euros e automóveis, de dois do trio vencedor, emplacou o Ferrari — por ele pagou 4,51 milhões de euros há anos num leilão na sede da Ferrari — e mítico BMW 507.

Goyo, como o chamam os íntimos, não participava da Autoclásica há sete anos, após sentir-se desprestigiado por não vencer com Ferrari 330TRI/LM Testa Rossa.

No clima, neste ano um vencedor habitual não apareceu. É o homem da Etiqueta Negra, marca de roupas já chegada do Brasil. Outro habitual em Pebble Beach, também disse ausente.

Parece o segundo capítulo da rusga argentina.

Acima de pneus, registro prêmio para a lancha Marea. Projeto de Oscar Pagliatini é escultórico casamento entre partes em alumínio de antigo Alfa Romeo de competição e o casco em madeira. Motor, Alfa 1900 marinizado. Depois, motor de JK e de 2300. (RN)

foto-legenda-02-coluna-4216-marea  AUTOCLÁSICA, SEMPRE EXEMPLO Foto Legenda 02 coluna 4216 Marea

Insólita mescla de carro de corridas com lancha, a Marea Alfa Romeo

 

Peugeot fará picape grande

Seguindo tendência mundial, Peugeot desenvolve picape para fazer presença em segmento de constante expansão. Marcas distantes, como Renault e Mercedes-Benz, já se aproximaram, e terão produto assemelhado com estas e mais o emblema Nissan, todos feitos na Argentina. A vizinha e a Tailândia são importantes bases de produção e distribuição deste produto.

Peugeot entrará na lista, de acordo com informação transmitida por Laurent Blanchet, responsável pelos produtos da marca, ao jornalista uruguaio Rodrigo Barcia à abertura do Salão de Paris. Na mostra expôs sua nova postura de mercado: o caminho dos SUV e SAV. Na prática evoluiu seu modelo 3008 de crossover para SUV. E lançou o 5008, grande, para sete passageiros, seu maior produto.

Picape é dos veículos mais simples para criar e montar, e Peugeot tem alguma experiência, na década de ’80 quando fez o modelo 504 diesel sob carroceria deste sedã na Argentina. Virada do século no Brasil criou o Hoggar, vindo e ido sem noção ou posição.

Apesar do exemplo de produção sul-americana — onde estão Toyota, Ford, GM, Mitsubishi e Volkswagen —, o picape Peugeot aparecerá no norte da África. Na América do Sul querem sedimentar, primeiro, a noção de qualidade do produto.

Fa-lo-á com sócio chinês Dongfeng. Poderoso, tem negócios na China com o grupo PSA, e foi à França comprando 1/6 da centenária empresa. No país de origem tem sociedade com Renault, Nissan, Peugeot, Cummins, Dana.

foto-legenda-03-coluna-4216-peugeot-pick-up  AUTOCLÁSICA, SEMPRE EXEMPLO Foto Legenda 03 coluna 4216 PEUGEOT PICK UP

Picape Peugeot deve ter identificação visual com o novo 5008

 

Roda-a-Roda

 Aniversário – Veículo ímpar, único multisserviço capaz de trabalhar como rebocador, trator, caminhão, locomotiva, ônibus, máquina de operações e uso militar, Unimog comemora 70 anos.

História – Projeto solitário, o engenheiro alemão Albert Friedrich desenvolveu-o para múltiplas funções, e especialmente, unidade de força na agricultura, onde fez a base de seu sucesso. Séries iniciais, com motor de apenas 25 cv faziam todo o trabalho mecânico das pequenas fazendas.

Hoje – Assumido pela Daimler-Benz, passados 70 anos e 30 séries diferentes o Unimog, acrônimo de Universal-Motor-Gerät, “máquina motorizada de aplicações universais ”, já vendeu mais de 400 mil unidades e amplia o espírito básico de sua proposta.

Triste – Sete de outubro será data lembrada na peculiar indústria automobilística da Austrália e sua fama de conseguir fazer produtos a partir de projetos superados. Ford encerrou produção após 91 anos de atividade, e GM fechou uma de suas fábricas. Projeta-se 15 mil empregos foram suprimidos.

Situação – Razões para a decisão comum de marca a marca — Toyota fechará junto com GM —, está no fluxo de carros orientais mais baratos e equipados; acordos comerciais com, por exemplo, a Tailândia descarregando picapes de origem japonesa em quantidade industrial, desinteresse das grandes marcas em investir para trocar produtos por outros competitivos.

Avant – Aviso da Audi sobre produto atraente: iniciou vender A4 Avant — nome das camionetas da marca. Conjunto refinado, motor 2,0 TFSI Ultra, 190 cv, 32 m·kgf de torque, câmbio S tronic 7-marchas; virtual cockpit, a instrumentação eletrônica. Opcional, som 3D Bang&Olufsen. R$ 187.990.

foto-legenda-04-coluna-4216-a4-avant  AUTOCLÁSICA, SEMPRE EXEMPLO Foto Legenda 04 Coluna 4216 A4 Avant

Audi A4 Avant

Referência – Para marcar 130 anos de pioneirismo, Mercedes-Benz fará em sua fábrica de Iracemápolis, SP, 100 unidades de série especial, a C 300 Anniversary Limited Edition. Motor 2,0 turbo, 245 cv, caixa automática de sete marchas, pintura especial, estrela no capô, madeira na decoração interna. Atinge 250 km/h e 100 km/h em 5,9 s. R$ 250 mil. Combinação de azul Cavansite com interior com couro cinza e azul é matadora.

Archivnummer: SSPIP47984  AUTOCLÁSICA, SEMPRE EXEMPLO Foto Legenda 05 coluna 4216 Mercedes C 300

Mercedes C 300, série especial

Questão – Mercado em setembro experimentou queda relativamente a agosto, enegrecendo as perspectivas de menor queda anual. Razões curiosas: a greve dos bancos impediu o processamento de financiamentos; ruptura da Volkswagen com fabricantes de bancos pararam a produção.

Importados – Ao lado de caminhões, veículos importados registram a maior perda de mercado neste exercício. Até setembro as 27.227 unidades vendidas foram menores 42,2% ante as 47.107 registradas em idêntico período de 2016.

Solução – José Luiz Gandini, da Kia e presidente da Abeifa, associação dos importadores entende demonstrada pela crescente redução, a necessidade de revisão das normas para o setor. Primeiro pleito, a eliminação dos 30 pontos percentuais aplicados sobre o IPI, sobre ele incidindo cascata tributária.

Festa – Hyundai comemora quatro anos de atuação industrial no país. E resultados excepcionais: acertou no produto, o HB20, exclusivo para o Brasil; vendeu 650 mil unidades da família HB20; e, surpresa maior, marca estreante tem o hatch  como segundo veículo leve mais vendido no país.

Negócio – Volkswagen anunciou compra de 16,6% da americana Navistar, fabricante de caminhões International e dos motores MWM. Teoricamente junção da fome com a vontade de comer, resolvendo um dos problemas da International, motores. Novo sócio pode fornecer VW, MAN, Scania, suas marcas.

Mais – Para VW Caminhões e Ônibus é endosso ao projeto de ser líder mundial no segmento, com rentabilidade, inovações e presença global. International é marca sólida nos EUA, Canadá e México.

Festa – Pouco vistos em razão da pequena quantidade e densidade relativamente à frota, DAF comemora três anos e produção de 1.400 caminhões dos modelos XF 105 e CF 85 em sua fábrica de Ponta Grossa, PR.

E? – Primeira unidade vendida foi à Transportadora Begnini e rodou mais de 500 mil quilômetros. Diz a empresa, manutenção é metade do valor para outras marcas.

Novidade – De volta ao Brasil e trazendo a aura do charme do scooter,Vespa iniciou vender seu modelo Primavera, de inspiração histórica e em série numerada de 0001 a 1.0000. Lançamento a R$ 22.890.

Escudo – Ducati, marca de performáticas motos pertencente à Audi, mais nova associada de Abraciclo, associação corporativa fabricantes de bicicletas, ciclomotores e motos.

Ecologia – Fábrica Ford em São Bernardo do Campo zerou envio de resíduos do processo industrial a aterros sanitários, novo passo em sustentabilidade no Brasil. Matriz foi a primeira a ter diretoria para ecologia e meio ambiente.

Antigos – Sítio Retroauto, dedicado a veículos antigos, faz mescla de cobertura de eventos nacionais e estrangeiros de relevo; reúne anúncios do setor, miniaturas, literatura, viagens. Agradável, movimentado. http://www.retroauto.com.br

Gigante – Tomada de controle da gigante Monsanto pela maior Bayer, negócio de US$ 66B, preocupa. Bayer é centenária produtora de remédios em laboratório, desprezando a medicina natural. Monsanto, de produtos para agricultura, conhecida pelas sementes modificando o curso da natureza ao não se reproduzir.

Dúvida – Atuação traz, embricadamente, acusações de provocação de doenças graves, especialmente câncer. Olhar simplório vê perigosa soma de performances: Bayer produzirá remédios para as doenças provocadas pelos produtos Monsanto? Onde a barreira do lucro encontrará a do freio moral? Explicações oficiais com base científica serão bem-vindas.

RN

A coluna “De carro por aí” é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.

NOVIDADES ALFA

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No processo de relançar a marca com apresentação pontual e de per si de produtos, ampliando leque de versões, preços e clientes, Alfa Romeo aproveitou recém-findo Salão de Paris para exibir novas versões. Estão abaixo do Giulia Quadrifoglio e seu poderoso motor V6, 2,9 litros e 510 cv de potência.

Novos brotos na centenária árvore são das famílias Veloce e Super. Nomes felizes, décadas de identificação de produtos-ícones como a esportiva Giulietta, o ágil sedã Giulia 1600, agora aplicados às versões de menores preço, performance e status. Imagem ajudará fazer números de venda.

Motorizações previstas: novo L4 2,0 – evolução do árdego 1,75 do Alfa 4C — turbo, 16 válvulas, injeção direta e saudáveis 280 cv. Parâmetro de tecnologia, produz 40,8 m·kgf de torque — como o fez o Dodge Dart com motor 5,2-litros. E novo engenho diesel, 2,2, 210 cv e 47,9 m·kgf em torque. É diesel e se destina aos admiradores do Sr. Rudolf Diesel. Ambos inteiramente em alumínio, caixa automática de 8 marchas, tração permanente nas quatro rodas dita Q4.

Apresentação sutil, em se tratando de França, levou Giulia pintada em releitura do Azul Francês, a cor do país para as corridas. (foto de abertura)

Preserva nome Quadrifoglio para sinalizar o topo. Abertura do leque por preços cria novos degraus, entretanto mantém a filosofia para marcar o renascimento da marca: em todas as suas versões quer ter rendimento superior às referências miradas, alemães Mercedes C, BMW 3 e Audi 3.

 

ES fará esportivos

Nova fábrica de veículos leves, criada em São Bernardo do Campo, SP, a D2DMotors registrou razão social, logo, e assinou compromissos com o governo do Espírito Santo e a Prefeitura de Jaguaré. Promete construir unidade industrial próximo ano, e a partir de 2019 produzir na pequena cidade ao norte do Estado — 160 km da capital Vitória.

Diz Eduardo Eberhardt, líder do projeto, é realização do sonho de produzir veículo destinado ao lazer, com o que há de mais novo em tecnologia, aliado ao estado da arte em design, com acabamento primoroso, valor extremamente competitivo, aliado ao mais importante, o desenvolvimento 100% nacional.

Informações discrepam entre projeto industrial para dois veículos, um conversível e um utilitário esporte, e o informe oficial de investimentos, definidos em R$ 22 milhões em três fases para implantar a unidade e atingir a produção de 300 unidades/mensais em capacidade máxima.

Valor parece insuficiente para desenvolver produtos — afinal a empresa comprará de fornecedor externo base mecânica, a partir de motor e transmissão e deve adequá-las aos prometidos veículos —, implantar edifícios industriais, equipá-los para produção — e construir veículos.

Parte das dúvidas deve ser esclarecida durante o Salão do Automóvel — novembro 10 a 20 —, onde Ebercon/D2D dizem estarão presentes, possivelmente com protótipos e dados.

Empresa é de participações, tendo nascido como desdobramento da atividade principal, a fabricação de autopeças pela familiar Arteb, e atua nos segmentos imobiliário, alimentos, bebidas, beleza, e agora automobilístico.

Para o Espírito Santo, ocasião do Salão do Automóvel será memorável: conseguirá, após várias promessas, incluindo marcas como Lada e SsangYong, apresentar produtos automobilísticos de produção local, como os ônibus Volare montados pela Marcopolo em São Mateus, e os projetos da D2DMotors.

foto-legenda-02-coluna-4316-ilustracao  NOVIDADES ALFA Foto Legenda 02 coluna 4316 ilustra    o

Ilustração inspirada no esportivo espiritossantense

 

No Salão Fiat irá aos extremos

Novidades da fabricante ítalo-mineira fixar-se-ão nos extremos de sua linha de produtos, o Mobi e o Toro. Para ambos, versões com novas motorizações.

No menor aplicará o motor 1,0 com três cilindros, 6 válvulas, 72-77 cv e 11,2 m·kgf de torque, recém-apresentado como equipamento do Uno. Nova versão será distinta tecnologicamente, de maior preço, acima das hoje existentes, movidas pela última geração dos motores Fire, mantidos nos demais Mobi.

Caso e posição idênticos no Toro, inovando com motor 2,4 da família Tigershark. Configuração em alumínio, desenvolvimento comum com Hyundai, a ainda exclusiva invenção Fiat, o cabeçote MultiAir, conjunto produzindo 190 cv e 24,5 m·kgf de torque. Fruto de pesquisa junto a clientes, demandando por esportividade, porém sem atração por motor diesel, não haverá versão de trabalho, mas apenas em performance, para ocupar nova posição de mercado. Nova versão estará entre as hoje existentes 1,8 Otto e 2,0 Diesel. Câmbios manual de seis marchas e automático, com nove.

 

Chery já vende QQ nacional

Primeira chinesa com produção no país, Chery iniciou vender seu segundo produto nacional, o pequeno QQ. Reúne apelos como a ótima relação entre conteúdo e preços — com ar-condicionado, direção assistida hidráulica e vidros dianteiros com acionamento elétrico custa R$ 29.990; rodas leves e outros confortos, R$ 31.990. Outros apelos, nota AA no índice de economia oficial. Seu motor 1,0 de três cilindros, 12 válvulas pela austríaca Acteco não brilha em performance: produz 69 cv, mas baixo peso auxilia o rendimento. Outro argumento de vendas é integrar a relação Car Group, do Cesvi Brasil, dos carros com menor custo para reparos, aliviando o bolso do consumidor e reduzindo custo de seguro.

Estilo atualizado, integrando frontal e grupo óptico com o habitáculo, alguns excessos como as maçanetas das portas traseiras, e problema típico dos hatches pequenos — como acabar o produto.

Câmbio manual cinco-marchas, suspensão frontal McPherson, traseira por eixo de torção.

Fábrica não apresentou o produto, apenas comunicou.

foto-legenda-03-coluna-4316-chery-new-qq-3-r  NOVIDADES ALFA Foto Legenda 03 coluna 4316 CHERY NEW QQ 3 R

QQ nacional

 

Roda-a-Roda

 

Ocasião – Para agilizar participação no recém-aberto mercado do Irã, PSA formou joint venture com a SAIPA, para importar, distribuir e produzir Citroëns adequados ao país.

Bússola – Porsche fechou números dos três primeiros trimestres. Cresceu 3%: 178.314 veículos, liderados por 718 Boxster e Macan. Maior mercado não é Europa ou EUA, mas China.

Fim – BMW suspenderá a produção do Mini Paceman ao final do ano. Atraente e simpática como quase todos os carrinhos da marca, versão nunca se encontrou – ou ao mercado.

P’ra frente – Ford adiou para 2018 opção de caixa automática no Troller. Frustrou revendedores, há tempos cobrando a versão. Razão oficial: conter investimentos.

Negócio – Comerciantes veem como tiro no pé não atender projetada e significativa massa de clientes. Promessa feita em 2013 garantia a opção em dois anos. Passados três, postergada para 2018. Troller hoje vende 1/3 da capacidade industrial instalada, e o pequeno quantitativo limita concessionários.

Mais – Após apresentar SUV Compass com motorização diesel e tração total, Jeep lança versão com motor 4-cilindros, ciclo Otto, 2,0, 16 válvulas e dois variadores para os comandos de válvulas. Produz 159/166 cv, 19,9/20,5 m·kgf de torque.

Tudo – Exclusivamente em câmbio automático de 6 marchas, suspensão Mc Pherson nas quatro rodas, confortos, refinamentos internos, boa performance. Tudo para ser o mais vendido da marca, superando o Renegade.

E? – Preços x conteúdo bem distribuídos. Versão de lançamento, Opening Edition, a R$ 109.490. Inicial Sport, simplificada, R$ 99.990; Longitude, primeira a contar com borboletas para mudar marchas no volante; e Limited, a R$ 124.990.

foto-legenda-04-coluna-4316-compass  NOVIDADES ALFA Foto Legenda 04 coluna 4316 Compass

Compass também com motor 2,0

 

Tapa – Nissan apresentou o novo March em Paris, mas não deu esperanças de atualizar o modelo local. Aqui, sem novidades insistirá na política de criar versões e edições especiais. Para o Salão do Automóvel, a Midnight Edition, marcada por detalhes em preto contra o vermelho da carroceria, para-choque mais ousado.

Frota – Localiza, maior rede de aluguel de carros na América Latina, incluiu Jeeps Renegade em sua frota. Empresa abre leque de opções, incorporando Chevrolet Cobalt, Nissan Versa, Volvo S60 e BMW 320i GT.

Novos tempos – Projeto VAMO, em Fortaleza para compartilhamento de carros elétricos, ganhou mais duas estações. Disponibiliza 8 carros elétricos chineses, de aluguel. Quer chegar a 20 na próxima etapa.

Fácil – Negócio simples, interessado se cadastra e marca data, hora, estação para recebimento. Tarifa inicial de R$ 20 para primeiros 30 minutos. Após, de R$ 0,80 a R$ 0,40/minuto dependendo da extensão da locação.

Negócio – Dana de autopeças aproveitou a conjuntura, baixa liquidez, e a situação de seu fornecedor SIFCO, em recuperação judicial, e fez oferta pela empresa. Juiz e credores satisfeitos, Dana assume e ampliará capacidade de oferecer sofisticados produtos forjados.

Paridade – Deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP) em seu projeto PLC 170/2015, pega carona na regulamentação dos carros antigos para levar alguns conceitos aos antigos modificados, os hot rods.

Supressão – Antigos totalmente originais, reconhecidos no Código de Trânsito Brasileiro como De Coleção, dispensam uso de equipamentos tornados obrigatórios após sua produção. Parlamentar quer rotular os Antigos Modificados como os com mais de 30 anos de produção excluindo-os da obrigatoriedade de uso de encosto de cabeça, airbags, controle de emissões poluentes e de ruídos.

Dubiedade – Pelo texto, em pouco tempo, tais alterações atingirão veículos recentes, permitindo retirar equipamentos originais de segurança. E se o conceito dos Hot Rods é aumentar performance, itens de segurança devem ser implementados — e não abduzidos.

Argentinices – Argentina tem três colecionadores poderosos, do tipo maior fortuna do país, concorrer na Mille Migla Storica, expor no encontro de Pebble Beach. Nível superior ao do nosso antigomobilismo.

Racha – Última Autoclásica, há dias, em Buenos Aires, mostrou um cisma: Goyo Pérez-Compenq, que se ausentara por discordar de não premiação, voltou premiado. E os outros faltaram.

Jeitinho – Coincidência ou não, Daniel Sielecki, o mais internacional dos colecionadores argentinos, mesmo ausente levou um mimo: prêmio pela FIVA, a Federação Internacional de Veículos Antigos. Autoclásica foi o único evento sul-americano a constar da lista da Unesco no ano da preservação histórica, e para comissão, seu Ferrari 195 Inter, s/n 181 EC, não restaurado, merecia a distinção.

foto-legenda-05-coluna-4316-ferrari-195-inte  NOVIDADES ALFA Foto Legenda 05 coluna 4316 Ferrari 195 Inte

Mathias Sielecki, d, recebe prêmio; pai ausente

 

Mercedes E, o sedã mais inteligente

Classe E Mercedes é referência mundial, cunhada durante 10 gerações. Entre os Classe C e o topo Classe S, é o sedã mais vendido da marca, visto como o mais rentável da linha. Melhorá-lo é sempre desafio para equilibrar qualidade e conteúdo, sem arriscar a liderança.

Mercedes bem cumpriu a missão com novo modelo, iniciando ser vendido no mercado brasileiro sob a denominação de E 250. Há em três versões, em mecânica comum, novo motor 2-litros, quatro cilindros, injeção direta com 8 pulsos e 200 bar de pressão, gerando 211 cv de potência e 35,7 m·kgf de torque a apenas 1.200 rpm — ou seja, grande disponibilidade de força a partir da marcha-lenta. Para melhor aproveitar a característica de andar em baixas rotações, nova caixa 9G Tronic, com nove marchas e menor tempo de mudança. Dinamicamente 6,9 s para ir a 100 km/h e corte de velocidade a 250 km/h.

Nova carroceria, maior 43 mm, ampliado 65 mm em entre-eixos, intensa aplicação de alumínio e aço ultra-ultra resistente, reduziu 65 kg relativamente à geração anterior, e Mercedes fez trabalho de mestre em aerodinâmica, trazendo a resistência aerodinâmica 0,22. Linhas mantém identificação de agilidade, com amplo capô e a solução por ela criada de fazer o teto fluir mantendo aparência de cupê.

Grande ganho foi no conteúdo, implementando prazer na condução. A tecnologia Intelligent Drive o torna o degrau próximo da autonomia com novidadosa capacidade de acompanhar o fluxo de trânsito entre 60 e 200 km/h, freando autonomamente quando necessário. Outros ganhos tecnológicos estão no sensor de mudança de faixa e nos faróis Multibeam LED, cada um com 84 lâmpadas LED, aumentando capacidade de iluminação sem ofuscar motoristas em sentido contrário, de funcionamento digital.

Três versões: Exclusive Launch Edition,R$ 325.900; Exclusive R$ 319.900; e Avantgarde, R$ 309.900.

foto-legenda-06-coluna-4316-mercedes-e  NOVIDADES ALFA Foto Legenda 06 coluna 4316 Mercedes E

Mercedes E, sedã mais inteligente do mundo

 

RN

A coluna “De carro por aí” é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.

UTILITÁRIOS ESPORTE, JIPINHOS, ATRAÇÕES DO SALÃO

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Segmento de maior e projetada expansão para os próximos anos no mercado brasileiro de veículos leves 0-km, os utilitários esporte — suves —, e os de atividade esporte — saves —, farão a comissão de frente no Salão do Automóvel, 10 a 20 novembro, São Paulo.

Guia tal presença a otimista expectativa de freio à queda das vendas no corrente ano, interrompendo descenso de quatro anos seguidos, e projeções de crescimento de produção e comercialização em média imaginada em 5%. No varejo de balcão, esperançosos 2M de unidades em veículos leves para 2017.

As principais marcas nacionais tê-los-ão como produto de maior atração, e outras tentando fazer ponte conceitual com modificações em crossover buscando identificação aventureira . Estrangeiras também estarão representadas.

Nacionais

Peugeot é o melhor exemplo, com 2008 Crossway (foto acima), e o novo 3008.

Citroën, coirmã, terá estande conceitual e produtos de exceção serão C3 e C3 Aircross com decoração e composição especial caracterizando-o como objeto de compra pela internet, dentro do programa St@rt.

BMW exibirá os saves X1 e X3, produzidos em Araquari, SC, com pequenas alterações de conteúdo para marcar o modelia 2017.

Hyundai, filial da marca coreana, com fábrica em Piracicaba, SP, surpreendeu mercado ao anunciar produzir o save Creta. Desenvolvimento sobre a plataforma hoje aplicada ao sedã HB20, motor 1,6, L-4, e câmbio de seis marchas, automático e manual.

foto-legenda-02-coluna-4416-hyundai-creta  UTILITÁRIOS ESPORTE, JIPINHOS, ATRAÇÕES DO SALÃO Foto Legenda 02 coluna 4416 HYUNDAI CRETA

Hyundai Creta

 Da Hyundai do B, fábrica da credenciada Caoa em Anápolis, GO, esperava-se substituir o Tucson, de vida prolongada no Brasil. Mantê-lo-á em paralelo ao New Tucson, duas gerações posteriores.

Com antecipação Coluna informa, ao Salão anunciará montar o suve Santa Fé. Rico portfólio: Old Tucson, New Tucson, ix35 e Santa Fé.

Jeep exibirá modelia 2017 do Renegade para movimentar vendas, em previsível canibalização pelo bem-formulado Compass, recém-apresentado.

Honda criou novo save como entrada na bem-sucedida incursão neste setor. Apesar da plataforma de Fit, City, HR-V, será menor e mais barato — corrijo, de preço menor, pois o rótulo barato é inaplicável aos produtos Honda. Chama-se WR-V. Apelos, aproveitamento de espaço, motor pequeno e caixa automática. Criação nacional com exigências regionais.

foto-legenda-03-coluna-4416-honda-wr-v  UTILITÁRIOS ESPORTE, JIPINHOS, ATRAÇÕES DO SALÃO Foto Legenda 03 coluna 4416 Honda WR V

Honda WR-V

Ford fará pequenas intervenções para lembrar o EcoSport, após perder liderança com mudança de linhas e chegada do Duster, HR-V e Renegade, e levará o canadense Edge de vendas nacionais recém-iniciadas.

Importados

Renault terá produtos nacionais e importados. Líder e estrela do segmento com quatro modelos — reedição do Duster; abaixo dele, motor 3-cilindros, o Kwid, substituindo o Clio. Acima dos dois, novidade, o Captur será produzido em 2017 no Paraná. E, importado, em faixa superior, o Koleos, concorrente de Mitsubishis, Volvo, Hyundai, Santa Fé, Kia Sorento.

Renault Kwid Renault Captur

GM exibirá versão atualizada do mexicano Tracker. Quem gosta será atendido com tecnologia, o novo 1,5 turbo flex já aplicado ao irmão Cruze.

Lifan X60 – Chinesa atualizará linhas da mescla de station wagon e crossover. Espera-se aumento de cilindrada para 2 litros e potência acima dos 150 cv. Câmbio simples pelo sistema de polias variáveis, o CVT. Tração dianteira.

Suzuki exibirá conhecidos S Cross e novo Vitara. Menor, mais leve, motor pequeno, de 1,6 litro, reposicionado entre o jipinho Jimny e o suve S Cross.

foto-legenda-06-coluna-4416-suzuki-vitara  UTILITÁRIOS ESPORTE, JIPINHOS, ATRAÇÕES DO SALÃO Foto Legenda 06 coluna 4416 Suzuki Vitara

Suzuki Vitara

Toyota. Entre produtos como Etios, Corolla, picape Hilux, suve Hilux SW4, híbrido Prius, empresa trará o save CH-R. Exercício de projeto, não irá à produção.

Possíveis presenças

Bentley e seu poderoso SUV Bentayga, motor W-12.

Maserati e o novidadoso Levante.

2D2Motors com promessa de instalação no Espírito Santo. Promete exibir esportivo e utilitário esportivo.

 

Não irão

Fiat não exporá subproduto decorrente do Projeto 626, pequeno com ambivalência e indefinição. No mercado, será o menor dos Jeeps, motor três-cilindros, 1,3 litro de cilindrada, a geração GSE, Global Small Engine, com nome publicitário de Firefly? Ou substituto para as pioneiras, bem-formuladas, porém de cansados aviamentos da fórmula Adventure?

VW cancelou o Taigun, anteriormente apresentado para ser pioneiro no setor, e foca esforços em novos produtos, puxados pelo Gol, a partir de 2018.

JAC em processo de costura de viabilização não exporá o produto planejado para montagem local, o T5. Não irá ao Salão. Poupa energia e recursos.

 

Roda-a-Roda

Meio Xing – Geely, chinesa dona da sueca Volvo, criou nova marca sobre estas plataformas. LYNK&Co, sonoramente lembra o Lincoln, topo de luxo Ford e a terminologia de conectividade. Quer ser identificada com a Suécia.

Diferenças – Conceito é reunir o mais moderno e futuroso — híbrido elétrico; conectividade completa; especificações técnicas de alto nível; venda direta entre fábrica e consumidor; veículo para locação comunitária. Sonha ser táxi sem motorista, controlado por satélite. Em 2017 China. Após, Europa e EUA.

foto-legenda-07-coluna-4416-lynkco  UTILITÁRIOS ESPORTE, JIPINHOS, ATRAÇÕES DO SALÃO Foto Legenda 07 coluna 4416 LynkCo

Lynk&Co: não quer ser novo, mas inovador

E? – Tecnologia matará o conceito do automóvel como prazer e sinônimo de liberdade individual. Carros serão vagonetas individuais.

Pouco – Mudanças modelia BMW 2017: agregação de confortos eletrônicos variando entre os montados em Araquari, SC: sedã Série 3, saves X1 e X3.

E? – Controle de cruzeiro, som Hi-Fi, 9 alto-falantes, câmera de ré, Bluetooth duplo, memórias nos bancos frontais elétricos e espelhos retrovisores, opcional revestimento em couro, abertura e outras pequenas facilidades.

Telhado – Cativante Fiat 500 e crossover Freemont deixaram de ser importados.

Mais – Processo de renovação de produtos Fiat deu fim ao Siena EL 1,0 e 1,4 após 19 anos em produção. Mantém o Grand Siena, bom sedã, ideal para táxis e serviço público. Será substituídos por novo hatch brasileiro e argentino sedã 4-portas. Aqui motorização GSE de três cilindros. Lá, o E.torQ 1,6 e 1,8.

Mercado – Motorrad, divisão de motos da BMW, encerrou contrato de montagem com a Dafra, e implantou fábrica própria em Manaus, primeira fora da Alemanha. Aplicou 10,5 M euros e inicia com o modelo F 700 GS. A seguir, famílias 800, R 1200, S 1000. Capacidade 10 mil/ano.

Promoção – Para atrair às revendas a clientela com carros fora de garantia, anteriores a 2013, distantes das oficinas autorizadas, Nissan lançou plano de revisões, kits e parcelamento em serviços. Ter cliente da marca nas revendas é oportunidade de vendas de carros novos ou seminovos.

Direto – Citroën lançará ao Salão do Automóvel o programa St@rt — vendas diretas por sítio exclusivo, funcionando ininterruptamente. Marca é precursora no mundo digital, com 11 milhões de seguidores. No Brasil, 4,2M de seguidores no Facebook e 112 mil no Instagram. Incluídos no programa modelos C3 e Aircross.

Mais – Automóveis terão emblema St@art, pequenas diferenças de conteúdo e menor preço. Citroën se antecipa à mudança de comportamento do consumidor.

Regra – Leilões, forma dinâmica de comercializar veículos antigos e especiais nos EUA, viu referencial Russo and Steele, mudar regra operacional: acabou com as Reservas — valor mínimo para aquisição. Conceito é barreira frustrante, ignorando lances da realidade do leilão, pela verdade anterior do proprietário.

Ganho – Segundo a empresa, cancelamento induziu negócios. Recente leilão na Pebble Beach’s Holly Week vendeu 51% dos inscritos e média unitária ascendeu a US$ 48.900 — uns R$ 150 mil.

Exemplo – Aqui única e tradicional iniciativa, Encontro de Araxá, edição 2016 foi cansativa, apenas 25% dos veículos mudou de mãos. Maioria das desistências barradas pelo valor de reserva, nem sempre razoável, e na maioria das vezes para valorizar-se em negócios futuros, do tipo teve x de lance e não vendeu.

Gente – Diego Borghi, paulista, 34, chefe financeiro da Ducati no Brasil, fábrica de motos controlada pela Audi, ascensão.OOOO Novo executivo-chefe.OOOO Substitui Antonio Labate, italiano, novo condutor da SEAT, complicada operação espanhola da Volkswagen. OOOO Pacífico Mascarenhas, 85, antigomobilista, compositor, pilha nova. OOOO Colocou marca passo cardíaco. OOOO Idem Luiz Carlos Secco, 83, jornalista, verbete como assessor de imprensa. OOOO Passam bem. OOOO

 RN

A coluna “De carro por aí é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.

PAPO DE PICAPE

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Novo Amarok – motor V-6 só em junho

Volkswagen apresentou na Argentina, onde o produz, picape Amarok 2017. revista e melhorada (foto). Nada de mudanças intensivas, esperadas a produto com seis anos de mercado, mas retoques importantes em grupos selecionados. Agiu com sensibilidade, falando aos sentidos do comprador.

Mudou a estética frontal e grupo óptico, atualizando o visual; incrementou o interior, em especial os bancos, saudados por associação médica, e foi-se a demanda não automobilística, para firulas de condução, o infodivertimento — a agregação de itens incrementadores do conforto de comunicação.

Motor?

Frustrou quem esperava salto de rendimento, ou o se isolar em superior patamar de maior desempenho. O previsto e potente motor V-6 de 3 litros foi adiado. Aparentemente questões comerciais, dividir as novidades, instigando vendas sobre as modificações atuais, e criando nova provocação com a opção do motor V-6 ao meado do ano.

Leque

Amplas possibilidades. Versões com cabine simples e dupla; tração em duas ou quatro rodas; motor L-4, 2 litros, com um ou dois turbos, produzido 140 cv e 180 cv; câmbios manual de seis marchas e automático com oito.

 

Toyota e a Prova do Alce

Manobra europeia, simular súbito aparecimento de um alce na pista, exigindo forte golpe de direção para desviar do cervídeo e retomar curso, viraliza nas redes sociais, tornando conhecida a revista sueca Teknikens Varld. Realizou o teste com vários picapes. Outros passaram sem susto, mas o Toyota Hilux tirou duas rodas do chão, exigindo correção para evitar capotagem. Alarmou proprietários.

Toyota argentina, fabricante do modelo enviado ao Brasil, mercado maior, divulgou comunicado curto e grosso, mas faltou objetividade e compromisso, importante na relação de confiança exigida entre fornecedor e consumidor. Disse“Toyota aplica suas próprias normas de segurança estritas para todos seus produtos e Hilux cumpre com estas normas. Não obstante, para garantir ainda mais a segurança de nossos clientes, levaremos a cabo uma análise exaustiva da prova realizada pela revista Teknikens Varld. Na Toyota a segurança de nossos clientes é nossa principal prioridade.”

foto-legenda-02-coluna-4516-teste-toyota-alce  PAPO DE PICAPE Foto Legenda 02 coluna 4516 Teste Toyota Alce

Teste do Alce pela revista sueca

 

Mercedes, hora do picape Premium

Como a Coluna informou com antecipação mundial, Mercedes-Benz fará um picape na Argentina. Explicou também, produto decorre de colaboração com a Nissan e a Renault. Na velha fábrica de produtos Willys-Overland, em Córdoba, Renault cedeu área e Nissan produzirá a estrutura básica do chassis em escada e seus agregados. Muita identidade mecânica entre Nissan e Renault, e personalização para os Mercedes.

Tomou caminho natural da marca: competência de engenharia, imagem secular de confiável sobriedade, e seu diferenciador maior, a sensação de superioridade de seus proprietários. Na prática intenta oferecer a confiabilidade intrínseca à marca com a segurança de comportamento e o conforto. Não quer descer ao padrão usual dos picapes, mas elevar seus usuários à composição de conforto e ao rótulo de Premium, agora exclusividade da marca.

A postura de levar a superior imagem de automóvel ao picape fará mixar partes com automóvel Classe C e utilitários, como o sistema de infodiversão, os bancos elaborados, o interior cuidado em detalhes.

Motorização por V-6 Diesel com tração permanente nas 4 rodas,redução e dois bloqueios de diferencial. Enquadrado na legislação brasileira, 1,1 t de carga e de tração de 3,5 t.

PAPO DE PICAPE Foto Legenda 03 coluna 4516 Mercedes Benz Concept X CLASS

Mercedes picape – só em 2018

História – Picape Mercedes-Benz pode ser fato insólito em todo o mundo — menos na Argentina. Marca já o fez para compatibilizar pretensões de vendas e a legislação local, permitindo liberdades de conteúdo para veículos de trabalho. Ao início dos anos ’50 cometeu algumas unidades de picape e de furgão a partir do sedã 170. Anos ’70 a licença alcançou em torno de 1.000 unidades sobre a série W 114, em versão picape, curiosamente elegante, e cabine dupla, dita Rural, um trubuçu estético. Motores 2.200 cm³, 4 cilindros a gasolina ou diesel.

foto-legenda-04-coluna-4516-picape-mercedes-argentina  PAPO DE PICAPE Foto Legenda 04 coluna 4516 Picape Mercedes Argentina

Picape Mercedes, Argentina, anos ‘70

 

Roda-a-Roda

Tesla – Atrevido fabricante de carros elétricos nos EUA, Tesla busca vender no Brasil. Estará apresentando produto e revendedor no Salão do Automóvel.

Pressão – Cobrança da Latin NCAP, entidade privada voltada à segurança dos automóveis na América Latina, fez Nissan anunciar fim da produção do modelo Tsuru. Maio. Em testes de choque teve Zero Estrela – mataria os ocupantes.

Pressa – Hyundai anunciou novidades para o utilitário esporte Creta, de produção iniciada em Piracicaba e apresentação ao Salão do Automóvel, novembro 10 a 20. Além do divulgado motor 1,6 aplicado no HB20, terá um 2,0. Ambos com variadores de abertura de válvulas para admissão e escapamento.

foto-legenda-05-coluna-4516-creta  PAPO DE PICAPE Foto Legenda 05 coluna 4516 Creta

Creta disfarçado roda em Piracicaba (foto grupo social)

Treinamento – Nissan demarrou auditar processo de produção do crossover Kicks na fábrica de Resende para fim do primeiro semestre de 2017. Partes da carroceria importadas do México servem para testar processo, regulagem dos equipamentos, afinação da mão de obra.

Prazo – Questões paralelas atrasaram início de produção. O Kicks utilizará novo motor Renault 1,6 brasileiro, substituindo o Nissan de idêntica cilindrada – como Coluna antecipou mundialmente. A produção dos motores pela associada atrasou.

Recall – Defeitos na fornecedora Takata de airbags fez Toyota promover chamada de recall em 300 mil unidades de seus produtos Corolla, Ethios e Prius. Fornecedor global, problemas mundiais: se inflado pode disparar partes metálicas contra o usuário.

Enfim – Multa séria para usuários de celular, falando, ouvindo, passando mensagem ou apenas olhando ou segurando: R$ 293,47 e sete pontos lançados na Carteira de Habilitação. É pouco. Motorista irresponsável usando celular enquanto dirige é hoje o maior causador de acidentes no trânsito.

Mais – Solução homeopática. Brasil precisa rever leis e processo, e a aplicação do conceito de acidente, evento imprevisível, a todos resultados mesmo se causados por motoristas despreparados, sob efeito de bebida, remédio, e /ou tóxico. Você conhece algum atropelador preso ?

Mercado – Ano automobilístico de 2016 no Brasil indicará mais queda, compressão do mercado, ociosidade das fabricantes. E mais de 100 lançamentos.

Ocasião – Se você quer fazer economia, hora de negociar, em especial com marcas estrangeiras. Algumas ainda vendem veículos com o carimbo de 2015 — e são flexíveis para limpar o pátio.

Carteira – Provocado por decisão judicial suspendendo a apreensão de ciclomotores conduzidos por usuários sem ACC – Autorização para Conduzir Ciclomotor -, governo federal correu e regulamentou a matéria.

Exigência – Agora, para conduzir veículos com motor interior a 50 cm³ de cilindrada ou por tração elétrica, será necessária a ACC ou Carteira Nacional de Habilitação Categoria A. Há necessidade de curso e custos.

 

Mais economia e ecologia no Renegade 2017

Salão do Automóvel edição 2014, Sérgio Ferreira de volta à Chrysler/Jeep como diretor geral, apresentou o Jeep Renegade, características, versões, e o indicou como futuro líder do segmento. Parecia entusiasmo de vendedor, mas transformou-se em verdade numérica, com o menor dos Jeeps cumprindo brilhante campanha de vendas, alternando a liderança do segmento.

Está integrado à aura da família, por si só surpresa mundial, com números de vendas e lucros superiores a cada trimestre. O Renegade é produto mundial, feito no Brasil, Itália e China.

Tem amplo leque de versões. De motor 1,8 flex, câmbio manual ou automático; e diesel 2,0 caixa automática com 9 marchas, tração nas 4 rodas, marcha reduzida, maior altura livre do solo.

Mais

Para 2017 Jeep criou versão Limited, superior às versões tracionadas por motor flex. Será identificada pela grade frontal prateada, valorizando o padrão de decoração. As versões flex são as mais vendidas.

Foca em economia e ecologia. Inicia com os pneus verdes, de menor resistência à rolagem, sem prejudicar aderência e distância de frenagem, auxiliando reduzir o consumo de combustível. Mesmo objetivo, o equipamento Stop/Start desliga o motor nas paradas, poupando combustível, reduzindo emissões poluentes. Ponto superior, para todas as versões flex, motor 1,8 adota o sistema VIS — Variable Intake System — coletor de admissão variável, elevando a potência a 135/139 cv e torque de 18,8 m·kgf, surgindo 80% abaixo de 2.000 rpm. Na prática, sensação de mais força em rotações inferiores, permitindo menos reduções.

Na evolução suprimiu-se o tanquinho de gasolina para a partida.

foto-legenda-06-coluna-4516-jeep-renegade-2017  PAPO DE PICAPE Foto Legenda 06 coluna 4516 Jeep Renegade 2017 1 1

Renegade 2017 mais econômico

 

RN

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MUITO SALÃO, POUCAS NOVIDADES

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Salão Internacional do Automóvel de São Paulo é evento marcante, bienal, e integrando o circuito mundial de exposições para apresentar novidades, posições de marcas, carros-conceitos, sinalizar caminhos para o futuro — ou para a falta de, dependendo de situações específicas ou do momento de cada país ou continente.

No momento ocorre em São Paulo e irá até dia 20 — é 29ª edição. Iniciou-se anualmente em 1960 no Parque do Ibirapuera; passou a bianual, mudou-se ao Anhembi em 1970. Agora, novo CEP. Deixou espaço estatal, mal planejado, mal mantido, sem ar-condicionado, banheiros de mau desenho, construção e funcionamento, para área nova, a São Paulo Expo. Maior, perto de uma estação do Metrô, 4.500 vagas cobertas para estacionamento. Operacionalmente maioria dos estandes sem degraus, mas com rampas suaves, facilitando deslocamento de pessoas com dificuldade e cadeiras de rodas, banheiros utilizáveis com conforto. Deficiências há: subdimensionamento elétrico, com queda de iluminação e energia, com apagões em diversas áreas, e opções: ou ar-condicionado ou iluminação. À apresentação da Peugeot, faltou luz — e a demora atropelou o cronograma para as demais marcas. Na área da Volkswagen, fez perder o conteúdo das geladeiras, e à volta, num pico de potência, queimou equipamentos.

Ante o risco da falta de ar-condicionado, prefira ir em horários de menor densidade de público. Vá com paciência: chegada ao prédio é subdimensionada ao fluxo de veículos.

Caminho

Salão sinaliza futuro: carros serão híbridos combustão-elétricos, como exibido por quase todas as marcas, e ênfase para ações comerciais. Num exemplo, surpresa com a demanda cinco vezes superior à projeção, Toyota renegociou volumes de importações e trará o novo Prius. Miguel Fonseca, vice-presidente Comercial no Brasil, quer ter na Lexus, marca de luxo e qualidade superior da Toyota, o maior índice de híbridos, hoje em 32%. Fez apresentação chique, à altura do carro, e exibiu o plasticamente atraente Conceito LC 500 (foto de abertura), cupê mesclando entusiasmo e elegância. Vendas nos EUA em 2017 a projetados US$ 100 mil. Marca no Brasil se estruturou para garantir reposição integral à frota e aumentou a garantia da parte híbrida, incluindo baterias, para recordistas oito anos.

Festa francesa

Área do São Paulo Expo é de empresa francesa, e as fabricantes de idêntica origem marcaram presença. Renault, maior novidadeira da mostra, apontou novo caminho para o Brasil: utilitários esportivos. Produzirá o pequeno Kwid; já produz o médio Captur; importará o Koleos, de maior porte; manterá em produção o Duster e o Sandero Stepway, elevado do solo e visualmente enquadrado no gabarito visual dos SUV. E mudará motores: 1,0, 3 cilindros; 1,6, quadricilíndrico.

Peugeot mostrou configurações para reagir em vendas, em especial 208 e 2008, além do novo 3008 de estética evoluída de crossover a SUV. Citroën, na falta de novidades, fez criativo e confortável estande, mostrou conceitos de factível produção e sistema de vendas diretas de carros pela internet. Serão as versões Smart, com equipamentos, garantia de assistência, preço incentivado.

foto-legenda-02-coluna-4616-kwid  MUITO SALÃO, POUCAS NOVIDADES Foto Legenda 02 coluna 4616 Kwid

Kwid 1,0 três-cilindros, mais barato dos Renault

Alemães

Mercedes ampliará negócios com produtos importados, a partir do Classe S Cabriolet — a linha mais cara; no extremo versão conversível na Classe C; e SLC 300, SL 400 e C250 Coupé Sport. Dentre os produtos de atitude GLC, GLE Coupé, Classe G e GLS; versões AMG e o topo Mercedes-Maybach, pico do luxo e refinamento.

BMW mantém investimentos em conectividade; fomenta os híbridos elétricos i3 e i8. Produto para destacar-se é o M2, cupê com o bem elaborado motor de 6 cilindros em linha, 3 litros de cilindrada e 370 cv. Vendas em 2018. Disponibiliza séries 3 e X3 blindados.

Audi em leque amplo de produtos, composições, cilindradas, topo volta a ser o  esportivo R8. Automóvel foi lançado há dois anos na Europa, e demora se deve à espera para limpar o pátio de estoque antigo. Apresentado pela atriz Iris Valverde, motor V-10 faz 610 cv e 57,1 m·kgf. Vai de 0 a 100 km/h em 3,3 s. Por R$ 1.171.000

foto-legenda-03-coluna-4616-audi-r8  MUITO SALÃO, POUCAS NOVIDADES Foto Legenda 03 coluna 4616 Audi R8

Audi R8

Porsche – novidade maior, marca ser gerida por escritório da fábrica — como a Coluna antecipou há dois anos — e como tal ter crescido 37% de vendas entre janeiro e outubro, contrariando mercado em queda. Em produto novo Cayenne — o SUV — S E Hybrid. Motor pequeno, V-6 3,0 turbo, 333 cv e motor elétrico de 95 cv. R$ 432 mil. Totalmente novo o sedã Panamera, também híbrido.

Matthias Brüch, presidente, festejou.

Volkswagen aplicou confortos eletrônicos em Gol, Fox e Golf, iniciou importar a Golf Variant, Tiguan 1,4. Na linha comercial. Bloqueio eletrônico de diferencial e ABS Off-Road para Saveiro Cross. Mostrou o Amarok com motor V-6 3,0 diesel, a ser vendido em julho. Linha passou por atualização interna e externa.

foto-legenda-04-coluna-4616-mercedes-maybach  MUITO SALÃO, POUCAS NOVIDADES Foto Legenda 04 coluna 4616 Mercedes Maybach

Mercedes-Maybach, pico do luxo e conforto

Japoneses

Honda centrou atenções no WR-V, criado por trabalho estético de mudança de frente e traseira do Fit, mexida no conteúdo, abriu espaço para ser novo produto, com preço entre Fit e HR-V. Projeto nacional.

Queda de vendas e necessidade de dispensa de pessoal, violando o código da empresa, não impediram a HPE de fabricar o novo picape Triton L200, lançado com a boa campanha “Casca grossa”. E de aplicar ao ASX a mudança estética apresentada na Europa, uma grade automobilística. Motor 2,0 e 160 cv, flex, caixa manual ou automática CVT, tração em duas ou quatro rodas. Preços entre R$ 98 mil e R$ 128 mil.

Nissan apresentou novo picape. Tra-lo-á do México até produção na Argentina próximo ano. É a base para produto tripartite, Nissan, Renault e Mercedes. Anunciou ajustar máquinas e mão de obra para fabricação local do Kicks.

Subaru fez atualização estética em toda a linha e, segundo Antônio Maciel Neto, presidente executivo, estoque antigo acaba até dezembro.

Suzuki vem fazendo revolução interna, métodos e materiais para reduzir peso, favorecer consumo e emissões. Neste arranjo o Vitara sempre o maior produto da linha, foi reduzido em dimensões e preço, ficando abaixo do S-Cross, agora no topo. Motorizações 1,6 aspirado, 126 cv e 1,4 turbo. Produto de entrada, o Jimny exibiu protótipo de versão Canvas, espécie de targa com teto de lona. Montagem em Catalão travou operação industrial em Itumbiara, GO.

Outros olhos puxados

Coreanos

Hyundai implementou o ix35, substituindo o reservatório de gasolina para a partida a frio; e iniciou produzir o New Tucson, ao lado do Old Tucson. Marca assusta o mercado brasileiro. Fez pesquisa, adaptou o produto e se tornou o mais vendido. Pouco depois apresenta o SUV Creta, fará sedã e avisa tem pronto um picape, o STC – Sport Truck Concept.

foto-legenda-05-coluna-4616-hyundai-creta-stc  MUITO SALÃO, POUCAS NOVIDADES Foto Legenda 05 coluna 4616 Hyundai Creta STC

Hyundai Creta STC, pronto

Kia tenta sobreviver com o saldo do corte de faturamento. Tinha grandes esperanças no médio Rio, mas o projeto de fornecimento pela fábrica no México foi adiado. Tentará sobreviver com Sportage, Cerato, Cadenza e Soul.

Chineses

Da ampla lista de chineses chegantes, apenas duas marcas foram ao Salão. Chery mostrou nova linha, prometendo colocar o crossover Tiggo 2 em produção no primeiro trimestre do ano. E anunciou plano de convivência com o sindicato de metalúrgicos de Jacareí, SP: importará o bem conformado sedã Arizzo 5, mantendo fábrica parada por falta de entendimento.

Lifan insistirá no crossover X60, chinês mais vendido no Brasil, melhorado em design e decoração interna, e agora portando caixa automática CVT; e no pequeno picape Foison, ambos montados no Uruguai.

Ingleses

Range Rover, além dos modelos Discovery e SVAutobiography , expôs o Evoque conversível. Dividiu estande com Jaguar, mostrando o F-Type SVR.

Ítalo-mundiais

Fiat+Chrysler em mundos separados. Fiat com ênfase em novos motores, o 1,0 tricilíndrico Firefly já aplicado ao Uno e chegando ao Mobi, e engenho de 2,4 litros e 170 cv para o sucesso de vendas Toro. Apresentou unidade do revivido Fiat 124, marcado pelo capô com duas protuberâncias. Deve importar uma partida para alegrar revendedores preocupados com o vigoroso corte de produtos realizado neste ano.

Chrysler exibiu o multiuso Pacifica; Dodge iniciará importar do México picape RAM 1500. Porte pouco superior à Toyota Hilux líder do segmento, motor diesel V-6, 243 cv, e instigou exibindo o  Challenger Hellcat, com surpreendentes 717 cv de potência, sem expectativa de importação.

foto-legenda-06-coluna-4616-ram-1500  MUITO SALÃO, POUCAS NOVIDADES Foto Legenda 06 coluna 4616 RAM 1500

Picape RAM 1500

Jeep exibiu a grande público o Compass, SUV com pretensões a ser o mais vendido da marca, e o Renegade em nova versão Limited.

Maserati espera participar do mercado dos SUV ultraplus com o Levante. Motor V-6, 350 cv e 430 cv, duas versões,  Luxury e Sport,  concorrerá com Porsche Cayenne.

Americanos

GM em novidade expôs versão hatch do Cruze.

Ford, revisão estética do Ecosport, e o anúncio de importação do Mustang.

Nacional

Única marca com este rótulo, a Troller equipou seu jipe e criou versões fugazes. Câmbio automático, demandadompelos clientes, foi adiado dois anos.

Candidata a viabilizar-se como indústria e marca, a D2DMotors levou bugue e utilitário com capota. Perdeu oportunidade de divulgá-los à imprensa chegando após horário para os profissionais e sem levar material informativo.

Empresa receberá incentivos do governo do Espírito Santo para construir fábrica no município de Jaguaré, a 160 km ao norte de Vitória.

Mecânica, diz-se chinesa, L-4, 1,5 litro, 110 cv. Bugue Sky, tratado como carro esportivo, e o pequeno picape com capota Jugo, custarão em torno de R$ 65.000. Dentre as parcas informações, produção teria iniciado em São Bernardo do Campo, SP, num galpão da Arteb, empresa de autopeças da família.

foto-legenda-07-coluna-4616-d2d-sky  MUITO SALÃO, POUCAS NOVIDADES Foto Legenda 07 coluna 4616 D2D SKY

D2D Sky, futuro bugue capixaba

 

Outros olhos

Das marcas topo em preço, Lamborghini expôs unidade em área de produtos caros, mas Ferrari, Bentley, Aston Martin e Rolls-Royce não apareceram. Em linha oposta em valores, a renca de chineses em vai-e-vem no mercado, também disse ausente, exceto Lifan e Chery. Cara da Kia no Brasil, José Luiz Gandini buscou apoio da imprensa para postular. Carros importados pagam, além do teto máximo de imposto de importação, 35%, outros trinta pontos porcentuais sobre o IPI. Na prática os retira do mercado. Kia importou 80 mil unidades em 2011 e venderá 10 mil neste ano, destroçando a rede de distribuição e empregos. Quer remoção pelo governo da terceira barreira contra a importação — primeira o dólar, segunda a imposto de importação, terceira o adicional de 30 pontos. E começar pela redistribuição da cota não cumprida de importações.

País protege a incompetência com regras e Custo Brasil colocando dificuldades para presença dos concorrentes importados. Manifesto aparentemente iniciou dar frutos. Gandini teve longa conversa com Margarete de sobrenome idêntico, encarregada do setor no Ministério do Desenvolvimento.

Outra referência para o mercado brasileiro, após o Salão haverá exigência de SUVs em dois tons. Quase todos se mostraram assim. Dado maior, todas as novidades em motor, atualização de tecnologias, aplicação de turbo, se devem a posição do Governo. Base está nas regras de consumo aferidas e definidas pelo Programa Brasileio de Etiquetagem Veicular do Inmetro.

Dado final, o presidente Temer desconfirmou presença e o Governador Geraldo Alkcmin, do estado anfitrião, não foi.

 

Mercedes cria o X-Class, picape premium

Cento e trinta anos após a criação do Benz Patent-Motorwagen por Karl Benz, a Mercedes-Benz repete seu pioneirismo ao apresentar o conceito básico de seu futuro picape, o X-Class. Teve preocupação ao formulá-lo esteticamente para mesclar conceitos. Somou a noção de picape visto como veículo forte, resistente, apto a andar em todos os caminhos, com a imagem dos Mercedes-Benz, universalmente saudados por design, habitabilidade, condução agradável, precisa, e segurança. Da mescla criou o conceito de picape Premium. Na prática a capacidade de transportar uma tonelada de carga — como exigido para o uso de motor a diesel —, e levar os passageiros em conforto de carro familiar; deslocar-se pelas vias urbanas. Produção se inicia com cabine dupla.

Em termos de demonstrações da miscela de conceitos, por si só o X-Class é exemplo: ele deriva da soma de conhecimentos de três marcas: Nissan, autora deste tipo de veículos há 80 anos; Renault, que os produziu ao início dos anos ’50; e Mercedes, de experiência argentina com modelos baseados em automóveis. Daimler, dona da marca Mercedes, e Nissan, têm acordo de cooperação técnica e industrial. Renault é associada à japonesa.

A estrutura básica é chassi em escada Nissan, sobre ela aplicada a mecânica liderada por motor V-6 diesel tração integral permanente, os ajustes desenvolvidos pela Mercedes, e carroceria própria. Integrando recém-criada divisão Mercedes-Benz Vans, busca, inicialmente, amplo mercado: África do Sul, América do Sul, Austrália, Europa. Produção em Espanha e Argentina.

O X-Class preenche nicho de produtos antes não alcançado pela Mercedes-Benz, e é outro passo de coragem da administração do Dr. Dieter Zetsche, presidente do Conselho de Administração da Daimler e diretor da Mercedes-Benz automóveis.

MUITO SALÃO, POUCAS NOVIDADES Foto Legenda 08 coluna 4616 X Class

X-Class, picape Mercedes, 2018

 

RN

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HÁ SESSENTA ANOS, A CAMIONETA DKW UNIVERSAL

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Seis décadas passadas, no 19 de novembro, foram apresentadas as primeiras das 126 unidades do DKW F 91 Universal Sonderklasse construídos naquele 1956 com peças enviadas da Alemanha (foto acima). No Brasil, quatro anos depois foi dita Vemaguet. Junto com o Romi-Isetta, exibido dois meses antes, deram corpo ao projeto de implantação de uma indústria automobilística brasileira.

Autora da façanha, a repetir-se mais de 110 mil vezes nos próximos 11 anos e 11 meses, foi a Vemag, conhecida por montar automóveis e caminhões  norte-americanos Studebaker, caminhões Scania e Kenworth, tratores Massey-Harris. Tinha toda a estrutura industrial e de vendas, e a soma de dois fatores, o declínio da Studebaker no país de origem, e a implantação de política de industrialização de veículos no Brasil, proibindo importações, fê-la agir: fez acordo com a alemã Auto Union, fabricante do DKW. Deixou uma, assumiu outra.

Auto Union era empresa poderosa, ex-maior produtora mundial de motocicletas, e seus automóveis diferenciavam-se pelo uso de motores com ciclo 2-tempos, por um chassis resistente, com X reforçando o centro. Simples, prático, ideal a país com ruas e estradas entre o ausente e o em mau estado.

No arranjo, como nas demais marcas aqui se instalando, trouxeram modelo saindo de produção – logo em seguida sucedido pela linha F 94, de melhor desenho, proporções, espaços, chegando aqui em 1958 e, melhorado com soluções brasileiras algum tempo depois, como portas traseiras com maior vão de abertura e portas dianteiras abrindo em sentido correto. A instalação elétrica com 12 e nova grade frontal com 4 faróis vieram apenas no último ano,1967.

Dentre produtos, a Universal foi rebatizada Vemaguet; o Grande DKW 3=6 virou Belcar. E houve o jipe F94/4 rebatizado Candango — brilhante projeto barrado no baile de nacionalização. E adotou projeto revolucionário, o luxuoso sedã duas-portas Fissore.

A meu ver o grande erro a partir da decisão por quem não era do ramo ou gostava intrinsecamente de automóveis. Foi desenvolvido sobre chassis alemão, mais potente; o carro pesava 100 kg a mais ante o Belcar – era lento; e seu original projeto de artesanato não contemplava produção industrial. Era elegante, porém vagaroso, gastador – e caro!

Vemag teve caminho de recordes, em especial nas corridas: criou pioneira equipe de competição por seu funcionário e modesto gênio Jorge Lettry, servindo como laboratório para desenvolver resistência às condições nacionais, e a equipe Vemag superou a matriz alemã em número de vitórias; obteve potência recorde nos motores tricilíndricos elevados a 1.100 cm³ – 106 cv imortalizados; e nos estertores, com o Carcará, veículo aerodinâmico, cravou recorde: 212 km/hora, hoje inimaginados na Avenida das Américas, Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

 

O fim

Não era do ramo. Era de negócios. Domingos Alonso, espanhol, fundador, fizera fortuna com loteria, incorporação, banco, financeira. E entendeu a mudança de óptica mundial ao final da II Guerra Mundial, dentre elas o intenso desejo dos consumidores em ter automóveis, e sua larga margem de lucro. Foi aos EUA e obteve a representação. Com operação quase industrial montada para Studebaker, outras marcas foram decorrência.

Meados de 1967 vendeu ações à Volkswagen do Brasil, por apatia financeira em investir para ter modelia a suceder os Belcar, as Vemaguet e o Fissore. À época o país passava por onda econômica traçada pelo governo revolucionário, e empresas de capital nacional, como a Vemag, a Willys, a Fábrica Nacional de Motores foram instadas a fundir-se, vender-se ao capital estrangeiro: Willys absorvida pela Ford; Simca pela Chrysler; FNM pela Alfa Romeo.

 

Salão, ainda Alfa

Ausência nem sempre significa falta, ao contrário pode indicar caminho. Exemplo, ao fato de a Alfa Romeo não estar no Salão do Automóvel indica postergar trazer nova linha Giulia para o Brasil. Projeto estava sendo tecido; diretor de área trabalhando; realizando pesquisas e levantamentos; unidade importada para submissão a testes, desenvolvimentos, ajustes.

Mudou tudo. A FCA travou novos investimentos para centrar recursos, tempos e pessoas nos muitos projetos atualmente enfocados – e neles não há a importação de Alfas. Sem o a fazer, diretor Lélio Ramos – festejado por levar e manter a empresa líder 13 anos – demitiu-se. Processo de avaliação do Giulia foi suspenso. Crê-se, Alfa no Brasil a partir do Salão de 2018.

foto-legenda-02-coluna-4716-alfa-giulia  HÁ SESSENTA ANOS, A CAMIONETA DKW UNIVERSAL Foto Legenda 02 coluna 4716 Alfa Giulia

Alfa adiado

VW

Em período educacional, perda de liderança, queda ao 3º lugar em vendas, investimentos para família substituta do Gol, e insólita situação de ter sofreado e detido produção por falha do fornecedor de bancos, VW mantém planos.

Aplicará US$ 2B — quantos R$ na corcoveante cotação Trumpística? — para implantar família sobre plataforma MQDA0 — menor relativamente à do Golf já construída na fábrica paranaense. Dela, hatch substituindo o Gol; sedã com idêntica função sobre o inexpressivo Voyage; picape e utilitário esportivo.

José Carlos Pavone, 39, gaúcho, cria da casa, gerente de design, recém-trazido da Alemanha para chefiar a área, perguntado sobre o pouco a fazer sobre projeto desenvolvido na matriz, disse o utilitário esportivo foi traçado por grupo de brasileiros. E será terminado aqui por brasileiros.

Não falou mais, mas tudo indica a base conceitual está no Breeze, apresentado como Conceito T Cross, do qual seccionaram o teto  para a mostra.

foto-legenda-03-coluna-4716-t-cross-breeze  HÁ SESSENTA ANOS, A CAMIONETA DKW UNIVERSAL Foto Legenda 03 Coluna 4716 T Cross Breeze

T Cross Breeze sinaliza como será SAV novo Gol

 

Quanto custará o Renault Captur ?

O SAV já em produção, terá preços de R$ 79.000 a R$ 95.000. Está de bom tamanho? Segue linha europeia mas na América do Sul mudou, sendo construído sobre a polivalente plataforma Dacia, servindo a Logan, Oroch, Sandero e Duster, coincidindo em tamanho e distância entre eixos.

Apresentado no Salão, será lançado na Argentina. Pelo insólito perguntei a Caíque Ferreira, diretor da Renault, e ouvi escolha definida por característica de mercado: na Argentina meses de novembro, dezembro e janeiro são os mais fortes do ano. No Brasil, fracos.

Produtos diferem. Para exportação apenas motor 2.0 ECO, 143 cv e caixa manual de seis marchas e automática com quatro. Versões Zen e Intens a equivalentes R$ 91.000 e R$ 100 mil. Domesticamente versões várias — 1,6 manual; 1,6 CVT; 2,0 manual, 6 marchas; automática de apenas quatro, em versões Zen, Intense e mais duas.

Mais cara em duas cores, luzes LEDs e maior conteúdo de infodiversão.

Lançamento na Argentina dia 22 deste mês. Aqui, fevereiro.

Anote aí: por preço, conteúdo, plataforma resistente, sem problemas, manutenção barata, será um dos queridinhos do mercado. (RN)

Novos motores

Antecipados pela Coluna  (3116, 3.agosto) a Renault, instada pelos compromissos de economia de combustível; forçada pela solução mundial do downsizing, a redução de cilindrada, tamanho e peso dos motores; e pelos ganhos obtidos pela aplicação de turbo alimentador, substituiu os motores de 1,0 e 1,6 L antes produzidos no Paraná. Manteve as cilindradas, mudou configuração. O 1,0 SCe, 3 cilindros, produz até 84 cv, e porta pacote de modernidade, como a gestão de energia, controlando a bateria e o alternador. Em relação ao Clio 1,0 é até 19% mais econômico. O 1,6L com quatro cilindros em linha fornece até 130 cv, tem tecnologia Stop&Start, desligando automaticamente nas paradas. Nova formulação mostrou até 21% de economia ao Duster 1,6 de geração anterior. Agora aspirados, turbo a médio prazo.

foto-legenda-04-coluna-4716-captur  HÁ SESSENTA ANOS, A CAMIONETA DKW UNIVERSAL Foto Legenda 04 coluna 4716 Captur

Renault Captur, R$ 79 mil a R$ 95 mil, fevereiro

 

Pré-apresentação Citroën

Focada em unificar plataformas, hoje em versões para China, Europa e América Latina, única forma de reduzir custos e permitir expansão de vendas em projetos 30%, Citroën terá novas versões sobre plataformas C3 e C4 existentes no Brasil e Argentina.

Mais próxima será o Cactus, assinalado por largas proteções laterais, construído sobre a plataforma do C3. No Brasil marca expôs versão de topo no Salão, chamando-a Concept Aircros. Parte do conceito estará no novo produto.

foto-legenda-05-coluna-4716-cactus  HÁ SESSENTA ANOS, A CAMIONETA DKW UNIVERSAL Foto Legenda 05 coluna 4716 Cactus

Cactus, antes da mudança da linha, em 2020

 

Roda-a-Roda

 

Mercado – Jaguar Land Rover aproveitou presença no Salão do Automóvel de Bogotá e anunciou instalação de escritório com operação de vendas, coordenação, responsabilidade de serviços e ante o governo.

Colômbia – Operação Brasil esclarece o porquê de não ter ido para a Argentina, segundo mercado do continente: Colômbia vende mais. Apesar da montagem no Brasil fornecimento será pela Inglaterra.

Trava – Enquanto identificava novidades no Salão do Automóvel como resultado dos incentivos adotados pelo programa Inovar-Auto, governo federal levou trombada da Organização Mundial do Comércio, OMC. União Europeia e Japão representaram no órgão alegando ser o programa de subsídio.

Oposição – Brasil deve contestar em longa discussão, a exemplo do ocorrido com aviões entre a nacional Embraer e a canadense Bombardier. Entretanto como a presente etapa do Inovar-Auto se encerra ao final de 2017, há chance da decisão da OMC ser base para mudar atuais regras — ou aproveitar a oportunidade política e fazer reforma tributária, reduzindo o número de impostos, acabando com a vigente colcha de retalhos.

Concorrente – Querendo aumentar vendas e ascender em preferências, Nissan terá novo picape Frontier. Inicialmente importado do México e, em 2017 fabricado na Argentina, na pioneira fábrica Jeep.

Razões – Base do projeto está no chassis, mais leve e reforçado, com longarinas em Duplo C, formando caixa comprida, leve e resistente a torções. Conjunto chassis + carroceria pesam bem menos ante modelo atual.

Mais uma – Mahindra e Mahindra, marca indiana de largo portfólio de veículos assumiu a Bramont a operação de montagem de tratores em Dois Irmãos, RS. Representante também montou picapes e utilitários na Zona Franca de Manaus.

Negócio – Capital estrangeiro pretende ampliar a produção atual de 1,2 mil unidades/ano e a rede de revendedores, de 11 para 20 pontos. Pouco conhecida Mahindra é a maior fabricante mundial de tratores.

Motosport – Bosch e a Fórmula Inter, nova categoria no automobilismo nacional, abriram inscrições para curso de Técnicos Especializados em Competições Automobilísticas. Cursos regulares, palestras, trabalhos e acompanhamento das corridas da categoria a profissionais, estudantes, engenheiros e entusiastas das corridas.

Conteúdo – Temas do ramo: tecnologia de motores de competição, conceitos aerodinâmicos, análises de softwares, gestão de equipes.

Mais? clique em Bosch Treinamento Automotivo e Fórmula Inter

Especialidade – Para ocupar espaço ocioso no Salão do Automóvel, 10 a 20 de novembro, São Paulo, Federação Brasileira de Veículos Antigos providenciou alguns exemplares com mais de 30 anos de produção.

Olhar – Desprezou a história.  2016 marca 60 anos do início da indústria automobilística no Brasil. Ao 19 de novembro exibição da camioneta Universal DKW-Vemag. Poderia ter levado exemplares de 1956, o Romi-Isetta e outros DKW-Vemag.

Gente – Ademar Cantero, jornalista, 71, ex-Scania e Anfavea, passou. OOOO Geraldo Santa Catharina, diretor financeiro da Randon S.A., vencedor do Troféu O Equilibrista a executivos de finanças. OOOO Em exercício encolhendo 60% nas vendas, montou plano de sobrevivência e lucros na empresa. OOOO Heiner Lanze, alemão, ex- vice-presidente da suprimentos da Scania, transferência. OOOO Mesma área, empresa mãe, área e volumes maiores na Volkswagen. OOOO Consequência da trapalhada armada pelo ex fornecedor de bancos, minguando, sustando entrega, parando a produção. OOOO Angel Javier Martinez, espanhol, bom currículo acadêmico, ex-Mercedes-Benz, mudança. OOOO Diretor na Hyundai nas áreas de vendas, pós-vendas, desenvolvimento de rede e marketing para linhas HB20 e Creta. OOOO Só? OOOO

 

Ecologia, outro produto Toyota

Um dos projetos ecológicos da Toyota, o Centro de Distribuição no porto de Suape, PE, festeja ter evitado emissões de 1.600 toneladas de gases poluentes.

Significa 24% das emissões da operação e, na prática, à capacidade oxigenadora de 142 mil árvores.

Por via marítima o Centro recebe os picapes Hilux e utilitários esportivos SW vindos da Argentina. Para o ano fiscal 2015-2016 marca assumiu posicionamento baseado no Desafio Ambiental 2050 buscando reduzir os impactos nocivos do automóvel — de produção a uso — sobre o meio ambiente. Neste caminho Toyota foca o nível zero de emissões para atingi-lo no ciclo de produção, nos processos industriais, nos produtos. Na amplitude de tal projeto reduziu as emissões pelos veículos em 22% relativamente ao exercício anterior, e  aplica-se à identificação e aquisição de recursos de fontes renováveis. No processo elegeu dado normalmente desconsiderado pelo grande público: reduziu em 16% o consumo d’água por carro produzido – 1.670 litros. Em economia de água, mais de 25 mil metros cúbicos.

Dos pontos focados pela empresa no Brasil está o inaugurar Centro de Pesquisa Aplicada na unidade fabril pioneira de São Bernardo do Campo, SP, equipado para exame de emissões, análise de matérias-primas, estudos sobre novos acessórios. Em acordo com a matriz no Japão empresa tem trabalhado junto à indústria de autopeças de modo a estruturar uma cadeia de reciclagem — reaproveitar todas as peças de um carro descartado. Hoje, na lista de produtos da empresa, o Corolla cumpre a meta.

Uma das metas do Desafio Ambiental, reduzir em 90% até 2050 as emissões de CO2 originadas de veículos novos, definiu o carro do futuro. Até tal data todos os Toyota serão híbridos, elétricos ou alimentados por célula a combustível.

foto-legenda-06-coluna-4716-prius  HÁ SESSENTA ANOS, A CAMIONETA DKW UNIVERSAL Foto Legenda 06 coluna 4716 Prius

Toyota Prius, híbrido mais vendido no mundo, ênfase da empresa no Brasil

 

RN

A coluna “De carro por aí” é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.
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